RODRIGUES, RAYMUNDO NINA

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Outros nomes e/ou títulos: Rodrigues, Raimundo Nina; Rodrigues, Nina

Resumo: Raymundo Nina Rodrigues nasceu em 4 de dezembro de 1862, na fazenda Santa Severa, localizada na Vila da Manga do Iguará, no interior da então província do Maranhão. Concluiu o curso médico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1887, apresentando a tese intitulada ‘’Das amyotrophias de origem peripherica’’. Foi professor das cadeiras de clínica médica e de medicina legal na Faculdade de Medicina da Bahia. Autor de estudos sobre patologia tropical, mestiçagem, medicina legal, antropologia criminal, psiquiatria clínica, e religiões afro-brasileiras, destacando-se ‘’O alienado no direito civil brasileiro: apontamentos medicos-legaes ao projeto de Codigo civil’’ e “Os africanos no Brasil”. Faleceu, em 17 de julho de 1906, na cidade de Paris (França).

Dados pessoais

Raymundo Nina Rodrigues nasceu em 4 de dezembro de 1862, na Fazenda Santa Severa, localizada na Vila da Manga do Iguará, no interior da então província do Maranhão. Era filho do Coronel Francisco Solano Rodrigues, criador de gado e dono do Engenho São Roque, em Vargem Grande, região que foi cenário da Balaiada, importante revolta popular ocorrida no Maranhão do século XIX. Sua mãe, Luiza Rosa Ferreira Nina Rodrigues, era descendente de família de judeus sefarditas, que haviam vindo para o Brasil em decorrência das perseguições aos judeus na Península Ibérica. Foi batizado em 12 de dezembro de 1863, na fazenda onde nascera, tendo recebido o nome de um santo, São Raymundo, do qual sua mãe era devota (LIMA, 2006).


Raymundo Nina Rodrigues casou-se com Maria Amélia Couto, conhecida como Dona Maricas, filha de José Luiz de Almeida Couto, médico, professor da Faculdade de Medicina da Bahia, e liderança no movimento abolicionista na Bahia. Tiveram uma única filha, Alice Couto Nina Rodrigues, que viria a falecer alguns meses após a morte de Nina Rodrigues.


Faleceu, em 17 de julho de 1906, no Nouvel Hotel, na Rue La Fayette nº49, na cidade de Paris (França), para onde havia viajado para participar de eventos científicos.

Trajetória profissional

Raymundo Nina Rodrigues realizou o curso de humanidades no Seminário de N. S. das Mercês, criado em 4 de fevereiro de 1863 pelo Frei Luiz da Conceição Saraiva, e fez o curso preparatório no Collegio de São Paulo, dirigido pelo escritor José Ribeiro do Amaral e inaugurado em 7 de janeiro de 1877, ambas instituições estabelecidas na cidade de São Luís, no Maranhão. Entre 1879 e 1881, prestou os exames do preparatório, tendo recebido, em 1879, o certificado de proficiência nas línguas portuguesa e francesa da Secretaria de Delegacia Especial da Inspetoria Geral da Instrução Pública da Corte do Maranhão, e dois anos depois recebeu a aprovação em língua inglesa (TERRA, 2014).

Em Salvador realizou um estágio na Santa Casa da Misericórdia da Bahia, e em 1873, na mesma cidade, conheceu a Escola Tropicalista Baiana, que era um grupo de médicos, estabelecidos na então Província da Bahia, que, especialmente no âmbito da Santa Casa, se dedicavam à prática de uma medicina voltada para a pesquisa da etiologia das doenças tropicais, que acometiam as populações pobres do país, principalmente os negros escravos. A formação deste grupo, em 1860, teria partido das iniciativas dos médicos estrangeiros radicados naquela Província, Otto Edward Henry Wucherer, John Ligertwood Paterson, e José Francisco da Silva Lima. Junto a este grupo, Raymundo Nina Rodrigues desenvolveu estudos anatomopatológicos, especialmente realizando pesquisas sobre o beribéri. Nesta época conheceu José Luiz de Almeida Couto, então professor de clínica médica, que viria a ser seu sogro.

Foi eleito, em 1º de setembro de 1881, vice-presidente da sociedade literária denominada Recreio Instructivo, que funcionava no colégio Atheneu Cearense, em São Luís, e era presidida por Agrypino Cyriaco d´Azevedo, advogado, professor e um dos fundadores do Clube Abolicionista do Maranhão (1886).

Raymundo Nina Rodrigues matriculou-se, em 15 de março de 1882, na Faculdade de Medicina da Bahia, na cidade de Salvador, na qual realizou os primeiros anos do curso médico. Em 1885 solicitou sua transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo permanecido, entretanto, pouco tempo no Rio de Janeiro.

Ainda estudante de medicina, publicou na Bahia, em 1886, a obra “A morphéa em Anajatuba (Maranhão)’’, sobre a qual o médico Julio de Moura destacou o fato de ser tão raro, naquele tempo, “apparecer no meio da mocidade academica, alguém que se occupe em escrever para a imprensa aquillo que se adquiriu com o fructo embora limitado do estudo e da observação” (Apud DR. NINA, 1889).

Logo depois se transferiu novamente para a cidade do Rio de Janeiro, onde cursou o 6º e último ano na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, quando teve a oportunidade de atuar como auxiliar do professor Agostinho José de Souza Lima, na cadeira de medicina legal. Integrou a mesma turma de Ermelinda Lopes de Vasconcellos, que em 1888 viria a ser primeira doutora formada naquela instituição. Nina Rodrigues concluiu, então, o curso médico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1887, apresentando a tese intitulada ‘’Das amyotrophias de origem peripherica’’ (RODIRGUES, 1887).

A publicação Annuario Medico Brazileiro, fundada e dirigida pelo médico Carlos Antônio de Paula Costa, assim se referiu à tese elaborada por Raymundo Nina Rodrigues:

“(...) está na ordem do dia no modernismo scientifico. É assumpto da actualidade. (...). A these do Dr. Nina é o estudo e a critica de todos os factos que a ellas se referem. É um trabalho de muito valor, escripto com muita logica. Não sabemos o que mais admirar, si a ousadia do autor em discutir teorias algumas evidentemente ainda em phase transitória, si a profusão de dados scientificos que condensou em sua these.” (DAS AMYONTROPHIAS, 1887, p.90-91)

Já formado como médico, Nina Rodrigues retornou, em 1887, para São Luís, onde manteve um consultório, em sua residência, na Rua do Sol nº17 (atual Rua Nina Rodrigues) por um período, tendo retornado depois para a província da Bahia. Em 1888 seu nome constava da lista de profissionais licenciados e matriculados na Inspetoria de Higiene do Maranhão.

Nina Rodrigues publicou, em 1887, o “Estudo sobre o regimen alimentar no Norte”, obra dedicada ao médico José Luiz de Almeida Couto. Ficou conhecido pelo apelido de “Dr. Farinha Seca”, em decorrência da publicação de artigos no periódico A Pacotilha, publicado no Maranhão, intitulados “A nova agricultura e o regimen alimentar do Norte”, nos quais tratou da alimentação, da carência alimentar, e da farinha de mandioca (CORRÊA, 2013).

Em 1888 a Sociedade dos Marítimos, em São Luís, lhe conferiu o título de sócio benfeitor pelos serviços médicos que havia prestado aos sócios daquela entidade. Nesta época, oferecia consultas médicas no consultório do médico Manoel Bernardino da Costa Rodrigues, na Rua da Estrella nº5. Manteve, também, um consultório na Rua do Quebra Costa nº7, em cima da farmácia de Theodoro José de Abreu Sobrinho.

Raymundo Nina Rodrigues, em fevereiro de 1889, partiu no vapor “Manáos” para a Bahia, com o objetivo de fixar-se na cidade de Salvador. Nesta cidade prestou concurso para a vaga de professor adjunto na 2ª cadeira de clínica médica, a de patologia geral, da Faculdade de Medicina da Bahia, tendo sido aprovado em 16 de julho de 1889:

“Attendendo ao merecimento e às habilitações que em concurso mostrou o Doutor Raymundo Nina Rodrigues, Hei por bem nomeal-o para o logar de adjunto à 2ª cadeira de clinica médica da Faculdade de Medicina da Bahia, com o vencimento que lhe competisi. Palacio do Rio de Janeiro em seis de setembro de mil oitocentos e oitenta e nove, sexagesimo oitavo da Independencia e do Imperio. Com a rubrica de sua Magestade o Imperador. Barão de Loreto. Cumpra-se e registra-se Palacio da Presidencia da Bahia, 27 de setembro de 1889 Almda Coreto. Nº 2032. 3 of. Pagou trinta mil reis, Re. e B. provinceal 27 de setembro de 1889. O Fiel. A. Guimarães. O escrivão. N. Carneiro da Rocha. Registrada a fl 216 N do livro de diplomas imperiaes. Secretaria do Governo da Bahia, 28 de setembro de 1889. C. Seabra. Cumpra-se e registra-se. Bahia e Faculdade de Medicina 28 de setembro de 1889. Dr José Olimpio. Prestou juramento e tomou posse no dia 28 de setembro de 1889. Dr. T. A. Gaspar." (Apud. DUARTE, 2006, p.37)

Nina Rodrigues assumiu, então, a cadeira, que até então era de responsabilidade do professor José Luiz de Almeida Couto, cuja filha Maria Amélia viria a ser sua esposa.

Durante a pandemia de gripe, em Salvador, em 1890, Raymundo Nina Rodrigues acompanhou alguns casos de gripe nas enfermarias do Hospital Santa Isabel, e publicou na Gazeta Medica da Bahia, em 1891, o artigo “A epidemia de influenza na Bahia em 1890” sobre um estudo de caso que havia realizado naquelas enfermarias (SOUZA, 2007).

Em 1891 foi nomeado como lente substituto da 2ª cadeira de clínica médica, para a denominada 5ª seção (história da medicina, higiene, mesologia, medicina legal) da Faculdade de Medicina da Bahia, para substituir o catedrático Virgílio Clímaco Damásio, que havia sido eleito senador constituinte à época. Em 1895, quando este catedrático se aposentou, Nina Rodrigues assumiu efetivamente a cadeira de medicina legal. Ao tomar posse proferiu um discurso intitulado “A medicina legal no Brazil”. Na cadeira de medicina legal, Nina Rodrigues deu continuidade aos projetos do professor Virgílio Clímaco Damásio, que anteriormente, após visitar países europeus, havia defendido a necessidade da introdução do ensino prático naquela instituição, e a nomeação dos professores de medicina legal como agentes da polícia.

Nina Rodrigues integrou, juntamente com Alfredo Thomé de Britto, Juliano Moreira e Antônio Pacheco Mendes, o grupo de médicos responsável pela fundação, em 1895, da Sociedade de Medicina Legal da Bahia, e fundou o veículo oficial desta associação, a Revista Medico Legal da Bahia.

Integrou, em 1892, o Conselho Geral de Saúde Pública do Estado da Bahia, tendo elaborado, juntamente com Antonio Pacífico Pereira e Eduardo Gordilho Costa, o Regimento Interno deste conselho.

Raymundo Nina Rodrigues participou de campanhas e comissões em prol de reformas sanitárias no âmbito federativo, manifestando seu descontentamento com a autonomia municipal vigente e defendendo a aprovação de uma legislação estadual:

‘’A organização municipal autônoma e completamente independente tem provado mal em toda parte; entre nós será um desastre completo. À exceção das grandes cidades, a falta de recursos, a pobreza dos municípios, a carência de instrução pública e de pessoal habilitado, a influência perniciosa de uma política de pequenos interesses, tudo isso concorrerá fatalmente para que as mais urgentes e imperiosas necessidades higiênicas nunca passem da letra morta nos regulamentos e nas posturas dos municípios.’’ (RODRIGUES, 1891, p.421)

No ano de 1897, foi autor da “Memoria historica” da Faculdade de Medicina e Farmácia da Bahia, na qual apresentou sérias críticas às insuficiências e desmandos do ensino realizado naquela instituição:

"Em matéria de instalação, o laboratório de Medicina Legal é o menos afortunado desta Faculdade (...). A desabar pelos fundos, crivado de goteiras, sem caiação, nem água encanada, com o seu instrumental todo incompleto... (...). Tenho conseguido particularmente das autoridades policiais e dos médicos peritos da polícia, todo o concurso em favor do ensino prático da cadeira de Medicina Legal, mas duvido que os alunos possam aproveitar esse material de ensino, atentando-se à disposição dos cursos da Faculdade a se moldarem pela rotina do ensino teórico, para o qual só a palavra e não os fatos tem valor e merece respeito”. (RODRIGUES, 1897).

Neste laboratório, Nina Rodrigues realizou análises dos crânios de pessoas consideradas delinquentes, segundo os critérios da teoria de Lombroso, para verificar a correlação entre as medidas dos ângulos físicos, especialmente a craniometria, e a questão da criminalidade, e concluiu que que a teoria de Cesare Lombroso não encontrava fundamentos nos estudos que realizara (LIMA, 2006).

Em 1902, Nina Rodrigues tornou-se membro do Conselho Geral de Saúde Pública da Bahia, organização esta que fora encarregada da regulamentação dos diversos serviços do hospital de isolamento, na Bahia, que estava preste a ser construído com o objetivo de prestar serviços no combate de moléstias contagiosas. Apresentou, em 1904, perante o Congresso Nacional, uma proposta de regulamentação do perito em medicina Legal.

Participou das discussões e debates sobre o projeto do novo código civil nacional proposto pelo jurista Clovis Bevilaqua, em 1901 e efetivado em 1916, apresentando suas críticas especialmente na obra intitulada ‘’O alienado no direito civil brasileiro: apontamentos medicos-legaes ao projeto de Codigo civil’’ (1901). Para Nina Rodrigues, aquele projeto colocava no mesmo plano “ao lado do simples fraco de espirito, ou imbecil, o maniaco ou o demente paralytico terminal; a par da simples fraqueza mental senil, a confusão mental declarada; juntamente com as loucuras chronicas ou incuráveis, os episódios delirantes, mais ou menos ephemeros, dos degenerados” (RODRIGUES, 1939, p.146-147). Muitos de seus comentários e conclusões foram incorporados ao Código Civil Brasileiro, o qual entrou em vigência somente em 1º de janeiro de 1916, dez anos após o falecimento de Nina Rodrigues (PACHECO,2006).

No campo da psiquiatria médica, Nina Rodrigues dedicou-se à psiquiatria clínica, à psicologia forense e à psiquiatria social. No que diz respeito à psiquiatria clínica, Nina Rodrigues participou da identificação do diagnostico relativo às causas dos surtos epidêmicos que assolavam o estado da Bahia, identificadas pelo próprio médico como ‘’abasia coreiforme epidêmica” (JACOBINA, 2006).

Nina Rodrigues se empenhou na defesa da criação de mais instituições de assistência psiquiátrica no país, tendo proposto mudanças especialmente visando promover a melhoria das instituições e da assistência ao doente mental na Bahia.  Em seu artigo intitulado ‘’A assistência medico-legal a alienados nos Estados brazileiros’’, publicado em O Brazil-Medico, em 1º de fevereiro de 1906, demonstrou sua preocupação com a saúde dos alienados e com as condições físicas do Asylo S. João de Deus, que havia sido fundado em 1874 em Salvador, Bahia. Propôs, ainda, uma campanha em prol da melhoria das condições para os alienados, tendo conseguido um acordo com a Faculdade de Medicina da Bahia e o governo do Estado da Bahia:  

‘’O plano geral do serviço de assistência medica aos alienados da Bahia não pode ser outra cousa sinão as bases de sua legislação sobre a assistência a alienados. Seria erro lamentável acreditar que este Estado possa continuar, como até aqui, a não possuir outra legislação sobre alienados sinão as disposições da proteção jurídica aos incapazes do código civil e os estatutos, mais ou defeituosos, sem cunho legal, dos nossos hospitais e asylos’’ (RODRIGUES, 1906, p.53)

Foi autor de diversas matérias, publicadas em diversos jornais baianos da época, como o Jornal de Noticias, nas quais criticava as condições de assistência prestada no Asylo São João de Deus, por ocasião da epidemia de beribéri, que havia ocasionado o falecimento de parte da população interna deste estabelecimento (JACOBINA; CARVALHO, 2001).

Propôs a criação de uma habilitação específica para a profissão do médico perito, proposta esta que se concretizaria anos depois, e para a qual recebeu importante apoio de um ex-aluno seu, Júlio Afrânio Peixoto, que foi médico e professor da Faculdade de Medicina da Bahia, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Defendeu que o serviço médico-legal da polícia fosse absorvido pela Faculdade de Medicina da Bahia, o que ocorreu somente no ano de 1905 (MONTEIRO, 2016).

Nina Rodrigues, mostrou seu interesse pelos estudos sobre os afrodescendentes no Brasil, relatando o histórico de suas culturas e hábitos, e as diversas insurreições negras que aconteceram desde o início do período colonial. Em 1890, em seu estudo ‘’Os mestiços brasileiros’’, publicado nos periódicos Gazeta Medica da Bahia e O Brazil-Medico, debateu as questões raciais no Brasil. Seu estudo intitulado “O problema da raça negra na America portuguesa”, publicado em 1905, havia demonstrado claramente seu interesse nestas temáticas. Posteriormente, em 1931, foi descoberto no Instituto Nina Rodrigues, na Bahia, o frontispício e o índice do livro, manuscritos pelo próprio Nina Rodrigues, e foi constatado que a obra, que portava um título comum, “O problema da raça negra na America portuguesa”, teria vários volumes, sendo um deles “Os africanos no Brasil”. Assim, em 1932, foi publicada postumamente a obra ‘’Os africanos no Brasil’’, de Nina Rodrigues (PIRES, 1935).

O médico Raymundo Nina Rodrigues, ao longo de sua trajetória, publicou inúmeros artigos em periódicos brasileiros e estrangeiros. Desde 1891 publicou diversos trabalhos sobre beribéri, lepra, a incidência de doenças e a necessidade da reforma da organização da saúde na Bahia, na Gazeta Medica da Bahia, que havia sido criada em 1866, em Salvador, pelo professor da Faculdade de Medicina da Bahia, Antonio Pacífico Pereira. Nina Rodrigues também foi redator-gerente desta publicação a partir de 1891 a 1893.

Participou da comissão responsável pela publicação da Revista dos Cursos da Faculdade de Medicina da Bahia, concretizada em 1902, e também foi redator da Revista Medico-Legal, órgão da Sociedade de Medicina Legal da Bahia da qual havia sido um dos fundadores. Nesta mesma época, ainda em Salvador, integrou a redação da Tribuna Academica, juntamente com Almachio Dinis, professor de filosofia jurídica na Faculdade Livre de Direito da Bahia. Em 1888 integrava o quadro de Correspondentes do Annuario Medico Brazileiro, sob a direção de Carlos Antônio de Paula Costa.

Foi colaborador de diversas publicações periódicas brasileiras, especialmente nos Archivos Brasileiros de Psychiatria, Neurologia e Sciencias Afins, fundado no Rio de Janeiro por Juliano Moreira e Afranio Peixoto, em O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, fundado e dirigido por Azevedo Sodré, e na Gazeta Medica da Bahia. Colaborou, também, com outras revistas, como a Revista Medica de São Paulo, a Revista Brasileira de Direito, a Revista da Sociedade de Medicina e Cirurgia da Bahia, e a Revista Brasileira, e com jornais de grande circulação como o Jornal do Commercio.

Também publicou em periódicos internacionais como os Archivos de Psiquiatría, Criminología, Medicina Legal y Ciencias Afines, dirigida por José Ingenieros (1877-1925), de Buenos Aires, os Annales Publiques et de Medicine Légale, de Paul Camille Hippolyte Brouardel (1837-1906), os Annales Medicos-Psychologiques, de Antoine Ritti (1844-1920) de Paris, os Archives de  L’Antropologie Criminelle, de Alexandre Lacassagne (1843-1924) em Lyon, e com o Archivio de Psychiatria e Antropologia Criminale de Cesare Lombroso (1835-1909) em Turim.

Nina Rodrigues foi eleito, em 13 de novembro de 1899, membro honorário da Academia Nacional de Medicina, e posteriormente tornou-se patrono da cadeira nº59 desta associação médica. É patrono da cadeira nº 14 da Academia Maranhense de Letras, fundada em 1908, e da cadeira nº31 do Instituto Brasileiro de História da Medicina e Ciências Afins, fundado em 2008. Participou, juntamente com Júlio Afranio Peixoto, Antônio Pacheco Mendes, Alfredo Thomé de Britto e outros, da fundação da Sociedade de Medicina e Cirurgia da Bahia, criada em 18 de novembro de 1894. O Instituto Bahiano de História da Medicina e Ciências Afins, fundado em 30 de novembro de 1945, tornou Raymundo Nina Rodrigues o patrono da Cadeira nº 31 da associação.

Foi tesoureiro no 2°Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, promovido pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, e realizado entre 16 e 26 de setembro de 1889, no Salão do Museu Escolar do Edifício da Imprensa Nacional, na cidade do Rio de Janeiro. No final do ano de 1890, integrou, como secretário-geral, a comissão executiva do 3º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, realizado entre 15 e 25 de outubro de 1890, na cidade de Salvador (Bahia), na qual expôs estudos sobre as epidemias que mais acometiam a Bahia.

Participou de eventos no exterior, tendo sido membro da comissão organizadora do Tercer Congreso Científico Latinoamericano, realizado no Rio de Janeiro de 6 a 16 de agosto de 1905, representando o Estado da Bahia. Em 1906, apresentou a comunicação “De la coexistence chez un même individu de la folie et la criminalité, au point de vue de l´assistance aux alienés dits criminels" no XV Congresso Internacional de Medicina (Lisboa, 19-26/04/1906), realizado no edifício da Escola Médica de Lisboa, e presidido por Manuel da Costa Alemão, lente da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Integrou, também, sociedades científicas estrangeiras, tendo sido sócio efetivo e vice-presidente da Medico-Legal Society, fundada em 1901, que promovia mensalmente encontros entre médicos e advogados em Nova Iorque, e membro estrangeiro da Société Médico-Psychologique, fundada em Paris em 1852, pelo neurologista francês Jules Gabriel François Baillarger.

Raymundo Nina Rodrigues, em 1903, viajou com sua família para a cidade de São Paulo, na qual visitou várias instituições, como o então denominado Instituto Serumterápico do Estado de São Paulo, a Santa Casa da Misericórdia de São Paulo, a Repartição Central de Polícia, o Quartel do Corpo de Bombeiros e a Escola de Farmácia, Odontologia e Obstetrícia de São Paulo. Nesta ocasião, foi homenageado por médicos, políticos e juristas, com um banquete no Grand Hotel de La Rotisserie Sportsman, no qual estavam presentes Emílio Marcondes Ribas, João Passos, Brasílio Augusto Machado de Oliveira, Candido Nazianzeno Nogueira da Motta, Antonio de Godoy, e Vital Brazil Mineiro da Campanha (CORRÊA, 2005).

Em 1900 integrou o conselho fiscal da Equitativa dos Estados Unidos do Brazil (Sociedade de Seguros Mutuos sobre a Vida e contra Fogo), presidido pelo médico Franklin Ferreira Sampaio, ao lado de Affonso Celso de Assis Figueiredo e Manuel Lopes de Oliveira. A sociedade de seguros tinha sua sede social na Rua da Candelária nº7, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1899 era médico da sede da Equitativa dos Estados Unidos do Brazil, em Salvador.

Participou também do mundo do carnaval, tendo sido, em 1904, um dos sócios protetores do clube carnavalesco baiano conhecido como ‘’Fantoches da Euterpe’’, que tinha sua sede situada na Rua Democrata, em Salvador, capital do Estado da Bahia (FANTOCHES, 1904).

Raymundo Nina Rodrigues embarcou, juntamente com sua mulher, Maria Amélia Couto Nina Rodrigues, e filha Alice Nina Rodrigues, a bordo do paquete francês “Atlantique”, em 5 de maio de 1906, para a Europa, para participar do IV Congresso Internazionale d'Assistenza Pubblica e Privata (Milão, 23-27 maio, 1906). Em sua chegada em Lisboa, em 17 de maio, apresentou problemas de saúde, como uma hemoptise leve.  Proferiu, ainda em Lisboa, uma conferência, e seguiu em 19 de junho para Paris. Na cidade parisiense, foi acometido de uma intensa hemoptise, que o deixou bastante enfraquecido. Nina Rodrigues veio a falecer no Nouvel Hotel, em Paris, em 17 de julho de 1906 (BRITTO, 2020). Seu corpo foi trasladado para o Brasil, tendo chegado na Bahia, em 10 de agosto, quando foi recebido por uma comissão de professores e alunos das instituições de ensino superior baianas. Seu enterro foi realizado no Cemitério do Campo Santo, na cidade de Salvador, em 11 de agosto de 1906.

Logo após a notícia de seu falecimento, um grupo de alunos do 6º ano da Faculdade de Medicina da Bahia dirigiu-se à residência do professor e médico Alfredo Thomé de Britto, para a preparação das homenagens a Nina Rodrigues. Em 18 de julho, na sessão da Congregação da instituição, o professor Antonio Pacífico Pereira proferiu o elogio fúnebre de Nina Rodrigues, e foi aprovada a proposta do professor Francisco Bráulio Pereira para conferir o nome do médico ao novo pavilhão de medicina legal. A Congregação da Faculdade de Medicina da Bahia intitulou, então, aquele pavilhão como Instituto Nina Rodrigues, que funcionou por sessenta anos no prédio junto à faculdade, no Terreiro de Jesus. Em 26 de maio de 1908, recebeu o nome de Instituto Médico-Legal Nina Rodrigues (RIBEIRO, 1995).

Foram apresentadas, ainda, outras propostas de homenagens, como a decretação de luto por oito dias pela Faculdade de Medicina da Bahia, o envio de um telegrama de condolências à família, e conferir o nome de Nina Rodrigues ao necrotério em construção.

Outras instituições realizaram suas homenagens, como a Academia Nacional de Medicina, que, em 24 de julho de 1906, organizou uma sessão solene em homenagem a Nina Rodrigues, na qual foi orador Henrique Autran da Matta e Albuquerque, e falou em nome dos estudantes maranhenses o acadêmico Achilles Faria Lisboa. Para prestar suas homenagens, o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia suspendeu suas atividades e hasteou a bandeira nacional a meio-mastro, e o Colégio Estadual da Bahia suspendeu as classes e indicou o comparecimento de seus alunos na cerimônia fúnebre de Nina Rodrigues (RIBEIRO, 1995).

Após o falecimento de Raymundo Nina Rodrigues, em Paris em 1906, sua esposa, Maria Amélia, se mudou para a cidade do Rio de Janeiro, onde se dedicou em preservar a memória e as obras do seu falecido marido. Neste sentido, solicitou ao Governo Federal a compra dos direitos autorais da obra de Nina Rodrigues, por meio de um telegrama encaminhado ao senador Lauro Sodré. Maria Amélia, em uma carta sem data, apresentando-se como a "viúva Nina Rodrigues", se dirigiu, também, ao Presidente Getúlio Vargas, solicitando, tendo em vista o escasso montepio que recebia à época, a aquisição pelo Governo Federal dos direitos autorais da obra do marido (RIBEIRO, 1995). O governo Getúlio Vargas autorizou, em 27 de junho de 1930, a aquisição dos direitos autorais da obra de Nina Rodrigues por sessenta contos de réis, que deveriam ser entregues à viúva, e a publicação de todo o acervo do autor. Entretanto, como transcorreu muitos anos entre a autorização e a efetivação da compra dos direitos, a viúva de Nina Rodrigues, na fase final de sua vida passou por situações difíceis e de doenças, vivendo no asilo dos expostos da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Faleceu em 9 de março de 1941 (RIBEIRO, 1995).

O governo do Estado do Maranhão havia adquirido, em 1939, a Quinta Dois Leões de Almeida, pela quantia de 30.000$000 (trinta mil contos de reis), e posteriormente a Chácara Carmem, em um terreno vizinho, para a construção de um hospital destinado ao tratamento das doenças mentais. A construção do hospital ficou a cargo da Construtora Leão, Ribeiro e Companhia Ltda, com sede no Rio de Janeiro. E, em 25 de março de 1941, foi inaugurado em São Luís, por Paulo Martins Ramos, então Interventor Federal no Maranhão, e João de Barros Barreto, diretor do Departamento de Saúde, o Hospital Colônia dos Psicopatas, depois denominado Hospital Colônia Nina Rodrigues, em homenagem ao cientista. Seu primeiro diretor foi Benedito Metre.

A Vila da Manga do Iguará, localidade aonde Raymundo Nina Rodrigues havia nascido, foi integrada ao município de Vargem Grande, e em 1961 este foi desmembrado e elevado à categoria de município e distrito, com a denominação de “Nina Rodrigues”, em homenagem ao cientista.

Raymundo Nina Rodrigues foi médico legista, escritor, antropólogo, psiquiatra e etnólogo brasileiro, e deixou seu nome consolidado na história da medicina brasileira, especialmente por seus estudos sobre a cultura negra no Brasil, obras estas reconhecidas até os dias atuais.

Produção intelectual

- ‘’A morphéa em Anajatuba (Maranhão)’’. Bahia: Lith.-Typ. Liquori & Comp., 1886.

- ‘’Das amyotrophias de origem peripherica’’. These apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 29 de agosto de 1887 e perante ella defendida em 31 de dezembro de 1887. Rio de Janeiro: Typographia, Lithographia e Electrotypia a vapor Laemmert & C., 1887.

- “Estudo sobre o regimem alimentar no Norte”. Maranhão: Typografia a vapor do Pacotilha, 1887.

- “Myopathia atrophica progressiva. A proposito das observações de paralysia pseudo-hypertrophica feitas entre nós”. Gazeta Medica da Bahia, Salvador, anno XIX, n.10, p.440-449, abril de 1888.

- “A nova agricultura e o regimen alimentar do Norte”. Pacotilha. Jornal da Tarde, Maranhão, anno VIII, n.154, p.3, 5 de junho de 1888; anno VIII, n.157, p.3, 8 de junho de 1888; anno VIII, n.158, p.2, 9 de junho de 1888; anno VIII, n.164, p.3, 15 de junho de 1888; anno VIII, n.167, p.2, 18 de junho de 1888; anno VIII, n.188, p.2, 9 de julho de 1888.

- “A Junta de Hygiene”. Pacotilha. Jornal da Tarde, Maranhão, 1º de agosto de 1888.

- “Contribuição para o estudo da lepra no Maranhão”. Gazeta Medica da Bahia, Salvador, anno XX, n. 3, p.105- 113, set. de 1888; anno XX, n. 5, p.205-210, nov. de 1888; anno XX, n. 7, p.301-314, jan. de 1889; anno XX, n. 8, p.358-368, fev. de 1889; anno XX, n. 9, p.404-409, mar. de 1889; anno XXI n. 3, p.121-132, set. de 1889; anno XXI n. 5, p.225-234, nov. de 1889; anno XXI n. 6, p.255-265, dez. de 1889; anno XXI n. 10, p.445-455, abr. 1890.

- “O bacharel Hugo Barroso Barradas”. Pacotilha. Jornal da Tarde, Maranhão, anno IX, n.17, p.1, 19 de janeiro de 1889; anno IX, n.19, p.2, 22 de janeiro de 1889.

- “Um caso de surdez verbal com paraphasia”. Gazeta Medica da Bahia, Salvador, anno XX, n. 12, junho de 1889.

- “Estudo sobre o regimen alimentar no norte”. Pacotilha. Jornal da Tarde, Maranhão, anno IX, n.39, p.3, 14 de fevereiro de 1889.

- “Polynevrites toxicas e infectuosas; beri-beri. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE MEDICINA E CIRURGIA, v.3, p.13, 1889.

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Ficha técnica

Pesquisa - Júlio Cesar Oliveira Matheus, Mª Rachel Fróes da Fonseca.

Redação - Mª Rachel Fróes da Fonseca.

Forma de citação

RODRIGUES, RAYMUNDO NINA. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 25 fev.. 2025. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario

 


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)