ANDRADE, ALFREDO ANTÔNIO DE: mudanças entre as edições

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Ir para navegação Ir para pesquisar
pt-br>Ana.guedes
Sem resumo de edição
 
m (uma edição)
(Sem diferença)

Edição das 18h05min de 4 de abril de 2023

Resumo: Alfredo Antônio de Andrade nasceu na Bahia, em 20 de janeiro de 1869, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 10 de julho de 1928. Doutorou-se em medicina pela Faculdade de Medicina da Bahia, e nesta mesma instituição foi livre-docente, professor extraordinário de química analítica, e professor catedrático de química analítica.

Dados pessoais

Alfredo Antônio de Andrade nasceu na Bahia, em 20 de janeiro de 1869, e faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 10 de julho de 1928. 

 

Trajetória profissional

Alfredo Antônio de Andrade doutorou-se, em 1889, em medicina na Faculdade de Medicina da Bahia, e nesta mesma instituição foi preparador de química orgânica e biologia, em 1900, preparador de histologia, em 1901, substituto da 4ª Seção, em 1906, livre-docente em 1911, professor extraordinário de química analítica, em 1912, e professor catedrático de química analítica em 1919.

Foi diretor, a partir de 1905, do Laboratório de Analyses, na cidade de Salvador.

Em 1906 foi substituto interino, de Edgard Roquete-Pinto, na 3ª Seção de Mineralogia, Geologia e Paleontologia do Museu Nacional. Em 1910 era químico ajudante desta seção.

Era médico, em 1908, do Serviço Médico-Legal da Chefia de Polícia do Distrito Federal, então dirigido por Júlio Afrânio Peixoto

Foi nomeado preparador da cadeira de bacteriologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo sido exonerado, a pedido, em 1910.

Alfredo Antônio de Andrade foi nomeado, em 1916, chefe dos laboratórios de química do Museu Nacional, na gestão de Bruno Alvares da Silva Lobo (1915-1923). Em função da Lei Orçamentária de 14 de janeiro de 1916, pelo decreto nº 11.896, de janeiro daquele ano, os dois laboratórios, o “Laboratório de Química Analítica” e o “Laboratório de Química Vegetal”, haviam sido fundidos no “Laboratório de Química”. 

Foi nomeado, em 1º de dezembro de 1919, professor catedrático de química analítica do Curso de Farmácia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo permanecido como professor até 1924. Sua nomeação foi noticiada, de forma elogiosa, no Jornal do Commercio. Edição da Tarde:

“Por decreto de hontem da pasta da Justiça foi considerado lente cathedratico de Chimica Analytica do Curso de Pharmacia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro o Professor Alfredo Antonio de Andrade. Essa noticia foi recebida nos meios scientificos com satisfação, pois o Professor Alfredo de Andrade iniciou o curso de Chimica Analytica na Faculdade de Medicina desta Capital há sete anos, introduzindo no ensino as mais modernas conquistas dessa matéria, concorrendo, desse modo, para a formação de aproveitáveis núcleos de chimicos analyticos.” (O NOVO, 1919, p.1)

Alfredo Antônio de Andrade foi autor, em 1922, do trabalho intitulado “O museu Nacional e a diffusão da chimica”, apresentado no 1º Congresso Brasileiro de Química, em setembro de 1922, no qual realizou um histórico das atividades e dos estudos de química no Museu Nacional

“Em torno dessa modesta instalação, girou delongadamente a Química no Brasil, servindo ela eficazmente ao ensino desta ciência e por igual ao da Física. A coleção mineralógica inicial concorrera à instrução dos alunos da Academia Militar, de que foram lentes seus quatro primeiros diretores. Os aparelhos e utensílios do Laboratório estiveram a serviço das lições da Faculdade de Medicina, para aquelas duas disciplinas, por ordem das Regências em 1833 e 1836 e em conseqüência de solicitações de seu Diretor, sempre alegando não achar-se o estabelecimento provido de instrumentos indispensáveis ao bom desempenho do ensino” (ANDRADE, 1922, p. 6. Apud SANTOS; SANTOS, 2010, p.3)  


Entre os anos de 1922 e 1927, foi Chefe do Laboratório de Química Geral do Museu Nacional.  

Em 1920 foi o 1º diretor do então denominado Laboratório Bromatológico do Rio de Janeiro, estabelecido na rua Camerino nº27, na cidade do Rio de Janeiro, e que integrava a Inspetoria de Fiscalização de Gêneros Alimentícios do Departamento Nacional de Saúde Pública.
 

Produção intelectual

- “Estudo das causas que fazem variar a composição química do leite”. [s.l.]: [s.n.], 1903.
- “Dosagem dos cloretos no sangue do coração para diagnóstico da orte por asfixia por submersão”.1909.
- “Regulamentação da venda do leite destinado ao consumo”. [s.l.]: [s.n.], 1912.
- “A substituição da gazolina pelo alcool”. [s.l.]: [s.n.], 1916.
- “Os sub-produtos do algodão, suas relações nas plantas brasileiras”. [s.l.]: [s.n.], 1916.
- “O sal industrialmente puro”. [s.l.]: [s.n.], 1918.
- “O arroz indígena brasileiro”. [s.l.]: [s.n.], 1919.
- “Valor nutritivo dos alimentos brasileiros”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “O museu Nacional e a diffusão da chimica”. Rio de Janeiro: Typographia do Museu Nacional, 1922.
- “Valor dos produtos das diversas industrias agrícolas na alimentação do gado”. [s.l.]: [s.n.], 1924.
- “Forragens agrestes do Estado do Matto Grosso”.Separata do Boletim do Museu Nacional, Rio de Janeiro, n. 6, p. [413] - 424, 1925. 
- “As Leguminosas e suas farinhas alimentares”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1926. 
- “O óleo de algodoeiro, sua refinação química. Refinaria de óleo tendo em vista o fabrico de produtos alimentares”. [s.l.]: [s.n.], 1926.
- “Estudo das matérias corantes de origem vegetal em uso entre os índios do Brasil”. [s.l.]: [s.n.], 1926.
- “O café alimento, e na alimentação”. [s.l.]: [s.n.], 1927.
- “Origem e dispersão do café – Os constituintes do café - O café alimento”. [s.l.]: [s.n.], 1927.

Fontes

- ANDRADE, Alfredo de. História do Laboratório Químico do Museu.  Revista da Sociedade Brasileira de Química, Rio de Janeiro, v.XVIII, ns.1-4, jan./dez. 1949.  (BN)
- BRASIL. Decreto nº 11.896, de 14 de janeiro de 1916. In: SENADO FEDERAL. Portal Legislação.  Capturado em 19 ago. 2020. Online. Disponível na Internet:
http://legis.senado.leg.br/norma/422224/publicacao?tipoDocumento=DEC-n&tipoTexto=PUB
- MAGALHÃES, Fernando. O Centenário da Faculdade de Medicina 1832-1932. Rio de Janeiro: Tip. A. P. Barthel, 1932.                      (BMANG)
- O NOVO lente da Faculdade de Medicina. Jornal do Commercio. Edição da Tarde, Rio de Janeiro, anno XI, n.274, p.1, 2 de dezembro de 1919. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em  30 jul. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/111988/16309
- SANTOS, Araci Alves; SANTOS, Nadja Paraense dos. O Museu Nacional e a diffusão da chimica- a importância do Museu Nacional na história da ciência do país. In: PROGRAMA PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA DAS CIÊNCIAS E DAS TÉCNICAS E EPISTEMOLOGIA-UFRJ. Congresso Scientiarum Historia III: 13 a 15 de outubro de 2010, Rio de Janeiro, Brasil – 2010. pp.63-68. Capturado em 30 jul. 2020. Online. Disponível na Internet: http://www.hcte.ufrj.br/downloads/sh/sh3/trabalhos/araci%20e%20Nadja.pdf

Ficha técnica

Pesquisa – Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Redação - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão – Francisco José Chagas Madureira.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Forma de citação

ANDRADE, ALFREDO ANTÔNIO DE. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 16 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario

 


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)