POLICLINICA GERAL DO RIO DE JANEIRO

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Denominações: Policlinica Geral do Rio de Janeiro (1881); Polyclinica Geral do Rio de Janeiro; Policlínica Geral do Rio de Janeiro

Resumo: A Policlinica Geral do Rio de Janeiro foi fundada em 10 de dezembro de 1881. Foi criada com o objetivo de ser uma associação humanitária, oferecer gratuitamente consultas, e fornecer medicamentos à classe pobre. Em sua Ata de criação estavam os médicos Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, Júlio Rodrigues de Moura, Domingos de Almeida Martins Costa, Henrique Carlos da Rocha Lima, José Cardoso de Moura Brazil, Francisco Borges de Souza Dantas, Pedro Severiano de Magalhães, João Pizarro Gabizo, Carlos Pires Ramos, José Rodrigues dos Santos, Antônio José Pereira da Silva Araújo e Cyprianno Barbosa Bettamio, Antonio Loureiro Sampaio, Francisco Borges de Souza Dantas e João Carlos Teixeira Brandão. Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo foi o primeiro diretor da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, a qual teve como sede, entre 1881 e 1882, sua própria residência, na Rua da Lapa nº 93. Em 1939 inaugurou sua sede na Avenida Nilo Peçanha nº38, local onde funciona atualmente.

Histórico

A fundação da Policlinica Geral do Rio de Janeiro está vinculada à trajetória profissional de Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo. Após doutorar-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1872, Moncorvo de Figueiredo viajou para Europa, onde frequentou os principais centros médicos europeus, como na Faculté de Médecine de Paris, os serviços pediátricos dirigidos pelos médicos Eugène Jean Antoine Bouchut (1818-1891), autor de “Traité pratique des maladies des nouveau-nés, des enfants à la mamelle et la seconde enfance” (1873), e Henri Roger (1809-1891), autor de “Recherchescliniques sur les maladies de l´enfance” (1872). Ao retornar da viagem, em 1874, publicou a memória intitulada "Do exercício e ensino da medicina no Brasil", na qual criticou o ensino médico praticado no país, os métodos de ensino adotados, e apresentou as bases de um plano de reforma, no qual propôs uma maior liberdade de ensino, um maior número de gabinetes, como o de fisiologia experimental, e a instalação de um hospital das clínicas. Defendeu a instalação de um estabelecimento capaz de assentar suas bases sobre o trinômio assistência médica, pesquisa científica e ensino médico cirúrgico.

Inicialmente, as propostas de Moncorvo de Figueiredo não foram aceitas, tendo Vicente Cândido Figueira de Sabóia, diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, rejeitado participar do projeto de instalação de uma policlínica infantil, mesmo Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo responsabilizando-se em mantê-la financeiramente. No entanto, a proposta de criação de uma policlínica não foi totalmente esquecida, tendo sido defendida por outros médicos, como Antonio Pacífico Pereira, professor da Faculdade de Medicina da Bahia, e João Pizarro Gabizo, diretor da revista União Medica (ARAUJO, 1882, p.265).

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro, que foi o primeiro estabelecimento do gênero no Brasil, foi fundada em 10 de dezembro de 1881 por iniciativa conjunta dos médicos João Pizarro Gabizo e Antonio Loureiro Sampaio, que haviam conhecido o funcionamento das policlínicas europeias, como a General Polyclinic (Allgemeine Poliklinik), em Viena, fundada em 1872. Estes médicos apresentaram a proposta a Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, e o convidaram para ser o responsável por sua concretização (VALVÊRDE, 1932). Em uma reunião realizada na residência de Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, localizada à rua da Lapa nº 93, foi redigida a Ata de criação da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, com a presença de inúmeros médicos, o próprio Moncorvo, Júlio Rodrigues de Moura, Domingos de Almeida Martins Costa, Henrique Carlos da Rocha Lima, José Cardoso de Moura Brazil, Francisco Borges de Souza Dantas, Pedro Severiano de Magalhães, João Pizarro Gabizo, Carlos Pires Ramos, José Rodrigues dos Santos, Antônio José Pereira da Silva Araújo e Cyprianno Barbosa Bettamio.  Estiveram representados, participando, também, da criação da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, Antonio Loureiro Sampaio, Francisco Borges de Souza Dantas e João Carlos Teixeira Brandão.

Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo foi eleito como primeiro diretor da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, a qual teve como sede, entre 1881 e 1882, sua residência na Rua da Lapa nº 93. Neste momento de criação da instituição, foram indicados o Imperador D. Pedro II, como Protetor da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, e como benfeitores João José dos Reis (Conde de São Salvador de Mattosinhos), Francisco de Figueiredo, Manuel Antonio Gonçalves Roque (Visconde de Sistelo), José Luiz Cardoso de Salles (Barão de Irapuá), Comendador José João Martins Pinho, Comendador José Antonio Moreira Filho, Comendador Francisco de Paula Mayrink e o Conselheiro Manoel Francisco Correia.

O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império, Rodolpho Epiphano de Souza Dantas, por meio do ofício nº 823, de 16 de fevereiro de 1882, cedeu à Policlinica Geral do Rio de Janeiro os cômodos do andar térreo do edifício da Secretaria da Instrução Pública, antigo prédio do Arquivo Público, que tinha abrigado em seu andar superior a Academia Imperial de Medicina, localizado à Rua dos Ourives nº 1 (atual Rua Miguel Couto), no centro do Rio de Janeiro.

O decreto nº 8.587, de 17 de junho de 1882, aprovou os primeiros estatutos da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, definindo-a como “uma associação humanitaria, cujos fins são dar gratuitamente consultas, em um edificio apropriado, e fornecer medicamentos á classe pobre, sem distincção de idade, sexo e nacionalidade, sempre que as condições financeiras da associação o permitirem” (BRASIL, 1882).

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro foi inaugurada em 28 de junho de 1882, já em sua nova sede, na Rua dos Ourives nº 1. Em sua solenidade de inauguração compareceram o Imperador D. Pedro II, o Conde D’Eu (Luís Filipe Maria Fernando Gastão de Orléans), Rodolpho Epiphano de Souza Dantas (Ministro do Império), Antonio Vieira Carneiro da Rocha (Ministro da Marinha), e, também, professores e estudantes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e da Escola Politécnica.

O médico Antônio José Pereira da Silva Araújo, no discurso que proferiu por ocasião da inauguração da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, em 1882, apresentou a definição da palavra “policlínica”, a criação de instituições como essa no país e no exterior, suas vantagens humanitárias e científicas com relação aos hospitais gerais, e a utilidade e urgência de seu estabelecimento no país. Iniciou apresentando a definição de policlínica:

“A palavra policlinica, meus senhores, é composta de dous vocabulos gregos: polis e klinique. Polis significa – cidade e klinique – exercicio da medicina (...). Policlinica quer, portanto, dizer: clinica na cidade (...). A propria etymologia está a demonstrar a grande diferença entre policlínica e hospital, porquanto, ao passo que aquella significa, como eu disse, clinica na cidade, isto é, naquellas, dentre as multiplices casas que constituem uma cidade, em que residem enfermos pobres, a palavra hospital tira as ua origem do adjetivo hospitalis, hospitaleiro, (....). O hospital é, pois, uma casa em que se hospedam doentes, isto é, onde eles residem por algum tempo. (....). Na policlinica o doente continúa em seu domicílio habitual. (....) na policlinica são o medico e a pharmacia que se dirigem até esse infeliz (...).” (ARAUJO, 1882, p.251-253)

Silva Araujo em seu discurso destacou , ainda, a policlínica como um espaço de ensino médico, reproduzindo as palavras do médico francês Charles Adolphe Wurtz (1817-1884), para o qual  a  “policlinica ou a clinica na cidade tem por fim introduzir os estudantes de anno superior, ou mesmo os medicos recentemente formados, na pratica civil, sob a auctoridade e fiscalisação de um professor eminente, ao mesmo tempo em que fornece aos doentes meios seguros e scientificos de tratamento, de par com um manancial perenne de inteira dedicação” (ARAUJO, 1882, p.253).

A fundação da Policlinica repercutiu no meio científico, tendo recebido congratulações e elogios por meio da imprensa diária e especializada brasileira, como o Jornal do Commercio, a Gazeta de Notícias, a Gazeta da Tarde, e a Revista Illustrada, e da estrangeira como a Revista Medica do Chile e a Revista Médico-Quirúrgica (Buenos Aires). Na edição da Revista Illustrada, de 1882, sua inauguração foi comentada em matéria assinada com o pseudônimo “Julio Dast”:

“Está inaugurada emfim a Polyclinica ... A Polyclinica é uma reunião de médicos especialistas dando gratuitamente consulta aos pobres, cada um na sua especialidade. Constituida em associação, a Polyclinica faz mais ainda: fornece ainda gratuitamente os medicamentos que prescreve. É o que se diz vulgarmente ouro sobre azul. Quando o Dr. Gabizo trouxe de Vienna a bella idéa da Polyclinica, de tão humanitaria ninguém acreditou na sua realisação. Elle teimou; comunicou-a ao seu colega, Dr. Moncorvo, este convenceu outro colega, que por sua vez arrastou outros e, os fluminenses, como sempre generosos, concorrendo com a sua philantropia, temos hoje funccionando essa util associação que, fundada a exemplo das da Europa, faz mais do que todas as suas identicas.” (DAST, 1882)

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro entrou em funcionamento, em 1º de agosto de 1882, e nesta ocasião, o nomeado diretor Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo proferiu uma aula na sala de cursos, tratando da pediatria no Brasil, na presença do Imperador D. Pedro II e de outras autoridades civis, militares e eclesiásticas. Nesta aula, Moncorvo de Figueiredo demandou a criação de uma cadeira de clínica de moléstias de crianças na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e na Faculdade de Medicina da Bahia (Relatório, 1996). Sua reivindicação foi aceita e implantada no ano seguinte, por meio da lei nº 3.141 de 30 de outubro de 1882, que executou algumas das disposições propostas pela Reforma Leôncio de Carvalho, e estabeleceu a cadeira de “clinica medica e cirurgia de creanças”, cujo primeiro lente foi Candido Barata Ribeiro.

Em 1904, no contexto das reformas urbanas na cidade do Rio de Janeiro, foi determinada a demolição do antigo prédio da Secretaria da Instrução Pública, onde funcionava a Policlinica. José Cardoso de Moura Brazil, então diretor da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, conseguiu que fosse concedido pelo Governo Federal, de forma gratuita e em usufruto, um terreno para a construção do novo edifício da instituição. A escritura pública foi lavrada em 6 de fevereiro de 1904 (VALVÊRDE, 1932). O projeto de construção do novo edifício, a cargo do arquiteto português Luiz Moraes Júnior, que foi também seria responsável pelo projeto do castelo Mourisco do Instituto Soroterápico Federal, foi aprovado pelo Conselho da Policlinica em 6 de julho deste ano. A pedra fundamental foi lançada em 1º de agosto de 1904, no local onde deveria ficar a porta principal do edifício, e logo foram iniciadas as obras com previsão inicial de conclusão em um ano, empregando nas mesmas o patrimônio da instituição e as verbas votadas pelo Congresso Nacional (A POLICLINICA, 1904)

Em 10 de fevereiro de 1909, a instituição foi transferida, então, para sua primeira sede própria, situada à Avenida Central nº167/169/171 (atual Avenida Rio Branco), tendo lá permanecido funcionando até o ano de 1938. Neste novo local seu espaço físico aumentou consideravelmente, possibilitando uma melhor acomodação dos serviços clínicos, e o crescimento do número de atendimentos. O jornal Gazeta de Noticias, em matéria noticiando a visita de Augusto Tavares de Lyra (Ministro da Justiça e Negócios Interiores) e David Morethson (Ministro da Fazenda), em 3 de março de 1909, ao novo edifício da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, na Avenida Central, descreveu detalhadamente as novas instalações:

“O novo edifício da Polyclinica, na Avenida Central, compõe-se de tres pavimentos, com uma área de cerca de novecentos metros quadrados, tendo cem metros de fachada nas usas três faces, que dão para a Avenida, ruas de S. José e Chile. (...). Toda a construção, em que se procurou satisfazer os necessários requisitos da solidez e da hygiene, é feita de cimento, areia e ferro, inclusive a cobertura, que é metalica. O primeiro pavimento, além dos armazéns, que a Polyclinica aluga, como fonte de renda, é ocupado por vairas secções de clinica. Vêem-se alli o sóbrio, mas elegante vestíbulo, a escada de ferro e mármore, á frente, além de outra para ingresso dos doentes, na rua Chile, a portaria, a secretaria, o gabinete de clinica de moléstias de olhos, a mais concorrida, á cargo do conceiturado especialista Dr. Moura Brasil e Dr. Moura Brasil Filho,  a secção de clinica de crianças, á cargo do incansável Dr. Moncorvo Filho, á secção das moléstias de nariz e ouvidos, á cargo do Dr. Alfredo de Azevedo, a de moléstias nervosas, á cargo dos Drs. Carlos Botto e Franklin de Faria (...). No segundo pavimento, ficam: o salão nobre, estylo Renaisence Allemã, os gabientes de cirurgia (...), vendo-se ahi as salas de operações, assépticas e sépticas, á cargo do Dr. Pedro Magalhães, o gabinete de clinica gynecologica, confiado ao Dr. Barros Barreto, a secção de moléstias de pelle e syphilis, á cargo do Dr. Werneck Machado, a clinica de moléstias do coração e pulmões, a cargo do Dr. Salles Guerra, a de moléstias intertropicaes, á cargo do Dr. Alexandre Abrahão e a secção de clinica medica confiada ao Dr. Aloysio de Castro. O terceiro pavimento, dividido em compartimentos magníficos e amplamente arejados, como os dos outros, é destinado ao serviço de bacteriologia e installações de varias clinicas, ficando também ali a sala destinada á bibliotheca”. (POLICLINICA, 1909, p.3)

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro foi palco de importantes inovações científicas na área da medicina. Neste estabelecimento Aloysio de Castro colheu o material clínico necessário à realização de sua semiologia nervosa, as sequências cinesiográficas ilustrativas das alterações da marcha em diversas neuropatias. Ainda foi um dos primeiros estabelecimentos a manter um serviço de radiologia e a realizar registros cinematográficos de ocorrências clínicas. Além disso, atraiu nomes importantes do cenário médico da época como Oswaldo Gonçalves Cruz, que ingressou na Policlinica Geral do Rio de Janeiro, em 1894, a convite do chefe de clínica Egydio Salles Guerra, para organizar um laboratório de análises para os diagnósticos de sífilis e moléstias internas na clínica de Antônio José Pereira da Silva Araújo. Oswaldo Cruz começou efetivamente suas atividades naquela instituição, em 6 de setembro de 1895, e em 1898 era chefe do laboratório de bacteriologia e anatomia patológica. Oswaldo Gonçalves Cruz, Salles Guerra, Antônio José Pereira da Silva Araujo, Aureliano Werneck Machado e Alfredo Porto, formaram o “grupo dos cinco germanistas”, assim denominado pelo destaque que conferiam ao idioma alemão, o idioma de importantes textos de medicina daquela época (CASA DE OSWALDO CRUZ, 2013).  Em 1911, para substituir Salles Guerra e Oswaldo Gonçalves Cruz, na chefia do serviço de clínicas de moléstias de coração e pulmão e do gabinete de bacteriologia e anatomia pathológica, foram nomeados Oscar de Souza e Eduardo Meirelles (PARA SUBSTITUIR, 1911).

Além dos serviços médicos, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro também representou um espaço para outras manifestações artísticas e científicas. Foi inaugurada, em 19 de junho de 1928, no saguão da instituição, a primeira mostra pública das pinturas do pintor pernambucano Cícero Dias (CICERO, 1928). E, em 1939, a Policlinica sediou o 1º Congresso Nacional de Tuberculose, e, posteriormente emprestou suas instalações para a realização de sessões da Sociedade Brasileira de Pediatria (CARNEIRO, 2000). Foram realizados desde 1947, em suas instalações, várias edições do Curso de História da Medicina, promovido pela Universidade do Brasil, e proferido pelo médico Ivolino de Vasconcelos, que havia fundado, em 1945, o Instituto Brasileiro de História da Medicina.

Em 2 de agosto de 1932, foi comemorado o cinquentenário da Policlinica do Rio de Janeiro, com a realização de uma missa na Igreja da Candelária, um almoço de confraternização no Casino Beira-Mar e uma sessão solene (COMO, 1932). Porém, no ano seguinte, em 1933, foi noticiada a desapropriação do edifício da Policlinica do Rio de Janeiro (Av. Rio Branco ns.169-171) para a Prefeitura, em razão do plano de remodelação da cidade. O Conselho Consultivo do Distrito Federal, em seu Parecer ao relatório nº 24 de 1933, sobre o caso desta desapropriação, indicou que, tendo em vista a relevância dos serviços prestados, por essa instituição, à pobreza da cidade, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro recebesse um valor ($) para a construção de um novo prédio, e para compensar os prejuízos decorrentes da perda de renda durante a mudança para outro local (CONSELHO, 1933).

A sede da Policlinica Geral do Rio de Janeiro era, novamente, alvo de um plano urbanístico da cidade do Rio de Janeiro. Em função disto, houve uma permuta, com a Fazenda Federal, deste terreno da Avenida Central com outro situado na Avenida Nilo Peçanha, que seria alargada. O Governo Federal, por meio do decreto nº24.175, de 25 de abril de 1934, autorizou a permuta do terreno, onde se encontrava o prédio da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, pelos lotes nos. 11 e 12, quadra K, na Avenida Nilo Peçanha, de propriedade da Prefeitura do Distrito Federal, no centro do Rio de Janeiro (BRASIL, 1934). Foi, então, aprovada na Câmara de Deputados, a concessão de um auxílio de seiscentos contos à Policlinica Geral do Rio de Janeiro, para que pudesse ser erguido o edifício de sua sede. Em 8 de fevereiro de 1939, foi inaugurada a nova sede da Policlinica do Rio de Janeiro, na Avenida Nilo Peçanha nº38, com solenidade presidida pelo diretor da instituição, Gabriel de Andrade, e discurso de Aloysio de Castro sobre a história institucional (A NOVA, 1939). Neste local, funciona, nos dias atuais, o Serviço de Dermatologia da Policlinica do Rio de Janeiro.

Em 30 de agosto de 1945, o decreto-lei nº 7.911 autorizou a Prefeitura do Distrito Federal a isentar a Policlinica do pagamento de impostos, territorial e predial, incluindo aqueles que incidiam sobre o terreno para a nova sede e sobre o edifício construído (BRASIL, 1945).

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro foi declarada entidade de utilidade pública na esfera estadual (lei nº 752, de 28/01/1965), federal (decreto nº 68.497, de 12/04/1971), e municipal (lei nº 2.223, de 07/10/1994). Além disso, em 5 de abril de 1976, beneficiou-se do decreto nº 77.381, que lhe cedeu, sob regime de aforamento, o terreno da Avenida Nilo Peçanha nº 38, onde encontra-se sua sede nos dias atuais (BRASIL, 1976).

Diretores da Policlinica Geral do Rio de Janeiro:

Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo (dezembro 1881- abril 1883); Henrique Carlos da Rocha Lima (1883-1886); José Cardoso de Moura Brazil (1886-1928), Oscar Frederico de Souza (1929-1932); Gabriel de Andrade (fevereiro 1932-1935); Affonso Mac-Dowell (1940-1946); Eduardo Augusto Caldas Brito (1946-1948; 1975); Pedro Nava (1956-?).

Outros postos:

(1881-1883) - Carlos Pires Ramos (secretário), José Justiniano Rodrigues (tesoureiro).

1920 - Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho (secretário), João Alves Affonso Junior (tesoureiro), Carlos Botto, Aureliano Werneck Machado e Marcondes Ribeiro (membros da comissão de contas).Insira o texto aqui>

Estrutura e funcionamento

Na ata de criação da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, lavrada em 10 de dezembro de 1881, foi estabelecido que o número de médicos que integrariam a instituição seria de 13, que seriam os participantes da fundação, e que este número só poderia ser aumentado por exigência do serviço e deliberação do Conselho institucional. Cada um desses médicos teria o direito de escolher um assistente para auxiliá-lo em seus trabalhos. Ao final de cada ano, o diretor deveria convocar uma Assembleia Geral, com a presença dos fundadores e dos benfeitores, na qual, por meio da leitura de um relatório, seriam relatadas todas as ocorrências do ano.

Foram aprovados pelo decreto nº 8.587, de 17 de junho de 1882, os primeiros estatutos da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, que estabeleceu:  

Art. 1º Fica creada nesta Côrte com a denominação de «Polyclinica Geral do Rio de Janeiro» uma associação humanitaria, cujos fins são dar gratuitamente consultas, em um edificio apropriado, e fornecer medicamentos á classe pobre, sem distincção de idade, sexo e nacionalidade, sempre que as condições financeiras da associação o permittirem.

Art. 2º A Polyclinica consta de duas classes de socios: socios bemfeitores, cujo numero é illimitado, e medicos encarregados do serviço clinico, cujo numero é limitado.

Paragrapho unico. São considerados socios bemfeitores todos os individuos que contribuirem de qualquer modo para a installação e manutenção da Polyclinica.

Art. 3º O numero dos medicos encarregados do serviço clinico, que actualmente é de 14, poderá ser augmentado por exigencia destes.

Art. 4º A admissão de novos medicos para a Polyclinica será feita pelos medicos do serviço clinico, por votação nominal, sob proposta do Director.

Art. 5º No caso de impedimento passageiro dos medicos, a substituição será feita por designação do Director.

Art. 6º Os medicos poderão propor ao Director a nomeação de ajudantes, que serão medicos ou estudantes de medicina. (....).” (BRASIL, 1882).

De acordo com estes estatutos, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro deveria implantar uma farmácia, que funcionaria no edifício da instituição ou fora dele. A farmácia, aberta ao público, deveria satisfazer às exigências dos serviços da Policlinica, e seria mantida com a renda advinda da comercialização dos medicamentos. Ao farmacêutico, nomeado pelo diretor e sob a sua imediata inspeção, caberia registrar em um livro todo o receituário apresentado.

Os primeiros estatutos determinaram, ainda, que o Conselho da Policlinica Geral do Rio de Janeiro seria formado pelos médicos efetivos do serviço clínico, dentre os quais seriam eleitos um diretor, um vice-diretor e um secretário. Caberia ao diretor a administração do estabelecimento, a convocação e presidência do Conselho, a aquisição dos equipamentos necessários, e ao vice-diretor substituí-lo em seus impedimentos (BRASIL, 1882).

No momento de sua inauguração, em 28 de junho de 1882, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro possuía clínicas gerais e especiais, com exceção da clínica de partos, que ainda era restrita às maternidades. Cada uma das clínicas dispunha de um ensino teórico e prático, com o objetivo de complementar e subsidiar o ensino superior na área.

Em 1º de agosto de 1882, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro apresentava o seguinte quadro de clínicas e de facultativos:

- clínica médica em geral e especialmente em patologia intertropical: Júlio Rodrigues de Moura, Francisco Borges de Souza Dantas.

- clínica de moléstias do coração e dos pulmões: Henrique Carlos da Rocha Lima.

- clínica de moléstias do sistema nervoso: Domingos de Almeida Martins Costa, João Carlos Teixeira Brandão.

- clínica cirúrgica: Pedro Severiano de Magalhães.

- clínica de oftalmologia: José Cardoso de Moura Brazil.

- clínica de ginecologia: José Rodrigues dos Santos, Carlos Pires Ramos.

- clínica de otologia, laringologia e rinologia: Cyprianno Barbosa Bettamio.

- clínica de moléstias da pele e sifilíticas: Antônio José Pereira da Silva Araújo.

- clínica de moléstias de crianças: Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo.

- laboratório de análises químicas: chefe - José Pereira Lopes (VALVÊRDE, 1932).

Em 29 de dezembro de 1882 foram aprovados novos estatutos para a Policlinica Geral do Rio de Janeiro, que vigoraram até o ano de 1892. No que se refere ao Conselho, foi estabelecido que a eleição para os cargos de diretor, vice-diretor e secretário seria feita anualmente, na primeira quinzena do mês de dezembro, começando o exercício no mês seguinte. Foi definido, também, que haveria uma sessão ordinária do Conselho na primeira semana de cada mês, na qual o diretor relataria os fatos ocorridos no mês anterior e proporia as medidas convenientes à manutenção e ao desenvolvimento da instituição. Ocorreriam, ainda, sessões periódicas do Conselho dedicadas às comunicações clínicas e científicas.

Em relação ao pessoal da instituição, foi determinado que os chefes de clínica seriam médicos ou estudantes de medicina (quinto e sexto períodos), de confiança dos respectivos clínicos, sendo por estes escolhidos sob aprovação do Conselho.

Estes novos estatutos definiram de forma mais claramente a questão das substituições, admissões e demissões de médicos. No caso de uma ausência momentânea e imprevista do médico clínico, os chefes de clínica ficariam encarregados dos respectivos trabalhos, na situação de um impedimento passageiro, a substituição seria feita por designação do diretor, e no impedimento por mais de quinze dias, a substituição se faria conforme indicação do médico a ser substituído, que seria apresentada ao Conselho, podendo ser aceito ou não o profissional indicado.

Em relação à farmácia, proposta desde os primeiros estatutos, ficou resolvido que, enquanto não houvesse condições para sua instalação, seria buscado um acordo com alguns farmacêuticos particulares, para que fossem fornecidos os medicamentos, por preços reduzidos, aos doentes tratados na Policlinica Geral do Rio de Janeiro. Foi, também, prevista, a depender recursos, a criação de laboratórios para os trabalhos científicos, demandados pelo serviço clínico, de forma a atender todos os médicos da instituição.

No ano de 1883, o pessoal da Policlinica Geral do Rio de Janeiro era constituído por clínicos, um oficial encarregado dos trabalhos farmacológicos, três praticantes do laboratório químico farmacológico, um porteiro, e três serventes. A instituição estava constituída pelas seguintes clínicas de especialidades:

- clínica de moléstias internas: chefes - Joaquim Mariano Bayena do Lago; Antonio de Carvalho Palhano; Gregorio Mauricio Bella; Francisco Betim Paes Leme; Francisco Romano de Brito Bastos.

- clínica de moléstias de crianças: chefe - Augusto Freire de Mattos Barreto.

- clínica de moléstias da pele e sifilíticas: chefe - Balthazar Vieira de Mello.

- clínica de moléstias dos olhos: chefe - Nereu Macario de Moraes Guerra.

- clínica de moléstias de mulheres: chefe - Paulo Joaquim da Fonseca.

- clínica de moléstias da laringe e ouvidos: chefe - Antonio Freire de Mattos Barreto.

- clínica de moléstias externas: chefes - João Carlos Nogueira Penido; José Cupertino Gonçalves Fontes.

Entre 1882 e 1894, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro apresentou um vasto quadro de funcionários que se ocuparam dos serviços clínicos da instituição. O Serviço de moléstias de garganta, nariz e ouvido contou com Cyprianno Barbosa Bettamio, João Alvares de Azevedo Macedo, José Francisco Manso Sayão, Pereira de Azevedo, Theodor Peckolt e Bueno de Miranda. Carlos Teixeira atuou no Serviço de moléstias do útero, chefiado por João de Barros Barreto. O Serviço de patologia intertropical e moléstias do sistema nervoso ficou a cargo de Monteiro de Azevedo, tendo sido depois substituído por Carlos Botto. Paulo Maiwald foi chefe de clínica do Serviço de moléstias cirúrgicas, no qual foi clínico Pedro Severiano de Magalhães, e substituído por Queiroz Barros. José Cardoso de Moura Brazil foi responsável pelo Serviço de moléstias dos olhos, cujo chefe de clínica era Guimarães Padilha.

Foi inaugurado, em 16 de outubro de 1882, o primeiro curso de clínica pediátrica na Policlinica Geral do Rio de Janeiro, funcionava durante todo o ano, inclusive no período de férias. Inicialmente, o curso era constituído por pequenas conferências e demonstrações práticas ao lado dos doentes, e lições orais sobre temas referentes à patologia, clínica ou terapêutica pediátrica. A partir de 1886, passou a dedicar-se principalmente ao ensino prático da clínica, apresentando o estudo particular de cada caso, junto com reflexões e considerações sugeridas pelas pesquisas vigentes (MOREIRA, 2017).  Este curso foi, especialmente até o falecimento de Moncorvo de Figueiredo, em 1901, o espaço de ensino no qual surgiriam muitos daqueles que deram continuidade nos estudos sobre doenças infantis, como seu filho, Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho, Luiz Pedro Barbosa, Antonio Fernandes Figueira, e Luiz do Nascimento Gurgel.

Em 15 de dezembro de 1892 foram estabelecidos novos estatutos para a instituição, nos quais foi definida uma nova categoria de médicos, a dos adjuntos, médicos ou estudantes de medicina. Sua admissão e nomeação seria por escolha do respectivo médico efetivo, e sob a aprovação do Conselho.

Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho foi, a partir de 1892, adjunto da clínica pediátrica, e, com o falecimento de seu pai, assumiu a direção dessa clínica, em 26 de setembro de 1901.

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro, além de manter o atendimento domiciliar, dispunha de ambulatórios destinados às especialidades clínicas, laboratórios de análises químicas, farmácia e sala de cursos.  Além da sala da diretoria, e de uma sala para os cursos, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro tinha seguintes instalações como a clínica médica, a de oftalmologia, com uma câmara escura para os respectivos exames, a de dermatologia, sifiligrafia e ginecologia, a de cirurgia geral, laringologia, otologia e rinologia, e a de clínica de moléstias de crianças. Em outras dependências do edifício funcionavam um gabinete de eletricidade, com bateria elétrica e material indispensável às aplicações eletroterápicas, um laboratório de medicina experimental com o componente biotério para guardar cães, um viveiro de rãs, e um laboratório de análises químicas.

Em 8 de novembro de 1907, foram alterados novamente os estatutos da instituição, que estabeleceram que os serviços passariam a ser distribuídos entre a clínica médica, a clínica cirúrgica, a clínica ginecológica e obstétrica, a clínica oftalmológica, a clínica pediátrica, a clínica dermatológica e sifiligráfica, a clínica otorrinolaringológica, a clínica de moléstias nervosas e a clínica de moléstias do pulmão e do coração. Cada um destes serviços clínicos teria um chefe, a quem competia a sua direção científica. E caso se mostrasse necessário, o Conselho poderia aumentar o número de clínicas.

Nestes estatutos, de 1907, ficou definido que as eleições, para os cargos de diretor, vice-diretor e secretário, seriam realizadas a cada três anos, e estes cargos seriam ocupados pelos membros do Conselho.  A eleição para esses postos seria feita pela Assembleia Geral, na primeira quinzena do mês de março, começando o exercício na primeira quinzena do mês seguinte. Haveria obrigatoriamente uma assembleia geral na primeira quinzena de março de cada ano, mas poderiam ocorrer outras sempre que fosse necessário. A Assembleia Geral seria composta de todos os sócios da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, fossem eles honorários ou beneméritos. Para seu funcionamento pleno, a Assembleia Geral deveria contar, necessariamente, com a presença de 50 sócios. Competia à Assembleia Geral estar a par das contas do tesouro e dos atos da diretoria. As sessões ordinárias seriam realizadas nos meses de março, junho, setembro e dezembro.

De acordo com estes estatutos, os chefes dos serviços clínicos deveriam escolher os adjuntos e auxiliares que necessitassem, apresentando mensalmente ao diretor os dados estatísticos do serviço de sua responsabilidade. Além disso, os chefes dos serviços poderiam dar cursos práticos sobre suas especialidades, ou sobre outro assunto que entendessem ser relevante. Por sua vez, os adjuntos seriam os médicos da confiança, e escolha dos respectivos chefes de serviço, e aprovados pelo Conselho. Haveria um adjunto efetivo, e tantos adjuntos extranumerários quantos fossem necessários nos serviços clínicos. O adjunto efetivo, ou seja, os chefes de clínica em exercício a partir da data da aprovação do estatuto em questão, teria por dever auxiliar e substituir o chefe de serviço quando este estivesse ausente. Já os auxiliares dos serviços clínicos seriam estudantes de medicina a partir do quarto ano, nomeados pelo diretor, sob proposta dos chefes de serviço.

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro possuía até então dois laboratórios para os trabalhos científicos, sendo um de análises químicas e outro de bacteriologia e anatomia patológica, e um gabinete de eletricidade aplicada à medicina. Conforme estipulado por estes estatutos, de 1907, ambos os departamentos teriam um chefe e alguns assistentes, todos nomeados pelo Conselho. Os chefes dos laboratórios seriam os responsáveis pelos aparelhos e material sob sua guarda, prestando ao diretor e ao Conselho todas as informações que lhes fossem solicitadas a respeito dos trabalhos e deveres de seus cargos.

Em 1912, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro dispunha de dez serviços clínicos, a cargo de renomados médicos:

- Serviço de oftalmologia: José Cardoso Moura Brazil.

- Serviço de clínica cirúrgica: Pedro Severiano de Magalhães.

- Serviço de clínica médica: Aloysio de Castro.

- Serviço de afecções do coração e pulmão: Oscar Frederico de Souza.

- Serviço de pediatria: Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho.

- Serviço de afecções da pele e sífilis: Aureliano Werneck Machado.

- Serviço de moléstias nervosas: Carlos Botto.

- Serviço de moléstias intertropicais: Eduardo Meirelles.

- Serviço de moléstias das mulheres: José Gabriel Marcondes Romeiro.

- Serviço de moléstias da garganta, nariz e ouvidos: Alfredo Azevedo.

O ano de 1913 marcou uma importante reestruturação do ensino clínico na Policlinica Geral do Rio de Janeiro, quando foram reiniciados, de forma sistemática, os cursos do professor Aloysio de Castro, então diretor da instalação da sala dos cursos, ministrando um curso de patologia médica. Em 1915, com autorização da Congregação da Policlinica, o mesmo médico conduziu o curso da 4ª cadeira de clínica médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

Novos estatutos para a Policlinica Geral do Rio de Janeiro foram definidos em 10 de junho de 1927, nos quais foram fixados 13 serviços clínicos: clínica médica; clínica de moléstias do coração e do pulmão; clínica de moléstias tropicais; clínica cirúrgica; clínica ginecológica e obstétrica; clínica oftalmológica; clínica pediátrica médica e cirúrgica e de higiene infantil; clínica dermatológica e sifiligráfica; clínica otorrinolaringológica; clínica de moléstias nervosas e mentais; clínica radiológica e radioterápica; clínica dentária e estomatológica e clínica de moléstias das vias urinárias.

Os chefes dos serviços clínicos seriam profissionais nomeados pela Assembleia Geral dentre os diplomados pelas faculdades oficiais ou equiparadas. Por sua vez, os adjuntos seriam profissionais nomeados pelo Conselho, por proposta dos respectivos chefes dos serviços. Haveria um adjunto efetivo, que teria por dever auxiliar e substituir os efetivos sem seus impedimentos ocasionais, e os adjuntos extranumerários auxiliariam e substituiriam os adjuntos efetivos em seus impedimentos. Os estatutos criavam ainda um arquivo e uma biblioteca, sendo o cargo de arquivista-bibliotecário nomeado pelo Conselho.

De acordo com estes estatutos, de 1927, a Comissão de Contas, composta de três membros efetivos e três suplentes, eleitos conjuntamente com a diretoria, teria como atribuições examinar as contas do tesoureiro, entregando o seu parecer a tempo de ser apresentado à assembleia geral ordinária e fornecer, sempre que solicitado, qualquer outro parecer sobre assunto relativo à tesouraria. Por estes estatutos ficou, ainda, determinado que a Assembleia Geral era reconhecida como o poder supremo da Policlinica Geral do Rio de Janeiro e, no caso do encerramento de suas atividades, seus bens seriam revertidos para instituições de caridade.

Uma Assembleia Geral Extraordinária, da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, realizada em 2 de maio de 1929, alterou os estatutos da instituição, acrescentando um novo serviço clínico, o de tisiologia, e destinou ao serviço geral um laboratório central de análises, microscopia e anatomia patológica, com um chefe e assistentes. Conforme o disposto nos novos estatutos, foi anunciada a criação, no futuro, de um serviço de fisioterapia e a criação de enfermarias para os seus serviços de cirurgia geral e especializada. Importa registrar que, ainda neste ano, não havia sido implantada a farmácia da Policlinica, prevista desde os estatutos de 1882.

De acordo com o relatório das atividades realizadas em 1929, publicado na edição de 11 de fevereiro de 1930 do Jornal do Brasil, os serviços clínicos de oftalmologia, de otorrinolaringologia, clínica cirúrgica, e clínica ginecológica haviam sido completamente remodelados e convenientemente aparelhados, e, também, melhorados os serviços de radiologia e clínica dentária. Em 1930, ainda de acordo com este relatório, Moura Brazil foi substituído no serviço de oftalmologia por Gabriel de Andrade, e Aureliano Werneck Machado por Paulo Parreiras Horta no serviço da clínica dermatológica e sifiligráfica. Neste mesmo ano, foi inaugurado, no dia 17 de setembro, o serviço de tisiologia da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, para o qual foi indicado o médico Affonso Mac-Dowell (POLICLINICA, 1930). E, posteriromente, Affonso Mac-Dowell também presidiria o Centro de Estudos dos Médicos do Serviço de Tisiologia, criado na instituição.

A estatística do movimento dos diversos consultórios da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, entre 1º de agosto de 1882 e 31 de dezembro de 1931, evidencia seu papel como uma instituição de caráter humanitário, com o objetivo de prestar gratuitamente atendimento médico, consultas, e fornecer medicamentos à uma população enormemente carente, como podemos ver no quadro parcial de suas ações neste período:

Serviços clínicos Doentes tratados Consultas Receitas
Clínica médica 26.088 64.386 40.230
Clínica de moléstias do coração e pulmões 14.714 36.795 30.572
Clínica de moléstias intertropicais 24.589 64.774 35.112
Clínica cirúrgica 37.995 162.456 21.178
Clínica ginecológica e obstétrica 18.526 84.651 43.685
Clínica oftalmológica 134.324 1.211.032 163.581
Clínica pediátrica médico cirúrgica e de higiene infantil 25.646 172.838 272.763
Clínica dermatológica e sifilítica 38.299 170.422 68.346
Clínica otorrinolaringológica 77.928 250.680 116.975
Clínica de moléstias nervosas 14.995 57.623 25.420
Clínica dentária e estomatológica 5.900 21.379 907
Clínica radiológica e radioterápica 8.186 9.364 7.376
Clínica das vias urinárias 3.060 58.884 12.572
Clínica de tisiologia 1.420 18.739 3.327

Fonte: VALVÊRDE, Belmiro de Lima (org.). Cincoentenario da Policlinica Geral do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1932. p.17.            

Em 1932, a Policlinica Geral do Rio de Janeiro ganhou novos estatutos, e em 1º de agosto deste ano, o corpo clínico em serviço na instituição encontrova-se assim distribuído:

- Serviço de clínica médica:

chefe do serviço – Aloysio de Castro.

adjuntos – Dionisio Cerqueira, Josias de Meira Gama, Arthur Vasconcellos, José Barbosa da Cunha, Mario Penna.

- Serviço da clínica de moléstias do coração e dos pulmões:

chefe do serviço – Alfredo Damasceno Ferreira Backer.

adjuntos – Custodio Quaresma, Roberto Santos.

- Serviço da clínica de moléstias tropicais:

chefe de serviço – Eduardo Meirelles.

adjuntos - Andrade Filho, Ulysses Rocha, Antonio Damasceno de Carvalho (encarregado do Gabinete de Fisioterapia), Roberto Santos (encarregado do Gabinete de Eletrocardiografia).

- Serviço de clínica cirúrgica:

chefe do serviço – Roberto Freire.

adjunto – Aristides Neves da Silva.

auxiliar- Homero Macedo (acadêmico).

- Serviço da clínica ginecológica e obstétrica:

chefe do serviço – José Gabriel Marcondes Romeiro.

adjuntos -Altamiro de Oliveira e Salim Francis.

- Serviço da clínica oftalmológica:

chefe do serviço – Gabriel de Andrade.

adjuntos – Ruy Rolim, Caldas Brito, José Alves Ferreira, Nilo de Castro.

- Serviço da clínica pediátrica médica, cirúrgica e de higiene infantil:

chefe do serviço – Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo Filho.

adjuntos – Sylvio e Silva, Stephania Soares, Renato Dias Baptista.

- Serviço da clínica dermatológica e sifiligráfica:

chefe do serviço – Paulo Parreiras Horta.

adjuntos – João Ramos e Silva, Luiz de Oliveira, João Miranda Junior, Paulo Cardoso Legene, André Murad.

- Serviço da clínica otorrinolaringológica:

chefe do serviço – Augusto Linhares.

adjuntos – João de Souza Mendes, Carlos da Costa Pereira, Newton Barbosa Tatsch, Ermiro Estevam de Lima.

- Serviço da clínica de moléstias nervosas e mentais:

chefe do serviço – Oscar Frederico de Souza.

adjunto – Rubens Ferreira.

- Serviço da clínica dentária e estomatológica:

chefe do serviço – Raul Affonso (interino).

adjuntos – Wladimir de Souza Pereira, João Gomes de Figueiredo.

- Serviço da clínica radiológica e radioterápica:

chefe do serviço – Manoel Dias de Abreu.

adjuntos – Laurindo Quaresma, Francisco Rodrigues de Oliveira.

- Serviço da clínica de moléstias das vias urinárias:

chefe do serviço – Belmiro de Lima Valverde.

adjuntos – Antonio Pinheiro Carvalhaes, Miguel Parolo, Alberto Barbosa de Magalhães, Hernani Coelho Legey, Asdrubal de Franca Rocha e Emmanuel Pedrosa.

- Serviço da clínica de tisiologia:

chefe do serviço – Affonso Mac-Dowell.

adjuntos - Galdino Travassos, Murillo Paula da Fonseca, Dionisio Bentes e Carvalho.

- Laboratório central:

assistente – Custodio Martins. (VALVÊRDE, 1932)

Nesta época, a Policlinica passou por alguns percalços financeiros, tendo contraído dívidas para poder continuar atendendo a população numerosa que procura seus serviços diariamente. Em função deste cenário, a instituição decidiu promover eventos para arrecadar recursos, como a realização de diversos eventos, no dia 1º de maio na Quinta da Boa Vista, como torneios esportivos, de todas as modalidades, contando com a presença de integrantes das esquadras da Escola Militar, da Escola de Aviação de Guerra, do 1º Regimento de Cavalaria, do Clube Hípico, do Centro de Educação Física do Exército, da Escola  de Sargentos, da Liga de Sports da Marinha, dos Fuzileiros Navais, do Corpo de Bombeiros, da Inspetoria de Veículos e de clubes esportivos do Rio de Janeiro. (AMPARANDO, 1932).

A Policlinica Geral do Rio de Janeiro ganhou, em 17 de março de 1937, um espaço importante para apresentar a instituição, um programa na Rádio Tupy, que era transmitido às quintas-feiras, patrocinado pela revista Illustração Brasileira, cuja abertura foi feita por Ordival Gomes, clínico da instituição (SEM FIO, 1932).

Foi inaugurado, em 27 de agosto de 1939, o serviço de endocrinologia da Policlinca Geral do Rio de Janeiro, instalado no 11º andar de seu prédio sede, chefiado por João Peregrino da Rocha Fagundes Junior, e integrado por Raimundo Brito (cirurgia endócrina), Flávio Miguez de Melo (interferometria), Henry Ribeiro de Souza (pesquisa biológicas), Candido Serra (ambulatório), Armando Peregrino (metabolismo basal), Rubem Jacomo, Waldemar Coleiro, Aldemar F. Porto, Pedro Martins de Oliveira e Pedro Jardim Fernandes (internos). Este Serviço de Endocrinologia tinha um centro de estudos, um centro de pesquisa, ambulatório, laboratório de metabolismo basal, interferometria, fotometria e biotipologia, duas enfermarias e um centro cirúrgico especializado. Além disso, equipado com a aparelhagem mais moderna, este serviço funcionava em cooperação com todos os outros serviços clínicos da Policlínica e com o Laboratório Central. Em matéria publicada no Jornal do Brasil, sua criação foi destacada como sendo o primeiro centro científico dessa especialidade (INAUGUROU-SE, 1939).

Helio Silva, membro da direção da Associação Brasileira de Imprensa, foi designado, em 3 de maio de 1941, como médico-chefe da Policlinica Geral do Rio de Janeiro (POLICLINICA, 1941).

Foram realizadas, em 1951, obras de ampliação dos serviços ginecológicos, então sob a coordenação de Alcides Senra de Oliveira, na Policlinica do Rio de Janeiro (NOVOS SERVIÇOS, 1951).

O Senado Federal, então presidido por Café Filho, concedeu, por meio da Lei nº 2.119, de 27 de novembro de 1953, um auxílio financeiro (um milhão e quinhentos mil cruzeiros) à Policlinica, sob a condição de que a instituição assumisse perante a Divisão de Organização Sanitária do Ministério da Saúde, o compromisso de:

“I – manter em condições, cada vez mais aperfeiçoados, os serviços de assistência médico-cirúrgica;

II – manter e ampliar os cursos de pós-graduação e de aperfeiçoamento médico;

III – manter e ampliar a sua Revista Médica, sempre com o caráter de divulgação exclusivamente científica;

IV – manter e ampliar o Serviço de assistência Social;

V – criar e manter um Banco de Olhos, anexo à sua Clínica Oftalmológica.” (BRASIL, 1953)

Em 1957, a Lei nº3.168, de 6 de junho, liberou para o Ministério da Saúde um crédito especial (um milhão e quinhentos mil cruzeiros) para atender ao pagamento do auxílio anual à Policlínica Geral do Rio de Janeiro, que havia sido concedido pela referida Lei nº 2.119 (BRASIL, 1957).  

Foi criada na Policlinica do Rio de Janeiro, em 1949, a Unidade de Reumatologia do Departamento de Clínica Médica, então dirigida por Pedro Nava, e integrada por Hilton Seda, Airton Ferreira da Costa, Berel Bejgler e Adolfo Biberman (BRASIL, 1961). Para comemorar o 10º aniversário da Escola de Aperfeiçoamento Médico, vinculada a este serviço dirigido por Pedro Nava, foi inaugurado, em março de 1959, o Curso de Simpósios para médicos, no anfiteatro da instituição (SIMPOSIOS, 1959).

Em 1956 Pedro Nava assumiu o cargo de diretor-presidente da Policlinica Geral do Rio de Janeiro. Deixa a direção do serviço de Clínica Médica, Reumatologia e Medicina Física da Policlínica Geral do Rio de Janeiro por divergir das diretrizes do diretor-presidente, Dr. E. A. Caldas Brito.

No ano de 1961 foram veiculadas diversas notas, no Diario Carioca, sobre o risco de colapso total nos serviços da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, tendo em vista a falta de água que havia paralisado os serviços de cirurgia, e a questão do revezamento dos médicos em dois turnos, determinados pelo Governo Federal, que prejudicava os serviços clínicos (JQ, 1961).

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Publicações oficiais

O periódico União Medica, lançado em janeiro de 1881, acompanhou de perto o desenvolvimento institucional e científico da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, atuando como um veículo de divulgação dos trabalhos realizados em seus serviços clínicos. Tinha como gerente o farmacêutico José Pereira Lopes, e como redatores Júlio Rodrigues de Moura, Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, José Cardoso de Moura Brazil e Antônio José Pereira da Silva Araújo, todos médicos da Policlinica. Começou mensalmente e, em 1885, passou a ser publicada quinzenalmente, devido ao grande volume de artigos enviados.

Neste periódico, já no primeiro ano de funcionamento da Policlinica, em 1881, foram publicados vários artigos de autoria de membros do corpo clínico, como resultados de estudos ali realizados em suas respectivas especialidades como por exemplo os trabalhos “Reflexões a respeito da obra de José Lourenço de Magalhães sobre ‘a morféia no Brasil’ especialmente na província de São Paulo”, de Júlio Rodrigues de Moura, e “Da dilatação do estômago nas crianças”, de Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo (União Médica, 1883).

Na reforma dos estatutos da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, em 1907, foi proposta a publicação de uma revista científica, a ser denominada Annaes da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, que, no entanto, só foi efetivada em maio de 1916, com o lançamento de seu primeiro número. Este periódico foi criado sob a direção de Aloysio de Castro e publicado trimestralmente, divulgando trabalhos originais e experiências práticas realizadas nos diversos serviços clínicos da Policlinica Geral do Rio de Janeiro.

Em 1930, foi fundado o Serviço de Vias Urinárias da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, e em seguida foi lançado o primeiro volume dos Archivos do Serviço de Vias Urinárias da Policlinica do Rio de Janeiro, periódico sob a direção de Belmiro de Lima Valverde, que buscava divulgar os trabalhos desenvolvidos na instituição (ARCHIVOS, 1932).

Em janeiro de 1949, o periódico Brasil-Medico. Revista Semana de Medicina e Cirurgia, que havia sido criado em 1887 por Antônio Augusto de Azevedo Sodré, passou ser o órgão oficial da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, tendo como diretores Eduardo Augusto de Caldas Brito, José Martinho da Rocha e Luiz Sodré, e como secretários de redação Alvaro Pontes, Balbino C. Dias, Hugo Fortes, e Rafael Rocha. O editorial deste número desta nova fase afirmou:

“(... tornamos a revista órgão oficial da ´Policlinica Geral do Rio de Janeiro`, na qual milita numeroso corpo clínico. Nossas páginas, entretanto, continuam abertas para todos os centros médicos e científicos do Rio de Janeiro e Estados.  (...). A tradição do ´Brasil-Medico`, o padrão científico de seus artigos, a serenidade e competência de seus críticos, pretendem manter e aperfeiçoar o seu caráter de repositório de conhecimentos médicos profícuos (...).”  (EDITORIAL, 1949, p.16).

Fontes

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- A NOVA sede da Policlinica do Rio de Janeiro. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, anno XXXVIII, n. 13.576, p.7, 8 de fevereiro de 1939. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 19 agosto 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_04/50614

- A POLICLINICA. O futuro prédio. Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, anno XIV, n.27, p.2. 2 de agosto de 1904. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 20 jul. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_02/14389

- AMPARANDO uma instituição benemerita. Correio da Manhã. Rio de Janeiro, anno XXXI, n. 11.456, p.3, 17 de abril de 1932. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 12 ago. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_04/11273

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- ESTATUTOS da Policlinica Geral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro: Typografia do Jornal do Comércio de Rodrigues & Companhia, 1907.   (BCOC)

- ESTATUTOS da Polyclinica Geral do Rio de Janeiro approvados pelo decreto nº 8.587 de 17 de junho de 1882. Rio de Janeiro: Typ. Almeida Marques & C., 1923.  (BMANG-Seção de Obras Raras)      

- ESTATUTOS da Policlínica Geral do Rio de Janeiro approvados em Assembléa Geral Extraordinaria de 10 de junho de 1927. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1927.   (BMANG-Seção de Obras Raras)    

- ESTATUTOS da Policlínica Geral do Rio de Janeiro approvados em Assembléa geral extraordinaria de 2 de maio de 1929. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1930.       (BMANG-Seção de Obras Raras)

- HOMENAGENS. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XXIX, n.10.852, p.3, 24 de junho de 1914. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 15 jul. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/178691_04/23475

- INAUGUROU-SE o Serviço de Endocrinologia da Policlinica do Rio de Janeiro. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, anno XLIX, n. 202, p.7, 27 de agosto de 1939. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 19 set. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_05/95466

- JG e Lacerda param a Policlinica Geral. Diario Carioca, Rio de Janeiro, anno XXXIII, n.10.043, p.12, 22 de março de 1961. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 15 jul. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093092_05/5492

- MOREIRA, Virlene Cardoso. A Pediatria na Bahia: o processo de especialização de um campo científico (1882-1937). Tese (Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências), Universidade Federal da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Salvador, 2017. Capturado em 7 jun.2024. Online. Disponível na Internet: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/25646/1/Virlene%20C%20Moreira.%20Hist%C3%B3ria%20da%20Peidatria%20na%20Bahia.pdf

- NOVOS serviços ginecológicos na Policlinica Geral do Rio de Janeiro. Diario de Notícias, Rio de Janeiro, anno XXI, n. 8.673, p.6, 31 de janeiro de 1951. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 15 set. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093718_03/7762

- PARA SUBSTITUIR. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XXVII, n.9.603, p.3, 20 de janeiro de 1911. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 20 ago. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/178691_04/5260

- POLICLINICA do Rio de Janeiro. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, anno LI, n.102, p.9, 3 de maio de 1941. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 20 ago. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_06/9639

- POLICLINICA GERAL. Gazeta de Noticias, Rio de Janeiro, anno VIII, n. 212, p.2, 1 de agosto de 1882. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 20 ago. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/103730_02/4049

- POLICLINICA Geral do Rio de Janeiro.  O Paiz, Rio de Janeiro, anno XXX, n.11.116, p.7, 15 de março de 1915. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 20 jul. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/178691_04/26869

- POLICLINICA Geral do Rio de Janeiro. O novo edifício. Gazeta de Noticias, Rio de Janeiro, anno XXXV, n.63, p.3, 4 de março de 1909. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 15 out. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/docreader/103730_04/19405

- POLICLINICA Geral do Rio de Janeiro. O relatório dos trabalhos realizados em 1929. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, anno XL, n. 35, p.22, 11 de fevereiro de 1930. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 19 set. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/030015_05/1186

- RIO de Janeiro 30 de Junho de 1882. Policlinica Geral do Rio de Janeiro. União Medica, Rio de Janeiro, ano II, n.6, p.241-250, junho 1882. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 10 out. 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/337333/853

- SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro. História Geral da Medicina Brasileira. São Paulo: Hucitec/Edusp, 1977. v.2.                      (BCOC)

- SEM FIO. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, anno XXXVI, n. 12.990, p.8, 17 de março de 1937. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 19 de set. de 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/089842_04/39097

- SIMPOSIOS para médicos na Policlinica Geral. Diario de Noticias, Rio e Janeiro, anno XXIX, n. 11.134, p.16, 4 de março de 1959.  In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 11 de set. de 2024. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/093718_03/80585

- VALVÊRDE, Belmiro de Lima (org.). Cincoentenario da Policlinica Geral do Rio de Janeiro. Volume comemorativo. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1932.              (BCOC)

Ficha técnica

Pesquisa - Atiele Azevedo de Lima Lopes, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Redação - Ana Carolina de Azevedo Guedes. 

Forma de citação

POLICLINICA GERAL DO RIO DE JANEIRO. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 5 fev.. 2025. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario

 


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)