CAMINHOÁ, JOAQUIM MONTEIRO

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Resumo: Joaquim Monteiro Caminhoá nasceu na cidade de Salvador, província da Bahia, em 21 de dezembro de 1836, e faleceu, no Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 1896. Foi membro do Corpo de Saúde da Armada, opositor de ciências acessórias e lente de botânica e zoologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Autor de "Elementos de Botânica Geral e Médica", considerada uma referência da botânica no Brasil.

Dados pessoais

Joaquim Monteiro Caminhoá nasceu na cidade de Salvador, então província da Bahia, em 21 de dezembro de 1836. Era filho de Manuel José Caminhoá, um “soldado da Independência”, e Luiza Monteiro Caminhoá. Teve dois irmãos, Luiz Monteiro Caminhoá, engenheiro agrônomo, e Francisco Monteiro Caminhoá, também engenheiro (BARROSO, 1951, p.722). 

Casou-se, em 1860, com Delmira Monteiro, sua prima-irmã, com quem teve três filhos: Joaquim Monteiro Caminhoá Filho, nascido em 1860 e também médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; Laura Monteiro Caminhoá, que se casou com o médico Eduardo Chapot Prévost; e Delmira Monteiro Caminhoá, viúva de Inácio Avelar Werneck.

Foi membro do Conselho do Imperador D. Pedro II, Comendador da Ordem da Rosa e da Imperial Ordem Austríaca de Francisco José, Cavaleiro da Ordem de São Bento de Aviz e Cavaleiro da Ordem de Cristo. 

Grande parte de sua vida, até seu falecimento, Caminhoá viveu em uma casa que construiu na Rua Alice nº 41, no bairro de Laranjeiras, no Rio de Janeiro.

Joaquim Monteiro de Caminhoá tinha vários problemas de saúde, como beri-beri, adquirida durante os serviços de guerra, e diabetes. Esses problemas tornaram-se mais agudos, e veio a falecer (BARROSO, 1951).

Faleceu, no Rio de Janeiro, em 28 de novembro de 1896.

Trajetória profissional

Joaquim Monteiro Caminhoá iniciou seus estudos realizando curso de humanidades em Salvador (Bahia), tendo posteriormente ingressado, em 1854, na Faculdade de Medicina da Bahia. Doutorou-se nesta instituição, em 1858, com a tese “A febre amarela e o colera morbus serão provenientes de um envennenamento miasmático? Da medicação hydrotherápica; Exame e solução das principaes questões sobre a anesthesia e na therapêutica cirúrgica; Ozona, sua natureza, propriedades e preparação”. Nesta instituição criou um herbário, o qual encontra-se, atualmente, sob a guarda do Herbário Alexandre Leal Costa, do Departamento de Botânica do Instituto de Biologia/Universidade Federal da Bahia. 

Ingressou, em 1859, no Corpo de Saúde da Armada, prestando serviços como segundo cirurgião 2º tenente, e posteriormente como cirurgião de divisão graduado, e primeiro cirurgião 1º tenente, em hospitais e navios juntamente com outros opositores e lentes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. 

Participou da Guerra do Uruguai (1864-1865), integrando a esquadra em operações na região, tendo depois dirigido enfermarias de oficiais, em hospital brasileiro, em Buenos Aires. Em seguida, na Guerra do Paraguai (1864-1868), Caminhoá trabalhou em hospitais de sangue na campanha de Passo de los Libres (APONTAMENTOS, s.d.).  Prestou serviço nos vapores argentinos “Padon” e “Corrientes, auxiliando cirurgiões. Em outubro de 1865, em uma das viagens de retorno ao campo de batalha, levou seus filhos e sua esposa Delmira, a qual trabalhou como enfermeira nos hospitais de sangue, especialmente no de Corrientes (BARROSO, p.714). 

Após o término do confronto, Caminhoá reformou-se com o posto de primeiro cirurgião 1º tenente médico, tendo sido agraciado com as medalhas comemorativas da Campanha Oriental de Paissandu, da rendição das forças paraguaias em Uruguaiana, e da Campanha do Paraguai. 

Sua importância para a medicina naval foi destacada por Geraldo Barroso, ao afirmar que:

“O jovem médico, investido de suas prerrogativas militares, não agiu somente como um batalhador, como um heróico marinheiro, nessa campanha de honra. Nos intervalos dos combates, nos momentos fortuitos de repouso e durante as longas vigílias nas enfermarias e hospitais, preparava suas notas, coligia suas observações e classificava plantas raras, de cujos resultados iria, mais tarde, brindar a ciência brasileira com as publicações sobre: os tétanos em nosso Exército e Armada – Considerações sobre os casos de cólera-morbus – Acêrca da grangrena por congelação, bem como os relatórios minuciosos sobre casos cirúrgicos e demais problemas afetos à sua responsabilidade, tanto nos hospitais como nos diversos combates, em «Passo de los Libres», «Corrientes», etc. (................................................................................................................).
Foi um trabalho ciclópico e está maravilhosamente descrito no relatório que o Dr. Caminhoá apresentou ao Chefe de Saúde da Esquadra. (.....). É uma verdadeira monografia sobre cirurgia de guerra, na qual ao lado do brilhante estilo e da descrição minuciosa dos ferimentos, alia sempre as suas considerações pessoais sobre patologia, etiologia e terapêutica. Estuda com especial carinho a gangrena por congelação, (....). Faz minucioso estudo sobre as complicações dos ferimentos e dedica uma grande parte de seu estudo às considerações sobre o tétano”.  (BARROSO, 1951, p.710; p.712)

Concorreu, em 1861, à vaga de opositor da sessão de ciências acessórias da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, apresentando o estudo “Da vegetação nos diversos períodos da formação do nosso planeta e das modificações que ella experimenta em differentes latitudes pela influência dos agentes”, tendo obtido êxito e ter sido nomeado para o cargo.

Em 1871, também obteve sucesso no concurso para lente de botânica e zoologia, na mesma instituição, com a tese “Das plantas tóxicas do Brasil”. Segundo Araújo ([s.d.]), por sua iniciativa e com seus recursos foram criados o gabinete e o ervário da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Após obter a cátedra, regeu-a até 1881, quando se jubilou da instituição. 

Apresentou na Academia Imperial de Medicina, em 1864, a pesquisa e respectiva experiência “Dos aparelhos anestésicos em geral, e particularmente do inalador adjuvante, para os casos em que o cirurgião da armada não tiver auxiliar profissional”. O então presidente da Academia, Antônio Felix Martins, elogiou a apresentação e o aparelho, e convidou Caminhoá a ingressar naquela associação.

Então cursando o 3º ano do curso de medicina, Joaquim Monteiro Caminhoá prestou serviços por ocasião da epidemia de cólera morbus, provavelmente a segunda grande epidemia de 1867, especialmente na região de Cachoeira e de Iguape, no Recôncavo Baiano. Em seguida, a pedido do presidente da província de Alagoas, prestou atendimento aos coléricos em Alagoas e em Sergipe (APONTAMENTOS, s.d.). 

Em 1873, em viagem pela Europa, visitou vários jardins e hortos científicos, cujas observações resultaram num trabalho intitulado “Relatório sobre os jardins botânicos”, que foi apresentado à Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

Concorreu, em 1879, à cátedra de história natural no Internato do Imperial Colégio de Pedro II, na cidade do Rio de Janeiro, com a tese intitulada “Familia das Euphorbiaceas”. Foi bem sucedido no concurso, passando a reger a cátedra em 1880, e permanecendo nessa até 1889. Em sua homenagem foi dado seu nome a uma das salas da instituição.

Joaquim Monteiro Caminhoá candidatou-se à Academia Imperial de Medicina em 11 de abril de 1864, submetendo para sua admissão a memória intitulada “Sobre aparelhos anestésicos e, particularmente, sobre um inalador adjuvante para os casos operatórios em que não houver cirurgião ajudante”. Esta foi julgada pelos acadêmicos Manoel Feliciano Pereira de Carvalho e José Ribeiro de Sousa Fontes, cujo parecer afirmava:

“Pela memória, apresentada reconhece-se que seu autor, o Sr. Dr. Caminhoá, ama a ciência, é investigador, e por suas habilitações está muito no caso de ser recebido membro da Academia Imperial de Medicina. Rio de Janeiro, 3 de maio de 1869. Dr. Souza Fontes”. (Apud ARAÚJO, [s.d.]) 

A aprovação imperial a sua admissão ocorreu em 5 de julho de 1869, e em 2 de agosto tomou posse com membro. Na Academia Imperial de Medicina foi um participante ativo, discorrendo sobre vários temas, como os vinhos naturais sob o ponto de vista higiênico e terapêutico. Apresentou também uma comunicação sobre a floresta de quinas verdadeiras da Barreira do Soberbo (Teresópolis, Rio de Janeiro), na qual destacou sua relação com a matéria médica, relatando o quanto insuficiente era a produção dessa rubiácea tendo em vista o número de doentes de impaludismo, como também tratou das vantagens daquela floresta para a silvicultura.

Na sessão da sociedade, em 8 de maio de 1890, apresentou um trabalho sobre as águas minerais de Araxá (Minas Gerais), suas características, seu potencial de cura da tuberculose pulmonar e seu uso industrial. 

Na Academia Imperial de Medicina, Joaquim Monteiro Caminhoá foi importante apoiador do médico Domingos José Freire Junior, que havia desenvolvido, em 1883, uma vacina contra a febre amarela, e afirmava ter conseguido êxito em seus experimentos. Esta vacina foi primeiramente bem recebida, mas ao longo do tempo foi posta em xeque, e foram surgindo fortes opositores. Jaime Benchimol destaca que embora Freire tivesse conquistado apoiadores no âmbito daquela associação, “só tinha um aliado incondicional, o conselheiro Joaquim Monteiro Caminhoá, que arcou com o ônus – pesado ônus! – de falar em seu nome e sustentar polêmica contra os acadêmicos que o atacavam” (BENCHIMOL, 1999, p.95).

Participou da discussão sobre a regulamentação sanitária da prostituição, que era travada pela Academia desde 1883, juntamente com os acadêmicos Carlos Frederico dos Santos Xavier de Azevedo, Fernando Francisco da Costa Ferraz, Erico Marinho da Gama Coelho, José Cardoso de Moura Brazil, Joaquim Pinto Portella, José Pereira Rego, Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, e Antônio José Pereira da Silva Araújo.

Joaquim Monteiro de Caminhoá foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Aclimação, criada em 7 de maio de 1872, da qual foi também membro da seção de botânica (1872), secretário (1875), diretor (1876) da seção de botânica, e redator em chefe da Revista trimensal da Associação Brazileira de Acclimação, publicada por esta associação. Patrono da cadeira nº 57, destinada à cirurgia naval, da Academia Brasileira de Medicina Militar, foi também membro de associações científicas estrangeiras, como a Sociedade de Botânica da França e da Sociedade de Ciências Naturais de Edimburgo.
  
Participou da comissão, organizada em 1873 pela Sociedade Velosiana de Ciências Naturais, para a revisão do “Diccionario de Botanica Brasileira”, baseado nos manuscritos deixados pelo médico e botânico Manoel Arruda da Câmara e preparados pelo farmacêutico pernambucano Joaquim de Almeida Pinto (SANTOS FILHO, 1991). 

Foi membro adjunto da comissão brasileira na Exposição Universal de Viena, realizada de maio a novembro de 1873, onde apresentou estudos sobre botânica médica, e foi também membro do júri do 4º grupo do evento, o de substâncias alimentícias e de consumo como produtos de indústria.  Neste mesmo ano participou do Congrés Médical Internationale de Vienne, como delegado do Governo do Brasil e vice-presidente da Seção de Quarentenas, quando apresentou uma memória sobre as quarentenas.

Foi membro da Société Botanique de France, da Société Impériale des Sciences Naturelles de Cherbourg (França), da Sociedade Abolicionista da Escravatura, e um dos fundadores da Associação Beneficente da Corporação Docente do Rio de Janeiro (BARROSO, 1951).

Participou da fundação da Associação Internacional Anti-Epidemica, criada em 22 de agosto de 1886, e no ato de fundação, realizado em uma das salas da Imprensa Nacional, Caminhoá proferiu uma conferência apresentando a necessidade dessa associação:

“No domingo, 22 do corrente, (....), na augusta presença de Suas Magestades e Altezas, dos membros do corpo diplomático e consular e suas famílias, dos representantes da imprensa nacional e estrangeira,  o professor Caminhoá levará a efeito seu desideratum de fundar uma associação internacional anti-epidemica destinadas a concorrer por todos os modos para atenuar os males que nos trazem ao progresso e á immigração as graves moléstias epidemicas e endemicas, principalmente a febre amarela no Rio de Janeiro e o beri-beri no norte do império. (....). A fundação da dita associação será precedida de uma conferencia pelo referido conselheiro sobre sociedades filantrópicas; os engeitados, os meninos desvalidos, os surdo-mudos, cegos, lázaros, marinheiros e náufragos, soldados, feridos nos campos de batalha e os imigrantes e outras victimas das epidemias, serão o thema em quese baseará para justificar a necessidade de fundar a associação internacional anti-epidemica”. (CAMARA, 1886, p.2)

A Associação Internacional Anti-Epidemica, nas palavras de seu fundador, seria constituída por pessoal nacional e estrangeiro, de ambos os sexos, interessados em aderir à ideia de acabar com aquelas epidemias e endemias. A associação teria duas seções, a filantrópica, encarregada em obter os meios materiais para a realização dos objetivos da associação, e a científica, constituída por especialistas e sumidades científicas residentes no Rio de Janeiro (ASSOCIAÇÃO, 1886-1887).

Joaquim Monteiro Caminhoá deixou alguns trabalhos inéditos, como o “Diccionario de botanica”, o qual, segundo Geraldo Barroso (1951), por ocasião de seu falecimento, encontrava-se praticamente concluído, tendo terminado a letra “Z” e estar preparando a adenda e corrigenda. Ainda segundo o mesmo autor, alguns anos após sua morte, esses manuscritos teriam sido adquiridos pelo Museu Nacional, durante o governo de Epitácio Pessoa.

Sua obra “Elementos de Botânica Geral e Médica”, cuja primeiro volume foi publicado em 1877, trazia 1500 estampas intercaladas no texto e três mapas de geografia botânica, com uma iconografia de autoria de artistas nacionais e estrangeiros, e apresentava dedicatória ao naturalista Adolphe Bregniart (1801-1876), ao Conde de Jaubert, e aos botânicos Pierre Étienne Simon Duchartre (1811-1894), Henri Baillon (1827-1895) e Ernest Germain de Saint Pierre (1815-1882). A obra foi premiada pelo Governo Imperial, e considerada por Arthur Neiva “o melhor trabalho sobre botânica escrito em vernáculo” (Apud. ARAÚJO, [s.d.], p.4).  Em sua apresentação Joaquim Monteiro Caminhoá afirmava que o livro, resultado de quase 16 anos de estudos, era o resumo de 59 compêndios e obras de importantes autores norte-americanos e europeus, incluindo os de Alfonso Wood (1810-1881), Bellinck, Pierre Étienne Simon Duchartre, Henri Baillon e de Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868).

O professor e botânico J. Peterson Davis, de Boston (EUA), em uma correspondência, elogiou a obra de Caminhoá e solicitou licença para traduzi-la para o inglês:

“Eu vos felicito e ainda ao vosso Govêrno, ao Sábio Soberano que tanto protege as ciências, letras e artes, e enfim ao Brasil. Ninguém d´ora em diante poderá escrever sobre qualquer dos ramos da botânica, sem que o nome do Prof. Caminhoá figure na vanguarda. Peço licença para traduzir para o inglês a vossa referida obra, sob as vistas de algum dos nossos sábios botânicos, por exemplo dos Profs. Wood ou Asa-Grey [Gray]”. (Apud BARROSO, 1951, p.718).

Caminhoá publicou, em 1888, o artigo “Utilidade das sciencias naturaes” no periódico Barão de Macahubas. Periódico Scientifico, Litterario e Noticioso, em sua edição de 9 de setembro de 1888, no qual, destaca Alex Gonçalves Varela, defendeu a utilidade do estudo das ciências naturais, e lamentou o fato dos homens de Estado desconhecerem as riquezas naturais do país, as quais poderiam promover a agricultura e indústria (VARELA, 2019, p.342). 

Produção intelectual

- “A febre amarela e o colera morbus serão provenientes de um envennenamento miasmático? Da medicação hydrotherápica; Exame e solução das principaes questões sobre a anesthesia e a therapêutica cirúrgica; Ozona, sua natureza, propriedades e preparação”. These apresentada para ser publicamente sustentada perante à Faculdade de Medicina da Bahia em dezembro de 1858.Bahia: Typographia de Carlos Pongetti, 1858.
- “Da vegetação nos diversos períodos da formação do nosso planeta e das modificações que ella experimenta em differentes latitudes pela influência dos agentes”. Rio de Janeiro, 1861. These apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro afim de obter um logar de opositor na Sessão de sciencias acessórias da mesma faculdade. Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert, 1861.
- “Estudo epidemiologico sobre a febre amarela e colera morbus”. Annaes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1861.
- “Ataque da ilha do Carvalho e derrota dos Paraguayos no dia 10 de Abril de 1866”. Segundo desenho do Dr. Caminhoá [Joaquim Monteiro]. Lith. Por Anon. da Off. de Fleiuss. 1866.
- “Estudos sobre a intoxicação paludica no Exercito do Brasil (terra e mar)”. 1870.
- “Das plantas tóxicas do Brazil”. These de Concurso para a cadeira de Botanica Medica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.  Rio de Janeiro: Typographia Perseverança, 1871.
- “Do vegetal considerado sob o ponto de vista de sua duração, pátria, logar de nascimento, estações, cultura e usos; ponto tirado a sorte e escripto de improviso como prova de concurso para a cadeira de botânica e zoologia”. Publicado pela redaçã da Gazeta Medica.  Rio de Janeiro, 1871.
- “Memoria sobre o modo de conservar as plantas com suas formas e cores, ou dos herbários em geral e particularmente em líquidos. Lida perante a Sociedade Vellosiana”. Rio de Janeiro: Typ. Acadêmica, 1873.
- "Congrès de Vienne. Les quarentaines et la prophilaxie”. Gazette Hebdomadaire de Medicine et de Cirurgie, pgs.775, 791, 821,1873. 
- “Relatório acerca dos jardins botanicos”. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1874.
- “Des quarentaines: questions discutées au Congrés Médical Internationale de Vienne par le Dr. Joaquim Monteiro Caminhoá”. Deuxième édition. Paris: G. Masson, Éditeur, Librairie de L´Academia de Médicine. Place de l´École-de-Médicine, 1874.
- “Memoria histórica dos acontecimentos notaveis do ano lectivo de 1874 redigida pelo Dr. Joaquim Monteiro Caminhoá, lente de botânica e zoologia médica”. In: Relatorio apresentado á Assembléa Geral Legislativa na Quarta Sessão da Decima Quinta Legislatura pelo Ministro e Secretario D´Estado dos negócios do Imperio Dr. João Alfredo Corrêa de Oliveira. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1875. 
- “Conferência acerca da sociedade de socorros aos feridos, e do papel que representa a mulher nas guerras modernas”. 65ª Conferência Popular da Glória, realizada em 26/07/1874.
- “Jaborandi. Ensaio acerca da Botanica e Materia Medica Brasileira”. Revista Medica. Jornal de Sciencias Medicas e Cirurgicas, Rio de Janeiro, anno II, n.12, p.180-183, 30 de julho de 1875.
- “Jaborandi. Ensaio acerca da Botanica e Materia Medica Brasileira”. Revista Medica. Jornal de Sciencias Medicas e Cirurgicas, Rio de Janeiro, anno II, n.13, p.205-206, 16 de agosto de 1875.
- “Jaborandi. Ensaio acerca da Botanica e Materia Medica Brasileira”. (Continuação). Revista Medica. Jornal de Sciencias Medicas e Cirurgicas, Rio de Janeiro, anno II, n.15, 232-233, 15 de setembro de 1875.
- “Jaborandi. Ensaio acerca da Botanica e Materia Medica Brasileira”. (Continuação).  Revista Medica. Jornal de Sciencias Medicas e Cirurgicas, Rio de Janeiro, anno II, n.16, p.249-251, 30 de setembro de 1875.
- “Jaborandi. Ensaio acerca da Botanica e Materia Medica Brasileira”. (Continuação). Revista Medica. Jornal de Sciencias Medicas e Cirurgicas, Rio de Janeiro, anno II, n.17, p.265-267, 16 de outubro de 1875.
- “Jaborandi. Ensaio acerca da Botanica e Materia Medica Brasileira”. Revista Medica. Jornal de Sciencias Medicas e Cirurgicas, Rio de Janeiro, anno II, n.19, p.292-293, 15 de novembro de 1875.
- “Ensaios para o estudo da flora dos pantanos do Brasil.  Rio de Janeiro: [s.l.], 1876.
- “Curso de Botânica Popular”. 189ª Conferência Popular da Glória, realizada em 10/08/1876. In: Separata das Conferências Populares, n. 8, 08/1876. Rio de Janeiro: [s.n.], 1876.
- “Curso de Botânica Popular II”. 194ª Conferência Popular da Glória, realizada em 02/09/1876. In: Separata das Conferências Populares, n.9, 09/1876. Rio de Janeiro: [s.n.], 1876.
- “Sociedade de socorros aos feridos e doentes militares”. Conferência Popular da Glória, realizada em 26/07/1875. In: Separata das Conferências Populares, n.10, 10/1876. Rio de Janeiro: [s.n.], 1876.
- “Curso de Botânica Popular III”. 196ª Conferência Popular da Glória, realizada em 08/09/1876.
- “Curso de Botânica Popular IV”. 198ª Conferência Popular da Glória, realizada em 14/09/1876.
- “Curso de Botânica Popular V”. 200ª Conferência Popular da Glória, realizada em 21/09/1876.
 - “Raiz e Caule”. 202ª Conferência Popular da Glória, realizada em 28/09/1876.
- “Curso de Botânica Popular VII”. 204ª Conferência Popular da Glória, realizada em 04/10/1876.
- “Curso de Botânica Popular VIII”. 206ª Conferência Popular da Glória, realizada em 14/10/1876.
- “Curso de Botânica Popular IX”. 208ª Conferência Popular da Glória, realizada em 19/10/1876.
- “Curso de Botânica Popular X”. 210ª Conferência Popular da Glória, realizada em 26/10/1876. 
- “Ligeiros ensaios de physiologia experimental”. Annaes Brazilienses de Medicina, Rio de Janeiro, tomo XXVIII, ns. 3 e 4, p.141-144, setembro e outubro de 1876.
- “Elementos de botanica geral e medica com 1.500 estampas, intercalladas no texto. Obra premiada pelo Governo Imperial”. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1877.
- “Família das Euphorbiaceas”. Rio de Janeiro, 1879. These para o Concurso à cadeira de história natural do Colégio D. Pedro II. Rio de Janeiro: Imp. Industrial – Rua da Ajuda, n.75, 1879.
- “Botanica medica geral. Obra premiada pelo Governo Imperial”. Rio de Janeiro, 1879-1884.   
- “Catalogue des plantes toxiques du Brésil par le docteur J.M. Caminhoá”. Traduit du portugais par le docteur H. Rey avec une preface para M. Bavary. Paris: G.Masson, 1880.
- “Meios práticos e econômicos para a reforma do ensino médico”. 335ª Conferência Popular da Glória, realizada em 05/09/1880.
- “Compêndio de botânica. Terceira parte – Botânica sintética”. Rio de Janeiro: Tip. Nacional, 1884.
- “Juizos criticos, indice alphabetico, addenda e corrigenda do compendio de botanica Geral e medica do cons. Caminhoá”. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1884.
- “Considerações botanico-medicas sobre a herva dicta homeriana. Memoria apresentada à Academia pelo conselheiro Joaquim Monteiro Caminhoá”. Rio de Janeiro: Typographia de Fernando Ribeiro, 1885.
- “Utilidade das sciencias naturaes”. Barão de Macahubas. Periódico Scientifico, Litterario e Noticioso, Bahia, anno 3, n.32, p.2, 9 de setembro de 1888.
- “Mucunan ou Mucuna; comunicação feita pelo conselheiro Caminhoá à Academia Imperial de Medicina em sessão de 29 de novembro de 1888”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Do emprego da electricidade na desinfecção dos esgotos”. Trabalho apresentado no 2º Congresso brasileiro de medicina e Cirurgia. Rio de Janeiro, 16 a 26 de setembro de 1889. 
- “Estudo das Águas Mineraes do Araxá comparadas com as congeneres de outras procedencias. Curabilidade da tuberculose pulmonar pelas ditas águas. Usos industriaes das mesmas pelo Prof.Conselheiro Joaquim Monteiro Caminhoá. Memória lida perante a Academia Nacional de Medicina do Rio de Janeiro em sessão de 8 de maio de 1890”. Rio de Janeiro: Typographia Laemmert, 1890.
- “Memoria sobre a prophylaxia da sifilis no Rio de Janeiro”. Annaes da Academia Nacional de Medicina, v. LV, p.405, 1890.
- “Cactaceas brasileiras medicinaes e particularmente o cactos triangulari”.  Memoria apresentada na Academia Nacional de Medicina. 1890.
- “Industrias extractivas”.  Revista Brazileira, Rio de Janeiro, Segundo Anno, Tomo Quinto, p.365-374, 1896.
- “Industrias extractivas”.  Revista Brazileira, Rio de Janeiro, Segundo Anno, Tomo Sexto, p.16-26, 1896. 
- “Industrias extractivas”.  Revista Brazileira, Rio de Janeiro, Segundo Anno, Tomo Setimo, p.51-54, 1896.
- “Ensaios acerca da botânica e matéria médica”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Anatomia, Organographia, Morphologia e Physiologia dos Orgãos de Reprodução” . [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Ensaios de uma analyse qualificativa das águas do Uruguay e Paraguay para esclarecimento da questão relativa às dysenterias das tripulações dos navios da esquadra brazileira na guerra com o Estado Oriental do Uruguai”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Estudos clinicos sobre os tetanos em o nosso exército e armada durante as campanhas do Uruguai e Paraguai”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Sobre apparelhos anesthesicos e, particularmente sobre o inalador adjuvante do Doutor J. Monteiro Caminhoá”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Do inhalador adjuvante para bordo dos navios e lugares onde não houver cirurgião ajudante”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Relatorio acerca da gangrena por congelação, havida nas praças do exército brazileiro durante a primeira phase da campanha do Paraguay”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Relatorio medico-cirurgico da ambulancia do Passo de Los Libres sob a direção do autor”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Relatorio medico-cirurgico sobre os casos de cholera-morbus no serviço de enfermarias de marinha a cargo do autor”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Relatorio sobre os serviços da vanguarda e hospitais de sangue. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Relatorio sobre o Buranhen ou Guaranhen, apresentado ao Governo Imperial”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Estudos comparativos osonometricos e em relação ao colera-morbus em Corrientes”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Estudos osonometricos a borda da corveta Bahiana em cruzeiro ao sul do Brasil”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “O Beriberi. Estudo comparativo no Brazil e na Índia”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Memoria sobre o chá e sua cultura no Japão e em outros países”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Memoria sobre o trigo e sua cultura no Brazil”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Memoria sobre o mucugê (couma rígida), árvore fructifera do Brazil. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Memoria sobre as plantas brazileiras que dão borracha”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Plantas amargas e febrífugas brazileiras”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Do sumaré, seus usos medicinaes e industriaes”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Do mamoeiro, seus usos e produtos”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Do leite de mangabeira sob o ponto de vista therapeutico”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Do café amarelo”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Ensaio de estudo sobre o berne”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Conferência sobre a botanica applicada à agricultura e à indústria”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Fragmentos de litteratura botanica”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Considerações sobre a matéria médica brazileira”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Ensaios de physiologia comparada: resistência vital das cobras”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Notas sobre alguns casos de loucura, tratados pelo sulfato de quinino em altíssimas doses”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].

Fontes

-  APONTAMENTOS biográficos sobre o Conselheiro Doutor Joaquim Monteiro Caminhoá. [s.l.], [s.d.]. (Coleção Cláudio Ganns). Loc.: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), 24,4,14.  (IHGB)
- ARAÚJO, Carlos da Silva. Joaquim Monteiro Caminhoá. Patrono da Cadeira nº 95. Datilografado. Arquivo pessoal da Academia Nacional de Medicina. [Rio de Janeiro]: [s.n.], [s.d.]. (ANM
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https://doi.org/10.23927/issn.2526-1347.RIHGB.2019(479):217-235

Ficha técnica

Pesquisa – Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Redação – Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão – Francisco José Chagas Madureira.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Forma de citação

CAMINHOÁ, JOAQUIM MONTEIRO. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 29 abr.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)