CÂNDIDO, FRANCISCO DE PAULA
Resumo: Francisco de Paula Cândido nasceu no distrito de Piranga, região sob a jurisdição da Comarca de Mariana, na então província de Minas Gerais, em 2 de abril de 1805 e faleceu em Paris em 5 de abril de 1864. Doutorou-se em medicina na Faculté de Médicine de Paris em 1832, e foi lente da cadeira de física médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1833-1863). Sua carreira foi profundamente marcada pela questão da saúde pública na cidade do Rio de Janeiro, principalmente como presidente da Junta de Higiene Pública (1850-1864).
Dados pessoais
Francisco de Paula Cândido nasceu em 2 de abril de 1805, na fazenda do Macuco, no distrito de Piranga (antiga Guarapiranga), região sob a jurisdição da Comarca de Mariana, na então província de Minas Gerais. Era filho do fazendeiro Antonio Gomes Cândido e D. Anna Rosa Umbelina de Jesus Gomes Cândido, ambos naturais do arraial mineiro de Santa Cruz de Ponte Nova. Casou-se no dia 7 de agosto de 1837 com Maria Benedicta de Andrade Souto Maior, filha do senador do Império Manoel Ignacio de Andrade Souto Maior Pinto Coelho (Marquês de Itanhaém), que sucedeu a José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1833, como tutor do Imperador D. Pedro II.
Foi agraciado pelo Imperador D. Pedro II com os títulos de Comendador da Ordem da Rosa, e de Cavaleiro da Ordem de Cristo, e por Isabel II de Espanha com a Comenda da Real y Americana Orden de Isabel la Católica. Foi membro do Conselho do Imperador.
Faleceu em Paris em 5 de abril de 1864, tendo sido sepultado no Cemitério de Montmartre, naquela cidade..
Trajetória profissional
Francisco de Paula Cândido em 1813, atendendo ao desejo de seus pais para que ingressasse na carreira do sacerdócio (SENNNA, 1928), iniciou seus estudos no Seminário de São José, na cidade de Mariana (província de Minas Gerais), estabelecido em 22 de janeiro de 1821, onde também concluiu os estudos de filosofia e latinidade em 1820.
EmEm 1821 abandonou o Seminário e foi para a cidade de Vila Rica de Ouro Preto, onde ingressou na carreira militar como cadete do Regimento de Dragões de Minas. Cursou posteriormente, por três anos, a Academia Militar da Corte, no Rio de Janeiro. Em 1825 solicitou sua baixa do serviço do Exército, obteve seu desligamento da Academia Militar, e viajou para a Europa, especialmente para a França, visitando a cidade de Paris em busca de sua verdadeira vocação, a profissão médica.
Entre os anos de 1825 e 1832 frequentou os institutos e cursos superiores em Paris, tendo obtido em 1829 o grau de bacharel em Letras, e pouco tempo depois o de bacharel em ciências médicas. Em 31 de agosto de 1832 doutorou-se, pela Faculté de Médecine de Paris, com a tese intitulada “Sur l’électricité animale”. Ainda na França foi médico voluntário da “legião sanitária” organizada pelo governo francês, por ocasião da epidemia de cólera-morbus, em 1832, tendo recebido a Grande Medalha de Ouro em reconhecimento aos serviços prestados. Ao regressar a seu país, Francisco de Paula Cândido apresentou na Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em 13 de janeiro de 1833, a tese que havia defendido na Faculté de Médecine de Paris.
O retorno de Francisco de Paula Cândido ao país foi destacado em Aurora Fluminense, jornal político literário que havia sido fundado, em 1827, pelo jornalista José Apolinário Pereira de Moraes, pelo médico José Francisco Xavier Sigaud e pelo cirurgião Francisco Crispiano Valdetaro:
“Chegou ultimamente de França o Dr. Francisco de Paula Candido, jovem Brazileiro que ali cultivou o estudo da Medicina, em que geralmente se diz haver primado. Os títulos de sua formatura são acompanhados de honrosos documentos, quer sobre sua não vulgar aplicação e capacidade intelectual, quer sobre os serviços que generosamente prestou, no curativo da cholera morbus em Paris, comprometendo para este fim a sua existência. O Sr. Dr. Francisco de Paula Candido, a quem a província de Minas teve a fortuna dedar nascimento, propõe-se a exercer aqui a sua arte. He huma verdadeira acquisição para a nossa capital, aonde os charlatães todos os dias são obrigados a ceder o terreno a legítimos cultores da sciencia medica, filhos ou da nossa Academia, ou das Academias estrangeiras.” (RIO, 1833, p.3096)
Em 1833 inscreveu-se nos concursos para as cadeiras de física médica, de química e de terapêutica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo sido aprovado no primeiro, com a tese intitulada “Algumas considerações sobre a atmosfera”, uma das primeiras teses defendidas nesta instituição. Tomou posse em 6 de março de 1833, e ocupou este cargo por 30 anos, lecionando também esta matéria para estudantes de farmácia. Seu nome ficaria ainda mais ligado à farmácia brasileira por sua aproximação com Ezequiel Corrêa dos Santos, considerado o “Pai da Farmácia” no Brasil (ANTONINI, 2003).
Francisco de Paula Cândido apresentou, em setembro de 1834, na Sociedade Defensora de Liberdade e Independência Nacional, grêmio associativo criado em 1831 com o objetivo de contribuir para a preservação da ordem e tranquilidade pública, a proposta para que uma comissão, composta por seis facultativos eleitos entre os membros desta sociedade, estudasse a epidemia das febres intermitentes, as causas topográficas, a vegetação, as águas, as casas dos habitantes, e tudo mais digno de menção na busca de se remediar o avanço desta epidemia (NA SOCIEDADE, 1834).
Presidiu a comissão organizada, em 1854, por José Bento da Rosa, diretor em exercício da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, para definição das bases da planta de um edifício para aquela instituição. Ocupou de maio a julho de 1859 a vice direção da mesma Faculdade, e jubilou-se em 27 de maio de 1863, sendo sucedido na cadeira de física médica por Francisco José do Canto e Mello Castro Mascarenhas, que já o havia substituído naquele curso, anteriormente, em 1855.
Agostinho José de Souza Lima, discípulo de Francisco de Paula Cândido e posteriormente lente de química da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, destacou sua atuação naquela instituição, especialmente seu empenho em imprimir, no ensino da cadeira de física médica, uma orientação científica experimental, com fórmulas e cálculos matemáticos demonstrativos das leis físicas. Souza Lima assim caracterizou a filiação teórica de seu mestre:
“Adversário intransigente da escola vitalista, adepto fervoroso e convicto da escola iatro-química, Paula Candido sustentava a divisa de Lheman de que um futuro mais ou menos próximo a fisiologia animal se reduziria inteiramente às leis da Física e da Química.” (Apud SENNA, 1928, p.15)
Ainda no ano de 1833, Francisco de Paula Cândido foi comissionado, pelo Governo Imperial, para estudar a epidemia de malária que se alastrava gravemente pela província do Rio de Janeiro, e foi também um dos médicos consultados pela Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro sobre questões de saúde pública. Candidatou-se em 26 de janeiro de 1833 ao posto de membro de titular na Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, apresentando a memória “Observações sobre a febre typhoide”. O parecer de aprovação a sua candidatura foi lido em 30 de janeiro, seguindo-se sua eleição e posse. Foi patrono da Cadeira nº 20 desta associação.
Participou da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro desde seus primeiros anos, juntamente com importantes expressões da área médica que também haviam se formado na França, como Joaquim Cândido Soares de Meirelles, Francisco Freire Allemão de Cysneiros, José Martins da Cruz Jobim, além do francês José Francisco Xavier Sigaud. Foi ainda presidente desta associação por três ocasiões, sendo a primeira no 1º e 2º trimestre do ano de 1834, a segunda no período de 1840 a 1842 e a terceira de 1852 a 1859.
Em 1846, Francisco de Paula Cândido foi encarregado, pelo Governo Imperial, para realizar a análise das águas carbogasosas da região de Caxambu, na província de Minas Gerais (SANTOS FILHO, 1991).
Dirigiu, juntamente com Domingos Marinho de Azevedo Americano, também professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, a Nova Casa de Saúde, situada na rua da Pedreira da Candelária (atual Rua Bento Lisboa), na cidade do Rio de Janeiro.
Francisco de Paula Cândido foi o primeiro presidente da Junta de Higiene Pública, criada pelo decreto nº 598, de 14 de setembro de 1850, instituição responsável pela conservação da salubridade pública. Naquele ano a grande epidemia de febre amarela havia se alastrado pela província do Rio de Janeiro, vitimando cerca de 4.160 pessoas, inclusive a Antonio Gomes Cândido, irmão primogênito de Francisco de Paula Cândido. O decreto nº 828, de 29 de setembro de 1851, apresentou o regulamento da instituição, a qual passou a denominar-se Junta Central de Higiene Pública. Durante o período que esteve à frente da Junta, Francisco de Paula Cândido apontou as deficiências da estrutura e do funcionamento da mesma, entendendo que a Junta deveria ser somente uma instituição consultiva, não executiva, responsável pelo estudo dos principais problemas de saúde pública e pela indicação de providências a serem adotadas:
“As atribuições, escrevia ele, que o respectivo regulamento conferiu a esta instituição (a Junta) forma por este regulamento ampliadas muito além do espírito e da letra do decreto de sua criação; porquanto, por este decreto limitam-se suas atribuições a indicar à Comissão de Engenheiros e ao Governo Imperial as necessidades reclamadas pela saúde pública; entretanto que pelo respectivo regulamento a Provedoria do Porto, a Junta Vacínica, as matrículas dos médicos, farmacêuticos, parteiras e dentistas, a inspeção, enfim, sobre o exercício dos diferentes ramos da arte de curar, a fiscalização das casa de drogas ... lhe foram incumbidas. Para o bom desempenho de todas essas funções não se lhe proporcionaram os indispensáveis meios”. (Apud BARBOSA, 1909, p. 67)
Exerceu a presidência da Junta de Higiene Pública até o ano de 1864, sendo sucedido por José Pereira Rego (Barão do Lavradio). Sua carreira foi profundamente marcada pelo período à frente desta instituição, quando passou a ser conhecido como importante sanitarista do Império. Analisando as condições sanitárias do Rio de Janeiro, destacou a importância e a complexidade do debate sobre o contágio naquela época:
“A importante questão do contágio se oferecerá de hoje avante sempre que se discutirem as causas determinantes do nosso momento sanitário; por isso peço à V. Ex. licença para lhe consagrar algumas reflexões, e expender meu pensar a respeito. Dentro e fora do País, Médicos de reconhecido talento abraçam opiniões opostas a respeito do contágio. Quem consulta sem prevenção os escritos relativos à febre amarela encontra, e às vezes no mesmo autor, fatos comprobatórios do contágio ao lado de outros que o excluem. Entre nós fatos ocorreram em que o contágio se ostenta claro, e inquestionável; e ao lado destes se observaram outros que excluem com o mesmo rigor e evidência.” (CANDIDO, 1852, p.5)
Entre outros aspectos marcantes de sua atuação como presidente da então denominada Junta Central de Higiene Pública, foi o combate à epidemia de cólera morbus que assolou gravemente a província do Rio de Janeiro, no ano de 1855, sobre o qual escreveu o “Relatório ácerca do Cholera Morbus precedido de considerações sanitarias, relativas aos portos do Império” (1855) e o “Relatório acerca da Saude Publica comprehendendo 1º A Historia succinta do Chorela-morbus no Império em 1855-1856; 2º A Discussão das providencias sanitárias que convem adoptar-se” (1856).
Pelo decreto Imperial nº 1.103, de 3 de janeiro de 1853, foi fundado o Hospital Marítimo de Santa Isabel, em Jurujuba (Niterói), para tratamento dos marinheiros e outras pessoas de bordo dos navios, nacionais e estrangeiros, que aportassem na Baía de Guanabara, que estivessem com moléstias contagiosas ou suspeitas. Para administrar o Hospital foi instalada uma comissão sanitária, composta pelo presidente da Junta Central de Higiene Pública, pelo Capitão do Porto, por um Delegado do Corpo Consular. Francisco de Paula Cândido participou, então, da administração do Hospital, juntamente com Bento Maria da Costa (médico administrador) e José Eduardo Teixeira de Souza (médico). Posteriormente, em 1895, o Hospital Marítimo de Santa Isabel passou a ser denominado Hospital Paula Cândido (BARBOSA, 1909, p. 327).
Lecionou línguas e ciências naturais e foi médico das Princesas Imperiais, D. Isabel (1846-1921) e D. Leopoldina (1847-1871), filhas do Imperador D. Pedro II. Foi médico da Câmara Imperial (1840-1864).
Na edição de 1855 do Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Corte e Provincia do Rio de Janeiro, foi publicado um anúncio informando que os relatórios sobre a salubridade da cidade do Rio de Janeiro e sobre a febre amarela, de autoria de Francisco de Paula Cândido, estavam à venda na casa de E. & H. Laemmert por seis mil réis. O anúncio comentava, ainda, sobre a importância da divulgação destes relatórios:
“Se as esclarecidas idéas, a vasta erudição e experiência do ilustrado autor destes Relatorios, que tanto e com tão feliz êxito se tem empenhado pelo melhoramento sanitário da primeira capital da America do Sul, merecem indubitavelmente ser vulgarisadas, estudadas e apreciadas no paiz para cujo beneficio forão elaboradas e publicadas, e o qual poderá colher delas os mais benéficos resultados; fazemo-nos um dever de recomendar também o estudo e a leitura destes Relatorios aos estrangeiros, e á sua remessa para a Europa, onde grangearáo sem duvida ainda maior reputação ao seu autor, e excitarão um subido gráo a attenção dos sabios europêos, sequiosos de enriquecer a sciencia com judiciosas observações medicas e estatísticas de além-mar, e cujo valor sobre de preço pela alta posição oficial e scientifica do Exmo. Sr. Dr. Paula Candido”. (EM CASA, 1855, p.248)
Francisco de Paula Cândido foi redator, juntamente com José Francisco Xavier Sigaud e Francisco Crispiniano Valdetaro, do Diario da Saude ou Ephemerides das Sciencias Medicas e Naturaes do Brazil,cujo primeiro número foi lançado em 18 de março de 1835, na Corte do Rio de Janeiro, como o objetivo de apresentar um repertório de clínica médica, memórias originais ou traduções sobre qualquer tema relativo à higiene pública, a medicina legal, a história natural e demais ciência acessórias.
Foi também redator dos Annaes de Medicina Brasiliense, publicação da então Academia Imperial de Medicina no período de 1845 a 1849, e do jornal literário O Brasil Ilustrado. Publicação Litteraria no período de 1855 a 1856.
Francisco de Paula Cândido foi sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (posse em 12 de janeiro de 1842), sócio honorário da Academia de Belas Artes, membro da Academia Filomática de Paris, de l’Académie Diplomatique, da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa e patrono titular da cadeira nº 16 da Academia Mineira de Letras, fundada em 25 de dezembro de 1909. Integrou, em 1864, o Conselho Fiscal do Imperial Instituto Fluminense de Agricultura, instituição científica criada em 1860, na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de aprimorar a agricultura no Brasil.
Foi eleito, em 1834, deputado provincial no Collegio de Barbacena (Minas Gerais), e em 1837 deputado geral pela província de Minas Gerais. Foi deputado pela Província de Minas Gerais por quatro legislaturas, desta data até 1845 e posteriormente de 1849 a 1856, passando neste último período a representar sua província como deputado geral. Em sua atuação no parlamento brasileiro propugnou, entre outras medidas, a garantia da liberdade de pensamento e de voto nos comícios eleitorais, a reforma política e administrativa que promovesse a descentralização dos serviços, a sistematização de um plano de saneamento da capital brasileira, e a construção de estradas que contatassem o interior do país (SENNA, 1928).
Francisco de Paula Cândido mobilizou-se pelo problema das comunicações entre o município da Corte com o interior do país, destacando a necessidade da ligação do Rio de Janeiro com o sertão mineiro do Alto São Francisco, em direção ao Brasil central. Em reconhecimento a este seu empenho, a ponte sobre a qual passa a Estrada de Ferro de Minas para Goiás, no trecho de Formiga para o extremo oeste mineiro, tem seu nome. Dedicou-se, também, ao desenvolvimento agrícola no país, especialmente em seu trabalho “Clamores da agricultura no Brazil e indicação dos meios facillimos de leva-la rapidamente à prosperidade, deduzidos tanto da experiência especial no Brazil como das receitas e admiráveis descobertas da chimica agrícola”.
De acordo com Nelson de Senna (1928), Francisco de Paula Cândido foi o primeiro médico brasileiro que estudou cientificamente a sintomatologia, os detalhes e a forma curativa do beribéri. Desenvolveu estudos também sobre a morfeia, o cólera morbus e a etiologia da febre amarela vinda do golfo do México em 1894.
Teve o seu necrológio proferido por Antônio Felix Martins, em sessão de 9 de maio de 1864, na Academia Imperial de Medicina.
Várias localidades no Estado de Minas Gerais, como Airões, Comunidade dos Barros, Chácara, Taquaraçu, Chaves, Encadeado, Quatro Barras, Lamim, Santa Rosa, São Mateus, Córrego do Meio, formaram um município, o qual recebeu, pela Lei nº 1039, de 12 de dezembro de 1953, a denominação de Paula Cândido, em sua homenagem a Francisco De Paula Cândido.
Produção intelectual
- “Sur l’electricité animale”. Thèse presentée et soutenue à la Faculté de Médicine de Paris, 1832.
- “Algumas considerações sobre a atmosfera”. These apresentada, e defendida aos 21 de fevereiro para o Concurso da Cadeira de Physica Medica, na Academia Medico-Cirurgica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Na Typographia de Gueffier e Cie., 1833.
- “Observações sobre a febre typhoide”. Memoria apresentada na Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em 26 de janeiro de 1833.
- “Relatorio feito ao Governo sobre a enfermidade de Irajá, pelo Sr. Dr. Paula Candido”. Semanario de Saude Publica, Rio de Janeiro, anno de 1833, n.145, p.521-523, 28 de março de 1833.
- “Observações do Sr. Paula Candido sobre as febres de Irajá; lidas na Sociedade de Medicina em 17 d´Abril de 1833”.Semanario de Saude Publica, Rio de Janeiro, anno de 1833, n.149, p.541-542, 4 de maio de 1833.
- “Exposição Succinta da marcha, e Syntomatologia da Epidemia, precidida de algumas reflexões topográficas”. Correio Official, Rio de Janeiro, tomo 1, n.12, p.47-48, 13 de julho de 1833.
- “Reflexões sobre a nova theoria da respeiração”. Diario de Saude ou Ephemerides das Sciencias Medicas e Naturaes do Brazil, Rio de Janeiro, v.I, n.2, p.9-12, 25 de abril de 1835.
- “Historia natural. Meteorologia”. Diario de Saude ou Ephemerides das Sciencias Medicas e Naturaes do Brazil, Rio de Janeiro, v.I, n.3, p.2-22, 2 de maio de 1835.
- “Pharmacia. Créosôto”. Diario de Saude ou Ephemerides das Sciencias Medicas e Naturaes do Brazil, Rio de Janeiro, v.I, n.4, p.29-31, 9 de maio de 1835.
- “Febres intermitentes”. Diario de Saude ou Ephemerides das Sciencias Medicas e Naturaes do Brazil, Rio de Janeiro, v.I, n.6, p.41-44, 23 de maio de 1835.
- “Relatorio do Snr. Dr. Paula Candido sobre a natureza do miasmo cholerifico”. Revista Medica Fluminense, Rio de Janeiro, n.3, p.13-20, junho 1835.
- “Considerações medico-topographicas sobre a cidade do Rio de Janeiro e suas immediações”. Diario de Saude ou Ephemerides das Sciencias Medicas e Naturaes do Brazil, Rio de Janeiro, v.I, n.9, p.66-68, 13 de junho de 1835.
- “Conseils contre la propagation de la fièvre jeaune”. Rio de Janeiro, 1835.
- “Diario de Saude, ou Ephemerides das Sciencias Medicas e Naturaes do Brazil”. Rio de Janeiro, 1835 a 1836.
- “Discurso recitado em o dia 30 de junho, anniversario da instalação da academia de medicina, em presença do augusto monarca brasileiro, o sr. dom Pedro II”. Revista Medica Fluminense, Rio de Janeiro, tomo 3º, 1837.
- “Discurso recitado na Sessão Publica da Academia Imperial de Medicina a 30 de junho do corrente anno pelo Sr. Dr. Francisco de Paula Candido”. Revista Medica Fluminense, Rio de Janeiro, n.1, v.IV, p.197-202, abril de 1838.
- “Memoria sobre elephantiase dos Gregos ou Leontísis, satyriasis, vulgarmente chamada morphéa”. Revista Medica Brasileira, Rio de Janeiro, v.I, n.9, p.494-499, janeiro 1842.
- “Reflexões sobre febre intermittente”. Annaes de Medicina Brasiliense, Rio de Janeiro, tomo 13º, Rio de Janeiro, 1847.
- “Memoria sobre a penetração do ar nas artérias”. Annaes de Medicina Brasiliense, Rio de Janeiro, tomo 14º, Rio de Janeiro, 1847.
- “Communicação do ar atmospherico com o systema arterial, demonstrada por experiencia”. (Lida em sessão da Academia imperial de medicina de 5 de maio de 1847). Rio de Janeiro: Typ. Imparcial, 1847.
- “Relatório sobre as medidas de salubridade reclamadas pela cidade do Rio de Janeiro”. Rio de Janeiro, 1851.
- “Exposição succinta do estado sanitário da cidade do Rio de Janeiro, e das medidas, que convem adoptar-se.” Rio de Janeiro, 27 de março de 1851.
- “Succinta exposição do movimento sanitário da cidade do Rio de Janeiro, durante o anno findo de 15 de abril de 1851 a 15 de abril de 1852, e em particular do movimento da febre amarella”. Rio de Janeiro, 1852.
- “Exposição do estado sanitário da capital do Império, apresentada ao ministério do império”. Rio de Janeiro, 1853.
- “Conseils: 1º, contre la propagation de la fièvre jaune; 2º pour son traitement a bord des navires”. Rio de Janeiro, 1853.
- “Exposição das medidas sanitárias, permanentes e occasionaes, reclamadas pela cidade do Rio de Janeiro, e reflexões ácerca da epidemia de febre amarella, para subir à presença de S. M. o Imperador”. Rio de Janeiro, 1854.
- “Aparelho para banho de vapor na casa do enfermo”. Rio de Janeiro, 1854.
- “Febres Intermitentes”. Rio de Janeiro, 1854.
- “Conselhos ao povo sobre os preceitos hygienicos que deve guardar no curso da epidemia de cholera-morbus e os meios de remediar os primeiros soffrimentos, pela commissão central de saúde pública”. Rio de Janeiro, 1855.
- “Relatorio ácerca do Cholera Morbus precedido de considerações sanitarias, relativas aos portos do Império para subir a Augusta Presença de S. M. o Imperador pelo Dr. Francisco de Paula Candido”. Rio de Janeiro, 1855.
- “Guia para o povo se dirigir no tratamento curativo e preservativo do cholera-morbus; reclamada por muitos senhores fazendeiros e pessoas do interior que estão longe dos recursos da côrte”. Rio de Janeiro, 1855.
- “A atmosfera”. O Brasil Ilustrado. Publicação litteraria, Rio de Janeiro, v.1, n.1, p.3-4, 14 de março de 1855.
- “O Brasil Ilustrado. Publicação litteraria”. Rio de Janeiro, 1855-1856.
- “História da moléstia do Exmo. Sr. marquês do Paraná”. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 11/09/1856. (Escreveu este artigo juntamente com Antônio da Costa e Manoel Valladão Pimentel).
- “Relatório ácerca da salubridade pública, comprehendendo 1º A História succinta do Cholera- morbus no Império em 1855-1856; 2º A Discussão das providencias sanitarias que convem adoptar-se para subir a Augusta Presença de S. M. o Imperador”. Rio de Janeiro, 1856.
- “A pepsina e a digestão ou notícia da pepsina e sua acção no organismo”. Rio de Janeiro, 1858.
- “Clamores da agricultura no Brazil e indicação dos meios facillimos de leva-la rapidamente à prosperidade, deduzidos tanto da experiência especial no Brazil como das receitas e admiráveis descobertas da chimica agrícola”. Rio de Janeiro: Typographia Universal de E. & Laemmert, 1859.
- “Relatório das medidas hygienicas reclamadas pela salubridade pública, etc.”. Rio de Janeiro, 1859.
- “Que a morféia se transmite de pais a filhos é fato que só poderá negar quem não praticou no Brasil Medicina, quem ainda não observou este mal perpetuar-se entre os descendentes dos morféticos”. [s.d.] [s.n.].
Fontes
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- BRASIL. Decreto nº 1.103, de 3 de janeiro de 1853. In: SENADO FEDERAL. Portal Legislação. Capturado em 3 set. 2020. Online. Disponível na Internet:
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- RELATORIO apresentado à Assembléa Geral Legislativa na Terceira Sessão da Nona Legislatura pelo Ministro e Secretario d´Estado dos Negócios do Império Luiz Pedreira de Couto Ferraz. Rio de Janeiro, Typographia Nacional, 1855. Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado 14 abr. 2020. Online. Disponível na Internet: http://ddsnext.crl.edu/titles/100?terms=Francisco%20de%20Paula%20Candido&item_id=1686#?h=Francisco%20de%20Paula%20Candido&c=0&m=23&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1302%2C-1%2C4619%2C3259
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- RIO de Janeiro. Aurora Fluminense, Rio de Janeiro, v.6, n.725, p.3096, 23 de janeiro de 1833. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 3 set. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/706795/3178
- SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro. História Geral da Medicina Brasileira. São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1991. v. 2. (BCCBB)
- SENNA, Nelson. Traços para o perfil de um brasileiro notável. O Cons. Francisco de Paula Cândido (1805-1864). Nossa Terra, Rio de Janeiro, p.10-16, 1928.
- VASCONCELOS, Vasco Joaquim Smith de. Médicos e cirurgiões da Imperial Câmara. Reinados de D. Pedro I e D. Pedro II. Campinas, São Paulo: [Academia Campinense de Letras], 1964. (BN)
Ficha técnica
Pesquisa – Rodrigo Borges Monteiro.
Redação – Rodrigo Borges Monteiro, Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Atualização - Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.
Forma de citação
CÂNDIDO, FRANCISCO DE PAULA. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 15 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario
Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)