Exibir código-fonte para LOPES, RITA LOBATO VELHO


<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Outros nomes e/ou títulos:&nbsp;'''<u>[[LOBATO, RITA|Lobato, Rita]]</u>; <u>[[FREITAS, RITA LOBATO DE|Freitas, Rita Lobato de]]</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Resumo:&nbsp;'''Rita Lobato Velho Lopes nasceu na cidade de São Pedro do Rio Grande, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 9 de junho de 1866. Em 1884 matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mas interrompeu o curso, e transferiu-se para Salvador, onde continuou os estudos na Faculdade de Medicina da Bahia, e doutorou-se, em 1887, com a tese “Paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana”. Após diplomar-se, retornou para a província de São Pedro do Rio Grande do Sul, onde estabeleceu um consultório em Porto Alegre, e depois dedicou-se a atender, em seu domicílio, a população de Capivari, Rio Pardo e arredores. Foi vereadora da cidade de Rio Pardo. Faleceu em 6 de janeiro de 1954.</span></span>

=<span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Dados pessoais</span>=

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Rita Lobato Velho Lopes nasceu na cidade de São Pedro do Rio Grande, na então província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 9 de junho de 1866. Seus pais eram Francisco Lobato Lopes, nascido em 1833 na cidade de Pelotas, província de São Pedro do Rio Grande do Sul, e Rita Carolina Velho Lopes, nascida na mesma cidade em junho de 1843. Era neta, por parte de pai, de Manoel Antonio Lopes e Joaquina Correia Lobato Lopes, e por parte materna de Matias José Velho e Luciana Francisca Gonçalves da Terra Velho, essa de descendência espanhola (LIMA, 2011).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Francisco Lobato Lopes, que se casou com sua prima Rita Carolina Velho, em 19 de agosto de 1858, era um comerciante abastado, e proprietário da estância de Santa Isabel, de charqueadas em Pelotas e de uma residência de veraneio em Rio Grande. Em 1871, a família se mudou para uma estância em Areial, zona das charqueadas, próxima à cidade de Pelotas.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Francisco Lobato Lopes e Rita Carolina Velho Lopes tiveram quatorze filhos, e apenas nove sobreviveram. Em março de 1884, Francisco Lobato Lopes desembarcou no Rio de Janeiro com cinco de seus filhos, Francisco Lobato Velho Lopes, Mathias Lobato Velho Lopes, Rita Lobato Velho Lopes, Antonio Lobato Velho Lopes e José Lobato Velho Lopes, e três escravos, Clarinda, Crispim e Maria. Permaneceram, no Rio Grande do Sul, os outros filhos, Julieta, Isabel, Joaquina e Cássio, seu filho mais novo. Rita Lobato Velho Lopes foi batizada, em 10 de maio de 1867, na Matriz de Nossa Senhora do Carmo de São Pedro do Rio Grande.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Sua mãe, Rita Carolina, faleceu em 3 de junho de 1883, por ocasião do parto de seu 14º filho. Com sua morte, Francisco Lobato Velho Lopes, filho mais velho do casal, viajou para o Rio de Janeiro para ingressar na <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]]</u>, e teve como companhia, nesta viagem, sua irmã Rita Lobato Velho Lopes. Outros irmãos de Rita também se formaram na área médica, como Mathias, e Antonio. Em 1897, faleceu Francisco, irmão mais velho de Rita, e, em 1898, faleceu seu pai, Francisco Lobato Lopes.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 1889, Rita Lobato reencontrou, na cidade de Rio Pardo, o comerciário Antonio Maria Amaro de Freitas, seu primo e namorado na infância, com quem se casou em 18 de julho deste ano na Estância de Santa Vitória, em Jaguarão (província de São Pedro do Rio Grande do Sul), mudando seu nome para Rita Lobato de Freitas. O jovem casal fixou residência em uma estância em Jaguarão, onde Rita Lobato clinicou até 1890, quando foram para o Rio de Janeiro, para embarcarem em viagem para a Europa. Durante essa viagem, enfrentaram uma tempestade, próximo à Santa Catarina, e assim decidiram desembarcar no Rio de Janeiro, onde o casal permaneceu por três meses. Posteriormente, retornaram para o Rio Grande do Sul, e se estabeleceram na cidade de Porto Alegre.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 16 de outubro de 1890 nasceu sua única filha, Isis Lobato Freitas Silveira. Rita Lobato e Antonio Maria se estabeleceram em Rio Pardo, onde adquiriram a Estância do Capivari, na qual permaneceram por anos. Nesta estância Rita prestava atendimentos médicos, enquanto seu esposo, Antonio Maria, fazia trabalhos rurais e de mineração. Rita Lobato e Antonio Maria foram casados por 37 anos, até 20 de setembro de 1926, quando esse faleceu. Em 1943, Rita Lobato adotou Getúlio Franco, filho de uma das empregadas da casa, que mais tarde viria a herdar alguns de seus bens. Sua filha, Isis, casou-se com Mario Amaro da Silveira, e teve três filhos, Antonio Maria, Auta Teresa e Maria Antonieta.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Rita Lobato Velho Lopes faleceu em 6 de janeiro de 1954, na Estância de Capivari, tendo sido enterrada no cemitério municipal da cidade de Rio Pardo.</span></span>

=<span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span>=

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 1871, Rita Lobato Velho Lopes residia em Areial, região da zona das charqueadas próxima a cidade de Pelotas. Aos cinco anos de idade iniciou os estudos na escola pública primária dirigida por América Soares de Abreu, tendo concluído a primeira fase escolar aos 9 anos de idade.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após a transferência de sua família para a cidade de Pelotas, Rita Lobato frequentou inicialmente o Collegio Santa Rosa, e em seguida o Collegio São Francisco de Paula, dirigido pelos professores Carlos André Laquintinie e Benjamin Manoel do Amarante, onde cursou o secundário (LONER, 2017). Uma de suas colegas de classe foi <u>[[DIAS, ANTONIETA CESAR|Antonieta Cesar Dias]]</u>, que também viria a formar-se como médica.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Rita Lobato concluiu o preparatório na capital da província do Rio Grande do Sul, na Instrução Pública de Porto Alegre, em 1883. Em 1884 viajou ao Rio de Janeiro, e em 31 de março deste ano se inscreveu na <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]]</u>, apresentando-se com o seguinte documento:</span></span><blockquote><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Illmo Exmo Sr. Cons. Dr. Diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.</span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Rita Lobato Velho Lopes, natural do Rio Grande do Sul, com 17 anos de idade, filha de Francisco Lobato Lopes, pede a V. Ex. se digne mandar matriculá-la na primeira série do Curso Médico, para o que apresenta os documentos exigidos por essa mesma Faculdade. Pelo que E. R. Mce. Rio de Janeiro, 31 de março de 1884”.</span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">(''Apud.'' CAPUANO, 2002, p.111)</span></span></blockquote> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Entretando, este documento foi rejeitado por <u>[[SABÓIA, VICENTE CÂNDIDO FIGUEIRA DE|Vicente Cândido Figueira de Sabóia]]</u>, então diretor da instituição, por considerá-lo inválido para matricular-se, havendo necessidade de uma nova vacinação e de um atestado de saúde. Novos documentos foram revalidados no Instituto Vacínico do Império, e encaminhados, tendo sua inscrição sido validada.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">No mesmo ano em que Rita Lobato ingressou na <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]]</u>, outras mulheres também haviam ingressado naquela instituição. Foi colega de Ermelinda Lopes de Vasconcellos, que cursava o 5º ano, de <u>[[DIAS, ANTONIETA CESAR|Antonieta Cesar Dias]]</u>, no 4º ano, e de Maria Amélia Cavalcanti de Alburquerque, no 3º ano do curso (DRA. RITA, 1887). Diplomaram-se escola no Rio de Janeiro, <u>[[VASCONCELLOS, ERMELINDA LOPES DE|Ermelinda Lopes de Vasconcellos]]</u>, em 1888, <u>[[DIAS, ANTONIETA CESAR|Antonieta Cesar Dias]]</u>, em 1889, e Maria Amélia Cavalcanti de Alburquerque em 1892. Outras mulheres também haviam ingressado nesta instituição, como Augusta Castelões Fernandes, Ambrosina Magalhães Carneiro da Cunha, Elisa Borges Ribeiro, mas sobre as quais não se tem informações precisas sobre suas diplomações.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">A Reforma Leôncio de Carvalho, promulgada pelo decreto nº 7.147, de 19 de abril de 1879, Entre propugnou pela primeira vez a permissão da diplomação de mulheres nos diversos cursos das faculdades de medicina e a concessão de autorização para que estas requeressem exame de verificação para obtenção do diploma de dentista. O decreto nº 9.311, de 25 de outubro de 1884, que conferiu novos estatutos às faculdades de medicina, manteve em linhas gerais o proposto pela Reforma Leôncio de Carvalho, com algumas modificações, as quais ficaram conhecidas pelo nome de Reforma Sabóia, devido à atuação de <u>[[SABÓIA, VICENTE CÂNDIDO FIGUEIRA DE|Vicente Cândido Figueira de Sabóia]]</u>, diretor da <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]]</u> entre 1881 e 1889. Um de seus artigos, o art. 377, reafirmou que era “facultada a matricula ás pessoas do sexo feminino” (BRASIL, Decreto, 1884).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Esta permissão, então, estimulou muitas jovens, das diversas províncias do país, a se interessassem em ingressar nas escolas superiores (SILVA, 1954, p. 52). Entretanto, causaram, também, uma certa comoção e revolta de alunos, como a de Francisco, irmão de Rita Lobato, que também estava cursando medicina e que protestara contra essas novas normas. Por medo de represálias, o pai de Rita Lobato resolveu retirar-se da capital do Império, provocando a saída de Rita Lobato da <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DO RIO DE JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]]</u> (DEIXOU, 1885). Em função dos protestos cometidos, alguns alunos, como Francisco, irmão de Rita Lobato, foram expulsos da instituição:</span></span><blockquote><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“A Congregação da Faculdade, tendo precedido a um inquérito sobre as assuadas feitas no edifício da Faculdade no dia 13 de abril último, reconheceu em sua sessão de 04 do corrente, como incurso nos arts.514 e 520 dos estatutos, os alunos Francisco Lobato Velho Lopes, Americo Galvão Bueno Filho e Eduardo Augusto Jorge, e impôs aos dous primeiros a pena de exclusão das Faculdades de Medicina por um ano, e ao ultimo a de reprehensão publica.” (FACULDADE, 1885)</span></span></blockquote> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Apenas Rita Lobato e seu pai retornaram para o Rio Grande do Sul, pois seus irmãos permaneceram na capital, tendo Francisco se formado em farmácia em 1890, Antonio em medicina, em 1890, com a tese “Diabete”, e Mathias, em 1890, com a tese “O palpar abdominal”. Em maio de 1885, Rita Lobato e o pai embarcaram no vapor “Ceará”, rumo à cidade de Salvador, onde desembarcaram em meados do mesmo mês.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nesta cidade, Rita Lobato retomou seus estudos médicos na <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA|Faculdade de Medicina da Bahia]]</u>. A família residiu inicialmente na Rua do Jogo do Carneiro (atualmente Rua Visconde de Barbacena), num prédio que dava para os fundos da faculdade (SILVA, 1954). Posteriormente na Rua do Sodré, num prédio que pertencera a Jerônimo Sodré Pereira e onde havia residido e falecido Antonio José Alves, pai do poeta Castro Alves e catedrático de cirurgia da <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA|Faculdade de Medicina da Bahia]]</u>. Neste novo endereço, Rita Lobato ficou ocupando justamente o quarto que fora de Castro Alves (LIMA, 2011, p.65).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O decreto nº 9.311, de 1884, havia permitido que os alunos adiantassem seus exames, apresentado “para esse fim um requerimento ao Diretor, juntando os necessários documentos” (BRASIL, Decreto, 1884). Rita Lobato havia obtido bons resultados nas aulas de anatomia e nas aulas práticas, e assim, cinquenta dias após sua inscrição no segundo ano de medicina, na escola baiana, solicitou a antecipação de seus exames correspondentes ao ano letivo, de 1885. Em seguida, no mês de outubro, adiantou os exames de anatomia geral e descritiva. Rita Lobato realizou a série seguinte em seis meses, estudando durante as férias. Em março de 1886, ao matricular-se na 3ª série, solicitou prestar seus exames correspondentes àquele ano letivo. Ao matricular-se no 4º ano, em outubro, Rita Lobato sofreu com exaustão. Assim decidiu continuar os estudos, do 5º ano, no ano seguinte, contando em estar adiantada no cronograma de formatura.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Durante o período de formação na <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA|Faculdade de Medicina da Bahia]]</u>, teve como professores Manoel Joaquim Saraiva, [[PEREIRA, ANTONIO PACÍFICO|<u>Antonio Pacífico Pereira</u>]], Manuel Victorino Pereira, Antônio Cerqueira Pinto, Manoel José de Araújo e José Pedro de Souza Braga, entre outros. Frequentava a “Bibliotheca” da [[FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA|<u>Faculdade de Medicina da Bahia</u>]], localizada na entrada pela Rua das Portas do Carmo, e que tinha um acervo de mais de 9.500 volumes (LIMA, 2011).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 8 de agosto de 1886 inscreveu-se na 6ª série médica. As provas iniciaram-se em outubro e, uma semana depois, concluiu os exames com notas máximas. Desta forma, conseguiu solicitar, de forma adiantada, sua formatura, valendo-se do disposto pelo decreto de 1884.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Sua tese de doutoramento, intitulada “Paralelo entre os métodos preconizados na operação cesariana”, tratou das intervenções cirúrgicas para histerotomia pelas técnicas de André Levret (1703-1780), Pierre Roussel (1742-1802), Théodore Étienne Lauverjat (1740-1800), François Ange Deleurye (1737-1780), Georg Wilhelm Stein (1731-1893), Delenoye, Edoardo Porro (1842-1902), Max Saenger (1853-1903), e de Christian Gerhard Léopold (1846-1911) (LIMA, 2011). Nas primeiras páginas da tese, Rita Lobato faz uma homenagem a sua mãe, já falecida, na qual registra a ausência materna naquele momento “em que me vai ser conferido um titulo scientifico, não posso exprimir, não há phrases que o signifiquem!” (LOPES, 1887).  Expressou, também, seu reconhecimento a suas colegas, referidas como “As minhas sympathicas colegas”, Anna Turan Machado Falcão, Maria Amélia Cavalcanti de Alburquerque, Amellia Pedroso Benebien, Glafira Corina de Araujo e Maria Luiza Torrezão de Sue Surville.</span></span>  

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Sua tese foi encaminhada à Comissão Revisora, composta por Anísio Circundes de Carvalho, Augusto Maia e Fortunato Augusto da Silva Junior, que a aprovou, lhe foi conferida o “Imprima-se” pelo diretor da instituição, Ramiro Affonso Monteiro, e a autorização para ser defendida. Rita Lobato defendeu sua tese perante a Comissão Julgadora formada por José Affonso Paraíso de Moura (presidente da banca e catedrático da 1ª cadeira de clínica cirúrgica), [[PEREIRA, ANTONIO PACÍFICO|<u>Antonio Pacífico Pereira</u>]] (lente de histologia teórica e prática), José Pedro de Sousa Braga (lente de patologia externa) e Luís Adriano Alves de Lima Gordilho (lente de medicina operatória). Foi aprovada com distinção (NO DIA 10, 1887).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Considera-se que sua tese de doutoramento foi a primeira a ser defendida por uma mulher em uma instituição de ensino médico no país (LIMA, 2011).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">A formatura de Rita Lobato foi realizada em 10 de dezembro de 1887, no Salão Nobre da <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA|Faculdade de Medicina da Bahia]]</u>, em cerimônia presidida por José Affonso Paraíso de Moura, diretor interino da instituição, tendo tido como orador o acadêmico Coriolano Barreto Burgos, e paraninfo o professor Manoel José de Araújo. Nesta ocasião, Rita Lobato recebeu o simbólico anel de ouro com pedra de esmeralda, adotado pela instituição desde 1856, o diploma de doutora em medicina, e um exemplar das obras hipocráticas (LIMA, 2011).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Sua titulação no curso médico foi amplamente noticiada na imprensa na época, como no ''Diario de Noticias,'' que destacou que o fato de ter sido a primeira mulher formada em uma instituição brasileira, “não póde nem deve passar desapercebido, mostrando que para a mulher se alargam os horizontes dos conhecimentos humanos e se deparam honrosos e dignos meios de vida” (PUBLICAÇÕES, 1888, p.2).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">No mesmo dia da formatura, foi celebrada uma missa na capela do hospital da Santa Casa da Misericórdia da Bahia, pelo padre Arsenio Pereira da Fonseca, e foi oferecida uma festa na casa da família pelo pai da formanda:</span></span><blockquote><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“No sábado, 10, houve na residência a inteligente e distincta sra. D. Rita Lobato, à rua de baixo, uma formosa festa em honra à essa digna senhora, que acabava de receber na nossa faculdade o grao de doutora em medicina. [...] Para maior brilhantismo daquela festa de justo regozijo, achavam-se ali, a partilha do jubilo que enchia a grande alma da Exma. Sra Dr. Rita Lobato, duas moças, duas futuras glorias médicas também brasileiras: a Exma. Sra. Dra. Anna Tourão Machado, paraense, já formada nos Estados Unidos e que veio aqui prestar exame de suficiência e a Exma. Sra. D. Amelia Pedrozo Benebien, cearense, quintanista de medicina.” (BAHIA, 1887)</span></span></blockquote> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Rita Lobato, após diplomar-se, retornou com a família para a cidade de Pelotas, onde residia seu pai, com planos de estabelecer um consultório na cidade de Porto Alegre (CHEGOU, 1888). Em 1888, foi noticiada, nos jornais, a inauguração de um consultório médico de Rita Lobato, especializando-se em moléstias de senhoras, naquela cidade (SALVE, 1888). Este consultório funcionou até 1890, quando Rita Lobato o fechou, passando a atender em sua própria residência.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Com o falecimento de seu irmão, e de seu pai em 1897, Francisco Lobato Lopes, Rita Lobato resolveu, retomar seus estudos. No início de 1910 partiu para Buenos Aires, para acompanhar as comemorações da Independência da República Argentina, e nesta cidade assistiu a conferências médicas, estagiou por cinco meses em hospitais, e teve contato com Cecilia Guierson (1859-1934), que foi a primeira argentina a formar-se médica, fundadora da Escuela de Enfermeras del Círculo Médico Argentino, e presidente do Primer Congreso Femenino Internacional (Buenos Aires, 1910).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Retornando ao país, Rita Lobato se estabeleceu, com o esposo Antonio Maria Amaro de Freitas, na Estância de Capivari, atendendo, em sua residência, a população de Capivari, Rio Pardo e arredores, como foi relatado em uma notícia publicada no jornal ''A Federação: Orgam do Partido Republicano'', em 1920, comentando que Rita Lobato Velho Lopes teria prestado atendimento médico, em sua residência, a Amaro Nogueira, um capataz que havia sido agredido na propriedade de Francisco Xavier de Oliveira (NOTÍCIAS DO RIO PARDO, 1920).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Os jornais registraram, também, a presença da médica Rita Lobato na cidade do Rio de Janeiro, como no caso de um esqueleto encontrado, em um baú, por profissionais da companhia elétrica:</span></span><blockquote><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O empregado da Fiat-Lux, Remigio Vettorelli, foi encarregado com um companheiro de fazer uma instalação elétrica no prédio n. 184 da citada rua, e onde passou a residir, há pouco, a doutora Rita Lobato. E como ainda não tivesse tido tempo para proceder a uma instalação conveniente de materiais de seus estudos profissionais, a citada medica embrulhou em um jornal um esqueleto humano, com o qual toparam assustando-se os referidos operários. D’ahi... o falso rebate”. (TENDO, 1911)</span></span></blockquote> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Há outros registros de sua trajetória, como os anúncios nos quais Rita Lobato recomendava medicamentos, como o publicado no jornal ''A Noticia,'' em 1925, atestando a eficácia do Elixir de Nogueira para o tratamento de moléstias de origem sifilítica (A ILLMA, 1925).</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Até 1925, Rita Lobato prestou atendimentos e consultas gratuitas, nas denominadas “clínicas de senhoras”. Em correspondência particular, desta época, Rita Lobato teria manifestado seu interesse em afastar-se do ofício da medicina por entender que aquela profissão era muito sacrificada para uma senhora (SILVA, 1954). E assim decidiu doar seu material cirúrgico a hospitais, como a Santa Casa da Misericórdia de Porto Alegre.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após a morte de seu esposo, em 20 de setembro de 1925, Rita Lobato passou a dedicar-se principalmente à vida política. No contexto em que se deu a aprovação do novo Código Eleitoral de 1932 e a conquista do voto feminino, Rita Lobato se filiou ao Partido Libertador. Em 21 de agosto de 1934, Rita Lobato obteve o título de eleitora, elegeu-se como a primeira vereadora da cidade de Rio Pardo, tendo tomou posse em 27 de dezembro de 1935. Com a implantação do Estado Novo por Getúlio Vargas, em 1937, e a interdição das câmaras municipais, também foi interrompido o mandato de Rita Lobato como vereadora.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Rita Lobato sofreu um acidente vascular cerebral, em 5 de janeiro de 1940, e a partir de então passou a residir com sua filha Isis, e seus três netos. Recuperou-se e retornou, dez anos depois, para a cidade de Porto Alegre. Em 1952, voltou a viver na Estância do Capivari, onde permaneceu até seu falecimento.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Por seus 84 anos, recebeu, em 1950, diversas homenagens, como da Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, do Instituto Bahiano de Medicina, da 4ª Jornada Brasileira de Pediatria e Puericultura (Porto Alegre, 1950), na <u>[[FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA|Faculdade de Medicina da Bahia]]</u>, e do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Foi eleita, em 1952, Presidente de Honra do Comitê Feminino Pró-Candidatura Darci Pedro Bandeira à Prefeitura de Rio Pardo.</span></span> 

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">No museu da <u>[[ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA|Academia Nacional de Medicina]]</u>, na cidade do Rio de Janeiro, encontra-se um carimbo comemorativo com a efigie de esculápio ladeado por paisagem, tendo ao centro a inscrição ''AO. Cives Servandos'', com a legenda “Homenagem à 1ª médica formada no Brasil - Dra. Rita Lobato 07 a 15 de junho de 1967”. Ainda em 1967, o Correio do Brasil emitiu um selo postal em sua homenagem. Em 2010, o atual prédio da Faculdade de Medicina da Bahia/UFBA, no ''Campus'' do Canela, passou a ser conhecido como “Anexo I da Faculdade de Medicina da Bahia - Doutora Rita Lobato Velho Lopes” (LIMA, 2011).</span></span>

=<span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção intelectual</span>=

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">''- “''Paralelo entre os methodos preconisados na operação cesariana; Secção de sciencias accessorias, Influência do microscopio sobre os progressos das sciencias medicas; Secção de sciencias cirurgicas, Estudo anatomico do rim; Secção de sciencias medicas, Theoria da circulação cardíaca”. These apresentada à Faculdade de Medicina da Bahia, em 30 de setembro de 1887. Bahia: Imprensa Popular, 1887.</span></span>

=<span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Fontes</span>=

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- A ILLMª. ''A Notícia,'' Tres Lagoas, anno IV, n.106, p.2, 12 de fevereiro de 1925. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/711896/206</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- A PRIMEIRA MÉDICA BRASILEIRA. ''A Noite,'' Rio de Janeiro, anno XXXVIII, n.13.435, p.9, 14 de março de 1950. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 30 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/348970_05/911</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- A PRIMEIRA MÉDICA BRASILEIRA''. O Jornal do Rio de Janeiro. Orgão dos Diarios Associados'', Rio de Janeiro, anno XXXV, n.10.241, p.2, 26 de janeiro de 1954. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 31 jan. 2024. Online. Disponível na Internet:<u>http://memoria.bn.br/DocReader/110523_05/26510</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- BAHIA, ''Jornal do Recife,'' Pernambuco, anno XXX, n.289, p.1, 20 de dezembro de 1887. In:  FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/705110/25910</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- BEGLIOMINI, Helio. '''Mulheres Notáveis e Pioneiras na Área da Saúde do Brasil do Século XIX.''' São Paulo: Expressão & Arte Editora, 2021. In: ACADEMIA DE MEDICINA DE SÃO PAULO. Capturado em 8 fev. 2024. Online. Disponível na internet: <u>https://www.academiamedicinasaopaulo.org.br/livros/mulheres-notaveis-e-pioneiras-na-area-da-saude-do-brasil-do-seculo-xix/</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- BRASIL. Decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879. In: CÂMARA DOS DEPUTADOS. Legislação. Capturado em 5 jan. 2024. Online. Disponível na Internet:</span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><u>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-7247-19-abril-1879-547933-publicacaooriginal-62862-pe.html</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- BRASIL. Decreto nº 9.311, de 25 de outubro de 1884 In: CÂMARA DOS DEPUTADOS. Legislação. Capturado em 5 jan. 2024. Online. Disponível na Internet:</span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;"><u>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1824-1899/decreto-9311-25-outubro-1884-545070-publicacaooriginal-56989-pe.html</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- CAPUANO, Yvonne. '''Matris Anima Curant = As pioneiras médicas: Maria Augusta Estrela e Rita Lobato.''' São Paulo: Línea Médica, 2002.   (<u>[[Fontes de informação#ANM|ANM]]</u>)</span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- CASARAM-SE. ''A Federação: Orgam do Partido Republicano,'' Porto Alegre'','' anno VI, n.165, p.1, 22 de julho de 1889. FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/388653/4687</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- CHEGOU. ''A Federação: Orgam do Partido Republicano,'' Porto Alegre'','' anno V, n.46, p.2, 25 de fev. de 1888. FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/388653/4212</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- CONCLUIO. ''Gazeta do Norte: Orgam Liberal,'' Ceará, anno VIII, n. 281, p.1, 15 de dezembro de 1887. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/103950/5869</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- DEIXOU. ''A Federação: Orgam do Partido Republicano'', Porto Alegre, anno II, n.115, p.1, 22 de março de 1885. In: FUNDAÇÂO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/388653/1511</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- DRA RITA Lobato. ''Jornal do Commercio,'' Santa Catarina, Desterro, anno VIII, n.215, p.1, 12 de novembro de 1887. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/887862/6170</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- DRA RITA Lobato. ''Gazeta de Noticias,'' Rio de Janeiro, anno XIV, n.6, p.2, 6 de janeiro de 1888. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/103730_02/13186</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- FACULDADE DE MEDICINA, ''Diario do Brazil,'' Rio de Janeiro, anno V, n.158, p.1, 8 de julho de 1885. In: FUNDAÇÂO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 2 fev. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/225029/3898</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- FALLECIMENTO. ''Diario de Noticias'', Porto Alegre, anno XXIX, n.260, p.2, 8 de janeiro de 1954. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/093726_03/84</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- LIMA, Lamartine de Andrade. Parecer: Anexo I da Faculdade de Medicina da Bahia “Doutora Rita Lobato Velho Lopes”.  ''Gazeta Médica da Bahia,'' Salvador, v. 81, n. 1, p.64-66, jan.-jun. 2011. Capturado em 6 fev. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>https://gmbahia.ufba.br/index.php/gmbahia/article/viewFile/1152/1086</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- LONER, Ana Beatriz; GILL, Lorena Almeida; MAGALHÃES, Maria Osorio (orgs.). '''Dicionário de História de Pelotas.''' 3. ed. Pelotas: Editora da UFPel, 2017. Capturado em 2 fev. 2024. Online. Disponível na internet: <u>http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3466</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- LOPES, Rita Lobato Velho. Paralelo entre os methodos preconisados na operação cesariana. In: MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA. Obras digitalizadas. Capturado em 8 fev. 2024. Online. Disponível na internet: <u>https://www.muhm.org.br/obras-digitalizadas</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- NO DIA 10. ''Jornal do Recife,'' Pernambuco, anno XXX, n.288, p.1, 18 de dezembro de 1887. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/705110/25906</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- NOTÍCIAS DA CAPITAL. ''A Opinião Publica,'' Pelotas, anno XVI, n.141, p.1, 23 de junho de 1911. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 1 fev. 2024. Online. Disponível na Internet:  <u>http://memoria.bn.br/DocReader/123340/1983</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- NOTÍCIAS DO RIO PARDO. ''A Federação: Orgam do Partido Republicano,'' Porto Alegre, anno XXXVII, n.51, p.4, 2 de março de 1920. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/388653/43301</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- PROVÍNCIAS. ''A Província do Espírito Santo,'' Vitória, anno VI, n.1533, p.3, 13 de dezembro de 1887. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/301582/6074</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- PUBLICAÇÕES. ''Diario de Notícias'', Rio de Janeiro, anno IV, n.942, p.2, 8 de janeiro de 1888. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira.''' Capturado em 5 mai. 2024. Online. Disponível na Internet:  <u><nowiki>http://memoria.bn.br/DocReader/369365/3826</nowiki></u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- SILVA, Alberto. '''A Primeira Médica do Brasil'''''.'' Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Editores, 1954. (<u>[[Fontes de informação#BN|BN]]</u>)</span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- TENDO. ''A Federação: Orgam do Partido Republicano,'' Porto Alegre, anno XXVIII, n.139, p.4, 17 de junho de 1911. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 15 jan. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/388653/24179</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- VANIN, Iole Macedo. '''As Damas de Branco na biomedicina baiana (1879-1949): Médicas, Farmaceuticas e Odontologas.''' Tese (Doutorado em História), Programa de Pós-graduação em História, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2008. In: UFBA. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA. Capturado em 10 set.2023. Online. Disponível na Internet: <u>https://ppgh.ufba.br/sites/ppgh.ufba.br/files/2008._vanin_iole_macedo._as_damas_de_branco_na_biomedicina_baiana_1879-1949_medicas_farmaceuticas_e_odontologas.pdf</u></span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- VIAJANTES, ''O Pharol,'' Minas Gerais, anno XLVI, n.56, p.2, 8 de março de 1911. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. '''Hemeroteca Digital Brasileira'''. Capturado em 01 fev.. 2024. Online. Disponível na Internet: <u>http://memoria.bn.br/DocReader/258822/27558</u></span></span>

=<span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ficha técnica</span>=

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Pesquisa - Ana Carolina de Azevedo Guedes, Maria Rachel Fróes da Fonseca.</span></span>

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Redação - Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.</span></span><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">&nbsp;</span>

=<span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Forma de citação</span>=

<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">{{PAGENAME}}. {{SITENAME}}. Capturado em {{CURRENTDAY}} {{CURRENTMONTHABBREV}}. {{CURRENTYEAR}}. Online. Disponível na internet {{SERVER}}/dicionario</span></span>

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<p style="text-align: center;">'''<font color="#0000CC"><font size="2"><font face="Arial">''{{SITENAME}}<br /> Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – ([http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/ <font color="#0000CC">http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br</font>])''</font></font></font>'''</p>    
[[Category:Verbetes]]