CASTRO, ALOYSIO DE: mudanças entre as edições

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1881, e era filho de Francisco de Castro e de Maria Joana Monteiro Pereira de Castro. Seu pai, referido como o “Divino Mestre” (GOMES, 2001), foi diretor do Instituto Sanitário Federal (1894-1897), professor de clínica propedêutica (1891), e diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1901).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado, pelo Governo Brasileiro, com a Grã-Cruz do Mérito Médico.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu, na cidade do Rio de Janeiro, em 7 de outubro de 1959.</span></span><br/> &nbsp;</p>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1881, e era filho de Francisco de Castro e de Maria Joana Monteiro Pereira de Castro. Seu pai, referido como o “Divino Mestre” (GOMES, 2001), foi diretor do Instituto Sanitário Federal (1894-1897), professor de clínica propedêutica (1891), e diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1901).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado, pelo Governo Brasileiro, com a Grã-Cruz do Mérito Médico.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu, na cidade do Rio de Janeiro, em 7 de outubro de 1959.</span></span><br/> &nbsp;</p>  
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span> =
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span> =
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro fez seus estudos fundamentais na Escola Neutralidade – Instituto H. Köpke, dirigida por João Köpke, e localizada inicialmente na rua Voluntários da Pátria nº28, onde teve como mestres Rodrigo Octavio de Langgaard Menezes, José Júlio da Silva Ramos, Antonio Leitão, Nerval Gouveia, Antonio Sales, Virgílio Várzea, Mário Cochrane de Alencar e Luís Morton Barreto Murat. Nesta instituição graduou-se como bacharel em ciências e letras em 1897.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Passou sua infância e adolescência inicialmente na rua São José nº4, no centro da cidade do Rio de Janeiro, e posteriormente na rua Buarque de Macedo e na rua Marquês de Abrantes nº11, ambas no bairro do Flamengo desta cidade. Aprendeu, na companhia de Machado de Assis e Rui Barbosa, amigos de seu pai, a trovar com o jornalista e poeta Luís Morton Barreto Murat.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">A escolha pela formação médica, segundo o próprio Aloysio de Castro, foi resultado do fato de ter “nascido e criado num meio em que se falava mais que tudo em medicina” (Apud PONTES, 1981, p.272). A convivência com os médicos que freqüentavam a casa de seu pai, [[CASTRO,_FRANCISCO_DE|<u>Francisco de Castro</u>]], como Francisco de Paula Fajardo Júnior, Antonio Augusto de Azevedo Sodré, João Paulo de Carvalho, Augusto Brant Paes Leme, Eduardo Chapot Prévost e Raimundo Nina Rodrigues, entre outros, foi um imperativo na sua decisão pela medicina.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ingressou na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]] em 1898, doutorando-se em 1903, com a tese “Das desordens da marcha e seu valor clínico”.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O médico Pedro Nava assim referiu-se à tese de Aloysio de Castro:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Esta memória inaugural reparte-se em três capítulos: no primeiro estudam-se os vários métodos de exame aplicáveis à locomoção; no segundo, a sua fisiologia; e no terceiro, o diagnóstico clínico de suas pertubações. Tratando de assunto inédito em nosso meio e novo nos centros científicos internacionais, a tese de Aloysio de Castro não foi simples compilação, mas contribuição das mais valiosas, contendo pontos de vista originais, fruto de suas observações pessoais e de suas pesquisas diligentes. Pela bibliografia compulsada percebe se a orientação universalista do novo médico. Entre muitos outros, ali aparecem citados os trabalhos franceses de Claude Bernard, Mora e Imbert; de D´Arsonval, Chauveau e Marey; de Bariel, Duchenne e Babinsky; os alemães de Von Meyer, Weber e Merklen; de Nothnagel, Neugebauer e Kaplan; os italianos de Luciani. Morselli e Lui; de Fazizo, Sgobbo e Rivalta; os ingleses de Muybridge, Bradford e Hutchinson”. (NAVA, 2004, p.81-82)&nbsp;</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]] aprendeu histologia com Eduardo Chapot Prévost, clínica com Cypriano de Souza Freitas e cirurgia com Augusto Brant Paes Leme. Foi aluno também de Francisco de Paula Fajardo Júnior, Miguel da Silva Pereira e Antônio Dias de Barros. Nesta instituição foi interno de clínica propedêutica (1901-1903), assistente de Miguel de Oliveira Couto na cadeira de clínica propedêutica (1904), professor substituto de clínica propedêutica (1909), catedrático de patologia médica (1910) e de clínica médica (1915), tendo exercido esta última cátedra até 1940, quando se aposentou. &nbsp;Foi diretor da Faculdade de 1915 a 1925, e foi durante sua gestão que foi inaugurado o novo edifício na antiga Praia da Saudade (Avenida Pasteur), em 12/10/1918, e criado o Instituto de Radiologia. O novo Instituto de Radiologia foi inaugurado em 10 de abril de 1919, e instalado no Pavilhão “Francisco de Castro”, da [[SANTA_CASA_DA_MISERICÓRDIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro</u>]], na Praia de Santa Luzia, nº 7. Em 1925, a Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, por proposta de Miguel de Oliveira Couto, Ernesto do Nascimento Silva e Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães, decidiu prestar uma homenagem a Aloysio de Castro, colocando uma placa de bronze, no edifício da instituição, para destacar os 10 anos de sua administração à frente daquela instituição.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Desde a época em que Aloysio de Castro foi assistente de Miguel de Oliveira Couto, em clínica propedêutica na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], estabeleceu-se entre eles uma relação de “mestre e discípulo”. Miguel de Oliveira Couto foi seu “segundo modelo de médico e professor” (PONTES, 1981, p.273).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 1906 a Congregação da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]] conferiu-lhe um prêmio por ter sido o melhor aluno de sua turma, o qual lhe possibilitou uma viagem à Europa para aperfeiçoar-se em semiologia nervosa. O objetivo era realizar este aperfeiçoamento no Hôpital Bicêtre, na França, com o neuropatologista Pierre Marie (1853-1940), considerado à época a maior expressão da neurologia. Com uma carta de apresentação para Pierre Marie, elaborada por Miguel de Oliveira Couto, viajou para a França. Encontrou com Pierre Marie, freqüentou sua enfermaria e laboratório, tornou-se seu assistente assíduo, e assim “cresceu o entusiasmo do jovem brasileiro pelo mestre que o guiou nas sutilezas do exame neurológico” e “ensinou-lhe porém que nos sintomas e sinais está o melhor da representação clínica” (PONTES, 1981, p.273).<br/> &nbsp;<br/> Durante sua estadia na França freqüentou também o Hospice de la Salpêtrière, L´Hospice de La Charité, o Hôpital Necker, o Hôpital Beaujon, o Hôpital Saint-Louis, o Hôtel-Dieu e o Hôpital Val-de-Grâce.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ao retornar ao Brasil, em 1907, reassumiu seu posto, como assistente de clínica prodepêutica, na[[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], e também na 7ª enfermaria da [[SANTA_CASA_DA_MISERICÓRDIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro</u>]], para o qual havia sido indicado, desde seu doutoramento, por Miguel de Oliveira Couto. Nesta ocasião foi homenageado pelos alunos da 3ª e 4ª séries da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Aloysio de Castro já freqüentava o hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro desde a época que cursava a 3ª série na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Aloysio de Castro foi, juntamente com Antônio Austregesilo Rodrigues Lima, “um dos criadores da Escola Neurológica Brasileira, filha autêntica da Escola de Pierre-Marie, que ele ajudou a transplantar de Paris e da Salpêtrière, para a Quarta Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia e para o Serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro” (NAVA, 2004, p.96).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi sub-comissário de higiene e assistência pública do Rio de Janeiro (1906-1908).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro foi chefe do Serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro (1909,1912), onde realizou a coleta do material clínico necessário à realização de sua semiologia nervosa, as seqüências cinesiográficas ilustrativas das alterações da marcha em diversas neuropatias. Este serviço de clínica médica contava “com a prerrogativa única, na história dos nossos serviços, de ter tido, em épocas diversas, como seus assistentes, os três nomes de cume da Medicina Brasileira: Miguel Couto, Oswaldo Cruz e Carlos Chagas” (NAVA, 2004, p.99). Foi responsável pelo reinício, em 1913, dos cursos na Policlínica, e pela instalação da sala dos cursos. Ministrou a partir de então o curso de patologia médica naquela instituição. Dirigiu e criou os ''Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro'', cujo primeiro número foi lançado em maio de 1916, nos quais eram divulgados trimestralmente os trabalhos originais e experiências práticas realizadas nos diversos serviços clínicos da Policlínica. Trabalhou na Policlínica de 1907 a 1946.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Publicou, em 1914, a obra “Tratado de semiotica nervosa”, que provocou, segundo Pedro Nava, uma verdadeira revolução nos compêndios didáticos da época, pois “inaugura a iconografia médica nacional e pela primeira vez e em suas páginas usa-se sistematicamente a fotografia como peça de ensino” (NAVA, 2004, p.100). A edição ampliada desta obra foi publicada em 1935, com o título &nbsp;“Semiótica Nervosa”.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Jorge Bandeira de Mello (1959), na sessão extraordinária realizada em homenagem a Aloysio de Castro, na [[ACADEMIA_NACIONAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Nacional de Medicina</u>]], destacou-o como um médico clínico no antigo estilo, para o qual a observação e a análise clínicas eram as grandes chaves para o diagnóstico. Nos próprios discursos de Aloysio de Castro podemos perceber esta compreensão sobre seu ofício:&nbsp;</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Nada, em verdade, supera no médico a riqueza da observação, em que pese à moda atual, que tenta substituir o exame clínico direto pela medicina mecanizada, a que se quer contentar com o resultado das pesquisas de laboratório. (...). Permito-me neste propósito repetir o que certa vez já disse na cátedra: Os progressos obtidos nas pesquisas experimentais de nenhum modo dispensam o poder da análise clínica direta, (...). Não se suprime no clínico a personalidade. Com as suas faculdades próprias, cada um se orienta por seu modo no diagnóstico e na terapêutica”. (CASTRO, 1957, p.285-286) &nbsp; &nbsp;</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro abordou em suas publicações variados assuntos de clínica médica, e temas de cardiologia, patologia digestiva, endocrinologia, patologia infecciosa, más formações congênitas, doenças ósseas e metabólicas (PONTES, 1981). Mas foram os estudos de neurologia clínica que se destacaram, desde sua tese de doutoramento, em 1904, que trava das pertubações da macha. Foi autor de muitos artigos sobre coincidências patológicas raras como a associação de acromegalia e doença de Recklinghausen, e curiosidades como ''situs inversus visceralis totalis'' ou fenômenos para os quais chamou a atenção os movimentos associados na atetose (PONTES,1981). Lopes Pontes ainda destaca que sua descrição do ataque epiléptico “surge como uma fotografia cinematográfica que rivaliza com as páginas de Trousseau e Charcot” (PONTES, 1981, p.274). &nbsp; &nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Seus trabalhos foram publicados em periódicos nacionais e internacionais de referência naquela época, como ''Brasil-Medico'', ''Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia'', ''Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro'', ''Revista Brasileira de Medicina e Pharmacia'', ''Jornal dos Clínicos'', ''Folha Médica'', ''A Patologia Geral'', ''Revue Neurologique'', ''Nouvelle Iconographie de la Salpetriére'', ''Encephale'', ''Presse Médicale'', e ''Neurologische Zentralblatt''.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi diretor geral do Departamento Nacional de Ensino (1927-1932).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro foi professor honorário das Faculdades de Medicina de Montevidéu e de Buenos Aires, e recebeu o título de Professor Emérito da Universidade do Brasil.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 3 de junho de 1904 foi eleito membro titular da <u>[[ACADEMIA_NACIONAL_DE_MEDICINA|Academia Nacional de Medicina]]</u> , apresentando como memória para sua admissão o trabalho “Sobre o síndrome de Stokes-Adams”. E em 21 de julho daquele ano tomou posse, e nesta associação foi orador (1910-1911; 1911-1912; 1912-1913), vice-presidente (1914-1915; 1915-1916; 1916-1917; 1917-1918; 1918-1919; 1919-1920; 1920-1921; 1923-1924; 1924-1925), e presidente (1937-1938; 1938-1939; 1939-1940; 1941-1942; 1943-1944; e 1944-1945.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Participou também da <u>Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal do Rio de Janeiro</u>, da [[SOCIEDADE_DE_MEDICINA_E_CIRURGIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro</u>]], da [[SOCIEDADE_DE_MEDICINA_E_CIRURGIA_DE_SÃO_PAULO|<u>Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo</u>]], da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campos, do Instituto Brasileiro da História da Medicina, do Conservatório Brasileiro de Música e do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura. Foi, também, membro de sociedades estrangeiras como a Academia Pontifícia de Ciências, a Academia de Medicina de Buenos Aires, a Academia de Medicina do Peru, a Academia de Medicina de Paris, a Sociedade de Neurologia de Paris, e a Academia de Ciências de Lisboa. Foi membro da Comissão de Cooperação Intelectual da Liga das Nações (1922-1930), diretor do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura, membro correspondente de inúmeras instituições médicas internacionais e membro efetivo da Academia Pontifícia das Ciências. Em 14 de novembro de 1917 foi eleito para a Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Osvaldo Cruz, tendo sido recebido por [[PEIXOTO,_JÚLIO_AFRÂNIO|Júlio Afrânio Peixoto]] em 15 de abril de 1919. Nesta associação também foi segundo-secretário (1921-1922); secretário-geral (1926) e presidente (1930 e 1951).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi um dos presidentes de honra do 1º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia, realizado em 1940, pela Sociedade Brasileira de Ginecologia.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aposentou-se em 3 de dezembro de 1940, e recebeu o título de Professor Emérito, conferido pelo Conselho Universitário, e a Medalha de Ouro por indicação da classe médica, discípulos e amigos.<br/> Foi médico, poeta e musicista, e esta relação foi destacada por Pedro Nava:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Aloysio de Castro só foi o médico original e arguto e inventivo que era, porque foi também um grande artista. Nele, até a música servia à medicina. Falando de um sopro musical, logo o maestro é suscitado ao lado do médico e classifica o seu ritmo como de 72 do metrômono de Maelzel. Continuando, e para dar uma imagem comparativa daquele ruído, é ainda o virtuose que aparece ao lado do professor de clínica para esclarecer: ‘Ele produz o efeito de glissé num instrumento de corda, rangido por arco. A notação musical do sopro, em cada revolução cardíaca .... pode expressar-se ... na clave de fá, mi-2 até lá-1 (quinta inferior), muito fraca a última nota. ` (....).” (NAVA, 2004, p.90) &nbsp;</span></span></p> </blockquote>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro fez seus estudos fundamentais na Escola Neutralidade – Instituto H. Köpke, dirigida por João Köpke, e localizada inicialmente na rua Voluntários da Pátria nº28, onde teve como mestres Rodrigo Octavio de Langgaard Menezes, José Júlio da Silva Ramos, Antonio Leitão, Nerval Gouveia, Antonio Sales, Virgílio Várzea, Mário Cochrane de Alencar e Luís Morton Barreto Murat. Nesta instituição graduou-se como bacharel em ciências e letras em 1897.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Passou sua infância e adolescência inicialmente na rua São José nº4, no centro da cidade do Rio de Janeiro, e posteriormente na rua Buarque de Macedo e na rua Marquês de Abrantes nº11, ambas no bairro do Flamengo desta cidade. Aprendeu, na companhia de Machado de Assis e Rui Barbosa, amigos de seu pai, a trovar com o jornalista e poeta Luís Morton Barreto Murat.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">A escolha pela formação médica, segundo o próprio Aloysio de Castro, foi resultado do fato de ter “nascido e criado num meio em que se falava mais que tudo em medicina” (Apud PONTES, 1981, p.272). A convivência com os médicos que freqüentavam a casa de seu pai, [[CASTRO,_FRANCISCO_DE|<u>Francisco de Castro</u>]], como Francisco de Paula Fajardo Júnior, Antonio Augusto de Azevedo Sodré, João Paulo de Carvalho, Augusto Brant Paes Leme, Eduardo Chapot Prévost e Raimundo Nina Rodrigues, entre outros, foi um imperativo na sua decisão pela medicina.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ingressou na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]] em 1898, doutorando-se em 1903, com a tese “Das desordens da marcha e seu valor clínico”.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O médico Pedro Nava assim referiu-se à tese de Aloysio de Castro:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Esta memória inaugural reparte-se em três capítulos: no primeiro estudam-se os vários métodos de exame aplicáveis à locomoção; no segundo, a sua fisiologia; e no terceiro, o diagnóstico clínico de suas pertubações. Tratando de assunto inédito em nosso meio e novo nos centros científicos internacionais, a tese de Aloysio de Castro não foi simples compilação, mas contribuição das mais valiosas, contendo pontos de vista originais, fruto de suas observações pessoais e de suas pesquisas diligentes. Pela bibliografia compulsada percebe se a orientação universalista do novo médico. Entre muitos outros, ali aparecem citados os trabalhos franceses de Claude Bernard, Mora e Imbert; de D´Arsonval, Chauveau e Marey; de Bariel, Duchenne e Babinsky; os alemães de Von Meyer, Weber e Merklen; de Nothnagel, Neugebauer e Kaplan; os italianos de Luciani. Morselli e Lui; de Fazizo, Sgobbo e Rivalta; os ingleses de Muybridge, Bradford e Hutchinson”. (NAVA, 2004, p.81-82)&nbsp;</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]] aprendeu histologia com Eduardo Chapot Prévost, clínica com Cypriano de Souza Freitas e cirurgia com Augusto Brant Paes Leme. Foi aluno também de Francisco de Paula Fajardo Júnior, Miguel da Silva Pereira e Antônio Dias de Barros. Nesta instituição foi interno de clínica propedêutica (1901-1903), assistente de Miguel de Oliveira Couto na cadeira de clínica propedêutica (1904), professor substituto de clínica propedêutica (1909), catedrático de patologia médica (1910) e de clínica médica (1915), tendo exercido esta última cátedra até 1940, quando se aposentou. &nbsp;Foi diretor da Faculdade de 1915 a 1925, e foi durante sua gestão que foi inaugurado o novo edifício na antiga Praia da Saudade (Avenida Pasteur), em 12/10/1918, e criado o Instituto de Radiologia. O novo Instituto de Radiologia foi inaugurado em 10 de abril de 1919, e instalado no Pavilhão “Francisco de Castro”, da [[SANTA_CASA_DA_MISERICÓRDIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro</u>]], na Praia de Santa Luzia, nº 7. Em 1925, a Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, por proposta de Miguel de Oliveira Couto, Ernesto do Nascimento Silva e Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães, decidiu prestar uma homenagem a Aloysio de Castro, colocando uma placa de bronze, no edifício da instituição, para destacar os 10 anos de sua administração à frente daquela instituição.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Desde a época em que Aloysio de Castro foi assistente de Miguel de Oliveira Couto, em clínica propedêutica na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], estabeleceu-se entre eles uma relação de “mestre e discípulo”. Miguel de Oliveira Couto foi seu “segundo modelo de médico e professor” (PONTES, 1981, p.273).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 1906 a Congregação da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro]] conferiu-lhe um prêmio por ter sido o melhor aluno de sua turma, o qual lhe possibilitou uma viagem à Europa para aperfeiçoar-se em semiologia nervosa. O objetivo era realizar este aperfeiçoamento no Hôpital Bicêtre, na França, com o neuropatologista Pierre Marie (1853-1940), considerado à época a maior expressão da neurologia. Com uma carta de apresentação para Pierre Marie, elaborada por Miguel de Oliveira Couto, viajou para a França. Encontrou com Pierre Marie, freqüentou sua enfermaria e laboratório, tornou-se seu assistente assíduo, e assim “cresceu o entusiasmo do jovem brasileiro pelo mestre que o guiou nas sutilezas do exame neurológico” e “ensinou-lhe porém que nos sintomas e sinais está o melhor da representação clínica” (PONTES, 1981, p.273).<br/> &nbsp;<br/> Durante sua estadia na França freqüentou também o Hospice de la Salpêtrière, L´Hospice de La Charité, o Hôpital Necker, o Hôpital Beaujon, o Hôpital Saint-Louis, o Hôtel-Dieu e o Hôpital Val-de-Grâce.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ao retornar ao Brasil, em 1907, reassumiu seu posto, como assistente de clínica prodepêutica, na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], e também na 7ª enfermaria da [[SANTA_CASA_DA_MISERICÓRDIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro</u>]], para o qual havia sido indicado, desde seu doutoramento, por Miguel de Oliveira Couto. Nesta ocasião foi homenageado pelos alunos da 3ª e 4ª séries da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Aloysio de Castro já freqüentava o hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro desde a época que cursava a 3ª série na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Aloysio de Castro foi, juntamente com Antônio Austregesilo Rodrigues Lima, “um dos criadores da Escola Neurológica Brasileira, filha autêntica da Escola de Pierre-Marie, que ele ajudou a transplantar de Paris e da Salpêtrière, para a Quarta Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia e para o Serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro” (NAVA, 2004, p.96).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi sub-comissário de higiene e assistência pública do Rio de Janeiro (1906-1908).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro foi chefe do Serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro (1909,1912), onde realizou a coleta do material clínico necessário à realização de sua semiologia nervosa, as seqüências cinesiográficas ilustrativas das alterações da marcha em diversas neuropatias. Este serviço de clínica médica contava “com a prerrogativa única, na história dos nossos serviços, de ter tido, em épocas diversas, como seus assistentes, os três nomes de cume da Medicina Brasileira: Miguel Couto, Oswaldo Cruz e Carlos Chagas” (NAVA, 2004, p.99). Foi responsável pelo reinício, em 1913, dos cursos na Policlínica, e pela instalação da sala dos cursos. Ministrou a partir de então o curso de patologia médica naquela instituição. Dirigiu e criou os ''Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro'', cujo primeiro número foi lançado em maio de 1916, nos quais eram divulgados trimestralmente os trabalhos originais e experiências práticas realizadas nos diversos serviços clínicos da Policlínica. Trabalhou na Policlínica de 1907 a 1946.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Publicou, em 1914, a obra “Tratado de semiotica nervosa”, que provocou, segundo Pedro Nava, uma verdadeira revolução nos compêndios didáticos da época, pois “inaugura a iconografia médica nacional e pela primeira vez e em suas páginas usa-se sistematicamente a fotografia como peça de ensino” (NAVA, 2004, p.100). A edição ampliada desta obra foi publicada em 1935, com o título &nbsp;“Semiótica Nervosa”.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Jorge Bandeira de Mello (1959), na sessão extraordinária realizada em homenagem a Aloysio de Castro, na [[ACADEMIA_NACIONAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Nacional de Medicina</u>]], destacou-o como um médico clínico no antigo estilo, para o qual a observação e a análise clínicas eram as grandes chaves para o diagnóstico. Nos próprios discursos de Aloysio de Castro podemos perceber esta compreensão sobre seu ofício:&nbsp;</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Nada, em verdade, supera no médico a riqueza da observação, em que pese à moda atual, que tenta substituir o exame clínico direto pela medicina mecanizada, a que se quer contentar com o resultado das pesquisas de laboratório. (...). Permito-me neste propósito repetir o que certa vez já disse na cátedra: Os progressos obtidos nas pesquisas experimentais de nenhum modo dispensam o poder da análise clínica direta, (...). Não se suprime no clínico a personalidade. Com as suas faculdades próprias, cada um se orienta por seu modo no diagnóstico e na terapêutica”. (CASTRO, 1957, p.285-286) &nbsp; &nbsp;</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro abordou em suas publicações variados assuntos de clínica médica, e temas de cardiologia, patologia digestiva, endocrinologia, patologia infecciosa, más formações congênitas, doenças ósseas e metabólicas (PONTES, 1981). Mas foram os estudos de neurologia clínica que se destacaram, desde sua tese de doutoramento, em 1904, que trava das pertubações da macha. Foi autor de muitos artigos sobre coincidências patológicas raras como a associação de acromegalia e doença de Recklinghausen, e curiosidades como ''situs inversus visceralis totalis'' ou fenômenos para os quais chamou a atenção os movimentos associados na atetose (PONTES,1981). Lopes Pontes ainda destaca que sua descrição do ataque epiléptico “surge como uma fotografia cinematográfica que rivaliza com as páginas de Trousseau e Charcot” (PONTES, 1981, p.274). &nbsp; &nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Seus trabalhos foram publicados em periódicos nacionais e internacionais de referência naquela época, como ''Brasil-Medico'', ''Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia'', ''Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro'', ''Revista Brasileira de Medicina e Pharmacia'', ''Jornal dos Clínicos'', ''Folha Médica'', ''A Patologia Geral'', ''Revue Neurologique'', ''Nouvelle Iconographie de la Salpetriére'', ''Encephale'', ''Presse Médicale'', e ''Neurologische Zentralblatt''.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi diretor geral do Departamento Nacional de Ensino (1927-1932).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aloysio de Castro foi professor honorário das Faculdades de Medicina de Montevidéu e de Buenos Aires, e recebeu o título de Professor Emérito da Universidade do Brasil.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 3 de junho de 1904 foi eleito membro titular da <u>[[ACADEMIA_NACIONAL_DE_MEDICINA|Academia Nacional de Medicina]]</u> , apresentando como memória para sua admissão o trabalho “Sobre o síndrome de Stokes-Adams”. E em 21 de julho daquele ano tomou posse, e nesta associação foi orador (1910-1911; 1911-1912; 1912-1913), vice-presidente (1914-1915; 1915-1916; 1916-1917; 1917-1918; 1918-1919; 1919-1920; 1920-1921; 1923-1924; 1924-1925), e presidente (1937-1938; 1938-1939; 1939-1940; 1941-1942; 1943-1944; e 1944-1945.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Participou também da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal do Rio de Janeiro, da [[SOCIEDADE_DE_MEDICINA_E_CIRURGIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro</u>]], da [[SOCIEDADE_DE_MEDICINA_E_CIRURGIA_DE_SÃO_PAULO|<u>Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo</u>]], da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campos, do Instituto Brasileiro da História da Medicina, do Conservatório Brasileiro de Música e do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura. Foi, também, membro de sociedades estrangeiras como a Academia Pontifícia de Ciências, a Academia de Medicina de Buenos Aires, a Academia de Medicina do Peru, a Academia de Medicina de Paris, a Sociedade de Neurologia de Paris, e a Academia de Ciências de Lisboa. Foi membro da Comissão de Cooperação Intelectual da Liga das Nações (1922-1930), diretor do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura, membro correspondente de inúmeras instituições médicas internacionais e membro efetivo da Academia Pontifícia das Ciências. Em 14 de novembro de 1917 foi eleito para a Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Osvaldo Cruz, tendo sido recebido por [[PEIXOTO,_JÚLIO_AFRÂNIO|Júlio Afrânio Peixoto]] em 15 de abril de 1919. Nesta associação também foi segundo-secretário (1921-1922); secretário-geral (1926) e presidente (1930 e 1951).&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi um dos presidentes de honra do 1º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia, realizado em 1940, pela Sociedade Brasileira de Ginecologia.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Aposentou-se em 3 de dezembro de 1940, e recebeu o título de Professor Emérito, conferido pelo Conselho Universitário, e a Medalha de Ouro por indicação da classe médica, discípulos e amigos.<br/> Foi médico, poeta e musicista, e esta relação foi destacada por Pedro Nava:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Aloysio de Castro só foi o médico original e arguto e inventivo que era, porque foi também um grande artista. Nele, até a música servia à medicina. Falando de um sopro musical, logo o maestro é suscitado ao lado do médico e classifica o seu ritmo como de 72 do metrômono de Maelzel. Continuando, e para dar uma imagem comparativa daquele ruído, é ainda o virtuose que aparece ao lado do professor de clínica para esclarecer: ‘Ele produz o efeito de glissé num instrumento de corda, rangido por arco. A notação musical do sopro, em cada revolução cardíaca .... pode expressar-se ... na clave de fá, mi-2 até lá-1 (quinta inferior), muito fraca a última nota. ` (....).” (NAVA, 2004, p.90) &nbsp;</span></span></p> </blockquote>  
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção intelectual</span> =
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção intelectual</span> =
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- “Das desordens da marcha e seu valor clínico”. Rio de Janeiro, 1903. Tese (Doutoramento) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Laemmert & Comp., 1904.<br/> - “Discursos pronunciados na sessão de 21 de julho de 1904”. Rio de Janeiro: Academia Nacional de Medicina, 1904.<br/> - “Sobre o syndrome de Stokes-Adams”. Memória para admissão apresentada na Academia Nacional de Medicina. Rio de Janeiro, 1904.<br/> - “Discurso pronunciado na sessão de 23 de julho de 1905”. Rio de Janeiro: Academia Nacional de Medicina, 1905.&nbsp;<br/> - “Licção inaugural do curso do Prof. Dr. Aloysio de Castro, na Faculdade de Medicina, no presente anno lectivo”. &nbsp;''Revista Syniatrica'', Rio de Janeiro, ano III, n.8, agosto 1910.<br/> - “Allocuções acadêmicas”. Rio de Janeiro: F. Briquiet & Cia., 1911.&nbsp;<br/> - “Nova observação de espondylose rhizomelica”. ''Brasil-Medico,'' Rio de Janeiro, 1911.&nbsp;<br/> - “Cancer de estomago”. ''Formulario do Brasil Medico'', 1912.<br/> - “Sur la coexistence de la maladie de Recklinghausen avec l´acromégalie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1912.<br/> - “Le syndrome thyro-testiculo hypophysaire”. ''Encéphale'', 1912.&nbsp;<br/> - “Sobre alguns sinais da paralysia agitante”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1912.<br/> - “Note sur la démarche dans l´athétose etudiés d´après la cinématographie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1912.<br/> - “Sur la coexistence de la maladie de Recklinghausen avec l´acromégalie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1912.<br/> - “Les mouvements associées dans l´athétose”. ''Revue Neurologique'', 1912.<br/> - “Signal de Brudzinski na meningite dos adultos”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1912.<br/> - “Sobre a choréa de Huntington”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1912.<br/> - “Note sur la démarche laterale dans l´hemiplégie organique”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1913.<br/> - “Sur le phénomène de l´extension du gros orteil associée aux efforts musculaires”. (Em col. com Oscar de Souza). ''Encéphale'', 1913.<br/> - “Angeborene Fazialislahmung”. ''Neurologisches Centralblatt'', 1913.<br/> - “Sur le signe de Negro dans la paralysie faciale périphérique”. ''Revue Neurologique'', 1913.<br/> - “Sur lê phénomene de l´extension du Gros orteil associe aux efforts musculaires”. (Em col. Com Oscar de Souza). ''Encéphale'', 1913.<br/> - “Tratado de Semiotica Nervosa”. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Comp., 1914.&nbsp;<br/> - “Novas Allocuções Acadêmicas”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1915.<br/> - “Relatorios da Diretoria da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro”. 10 vols. Rio de Janeiro, 1915-1924.<br/> - “Relatório do anno escolar de 1916 apresentado à Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1916.<br/> - “Acromégalie et tabes”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1916.<br/> - “Acromégalie et maladie de Recklinghausen”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1916.<br/> - “Syndrome de Jackson”. (Em col. Com Dr. Meira Gama). ''Revue Neurologique'', 1916.<br/> - “Inversion viscérale”. Archive des maladies du coeur, 1916. ''Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia'', 1916. &nbsp;<br/> - “Syndroma de Millard-Gubler, de origem traumatica”. ''Annales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo'', 1917.<br/> - “Oswaldo Cruz”. Montevidéu: [s.n.], 1917.<br/> - “Sur quelques cas d´heminélie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1917.<br/> - “Dystrophia genito-glandular”. (Em col. com Oscar de &nbsp;Souza). Rio de Janeiro: Jacinto dos Santos, 1917.<br/> - “Últimas Allocuções Acadêmicas”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1918.&nbsp;<br/> - “Discurso de recepção de Aloysio de Castro na Academia Brasileira de Letras, em quinze de abril de mil novecentos e dezenove. Resposta de Afrânio Peixoto”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1919.<br/> - “O systema dos orgãos para-glandulares”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéu. 1918.<br/> - “Nota sobre a hysteria na infancia”. (Em col. com Dr. Leonel Gonzaga). Comunicação ao 2º Congresso Americano da Criança, Montevidéu, 1919. Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1919.<br/> - “Oswaldo Cruz”. ''Annales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo'', 1919.<br/> - “Evolution et aspects cliniques de la diplêgie faciale”. ''Revue Neurologique'', 1919.<br/> - “O ensino clinico e sua organização”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéo. Anales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo, 1919.<br/> - “Pseudo-syndrome de Tapia”. ''Revue Neurologique'', 1920.<br/> - “Notas e Observações Clinicas”. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Comp., 1920.<br/> - “Os ensaios operatorios de rejuvenescimento organico e a terapheutica da dystrophia genito-glandular”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéo. Rio de Janeiro, 1921.&nbsp;<br/> - “Palavras de um dia e de outro”. 1ª série. Rio de Janeiro, 1922.<br/> - “Rapport d´ensemble sur les aspects principaux de la vie intelectuelle au Brésil”. (En col. avec A. Childe). Relatório à Comissão de Cooperação Intelectual da Sociedade das Nações. 1924.&nbsp;<br/> - “Hemiedema na hemiplegia”. ''Revista Brasileira de Medicina e Pharmacia'', Rio de Janeiro, 1925.&nbsp;<br/> - “Os reflexos cutaneos do membro superior”. ''Jornal dos Clinicos'', Rio de Janeiro, 1925.<br/> - “Rimário, sonetos”. [s.l.]:[s.n.], 1926.<br/> - “La réflexe cutané du meton”. ''Revue Neurologique'', 1926.<br/> - “Orações”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1926.&nbsp;<br/> - “Rimario – Poesias”. Rio de Janeiro: [s.n.]1926.<br/> - “Sobre a interpretação do signal de Babinski”. &nbsp;''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1927.<br/> - “A expressão sentimental na música de Chopin”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1927.<br/> - “Oração ao Natal”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928.<br/> - “Carmes”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928.<br/> - “L ápplication de la cinématographie à l´étude des maladies nerveuses”. ''Revue Internationale du Cinema Educateur'', 1929.&nbsp;<br/> - “As sete dores e as sete alegrias da Virgem”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1929.<br/> - “Palavras de um dia e de outro”. 2ª série. Rio de Janeiro: [s.n.], 1929.<br/> - “Excerptos”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.<br/> - “Carnes – Poesias”. 1930.<br/> - “Notas sobre o reflexo cremasterico”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1930.<br/> - “Canto ao Senhor”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.<br/> - “Cântico da Paschoa”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.<br/> - “Tendresse”. Poesia. (em francês). Rio de Janeiro: [s.n.], 1932.<br/> - “Acromégalie et maladie de Recklinghausen”. ''Revue Neurologique'', 1932.<br/> - “Sobre as modalidades clinicas da syndroma de Landry”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1933.<br/> - “Sobre a syndroma neuro-anemica”. ''Folha Medica'', Rio de Janeiro, 1933.<br/> - “Palavras de um dia e de outro”. 3ª série. Rio de Janeiro: Renascença Editora, 1933.<br/> - “Hymno a Roma, de G. Pascoali”. Tradução do italiano. Rio de Janeiro: [s.n.], 1933.<br/> - “Augusto Murri e a medicina clínica (Preleção no curso da 4ª cadeira de clínica médica da Faculdade de Medicina em 1933)”. Rio de Janeiro: Guanabara, 1934.<br/> - “Notas e Observações Clinicas”. 2ª série. Rio de Janeiro: Briguiet & Comp., 1934.<br/> - “Oxycephalo-syndactylia”. ''Révue neurologique'', 1934.&nbsp;<br/> - “Semiótica Nervosa”. 2.ed. Rio de Janeiro: 1935.<br/> - “Os amores de Horacio”. Rio de Janeiro: Liv. Briguiet, 1936.<br/> - “As sete palavras de Christo”. Rio de Janeiro: Liv. Briguiet, 1936.<br/> - “Discursos médicos”. Rio de Janeiro: Vecchi, 1940.&nbsp;<br/> - “Discursos, conferências, escritos vários”. 2.ed. Rio de Janeiro: Casa Ed. Vecchi Ltda., 1957. &nbsp; &nbsp;<br/> - “Sarcoma do systema nervoso central”. (Em col. com Dr. Roberto dos Santos). Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “Syndroma de Brown-Séquard de causa syphilitica”. (Em col. com Valdemiro Pires). ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “Impaludismo e Bibliografia”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].<br/> - “Evolução e aspectos clinicos da diplegia facial”. ''Annaes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro'', Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “O systema dos orgãos para glandulares”.''Annaes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro'', Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “Conversas sobre viagens e amores”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].<br/> - “Sete dôres de Nossa Senhora”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].</span></span></p>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- “Das desordens da marcha e seu valor clínico”. Rio de Janeiro, 1903. Tese (Doutoramento) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Laemmert & Comp., 1904.<br/> - “Discursos pronunciados na sessão de 21 de julho de 1904”. Rio de Janeiro: Academia Nacional de Medicina, 1904.<br/> - “Sobre o syndrome de Stokes-Adams”. Memória para admissão apresentada na Academia Nacional de Medicina. Rio de Janeiro, 1904.<br/> - “Discurso pronunciado na sessão de 23 de julho de 1905”. Rio de Janeiro: Academia Nacional de Medicina, 1905.&nbsp;<br/> - “Licção inaugural do curso do Prof. Dr. Aloysio de Castro, na Faculdade de Medicina, no presente anno lectivo”. &nbsp;''Revista Syniatrica'', Rio de Janeiro, ano III, n.8, agosto 1910.<br/> - “Allocuções acadêmicas”. Rio de Janeiro: F. Briquiet & Cia., 1911.&nbsp;<br/> - “Nova observação de espondylose rhizomelica”. ''Brasil-Medico,'' Rio de Janeiro, 1911.&nbsp;<br/> - “Cancer de estomago”. ''Formulario do Brasil Medico'', 1912.<br/> - “Sur la coexistence de la maladie de Recklinghausen avec l´acromégalie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1912.<br/> - “Le syndrome thyro-testiculo hypophysaire”. ''Encéphale'', 1912.&nbsp;<br/> - “Sobre alguns sinais da paralysia agitante”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1912.<br/> - “Note sur la démarche dans l´athétose etudiés d´après la cinématographie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1912.<br/> - “Sur la coexistence de la maladie de Recklinghausen avec l´acromégalie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1912.<br/> - “Les mouvements associées dans l´athétose”. ''Revue Neurologique'', 1912.<br/> - “Signal de Brudzinski na meningite dos adultos”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1912.<br/> - “Sobre a choréa de Huntington”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1912.<br/> - “Note sur la démarche laterale dans l´hemiplégie organique”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1913.<br/> - “Sur le phénomène de l´extension du gros orteil associée aux efforts musculaires”. (Em col. com Oscar de Souza). ''Encéphale'', 1913.<br/> - “Angeborene Fazialislahmung”. ''Neurologisches Centralblatt'', 1913.<br/> - “Sur le signe de Negro dans la paralysie faciale périphérique”. ''Revue Neurologique'', 1913.<br/> - “Sur lê phénomene de l´extension du Gros orteil associe aux efforts musculaires”. (Em col. Com Oscar de Souza). ''Encéphale'', 1913.<br/> - “Tratado de Semiotica Nervosa”. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Comp., 1914.&nbsp;<br/> - “Novas Allocuções Acadêmicas”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1915.<br/> - “Relatorios da Diretoria da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro”. 10 vols. Rio de Janeiro, 1915-1924.<br/> - “Relatório do anno escolar de 1916 apresentado à Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1916.<br/> - “Acromégalie et tabes”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1916.<br/> - “Acromégalie et maladie de Recklinghausen”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1916.<br/> - “Syndrome de Jackson”. (Em col. Com Dr. Meira Gama). ''Revue Neurologique'', 1916.<br/> - “Inversion viscérale”. Archive des maladies du coeur, 1916. ''Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia'', 1916. &nbsp;<br/> - “Syndroma de Millard-Gubler, de origem traumatica”. ''Annales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo'', 1917.<br/> - “Oswaldo Cruz”. Montevidéu: [s.n.], 1917.<br/> - “Sur quelques cas d´heminélie”. ''Nouvelle Iconographie de la Salptrière'', 1917.<br/> - “Dystrophia genito-glandular”. (Em col. com Oscar de &nbsp;Souza). Rio de Janeiro: Jacinto dos Santos, 1917.<br/> - “Últimas Allocuções Acadêmicas”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1918.&nbsp;<br/> - “Discurso de recepção de Aloysio de Castro na Academia Brasileira de Letras, em quinze de abril de mil novecentos e dezenove. Resposta de Afrânio Peixoto”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1919.<br/> - “O systema dos orgãos para-glandulares”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéu. 1918.<br/> - “Nota sobre a hysteria na infancia”. (Em col. com Dr. Leonel Gonzaga). Comunicação ao 2º Congresso Americano da Criança, Montevidéu, 1919. Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1919.<br/> - “Oswaldo Cruz”. ''Annales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo'', 1919.<br/> - “Evolution et aspects cliniques de la diplêgie faciale”. ''Revue Neurologique'', 1919.<br/> - “O ensino clinico e sua organização”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéo. Anales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo, 1919.<br/> - “Pseudo-syndrome de Tapia”. ''Revue Neurologique'', 1920.<br/> - “Notas e Observações Clinicas”. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Comp., 1920.<br/> - “Os ensaios operatorios de rejuvenescimento organico e a terapheutica da dystrophia genito-glandular”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéo. Rio de Janeiro, 1921.&nbsp;<br/> - “Palavras de um dia e de outro”. 1ª série. Rio de Janeiro, 1922.<br/> - “Rapport d´ensemble sur les aspects principaux de la vie intelectuelle au Brésil”. (En col. avec A. Childe). Relatório à Comissão de Cooperação Intelectual da Sociedade das Nações. 1924.&nbsp;<br/> - “Hemiedema na hemiplegia”. ''Revista Brasileira de Medicina e Pharmacia'', Rio de Janeiro, 1925.&nbsp;<br/> - “Os reflexos cutaneos do membro superior”. ''Jornal dos Clinicos'', Rio de Janeiro, 1925.<br/> - “Rimário, sonetos”. [s.l.]:[s.n.], 1926.<br/> - “La réflexe cutané du meton”. ''Revue Neurologique'', 1926.<br/> - “Orações”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1926.&nbsp;<br/> - “Rimario – Poesias”. Rio de Janeiro: [s.n.]1926.<br/> - “Sobre a interpretação do signal de Babinski”. &nbsp;''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1927.<br/> - “A expressão sentimental na música de Chopin”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1927.<br/> - “Oração ao Natal”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928.<br/> - “Carmes”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928.<br/> - “L ápplication de la cinématographie à l´étude des maladies nerveuses”. ''Revue Internationale du Cinema Educateur'', 1929.&nbsp;<br/> - “As sete dores e as sete alegrias da Virgem”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1929.<br/> - “Palavras de um dia e de outro”. 2ª série. Rio de Janeiro: [s.n.], 1929.<br/> - “Excerptos”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.<br/> - “Carnes – Poesias”. 1930.<br/> - “Notas sobre o reflexo cremasterico”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1930.<br/> - “Canto ao Senhor”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.<br/> - “Cântico da Paschoa”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.<br/> - “Tendresse”. Poesia. (em francês). Rio de Janeiro: [s.n.], 1932.<br/> - “Acromégalie et maladie de Recklinghausen”. ''Revue Neurologique'', 1932.<br/> - “Sobre as modalidades clinicas da syndroma de Landry”. ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, 1933.<br/> - “Sobre a syndroma neuro-anemica”. ''Folha Medica'', Rio de Janeiro, 1933.<br/> - “Palavras de um dia e de outro”. 3ª série. Rio de Janeiro: Renascença Editora, 1933.<br/> - “Hymno a Roma, de G. Pascoali”. Tradução do italiano. Rio de Janeiro: [s.n.], 1933.<br/> - “Augusto Murri e a medicina clínica (Preleção no curso da 4ª cadeira de clínica médica da Faculdade de Medicina em 1933)”. Rio de Janeiro: Guanabara, 1934.<br/> - “Notas e Observações Clinicas”. 2ª série. Rio de Janeiro: Briguiet & Comp., 1934.<br/> - “Oxycephalo-syndactylia”. ''Révue neurologique'', 1934.&nbsp;<br/> - “Semiótica Nervosa”. 2.ed. Rio de Janeiro: 1935.<br/> - “Os amores de Horacio”. Rio de Janeiro: Liv. Briguiet, 1936.<br/> - “As sete palavras de Christo”. Rio de Janeiro: Liv. Briguiet, 1936.<br/> - “Discursos médicos”. Rio de Janeiro: Vecchi, 1940.&nbsp;<br/> - “Discursos, conferências, escritos vários”. 2.ed. Rio de Janeiro: Casa Ed. Vecchi Ltda., 1957. &nbsp; &nbsp;<br/> - “Sarcoma do systema nervoso central”. (Em col. com Dr. Roberto dos Santos). Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “Syndroma de Brown-Séquard de causa syphilitica”. (Em col. com Valdemiro Pires). ''Brasil-Medico'', Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “Impaludismo e Bibliografia”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].<br/> - “Evolução e aspectos clinicos da diplegia facial”. ''Annaes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro'', Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “O systema dos orgãos para glandulares”.''Annaes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro'', Rio de Janeiro, [s.d.].<br/> - “Conversas sobre viagens e amores”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].<br/> - “Sete dôres de Nossa Senhora”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].</span></span></p>  
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Edição atual tal como às 17h20min de 24 de agosto de 2023

Outros nomes e/ou títulos: Castro, Aloisio de

Resumo: Aloysio de Castro nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 14 de junho de 1881, e era filho do médico Francisco de Castro. Doutorou-se em medicina na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1903. Foi professor e diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, chefe do Serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, e assistente de clínica propedêutica na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Faleceu em 7 de outubro de 1959.

Dados pessoais

Aloysio de Castro nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 14 de junho de 1881, e era filho de Francisco de Castro e de Maria Joana Monteiro Pereira de Castro. Seu pai, referido como o “Divino Mestre” (GOMES, 2001), foi diretor do Instituto Sanitário Federal (1894-1897), professor de clínica propedêutica (1891), e diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1901). 

Foi agraciado, pelo Governo Brasileiro, com a Grã-Cruz do Mérito Médico. 

Faleceu, na cidade do Rio de Janeiro, em 7 de outubro de 1959.
 

Trajetória profissional

Aloysio de Castro fez seus estudos fundamentais na Escola Neutralidade – Instituto H. Köpke, dirigida por João Köpke, e localizada inicialmente na rua Voluntários da Pátria nº28, onde teve como mestres Rodrigo Octavio de Langgaard Menezes, José Júlio da Silva Ramos, Antonio Leitão, Nerval Gouveia, Antonio Sales, Virgílio Várzea, Mário Cochrane de Alencar e Luís Morton Barreto Murat. Nesta instituição graduou-se como bacharel em ciências e letras em 1897. 

Passou sua infância e adolescência inicialmente na rua São José nº4, no centro da cidade do Rio de Janeiro, e posteriormente na rua Buarque de Macedo e na rua Marquês de Abrantes nº11, ambas no bairro do Flamengo desta cidade. Aprendeu, na companhia de Machado de Assis e Rui Barbosa, amigos de seu pai, a trovar com o jornalista e poeta Luís Morton Barreto Murat. 

A escolha pela formação médica, segundo o próprio Aloysio de Castro, foi resultado do fato de ter “nascido e criado num meio em que se falava mais que tudo em medicina” (Apud PONTES, 1981, p.272). A convivência com os médicos que freqüentavam a casa de seu pai, Francisco de Castro, como Francisco de Paula Fajardo Júnior, Antonio Augusto de Azevedo Sodré, João Paulo de Carvalho, Augusto Brant Paes Leme, Eduardo Chapot Prévost e Raimundo Nina Rodrigues, entre outros, foi um imperativo na sua decisão pela medicina.

Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1898, doutorando-se em 1903, com a tese “Das desordens da marcha e seu valor clínico”. 

O médico Pedro Nava assim referiu-se à tese de Aloysio de Castro:

“Esta memória inaugural reparte-se em três capítulos: no primeiro estudam-se os vários métodos de exame aplicáveis à locomoção; no segundo, a sua fisiologia; e no terceiro, o diagnóstico clínico de suas pertubações. Tratando de assunto inédito em nosso meio e novo nos centros científicos internacionais, a tese de Aloysio de Castro não foi simples compilação, mas contribuição das mais valiosas, contendo pontos de vista originais, fruto de suas observações pessoais e de suas pesquisas diligentes. Pela bibliografia compulsada percebe se a orientação universalista do novo médico. Entre muitos outros, ali aparecem citados os trabalhos franceses de Claude Bernard, Mora e Imbert; de D´Arsonval, Chauveau e Marey; de Bariel, Duchenne e Babinsky; os alemães de Von Meyer, Weber e Merklen; de Nothnagel, Neugebauer e Kaplan; os italianos de Luciani. Morselli e Lui; de Fazizo, Sgobbo e Rivalta; os ingleses de Muybridge, Bradford e Hutchinson”. (NAVA, 2004, p.81-82) 

Na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro aprendeu histologia com Eduardo Chapot Prévost, clínica com Cypriano de Souza Freitas e cirurgia com Augusto Brant Paes Leme. Foi aluno também de Francisco de Paula Fajardo Júnior, Miguel da Silva Pereira e Antônio Dias de Barros. Nesta instituição foi interno de clínica propedêutica (1901-1903), assistente de Miguel de Oliveira Couto na cadeira de clínica propedêutica (1904), professor substituto de clínica propedêutica (1909), catedrático de patologia médica (1910) e de clínica médica (1915), tendo exercido esta última cátedra até 1940, quando se aposentou.  Foi diretor da Faculdade de 1915 a 1925, e foi durante sua gestão que foi inaugurado o novo edifício na antiga Praia da Saudade (Avenida Pasteur), em 12/10/1918, e criado o Instituto de Radiologia. O novo Instituto de Radiologia foi inaugurado em 10 de abril de 1919, e instalado no Pavilhão “Francisco de Castro”, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, na Praia de Santa Luzia, nº 7. Em 1925, a Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, por proposta de Miguel de Oliveira Couto, Ernesto do Nascimento Silva e Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães, decidiu prestar uma homenagem a Aloysio de Castro, colocando uma placa de bronze, no edifício da instituição, para destacar os 10 anos de sua administração à frente daquela instituição.

Desde a época em que Aloysio de Castro foi assistente de Miguel de Oliveira Couto, em clínica propedêutica na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, estabeleceu-se entre eles uma relação de “mestre e discípulo”. Miguel de Oliveira Couto foi seu “segundo modelo de médico e professor” (PONTES, 1981, p.273). 

Em 1906 a Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro conferiu-lhe um prêmio por ter sido o melhor aluno de sua turma, o qual lhe possibilitou uma viagem à Europa para aperfeiçoar-se em semiologia nervosa. O objetivo era realizar este aperfeiçoamento no Hôpital Bicêtre, na França, com o neuropatologista Pierre Marie (1853-1940), considerado à época a maior expressão da neurologia. Com uma carta de apresentação para Pierre Marie, elaborada por Miguel de Oliveira Couto, viajou para a França. Encontrou com Pierre Marie, freqüentou sua enfermaria e laboratório, tornou-se seu assistente assíduo, e assim “cresceu o entusiasmo do jovem brasileiro pelo mestre que o guiou nas sutilezas do exame neurológico” e “ensinou-lhe porém que nos sintomas e sinais está o melhor da representação clínica” (PONTES, 1981, p.273).
 
Durante sua estadia na França freqüentou também o Hospice de la Salpêtrière, L´Hospice de La Charité, o Hôpital Necker, o Hôpital Beaujon, o Hôpital Saint-Louis, o Hôtel-Dieu e o Hôpital Val-de-Grâce. 

Ao retornar ao Brasil, em 1907, reassumiu seu posto, como assistente de clínica prodepêutica, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e também na 7ª enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, para o qual havia sido indicado, desde seu doutoramento, por Miguel de Oliveira Couto. Nesta ocasião foi homenageado pelos alunos da 3ª e 4ª séries da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Aloysio de Castro já freqüentava o hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro desde a época que cursava a 3ª série na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Aloysio de Castro foi, juntamente com Antônio Austregesilo Rodrigues Lima, “um dos criadores da Escola Neurológica Brasileira, filha autêntica da Escola de Pierre-Marie, que ele ajudou a transplantar de Paris e da Salpêtrière, para a Quarta Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia e para o Serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro” (NAVA, 2004, p.96). 

Foi sub-comissário de higiene e assistência pública do Rio de Janeiro (1906-1908).

Aloysio de Castro foi chefe do Serviço de Clínica Médica da Policlínica Geral do Rio de Janeiro (1909,1912), onde realizou a coleta do material clínico necessário à realização de sua semiologia nervosa, as seqüências cinesiográficas ilustrativas das alterações da marcha em diversas neuropatias. Este serviço de clínica médica contava “com a prerrogativa única, na história dos nossos serviços, de ter tido, em épocas diversas, como seus assistentes, os três nomes de cume da Medicina Brasileira: Miguel Couto, Oswaldo Cruz e Carlos Chagas” (NAVA, 2004, p.99). Foi responsável pelo reinício, em 1913, dos cursos na Policlínica, e pela instalação da sala dos cursos. Ministrou a partir de então o curso de patologia médica naquela instituição. Dirigiu e criou os Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, cujo primeiro número foi lançado em maio de 1916, nos quais eram divulgados trimestralmente os trabalhos originais e experiências práticas realizadas nos diversos serviços clínicos da Policlínica. Trabalhou na Policlínica de 1907 a 1946.

Publicou, em 1914, a obra “Tratado de semiotica nervosa”, que provocou, segundo Pedro Nava, uma verdadeira revolução nos compêndios didáticos da época, pois “inaugura a iconografia médica nacional e pela primeira vez e em suas páginas usa-se sistematicamente a fotografia como peça de ensino” (NAVA, 2004, p.100). A edição ampliada desta obra foi publicada em 1935, com o título  “Semiótica Nervosa”.

Jorge Bandeira de Mello (1959), na sessão extraordinária realizada em homenagem a Aloysio de Castro, na Academia Nacional de Medicina, destacou-o como um médico clínico no antigo estilo, para o qual a observação e a análise clínicas eram as grandes chaves para o diagnóstico. Nos próprios discursos de Aloysio de Castro podemos perceber esta compreensão sobre seu ofício: 

“Nada, em verdade, supera no médico a riqueza da observação, em que pese à moda atual, que tenta substituir o exame clínico direto pela medicina mecanizada, a que se quer contentar com o resultado das pesquisas de laboratório. (...). Permito-me neste propósito repetir o que certa vez já disse na cátedra: Os progressos obtidos nas pesquisas experimentais de nenhum modo dispensam o poder da análise clínica direta, (...). Não se suprime no clínico a personalidade. Com as suas faculdades próprias, cada um se orienta por seu modo no diagnóstico e na terapêutica”. (CASTRO, 1957, p.285-286)    

Aloysio de Castro abordou em suas publicações variados assuntos de clínica médica, e temas de cardiologia, patologia digestiva, endocrinologia, patologia infecciosa, más formações congênitas, doenças ósseas e metabólicas (PONTES, 1981). Mas foram os estudos de neurologia clínica que se destacaram, desde sua tese de doutoramento, em 1904, que trava das pertubações da macha. Foi autor de muitos artigos sobre coincidências patológicas raras como a associação de acromegalia e doença de Recklinghausen, e curiosidades como situs inversus visceralis totalis ou fenômenos para os quais chamou a atenção os movimentos associados na atetose (PONTES,1981). Lopes Pontes ainda destaca que sua descrição do ataque epiléptico “surge como uma fotografia cinematográfica que rivaliza com as páginas de Trousseau e Charcot” (PONTES, 1981, p.274).    

Seus trabalhos foram publicados em periódicos nacionais e internacionais de referência naquela época, como Brasil-Medico, Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Revista Brasileira de Medicina e Pharmacia, Jornal dos Clínicos, Folha Médica, A Patologia Geral, Revue Neurologique, Nouvelle Iconographie de la Salpetriére, Encephale, Presse Médicale, e Neurologische Zentralblatt.

Foi diretor geral do Departamento Nacional de Ensino (1927-1932). 

Aloysio de Castro foi professor honorário das Faculdades de Medicina de Montevidéu e de Buenos Aires, e recebeu o título de Professor Emérito da Universidade do Brasil.

Em 3 de junho de 1904 foi eleito membro titular da Academia Nacional de Medicina , apresentando como memória para sua admissão o trabalho “Sobre o síndrome de Stokes-Adams”. E em 21 de julho daquele ano tomou posse, e nesta associação foi orador (1910-1911; 1911-1912; 1912-1913), vice-presidente (1914-1915; 1915-1916; 1916-1917; 1917-1918; 1918-1919; 1919-1920; 1920-1921; 1923-1924; 1924-1925), e presidente (1937-1938; 1938-1939; 1939-1940; 1941-1942; 1943-1944; e 1944-1945. 

Participou também da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal do Rio de Janeiro, da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campos, do Instituto Brasileiro da História da Medicina, do Conservatório Brasileiro de Música e do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura. Foi, também, membro de sociedades estrangeiras como a Academia Pontifícia de Ciências, a Academia de Medicina de Buenos Aires, a Academia de Medicina do Peru, a Academia de Medicina de Paris, a Sociedade de Neurologia de Paris, e a Academia de Ciências de Lisboa. Foi membro da Comissão de Cooperação Intelectual da Liga das Nações (1922-1930), diretor do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura, membro correspondente de inúmeras instituições médicas internacionais e membro efetivo da Academia Pontifícia das Ciências. Em 14 de novembro de 1917 foi eleito para a Cadeira nº 5 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Osvaldo Cruz, tendo sido recebido por Júlio Afrânio Peixoto em 15 de abril de 1919. Nesta associação também foi segundo-secretário (1921-1922); secretário-geral (1926) e presidente (1930 e 1951). 

Foi um dos presidentes de honra do 1º Congresso de Ginecologia e Obstetrícia, realizado em 1940, pela Sociedade Brasileira de Ginecologia. 

Aposentou-se em 3 de dezembro de 1940, e recebeu o título de Professor Emérito, conferido pelo Conselho Universitário, e a Medalha de Ouro por indicação da classe médica, discípulos e amigos.
Foi médico, poeta e musicista, e esta relação foi destacada por Pedro Nava:

“Aloysio de Castro só foi o médico original e arguto e inventivo que era, porque foi também um grande artista. Nele, até a música servia à medicina. Falando de um sopro musical, logo o maestro é suscitado ao lado do médico e classifica o seu ritmo como de 72 do metrômono de Maelzel. Continuando, e para dar uma imagem comparativa daquele ruído, é ainda o virtuose que aparece ao lado do professor de clínica para esclarecer: ‘Ele produz o efeito de glissé num instrumento de corda, rangido por arco. A notação musical do sopro, em cada revolução cardíaca .... pode expressar-se ... na clave de fá, mi-2 até lá-1 (quinta inferior), muito fraca a última nota. ` (....).” (NAVA, 2004, p.90)  

Produção intelectual

- “Das desordens da marcha e seu valor clínico”. Rio de Janeiro, 1903. Tese (Doutoramento) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Laemmert & Comp., 1904.
- “Discursos pronunciados na sessão de 21 de julho de 1904”. Rio de Janeiro: Academia Nacional de Medicina, 1904.
- “Sobre o syndrome de Stokes-Adams”. Memória para admissão apresentada na Academia Nacional de Medicina. Rio de Janeiro, 1904.
- “Discurso pronunciado na sessão de 23 de julho de 1905”. Rio de Janeiro: Academia Nacional de Medicina, 1905. 
- “Licção inaugural do curso do Prof. Dr. Aloysio de Castro, na Faculdade de Medicina, no presente anno lectivo”.  Revista Syniatrica, Rio de Janeiro, ano III, n.8, agosto 1910.
- “Allocuções acadêmicas”. Rio de Janeiro: F. Briquiet & Cia., 1911. 
- “Nova observação de espondylose rhizomelica”. Brasil-Medico, Rio de Janeiro, 1911. 
- “Cancer de estomago”. Formulario do Brasil Medico, 1912.
- “Sur la coexistence de la maladie de Recklinghausen avec l´acromégalie”. Nouvelle Iconographie de la Salptrière, 1912.
- “Le syndrome thyro-testiculo hypophysaire”. Encéphale, 1912. 
- “Sobre alguns sinais da paralysia agitante”. Brasil-Medico, Rio de Janeiro, 1912.
- “Note sur la démarche dans l´athétose etudiés d´après la cinématographie”. Nouvelle Iconographie de la Salptrière, 1912.
- “Sur la coexistence de la maladie de Recklinghausen avec l´acromégalie”. Nouvelle Iconographie de la Salptrière, 1912.
- “Les mouvements associées dans l´athétose”. Revue Neurologique, 1912.
- “Signal de Brudzinski na meningite dos adultos”. Brasil-Medico, Rio de Janeiro, 1912.
- “Sobre a choréa de Huntington”. Brasil-Medico, Rio de Janeiro, 1912.
- “Note sur la démarche laterale dans l´hemiplégie organique”. Nouvelle Iconographie de la Salptrière, 1913.
- “Sur le phénomène de l´extension du gros orteil associée aux efforts musculaires”. (Em col. com Oscar de Souza). Encéphale, 1913.
- “Angeborene Fazialislahmung”. Neurologisches Centralblatt, 1913.
- “Sur le signe de Negro dans la paralysie faciale périphérique”. Revue Neurologique, 1913.
- “Sur lê phénomene de l´extension du Gros orteil associe aux efforts musculaires”. (Em col. Com Oscar de Souza). Encéphale, 1913.
- “Tratado de Semiotica Nervosa”. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Comp., 1914. 
- “Novas Allocuções Acadêmicas”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1915.
- “Relatorios da Diretoria da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro”. 10 vols. Rio de Janeiro, 1915-1924.
- “Relatório do anno escolar de 1916 apresentado à Congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1916.
- “Acromégalie et tabes”. Nouvelle Iconographie de la Salptrière, 1916.
- “Acromégalie et maladie de Recklinghausen”. Nouvelle Iconographie de la Salptrière, 1916.
- “Syndrome de Jackson”. (Em col. Com Dr. Meira Gama). Revue Neurologique, 1916.
- “Inversion viscérale”. Archive des maladies du coeur, 1916. Annaes Paulistas de Medicina e Cirurgia, 1916.  
- “Syndroma de Millard-Gubler, de origem traumatica”. Annales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo, 1917.
- “Oswaldo Cruz”. Montevidéu: [s.n.], 1917.
- “Sur quelques cas d´heminélie”. Nouvelle Iconographie de la Salptrière, 1917.
- “Dystrophia genito-glandular”. (Em col. com Oscar de  Souza). Rio de Janeiro: Jacinto dos Santos, 1917.
- “Últimas Allocuções Acadêmicas”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1918. 
- “Discurso de recepção de Aloysio de Castro na Academia Brasileira de Letras, em quinze de abril de mil novecentos e dezenove. Resposta de Afrânio Peixoto”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1919.
- “O systema dos orgãos para-glandulares”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéu. 1918.
- “Nota sobre a hysteria na infancia”. (Em col. com Dr. Leonel Gonzaga). Comunicação ao 2º Congresso Americano da Criança, Montevidéu, 1919. Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1919.
- “Oswaldo Cruz”. Annales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo, 1919.
- “Evolution et aspects cliniques de la diplêgie faciale”. Revue Neurologique, 1919.
- “O ensino clinico e sua organização”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéo. Anales de la Faculdad de Medicina de Montevidéo, 1919.
- “Pseudo-syndrome de Tapia”. Revue Neurologique, 1920.
- “Notas e Observações Clinicas”. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Comp., 1920.
- “Os ensaios operatorios de rejuvenescimento organico e a terapheutica da dystrophia genito-glandular”. Conferência na Faculdad de Medicina de Montevidéo. Rio de Janeiro, 1921. 
- “Palavras de um dia e de outro”. 1ª série. Rio de Janeiro, 1922.
- “Rapport d´ensemble sur les aspects principaux de la vie intelectuelle au Brésil”. (En col. avec A. Childe). Relatório à Comissão de Cooperação Intelectual da Sociedade das Nações. 1924. 
- “Hemiedema na hemiplegia”. Revista Brasileira de Medicina e Pharmacia, Rio de Janeiro, 1925. 
- “Os reflexos cutaneos do membro superior”. Jornal dos Clinicos, Rio de Janeiro, 1925.
- “Rimário, sonetos”. [s.l.]:[s.n.], 1926.
- “La réflexe cutané du meton”. Revue Neurologique, 1926.
- “Orações”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1926. 
- “Rimario – Poesias”. Rio de Janeiro: [s.n.]1926.
- “Sobre a interpretação do signal de Babinski”.  Brasil-Medico, Rio de Janeiro, 1927.
- “A expressão sentimental na música de Chopin”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1927.
- “Oração ao Natal”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928.
- “Carmes”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1928.
- “L ápplication de la cinématographie à l´étude des maladies nerveuses”. Revue Internationale du Cinema Educateur, 1929. 
- “As sete dores e as sete alegrias da Virgem”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1929.
- “Palavras de um dia e de outro”. 2ª série. Rio de Janeiro: [s.n.], 1929.
- “Excerptos”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.
- “Carnes – Poesias”. 1930.
- “Notas sobre o reflexo cremasterico”. Brasil-Medico, Rio de Janeiro, 1930.
- “Canto ao Senhor”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.
- “Cântico da Paschoa”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1930.
- “Tendresse”. Poesia. (em francês). Rio de Janeiro: [s.n.], 1932.
- “Acromégalie et maladie de Recklinghausen”. Revue Neurologique, 1932.
- “Sobre as modalidades clinicas da syndroma de Landry”. Brasil-Medico, Rio de Janeiro, 1933.
- “Sobre a syndroma neuro-anemica”. Folha Medica, Rio de Janeiro, 1933.
- “Palavras de um dia e de outro”. 3ª série. Rio de Janeiro: Renascença Editora, 1933.
- “Hymno a Roma, de G. Pascoali”. Tradução do italiano. Rio de Janeiro: [s.n.], 1933.
- “Augusto Murri e a medicina clínica (Preleção no curso da 4ª cadeira de clínica médica da Faculdade de Medicina em 1933)”. Rio de Janeiro: Guanabara, 1934.
- “Notas e Observações Clinicas”. 2ª série. Rio de Janeiro: Briguiet & Comp., 1934.
- “Oxycephalo-syndactylia”. Révue neurologique, 1934. 
- “Semiótica Nervosa”. 2.ed. Rio de Janeiro: 1935.
- “Os amores de Horacio”. Rio de Janeiro: Liv. Briguiet, 1936.
- “As sete palavras de Christo”. Rio de Janeiro: Liv. Briguiet, 1936.
- “Discursos médicos”. Rio de Janeiro: Vecchi, 1940. 
- “Discursos, conferências, escritos vários”. 2.ed. Rio de Janeiro: Casa Ed. Vecchi Ltda., 1957.    
- “Sarcoma do systema nervoso central”. (Em col. com Dr. Roberto dos Santos). Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, [s.d.].
- “Syndroma de Brown-Séquard de causa syphilitica”. (Em col. com Valdemiro Pires). Brasil-Medico, Rio de Janeiro, [s.d.].
- “Impaludismo e Bibliografia”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].
- “Evolução e aspectos clinicos da diplegia facial”. Annaes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, [s.d.].
- “O systema dos orgãos para glandulares”.Annaes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, [s.d.].
- “Conversas sobre viagens e amores”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].
- “Sete dôres de Nossa Senhora”. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].

Fontes

- ALOISIO de Castro. Biografia. In: ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS. Capturado em 14 abr. 2020. Online. Disponível na Internet: http://www.academia.org.br/academicos/aloisio-de-castro/biografia 
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Ficha técnica

Pesquisa - Maria Rachel Fróes da Fonseca. 
Redação – Lucilia Maria Esteves Santiso Dieguez e Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão – Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Forma de citação

CASTRO, ALOYSIO DE. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 15 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)