IHERING, HERMANN FRIEDRICH ALBRECHT VON
Outros nomes e/ou títulos: Ihering, Hermann von
Resumo: Hermann Friedrich Albrecht von Ihering nasceu em 9 de outubro de 1850, em Kiel (Alemanha), e faleceu em 24 de fevereiro de 1930, em Büdigen, Upper Hesse (Alemanha). Em 1880 chegou no Brasil, onde foi naturalista-viajante no Museu Imperial e Nacional (1883) e diretor do Museu Paulista (1894-1915). Destacado zoólogo e ornitólogo, publicou, em 1907, a obra "Aves do Brazil", juntamente com seu filho, Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar von Ihering.
Dados pessoais
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering nasceu em 9 de outubro de 1850, em Kiel (Alemanha), e era filho de Caspar Rudolf von Ihering (1818-1892), destacado jurista alemão e autor de “Der Zweck im Recht” (“A Luta pelo Direito”), cujo primeiro volume foi publicado em 1877.
Casou-se, em 26 de abril de 1880, com Anna Maria Clarz Belzer, viúva e mãe de Sebastião Wolf, que viria a ser destaque na equipe brasileira de tiro nos Jogos Olímpicos da Antuérpia (1920). Desse casamento o casal Ihering teve dois filhos, Clara von Ihering e Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar von Ihering, este último também pesquisador da zoologia brasileira. Posteriormente, sua esposa Anna Maria Clarz Belzer faleceu, e Hermann Friedrich Albrecht von Ihering casou-se com Meta Buff, sobrinha neta do escritor Johann Wolfgang von Goethe (1749-1839).
Naturalizou-se brasileiro em 1885.
Faleceu em 24 de fevereiro de 1930, em Büdigen, Upper Hesse (Alemanha).
Trajetória profissional
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering iniciou, em 1868, seus estudos em medicina na cidade de Giessen (Alemanha), por sugestão do naturalista Rudolf Leuckart (1822-1898). Em 1870 graduou-se em medicina e ciências naturais na Universität Liepzig (Alemanha). Em Darmstadt (Alemanha), em 1870 alistou-se no 117º Regimento dos Mosqueteiros, e serviu como assistente de médico no hospital militar.
Doutorou-se em medicina na Universität Göttingen (Alemanha), com a tese “Ueber das Wesen der Prognathie und ihr Verlhaeltniss zur Schaedelbasis” (On the essence of prognathism and its effect on the base of the skull), em 19 de dezembro de 1872. Ainda em Göttingen foi assistente de Carl Friedrich Wilhelm Claus (1835-1899). Obteve seu PhD em zoologia e geologia em 31 de julho de 1876, com a tese “Die Gehörwerkzeuge der Mollusken in ihrer Bedeutung für das natürliche System derselben” (Significado do aparelho auditivo dos moluscos, tendo em vista a sua classificação natural) (NOMURA, 2012).
Foi leitor de zoologia na Friedrich-Alexander-Universität-Erlangen-Nürnberg (University of Erlangen-Nuremberg), em 1876, e Privatdozent de zoologia na Universität Leipzig, em 1878 (FUNARI, 2002).
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering veio para o Brasil em 1880, e segundo Daniel Henrique Vitorazzi (2006), esta viagem teria sido em parte devido a um certo estremecimento de suas relações com seu pai, Caspar Rudolf von Ihering, por não ter se casado com a pretendente escolhida por este, e também por encontrar-se encantado com as maravilhas das terras brasileiras. De acordo com Maria von Ihering de Azevedo, sua neta, Hermann Friedrich Albrecht von Ihering, então médico recém formado, fora substituir Dr. Wolf, médico interno de um hospital em Berlim, e nesta ocasião conheceu Anna Maria Clarz Belzer, por quem apaixonou-se, e logo após seu casamento viajou com a esposa, e seu enteado, para o Brasil (AZEVEDO, 2000).
Estabeleceu-se inicialmente na cidade de Taquara do Mundo Novo, próxima à cidade de Porto Alegre, então província do Rio Grande do Sul, e lá permaneceu de 1880 a 1883. No período em que residiu nesta cidade hospedou-se na residência de Henrique Juergensen, e organizou uma coleção de pássaros, a qual foi por classificada e empalhada com a colaboração de seu amigo Theodor Bischoff (1807-1882) (VITORAZZI, 2006). Mudou-se, em 1883, para o litoral sul daquela província, para Pedras Brancas (atualmente cidade de Guaíba), onde permaneceu por um ano. Em 14 de fevereiro de 1884 foi para a cidade do Rio Grande, onde morou até o ano de 1885, período em que observou a fauna da Lagoa dos Patos e arredores. Residiu por um curto período em São Lourenço do Sul, e em seguida adquiriu uma ilha, na foz do rio Camaquã, onde permaneceu por sete anos, e que ficou conhecida como Ilha do Doutor em decorrência de sua presença, pois era o único médico da região (AZEVEDO, 2000).
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering retratou a natureza daquela região na obra “A Lagoa dos Patos no século XIX: na visão do naturalista Hermann von Ihering” (Compilação e Tradução de Clarisse Odebrecht. Pelotas, RS: Ecoscientia, 2003). Nomeou e descreveu, junto com o ornitólogo alemão Hans Hermann Carl Ludwig von Berlepsch (1850-1915), inúmeras aves da província do Rio Grande do Sul (NOMURA, 2006). Hans Hermann Carl Ludwig von Berlepsch era Conde, e com seus recursos teria, inclusive, financiado alguma das expedições de Hermann Friedrich Albrecht von Ihering (HANS, 2006).
Em 1883 foi contratado como naturalista-viajante do Museu Imperial e Nacional, posto que ocupou até 1891. Inicialmente interessou-se por antropologia física, craniometria. Depois seus estudos abrangeram várias áreas da história natural, tendo publicado sobre botânica, antropologia e etnologia, mas dedicou-se principalmente “ao longo de sua vida, desde sua tese de doutorado, à Zoologia e Paleozoologia de moluscos” (LOPES, 2002-2003, p.28). NoMuseu Imperial e Nacional foi contemporâneo do também naturalista-viajante Johann Friedrich Theodor Müller (Fritz Müller) (1822-1897), autor da obra sobre darwinismo intitulada “Für Darwin” (1864), em homenagem do qual Hermann Friedrich Albrecht von Ihering veio a publicar um necrológio na Revista do Museu Paulista (v.3, p.17-29, 1898).
Estudou várias espécies de peixes brasileiros, tendo descrito as espécies Perciformes: Gobii dae: Gobius silveiraemartinsi, em 1893, e a Siluriformes: Pimelodidae: Zungaro jahu, em 1898 (NOMURA, 2014). Neste mesmo ano elaborou uma lista de peixes de água doce do Rio Grande do Sul.
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering, em uma correspondência com o paleontólogo argentino Florentino Ameghino (1854-1911), expressou sua opinião sobre o contexto de sua saída do Museu Nacional, assim denominado em 1891:
“A mudança do Governo no Brasil foi a desmoralização na administração e ciência; o colega o julga possível que o Museu Nacional do Rio de Janeiro com o seu orçamento de 80 contos por ano provavelmente o melhor dotado na América do Sul agora não possui um único naturalista! (....). No ano passado foi idéia me nomear [diretor da seção zoológica], mas eu não quis. Ao contrário fizeram um rescrito declarando que os naturalistas morando fora têm de mudar-se para o Rio (...). O colega sabe bem que Muller, Goeldi e eu somos agora os únicos zoólogos em todo o vasto país do Brasil. Não o valia de pagar-nos o pequeníssimo ordenado que recebemos para que continuemos nas nossas investigações e respeitados no mundo científico e representando bem a ciência natural do Brasil?” (Apud LOPES, 2002-2003, p.31)
Orville Albert Derby, chefe da Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo, em carta a Hermann Friedrich Albrecht von Ihering em 12/10/1892, informou que pretendia fazer uma sugestão, junto ao Governo do Estado de São Paulo, para que fosse criada uma seção zoológica naquela Comissão, e para que esta seção ficasse sob sua responsabilidade. Conforme consta de uma outra correspondência entre Derby e von Ihering, este não teria ficado totalmente satisfeito com o convite, pois em realidade o posto que pretendia era o de diretor do Museu Paulista. Em 23 de janeiro de 1893, Orville Albert Derby lhe enviou uma outra carta, na qual afirmava que aquela proposta era a única possível naquele momento. Hermann Friedrich Albrecht von Ihering acabou aceitando as condições apresentadas por Derby, mas logo em seguida, em 1894, assumiu a direção do Museu Paulista (LOPES, 1997).
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering foi diretor do Museu Paulista até o ano de 1915. Na solenidade de inauguração o zoólogo alemão destacou o caráter científico daquela instituição:
“(...) Seja-me permitido congratular-me com sua excelencia por ter criado um museu sobre bases realmente scientificas como até agora no Brasil não existiu (...) o fim de nossas colleções é demonstrar a interessante natureza da America do Sul e do Brasil e em especial do homem sul americano (...) O que nós pretendemos fazer são classificações scientificas (...).” (Revista do Museu Paulista, 1895. Apud SCWARCZ, 1993, p.80)
No início de sua gestão se deparou com várias dificuldades, conforme relatou em setembro de 1893, em uma correspondência a Florentino Ameghino (1854-1911), paleontólogo argentino:
“Chegando aqui entrei em posição insuportável e custou-me muito obter a reorganização do Museu a que agora se está procedendo. Felizmente realizou-se isto – mas que desgostos, que trabalho até lá. (...). O primeiro trabalho que aqui fiz foi a determinação das conchas marinas dos pampas. Correspondem aos do sul do Brasil e Uruguai, fácies modernas. Vou publicar a lista nos meus Archivos. (...). Em breve terei mudança de Museu que vai ao esplêndido monumento do Ipiranga, que só tem o defeito de ser situado um pouco longe, fora da cidade. Vou ter pessoal suficiente, fazer publicação, afinal ganhei a partida” (Apud LOPES, 2002-2003, p.32)
Sua gestão à frente do Museu Paulista imprimiu um perfil profissional àquela instituição. A idéia defendida por Hermann Friedrich Albrecht von Ihering era a de uma intensa especialização dos museus, acompanhando a crescente especialização das ciências ocorridas na época. Pautando-se nesta linha de pensamento, o zoólogo alemão trabalhou o acervo do Museu Paulista.
A concepção de museu que imprimiu ao Museu Paulista foi a de um museu sul-americano, tendo em vista seus próprios trabalhos que apresentavam dimensões continentais. Para tal entendeu que deveriam ser coletados produtos de diversas regiões, e realizados estudos comparativos fundamentados nos métodos mais utilizados nos museus modernos e apresentados com indicações de fácil compreensão (LOPES, 1997).
Os modelos adotados pelas instituições com as quais Hermann Friedrich Albrecht von Ihering manteve intenso intercâmbio, como Musée de Paris, British Museum, e Smithsoniam Institution, foram referências para seu trabalho no Museu Paulista. Fundamentando-se em Francis Arthur Bather (1863-1934), paleontólogo e curador do British Museum, que havia proposto a divisão dos museus vinculados ao Império Britânico entre metropolitanos e coloniais, apresentou uma tipologia de museus em função de suas coleções científicas, qual seja, museus centrais, museus provinciais e museus especializados. Adotou, também, o princípio de separação das coleções, entre as coleções de estudo e as de exibição para o público, de acordo com os “The Principles of Museum Administration”, de George Brown Goode (1851-1896), ictiólogo e administrador de museu, com quem manteve contacto freqüente (LOPES, 1997).
Os esforços de Hermann Friedrich Albrecht von Ihering se voltaram para a realização de um trabalho não apenas de cunho expositivo, mas principalmente científico nas coleções. As primeiras que receberam sua maior atenção foram as coleções de moluscos sul-americanos. As chamadas coleções de estudos aumentaram, ganharam mais armários, crescendo o número de espécies nas coleções ornitológica, entomológica e de moluscos. Outras coleções, como a etnográfica e a arqueológica, foram sendo enriquecidas como resultado de coletas, permutas ou compras. Destacam-se as peças arqueológicas vindas, por permuta, dos Museos de La Plata e de Buenos Aires, e do Imperial Museu de Viena, e o extenso material mineralógico, paleontológico e arqueológico adquirido do Musée de Limur (Vannes, França), em 1913.
Em janeiro de 1896 foi publicado o primeiro número da Revista do Museu Paulista, a qual era de responsabilidade de Hermann Friedrich Albrecht von Ihering. Este primeiro número, correspondente ao ano de 1895, teve uma marca bastante personalista do diretor da instituição. Primeiro, por apresentar, junto à capa da publicação, seu currículo, retratando sua carreira e os contatos internacionais, e também pelo fato de que dos dez artigos publicados, oito eram de sua autoria. Nos exemplares seguintes, a Revista do Museu Paulista publicou inúmeros artigos de naturalistas europeus, em seus idiomas de origem, e também de cientistas nacionais, embora em menor número. Hermann Friedrich Albrecht von Ihering foi responsável por 40% dos artigos publicados pela revista da instituição, nos quais privilegiou o tema da zoologia. Publicou, em quase todos os números da revista, matérias nas quais apresentava um balanço das atividades da instituição, e sobre a organização e o crescimento das coleções. Foi editor da Revista do Museu Paulista de 1895 a 1914, e nestes nove volumes de publicação foram publicados 128 artigos, nas áreas de zoologia e paleozoologia (55%), etnografia e arqueologia (11%), listas de intercâmbios bibliográficos e bibliografias comentadas sobre ciências naturais (12,5%), informações sobre a instituição (8,6%), biografias e necrológicos (5,5%), botânica (3,1%), geografia (1,5%), viagens (1,5%), geologia (0,7%), e história (0,7%).
Maria Margaret Lopes (2001) destaca que, no final do século XIX e início do XX, foram estabelecidas relações entre naturalistas que tiveram importante papel no processo de consolidação das ciências paleontológicas no Brasil e na Argentina, destacando-se a cooperação científica entre Hermann Friedrich Albrecht von Ihering, então diretor do Museu Paulista, e Florentino Ameghino (1854-1911), referência na paleontologia sul-americana de mamíferos:
“Sua participação nessa controvérsia envolvendo Ameghino e os pesquisadores norte-americanos se deu exatamente por sua estreita colaboração com o argentino na classificação dos moluscos fósseis da Patagônia. Esse estudo permitiu-lhe, graças também ao intercâmbio que manteve com os museus do Chile, da Austrália e Nova Zelândia, construir suas teorias sobre as pontes continentais, propondo uma reconstrução paleogeográfica dos modernos continentes sul-americano, africano e australiano, em sua obra Archhelenis and Archinotis, publicada em Leipzig, no ano de 1907 (Lopes e Figueirôa, 1994). Entre 1896 e 1921, Ihering descreveu e classificou 352 novos moluscos fósseis — incluindo gêneros, subgêneros, espécies e subespécies — do terciário ao pleistoceno do sul da América do Sul (Parodiz, 1996)” (LOPES, 2001).
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering também manteve intercâmbio com outros cientistas e estabelecimentos estrangeiros, como o Musée de Paris, o British Museum, o National Museum of Natural History e a Smithsoniam Institution.
Em 1901, Hermann Friedrich Albrecht von Ihering nomeou para a vice-diretoria de custos, do Museu Paulista, seu filho Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar von Ihering. Nomeou, também nesta época, Ernest Garbe (1853-1925) como naturalista-viajante da instituição. Este inclusive, ao lado de Hermann Friedrich Albrecht von Ihering, foi responsável pela ampliação e pela especialização das coleções existentes naquela instituição. A vasta rede de relações mantidas pelo zoólogo alemão em toda a América do Sul propiciou o aumento de peças para a instituição, seja por compra ou por permuta. As doações também foram significativas durante sua gestão, pois muitos dos cientistas estrangeiros com os quais estabeleceu intercâmbios não só estudaram as coleções existentes no Museu Paulista, como também doaram acervos relevantes.
Neste período mereceu destaque o estudo de Hermann Friedrich Albrecht von Ihering a respeito das coleções trazidas por Ernest Garbe da região do Rio Juruá na Amazônia. Uma outra pesquisa importante foi sobre as vespas, de autoria de Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar von Ihering, a qual resultou num artigo intitulado “As vespas sociaes do Brazil”, que foi publicado na Separata da Revista do Museu Paulista (v.6, 1904) e enviado à Société Entomologique de France. Sua associação com Ernest Garbe e João Lima possibilitou a ampliação da coleção de aves do Museu Paulista.
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering foi considerado o responsável pelo desenvolvimento da ornitologia paulista, pois foi a partir de seu trabalho, à frente do Museu Paulista, que esta especialidade “começou a ganhar contornos próprios” (SILVA, 2006). Vários outros setores foram desenvolvidos à época de sua gestão, como o de arqueologia, ampliado com a compra de 180 exemplares escolhidos da coleção Balbino de Freitas (do Museu Nacional), o de mineralogia e o de antropologia.
Em 1907 publicou a obra “Aves do Brazil”, juntamente com seu filho, Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar von Ihering. Esta obra apresentava uma introdução apresentando um sumário da exploração ornitológica no Brasil, com suas faunas regionais. Disponibilizava mapas, sendo um sobre a distribuição das florestas e campos na América do Sul, e outro sobre zonas zoogeográficas do Brasil e suas subdivisões. Nesta publicação havia a enumeração de 400 gêneros, 1567 espécies, e 213 sub-espécies, das quais 1102 estavam representadas no Museu paulista por 6964 espécimes. O nome técnico de cada espécie do Catálogo estava indicado seguido por uma referência do volume e página no Catálogo de Aves do British Museum, onde estavam descridas, por seu nome vernacular, por citações de referências, por informe da distribuição geográfica, e por uma lista de localidades representadas por espécimes do Museu Paulista. Apresentava, também, um apêndice com a reimpressão das descrições de quatro espécies de beija-flores descritas pelo médico e naturalista Emílio Joaquim da Silva Maia, em 1843 e 1852. Dispunha de índices alfabéticos para nos nomes científicos e vernaculares
Em sua obra “Archhelenis und Archinotis: Gesammelte Beiträge zur Geschichte der Neotropischen Region”, publicada em 1907, Hermann Friedrich Albrecht von Ihering, fundamentando-se em pesquisa paleontológica de coleções de fósseis brasileiros e sul-americanos, compreendeu que tinham sido antigas as conexões entre a América do Sul, a África e a Antártica. É considerado um dos predecessores da Teoria da Deriva Continental, e nesta obra afirmou que “Archhelenis teria sido um continente formado pela América Meridional e a África, e Archinotis, pela parte sul da América do Sul e a Antártica” (LOPES, 2002-2003, p.29).
Em 1909 Hermann Friedrich Albrecht von Ihering adquiriu, com recursos particulares, uma área de mata atlântica, na região de Santo André (São Paulo), e transformou-a em uma estação biólógica, objetivando a preservação de florestas e campos nativos. Em 1912 esta estação foi comprada pelo Governo do Estado de São Paulo. Era conhecida, na época, como Parque Cajuru e Estação Biológica, e localizava-se numa extensão de terra entre as estações ferroviárias de Campo Grande e Alto da Serra, próximo à Vila de Paranapiacaba. Sua área foi ampliada com doação e aquisição de outras glebas, e em 1982 passou a ser denominada Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba (ROCHA, 2001).
Descreveu, em 1912, as abelhas sem ferrão, Frieseomellita, gênero da família Meliponini.
Em 1915 foi afastado do cargo de Diretor do Museu Paulista. Alguns atribuem tal afastamento ao fato de terem sido encontradas uma série de irregularidades à época de sua gestão, e outros se referem ao surgimento de polêmicas entre cientistas nacionais e estrangeiros, que teriam envolvido diretores, de origem alemã, de museus brasileiros, como Hermann Friedrich Albrecht von Ihering e Marie Emilie Snethlage, esta do Museu Nacional. Segundo Maria von Ihering de Azevedo, na realidade trataram-se de injustiças e calúnias, das quais von Ihering foi defendido pelo advogado Dr. Abrão Ribeiro, que teria lhe restituído o respeito e a honra (AZEVEDO, 2000).
Recebeu, em seguida, diversos convites de museus e universidades fora do Brasil. Foi para o Chile e depois para a Argentina, onde contribuiu com o Museo de Historia Natural de La Plata e lecionou zoologia na Universidad de Córdoba.
Ainda na Argentina, prosseguiu com suas pesquisas na área da arqueologia e da antropologia. Em 1924, quando retornou para a Alemanha, doou ou vendeu (LOPES, 2001), ao Museo de Buenos Aires, sua coleção de moluscos fósseis, a qual em parte havia sido reunida juntamente com o paleontólogo argentino Florentino Ameghino (1854-1911). Já na Alemanha, tornou-se professor honorário de zoologia e paleontologia na Universität Giessen (AZEVEDO, 2000).
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering dedicou muitos estudos a fósseis moluscos, aos pássaros, à etnologia. Foi, na passagem do século XIX para o XX, um dos principais teóricos sobre a relação entre evolução e paleogeografia (IHERING, 2006).
Participou de inúmeras sociedades científicas, brasileiras e estrangeiras, tendo sido sócio honorário da Società Italian de Antropologia, da Geographical Society of Bremen, da Berliner Gesellschaft fün Anthropologie, Ethnologie und Urgeschichte, da Academy of Natural Sciences of Philadelphia, da Sociedade de Naturalistas de Moscou, da Berliner Entomologische Gesellschaft, do Museum für Völkerkunde zu Leipzig e da Sociedad Científica de Chile, e acadêmico correspondente da Academia Nacional de Ciências (Córdoba, Argentina).
É patrono da cadeira nº 14 da Academia Lítero-Cultural Taquarense, fundada em 1996 na cidade de Taquara (Rio Grande do Sul).
Hermann Friedrich Albrecht von Ihering foi homenageado, em abril de 1927, com a “Festschrift für Prof. Dr. Hermann von Ihering”, publicado em Phoenix - Zeitschrift fürdeutsche Geistsarbeit in Südamerika 1872-1924, Buenos Aires (Argentina),
Em 1958 o Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul criou a publicação “Iheringia, Série Botânica”, como uma homenagem a Hermann Friedrich Albrecht von Ihering, por seu importante trabalho no campo das ciências naturais.
Produção intelectual
- “Ueber das Wesen der Prognathie und ihr Verlhaeltniss zur Schaedelbasis”. Universität Göttingen, 19 de dezembro de 1872.
- “Die Entwickelung des menschlichen Stirnbeins". Archiv für Anatomia, Physiologie und wissenchaftliche Medicin, p.649, 1872.
- “Blumenbachii, Johann Friedrich. Nova pentas collectionis suae craniorum diversorum gentium, tanquam complimentum priorum decadum". Göttingen. Editado por H. von Ihering mit V. Kupferstichen. 1873.
- “Ueber das Inca-Bein der Peruaner". Das Ausland, Stuttgart, p.414-415, 1873.
- “Zur Reform der craniometrie". Zeitschrift für Ethnologie, p.121, 1873.
- “Zur Mechanik der organischen Formbildung". Das Ausland, Stuttgart, n.14, p.270-275, 1874.
- “Ueber die Entwicklungsgeschichte der Najaden". Sitzungsberichte der naturforschenden Gesellschaft su Leipzig, n.1, p.3-8, 1874.
- “Uerber extrem breite Schaedel". Mittheilungen aus dem Göttinger anthropologischen Verein, n.1, p.36-45, 1874.
- “Demonstration neuer craniometrischer und craniographischer Apparate nebst Bemerkungen darüber". Bericht über die V. Versammlung der d. Gesellschaft f. Anthropologie, n.7, p.7-63, 1875.
- “Ueber die Ontogenie von Cyclas und die Homologie der Keimblätter bei den Mollusken". Zeitschrift für wissenchaftliche Zoologie, n.26, p.414-433, 1875.
- “Die Schaefenlinien des menschlichen Schaedels. Archiv von Reichert und du Bois-Reymond, p.67, 1875.
- “Uerber die Entwicklungsgeschichte von Helix. Jenaische Zeitschrift für Naturwissenschaften, n.9, p.299-338, 1875.
- “Coletanea Ihering”. [s.l.], [s.n.], 1875.
- “Zur Physiologie und Histologie des Centralnervensystems von Helix pomatia”. Gesellschaft der Wissenschaften und der Georg-Augusts-universität zu Göttingne, p.361-366, jan. 1876.
- “Die Gehörwerkzeuge der Mollusken in ihrer Bedeutung für das natürliche System derselben”. Habilitationsschrift an der Universität Erlangen. (Doutorado em Filosofia). 31 de julho de 1876.
- “Zur Frage der Schaedelmessung".Correspondenzblatt der deutschen anthropologischen Gesellschaft, n.8, p.62, 1876.
- “Versuch eines natürlichen Systems der Mollusken". Jahrbücher der deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.3, p.97-145, 1876.
- “Tethys. Ein Beitrag zur Phylogenie der Gastropoden". Morphologisches Jahrbuch, n.2, p.27-62, 1876.
- “Beitraege zur Kenntnis des Nervensystems der Amphineuren und Anthrocochliden". Morphologisches Jahrbuch, n.3, p.155-177, 1877.
- “Zur Morphologie der Niere der sogennannten Mollusken".Zeitschrift für wissenchaftliche Zoologie, n.29, p.583-614.
- “Ueber den Geschlechtsapparat von Succinea". Jahrb. Deut. Malakol. Ges., n.4, p.136-141, 1877.
- “Vergleichende Antomie des Nervensystems und Phylogenie der Mollusken”. W. Engelmann, Leipzig, 1877.
- “Ueber die Thiere von linksgewundenen Buccinen". Nachrichtsblatt der deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.9. p.51-64, 1877.
- “Ueber die systematische Stellung von Pernia und die Ordnund der Nephropneusta”. Erlagen, p.1-38, 1877.
- “Zur Kenntniss der Eibildung bei den Muscheln". Zeitschrift für wissenchaftliche Zoologie, n.29, p.1-14, 1877.
- “Ueber Anomia nebst Bemerkungen zur vergleichenden Anatomie der Musculatur bei den Mollusken". Zeitschrift für wissenchaftliche Zoologie, n.30, p.13-27, 1878.
- “G. Cuviers Abhabdlungen sur Begründung des Typus der Mollusken". Malakologische Blaetter, n.25, p.37-80, 1878.
- “Das peripherische Nervensystem der Wirbelthiere als Grundlage für dike Kenntniss der Regionenbildung der Wirbelsaule”. F. C. W. Vogel, Leipzig, 1878.
- “Ueber Wirbelverdoppelung bei Fischen".Zoologischer Anzeiger, n.3, p.72-74, 1878.
- “Ueber den Begriff der Segmente bei den Wirbelthieren und Wirbellosen, nebst Bemerkungen über die Wirbelsäule des Menschen”. Centralbl. Für die medic. Wissenchaften, n.9, p.129-152, 1878.
- “Zur Einführung von Oscillations-exponenten in die Craniometrie". Archiv für Anthropologie, v.10, n.4, p.411, 1878.
- “Beiträge sur Kenntniss der Anatomia von Chiton und Bemerkunggen über Neomenia und über die Amphineuren im Allgemeinen". Morph. Jahrb., n.4, p.128-155, 1878.
- “Ueber die Hautdr¨sem und Hautporen der Gastropoden". Zool. Anzeiger, n.12, p.274-275, 1878.
- “Befruchtung und Furchung des tierischen Eis und Zelltheilung.” Vriträge für lierzerztem I Serie, n.4, p.104-157, 1878.
- “Die Thierwelt der Apepnseen und ihre Bedeutung für die Frage nach der Entstehung der Arten”. Nord und Süd, n.10, p.241-259, 1878.
- “Einiges neues über Mollusken”. Zoolog. Anzeiger, n.2, p.136-138, 1879.
- “Graffilla muricicola, eine parasitische Rhabdocele”. Zeitschrift für wissenschaftliche Zoologie, n.34, p.147-174, 1879.
- “Beiträge sur Kenntnis der Nudibranchien des Mittelmeeres.” Malakozool. Blätter, n. f., n.2, p.1-56, 1879.
- “Ueber die Wirbelsäule von Pipa”. Morph. Jahrb., n.6, p.297, 1880.
- “Zur Kenntnis der recenten und der diluvialen Mollusken-Fauna der fränkischen Schweiz”.Malakozool. Blätter, n.f., n.3, p.69-77, 1880.
- “Ueber die Verwandtachafttabeziehungen der Cephalopoden.” Zeitschrift für wissenschaftliche Zoologie, n.35, p.1-22, 1880.
- “Die Aptychen als Beweismittel für die Dibranchiaten-Natur der Ammoniten”. Neues Jahrbuch für Mineralogie, Geologie und Palaeontologie, n.1, p.44-92, 1880.
- “Rio de Janeiro”. Nord und Süd, n.50, p.313-336, 1880.
- “Ueber den Giftapparat der Kolallenschlange”. Zoologische Anzeiger, n.9, p.409-412, 1881.
- “Ueber die Colonie Mundo Novo". Export. III. Jahrb., p.535.
- “Ueber Schlangenbisse”. Koseritz Deutscher Volkskalender für Brasilien, p.160-174, 1882.
- “Die Künstliche Deformierung der Zähne”. Zeitschrift für Ethnologie, Berlin, p.213-262, 1882.
- “Ueber Schichtenbildung durch Ameisen (Atta cephalotes). Briefliche Mitteilung aus Mundo Novo, Rio Grande do Sul.” Neues Jahrbuch für Mineralogie, Geologie und Palaeontologie, n.1, p.456-457, 1882.
- “Zur Kenntniss der Gattung Girardinus”.Zeitschrift für wissenchaftliche Zoologie, n.8, p.468-490, 1883.
- “Witterungs-und Gesundheitsverhältnisse von Süd-brasilien”. Weltpost-Blätter für Deutsche Auswanderung, Kolonisation und Weltverkehr, Leipzig, p.169-171, 1883.
- “Thierhandel und Market in Rio de Janeiro”. Deutsche geographische Blätter, n.6, p.67-81, 1883.
- “Die deutsch-brasilianische Ausstellung in Porto Alegre”. Unsere Zeitung, Leipzig, n.1, p.263-290, 1883.
- “Mehrzhige Pferde”. Kosmos, n.1, p.99-101, 1884.
- “Beiträge zur Kenntniss der Nudibranchien des Mittelmeeres. II.” Malakologische Blätter, n.f. , n.8, p.11-48, 1884.
- “Peltella (van Bem.).” Malakologische Blätter, n.f. n.8, p.57-81, 1884.
- “Ueber den uropneustischen Apparat der Heliceeen”. Zeitschrift für wissenchaftliche Zoologie, n.41, p.259-283, 1884.
- “Zur Kenntniss der amerikanischen Limax-Arten”. Jahrbuch der deutschen Malacozoologischen Gesellchaft, n.12, p.201-218, 1885.
- “Zur Verständigung über Beschreibung und Abbildung von Radula-Zahnen”. Nachrichstsblatt der deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, v.18, n.1-2, p.1-6, 1885.
- “Die Gallaepfel des südbrasilianischen Molho-Strauches”. Entomologische Nachrichten, v.11, n.9, p.129-132, 1885.
- “Zur Kenntniss der Gattung Lithoglyphus”. Malakologische Blätter, n.7, p.96-99, 1885.
- “Zur Kenntniss der brasilianischen Mäuse und Mäuseplagen”. Kosmos, n.2, p.423-437, 1885.
- “H. von Berlepsch und H. von Ihering – Die Vögel der Umgegend von Taquara”. Zeitschrift die gesammte Ornithologie, p.97-185, 1885.
- “Zur Frage der Bestäubung von Blüten durch Schnecken”. Kosmos, v.9, n.16, p.78-79, 1885.
- “Ueber die Fortpflanzung der Gürthelthiere”. Sitzungberichte der Koenigl. Preuss, Akademie der Wissenschaften zu Berlin, n.48, p.1051-1053, 1885.
- “Die Lagos dos Patos”. Deutsche Geographische Blätter, Bremen, n.8, p.164-203, 1885.
- “ Die Colonie São Lourenço”.Deutsche Colonial-Zeitung, n.2, p.460-463, 1885.
- “Die Deutsche Auswanderung und ihre Ziele”.Unsere Zeitung, Leipzig, n.2, p.433-450, p.620-636, 1885.
- “Rio Grande do Sul. Uebers Meere.” Taschenbibliothek für Deutsche Auswanderer, p.11-12, 1885.
- “Nachtrag zur Entwicklung von Praopus”. Archiv für Anatomie und Physiologie, p.541-541, 1886.
- “Der brasilianische Provinz Matto Grosso”.Deutsche geographische Blätter, n.9, p.265-300, 1886.
- “On the Oviposition in Phyllomedusa iheringi”. Annals and Magazine of Natural History, London, series 5, n.17, p.461-464, 1886.
- “Zur Kenntniss der Nudibranchien der brasilianischen Küste”. Jahrbuch der deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.13, p.223-240, 1886.
- “Der Stachel der Meliponen”. Entomologische Nachrichten, n.12, p.177-188, 1886.
- “Ueber Haus-Ratten Brasiliens”.Sitzungsbericht der Gesellschaft naturforschender Freunde zu Berlin, p.101-108, 1886.
- “Ueber Generationswechsel bei Säugethieren”. Archiv für Anatomie und Physiologie, p.433-450, 1886.
- “Am Guahyba”.Unsere Zeitung, v.2, p.245-269, 1886.
- “Karte das Camaquamgebietes”. Deutsche Colonial-Zeitung, n.3, p.756, 1886.
- “Generationswechsel bei Termiten”. Entomologische Nachrichten, v.13, n.1-4, p.179-182, 1887.
- “Ueber eine merkwürdig leuchtende Käeferlarve.” Berliner Entomologische Zeitschrift, n.32, p.11-16,1887.
- “Ornithologische Forsschung in Brasilien”. Ornis, p.1-13, 1887.
- “Giebt es Orthoneuren?” Zeitschrift für wissenchaft. Zoologie, n.45, p.499-531, 1887.
- “Die Vogel der Lagoa dos Patos”. Zeitschrift für gesammte Ornithologie, p.142-165, 1887.
- “H. von Ihering und P. Langhans – Das südliche Koloniengebiet von Rio Grande do Sul”. Dr. A. Petermanns Geographische Mittheilungen, n.10-11, p.289-343, 1887.
- “Zur Kenntniss der Vegetation der südbrasilianischen Subregion”. Das Ausland, Wochenschrift für Länder-und Volkerkunde. N.41, p.801-805, 1887.
- “Schiffahrt auf dem Camaquem-Fluss”. Export, n.9, p.345, 1887.
- “Ueber Brutpflege und Entwicklung des Bagre (Arius commersoni Lac.).” Biologisches Centralblatt, n.8, p.268-271, 1888.
- “Die Stellung der Pteropoden”. Nachrichtsblatt der deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.20, p.30-32, 1888.
- “Die Verbreitung der Ankeraexte in Brasilien”. Verhandlungen der Berliner anthropologischen Gesellschaft, p.217-222, 1888.
- “Phylomycus und Pallifera”. Nachrichchtsblatt der Deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.1-2, p.5-12; n.3-4, p.33-38, 1889.
- “Zur Urgeschichte von Uruguay”. Verhandlungen der Berliner anthropologischen Gesellschaft, p.655-659, 1889.
- “Revision der von Spix in Brasilien gesammelten Najaden”. Archiv für Naturgeschichte, n.56, p.117-170, 1890.
- “Ueber die Verbreitung des Coca-Genisses in Südamerika”. Das Ausland, n.46, p.908-910, 1890.
- “Zur Praeparation von Hymenopteren”. Entomologische Nachrichten, v.16, n.22, p.347-348, 1890.
- “Die geographische Verbreitung der Flussmuschelm”.Das Ausland, v.63, n.48, p.941-944; n.49, p.968-973, 1890.
- “Ueber die geographische Verbreitung der entomostraken Krebse ides Süsswassers”. Naturwissenchaftliche Wochenschrift , v.6, n.40, p.403-405; n.41, p.413-416, 1891.
- “Die Wechselbeziehungen zwischen Pflanzen und Ameisen in den Tropen”. Das Ausland, n.24, p.474-477, 1891.
- “Versuch einer Geschichte der Ureinwohner von Rio Grande do Sul”. Globus, Illustrierte Zeitschrift für Länder-und Völkerkunde, v.60, n.12, p.170-181; n.13, p.194-197, 1891.
- “Indianer-Zust6ande in Matto Grosso”. Das Ausland, n.31, p.616-617, 1891.
- “Zur Verbreitung der Honigbiene”. Das Ausland, n.22, p.439, 1891.
- “Bemerkungen über die zoologisch-systematische Bedeutung der Fischotolithe”. Sitzungs-Ber. Der Gesellschaft naturf. Freunde zu Berlin, p.23-26, 1891.
- “Ueber die zoologisch-systematische Bedeutung der Gehörorgane der Teleostier”. Zeitschrift für wissenchaftliche Zoologie, Leipzig, n.52, p.77-514, 1891.
- “The Geographical Distribution of the fresh-water Mussels.” New Zeeland Journal of Science, v.1, n.4, p.151-154, 1891.
- “Die Calchaquis”. Das Ausland, v.64, n.48, p.941-946; n.49, p.964-968, 1891.
- “Sur les relations naturelles des Cochlides et des Ichnopodes”. Bulletin Scientifique de La France et de la Belgique, Paris, n.23, p.148-257, 1891.
- “Anodonta und Glabaris”. Zoologische Anzeiger, n.14, p.474-484, 1891.
- “Ueber die Beziehungen der chilenischen und süd-brasilianischen Süsswasserfauna. Verhandlungen des deutschen, wissenschaftlichen Vereins zu Santiago, p.143-149, 1891.
- “Sobre la distribución geográfica de los Creodontes”.Revista Argentina de Historia Natural, Buenos Aires, n.1, p.209-216, 1891.
- “Ueber die alten Beziehungen zwischen Neuseeland und Südamerika. Das Ausland, n.18, p.1-8, 1891.
- “On the ancient relations between New Zealand and South América”. Transactions and Proceedings of the New Zealand Institute, 24, p.431-445, 1891.
- “Ueber die geographische Verbreitung der Ampullarien im südlichen Brasilien”. Nachrichtsblatt der Malakozoologischen Gesellschaft, p.93-109, 1891.
- “Sur les relations naturelles des cochlides et des ichnopodes”. Separata de Bulletin Scientifique, t. 23, p.148-257, 1891.
- “Zum Vorkommen von Kürbiskernen in Sambaquis”. Das Ausland, n.8, p.149-150, 1891.
- “Zur kenntniss der Gattung Cristaria.” Nachrichtsblatt der Deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.1-2, p.1-14, 1892.
- “As árvores do Rio Grande do Sul”. Annuario de Graciano A. de Azambuja, VIII, p.166, 1892.
- “Os mammiferos do Rio Grande do Sul”. Annuario do Estado do Rio grande do Sul para o anno de 1892. Porto Alegre, n.9, p.9-96, 1892.
- “Ueber Atopos Simroth”. Nachrichtsblatt der Deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.7-8, p.140-149, 1892.
- “Porquoi certains arbres perdent-ils leur feuillage en hiver?" Atti del Congresso Botanico Internazionale, Genova, p.247-259, 1892.
- “Existence ou manque de l´appareil excreéteur des organes génitaux des Métazoires”. II Congrès International de Zoologie à Moscou, I parter, V Section, p.41-49, 1892.
- “Ueber Farbenunterschiede im Holze eiiger Baum-arten”. Naturwissenchaftliche Wochenschrift, v.7, n.42, p.421-422, 1892.
- “Die Insel Fernado de Noronha”. Globus, v.62, n.15, p.1-6, 1892.
- “Die Gattung Hyalinia”. Nachrichtsblatt der Deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.7-8, p.132-140, 1892.
- “Quelques observations sur les nids d´insectes, faits d´argile”. I Congrès International de Zoologie à Moscou, I parte, II Section, p.246-253, 1892.
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- “Najaden von São Paulo und die geographische Verbreitung der Süsswasserfauna von Südamerika”. Archiv für Naturgeschichte, v.54, n.3-4, p.45-140, 1892.
- “Descripção e anatomia de Peltella”.Arquivos do Museu Nacional, Rio de Janeiro, v.8, p.135-153, 1892.
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- “As Ilhas Oceanicas do Brazil. I. A Ilha de Trindade”. Revista Brazileira, Rio de Janeiro, Primeiro anno, Tomo III, p.254-260, julho a setembro de 1895.
- “As Ilhas Oceanicas do Brazil. II. A Ilha de Fernando de Noronha”. Revista Brazileira, Rio de Janeiro, Primeiro anno, Tomo IV, p.101; 164, outubro a dezembro de 1895.
- “Ceará und ide Pläine zur Verbesserung seines Klimas”. Globus, Illustrierte Zeitschrift für Länder und Völkerkunde, v.67, n.2, p.1-3, 1895.
- “Zur biologie der socialen Wespen Brasiliens”. Zoologischer Anzeiger, v.19, p.449-453, 1896.
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- “Os peixes da Costa do Mar no Etado do Rio Grande do Sul”.Annuario do Estado do Rio grande do Sul para o anno de 1896, Porto Alegre, n.13, p. 98-123, 1896.
- “Zur Kenntniss der südamerkanischen Voluta und ihrer Geschichte”. Nachrichtsblatt der Deutschen Malakozoologischen Gesellschaft, n.7-8, p.93-99, 1896.
- “Os peixes na costa do mar no Estado do Rio Grande do Sul”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, n.2, p. 25-63, 1897.
- “L´état des guêpes sociales du Brésil”. Bulletin de la Société Zoologique de France, n.21, p.159-162, 1897.
- “O Museu Paulista no anno de 1896”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v. II, p. 3-13, 1897.
- “Os Molluscos marinos do Brazil. I. Arcidae, Mytilidae”.Revista do Museu Paulista, São Paulo, v.II, p.73-113, 1897.
- “A Ilha de S. Sebastião”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v. II, p. 129-171, 1897.
- “Os Molluscos dos terrenos terciários da Patagonia”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v.II, p.217-382, 1897.
- “Os piolhos vegetates (Phytophtires) do Brazil”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v. II, p. 385-420, 1897.
- “Os camarões de agua doce do Brazil”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v. II, p. 421-432, 1897.
- “Bibliographia (Historia Natural e Anthropologia)”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v.II, p.433-494, 1897.
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- “Zur Geschichte der marinen fauna von Patagonien”.Zoologischer Anzeiger, n.548, p.530-535, 1897.
- “Os peixes d´agua doce do Estado do Rio Grande do Sul”. Annuario do Estado do Rio Grande do Sul para o anno de 1898, Porto Alegre, n.14, p.161-190, 1898.
- “O Museu Paulista no anno de 1897”. Revista do Museu Paulista, v.III, p.9-16, 1898.
- “Fritz Müller – Necrlogia”. Revista do Museu Paulista, v.III, p.17-29, 1898.
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- “Observações sobre os peixes fosseis de Taubaté”. Revista do Museu Paulista, v.III, p.71-75, 1898.
- “As aves do Estado de S. Paulo”. Revista do Museu Paulista, v.III, p.113-476, 1898.
- “Bibliographia (Historia Natural e Anthropologia)”. Revista do Museu Paulista, São Paulo, v.III, p.505-567, 1898.
- “Ueber die geographische Verbreitung der Sing-vögel von São Paulo”.Journal für Ornitologie, p.6-24, 1898.
- “Description of a new Fish from São Paulo”. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, p.108-109, 1898.
- “A formiga sauva”. Revista Agricola, n.4, p.255-259, 283-289, 1898.
- “Contributions to the Herpetology of São Paulo, Brasil”. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia, p.101-109, 1898.
- “Die Anlage neuer Colonien und Pilzgaerten bei Atta sexdens”. Zoologischer Anzeiger, n.556, p.238-245, 1898.
- “Ostrea guaranitica”. Anales de la Sociedad Científica Argentina, Buenos Aires, n.47, p.63-64, 1898.
- “Ueber die vermeintliche Errichtung der Sambaquis durch den Menschen”. Verh. Der Berliner Anthropol. Gesellschaft, p.455-460, 1898.
- “As especieis de Ampullaria da Republica Argentina”. Anales del Museo Nacional de Buenos Aires, n.6, p.47-52, 1898.
- “Prejuizos causados em S. Paulo ás laranjeiras por piolhos vegetaes.” Revista Agricola, v.4, n.42, p.89-91, 1898.
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- “Praga do «Curuquerê»”. Revista Agricola, São Paulo, v.4, n.42, p.231-232, 1899.
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- “Ueber das natürliche Vorkommen von Nephrit in Brasilien.” XIV Internationaler Amerikanischen-Congress, Stuttgart, p.507-515,1904.
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Ficha técnica
Pesquisa - Lucilia Maria Esteves Santiso Dieguez, Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Redação - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Atualização - Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.
Forma de citação
IHERING, HERMANN FRIEDRICH ALBRECHT VON. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 21 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario
Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)