FRANCO, PEDRO AFFONSO DE CARVALHO
Outros nomes e/ou títulos: Pedro Affonso, Barão de; Franco, Pedro Affonso; Affonso, Pedro
Resumo: Pedro Affonso de Carvalho Franco nasceu em 21 de fevereiro de 1845, na cidade de Paraíba do Sul, na então província do Rio de Janeiro. Recebeu o título de Barão em 1889. Doutorou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 6 de dezembro de 1869, com a tese intitulada "Operações reclamadas pelos estreitamentos da urethra”. Foi diretor do hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, e criador do Instituto Vacínico Municipal, em 1894, para desenvolver o serviço de vacinação contra a varíola na cidade. Em 1899, tendo em vista a eclosão da peste bubônica na cidade de Santos, Cesário Alvim, prefeito da Capital Federal, determinou a criação de um laboratório soroterápico, seguindo a sugestão do Barão de Pedro Affonso. O local escolhido foi a fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, sendo então ali instalado, em 1900, o laboratório, denominado Instituto Soroterápico Federal, o qual foi dirigido pelo Barão de Pedro Affonso até dezembro de 1902. Faleceu em 5 de novembro de 1920, no Rio de Janeiro.
Dados pessoais
Pedro Affonso de Carvalho Franco nasceu em 21 de fevereiro de 1845, na cidade de Paraíba do Sul, na então província do Rio de Janeiro. Era filho de Luiza Helena do (Céu) Franco (1823-1908), e de Pedro Affonso de Carvalho (1838-?), nascido na Bahia e que se formou médico, em 30 de novembro de 1867, na Faculdade de Medicina da Bahia, com a tese intitulada “Qual o melhor processo para a cura dos aneurismas? (Secção accessoria) Tincturas alcoolicas; (Secção cirúrgica) Ressecções; (Secção medica) Tratamento do tétano”.
Pedro Affonso de Carvalho Franco teve como irmã Julia Adélia Affonso de Carvalho, e do primeiro casamento de sua mãe os meios irmãos Ana Luiza Limpo de Abreu e Maria Limpo de Abreu.
Casou-se por duas vezes, tendo sido a segunda com Margarida de Mattos, que receberia o título de Baronesa de Pedro Affonso. Nesta segunda núpcia teve uma filha, Maria Luiza (1870-1951), que se casou, em 1888, com Henrique de Toledo Dodsworth (1865-1916), e foi mãe de Henrique de Toledo Dodsworth Filho (1895-1975), médico, deputado e prefeito do Distrito Federal entre 1937 e 1945.
Em julho de 1877 recebeu o grau de Oficial da Ordem da Roza, e em 31 de agosto de 1889, o Imperador D. Pedro II lhe conferiu o título de Barão.
Faleceu em 5 de novembro de 1920, no Rio de Janeiro.
Trajetória profissional
Pedro Affonso de Carvalho Franco bacharelou-se em letras, em dezembro de 1863, no Imperial Collegio de Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1864 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e teve como colegas Oscar Adolpho de Bulhões Ribeiro, Henrique Carlos da Rocha Lima, Hugo Eiras Furquim Werneck e João Marinho de Azevedo. Neste período, foi interno no hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, e preparador do museu de anatomia deste hospital (ALMEIDA, 1881).
Doutorou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 6 de dezembro de 1869, com a tese intitulada "Operações reclamadas pelos estreitamentos da urethra. (Secção medica) Da cholera-morbus; (Secção cirurgica) Parallelo dos diversos methodos empregados para a operação do hydrocele; (Secção accessoria) Do ar atmosférico”.
Após formar-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, viajou para a Europa, e em Paris frequentou a Université de Paris, onde prestou os exames, e em 25 de agosto de 1871 defendeu a tese intitulada “De la divulsion appliquée a la guérison des rétrécissements de l'uréthre”.
Em 1872 retornou para o Brasil. Neste mesmo ano, prestou concurso para a vaga de opositor da seção de ciências cirúrgicas, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, apresentando, em 27 de abril de 1872, a tese “Diagnostico differencial e tratamento dos tumores da língua”. Tendo obtido o 1º lugar no concurso, foi nomeado, em 24 de junho de 1872, professor da cadeira de patologia externa e professor interino de clínica cirúrgica. Foi jubilado desta instituição em 1891.
Neste mesmo ano, atuou como professor repetidor de francês e inglês no Imperial Collegio de Pedro II. A partir de 1873, atuou como médico consultante da Casa de Saude de Santa Thereza, na Rua do Riachuelo nº88, no centro do Rio de Janeiro, de propriedade de Glycerio Thaumaturgo da Silva.
Mantinha nesta época, também, um consultório na Rua Primeiro de Março nº31, no qual prestava atendimento especializado em problemas das vias urinárias e operações, das 13hs às 15hs (MEDICOS, 1880).
Na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, foi médico adjunto, dirigiu a enfermaria nº 13, de clínica cirúrgica, e foi diretor, a partir de 1870, de seu hospital. Nesta época, Pedro Affonso já tentava reproduzir a vacina animal utilizada no combate da varíola, cujos resultados seriam alcançados somente em 1887, a partir da inoculação de vitelos com a polpa glicerinada vinda do Institut de Vaccine, em Rue Ballu (Paris), fundado pelos médicos franceses Saint-Yves-Ménard (1846-1909) e Ernest Chambon (1836-1910).
Pedro Affonso de Carvalho Franco foi considerado o responsável pela introdução da vacina animal no Brasil, tendo em vista sua experiência quando atuava no hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Assim, com autorização de João Mauricio Wanderley (Barão de Cotegipe), provedor da instituição, Pedro Affonso de Carvalho Franco realizou em 4 de agosto de 1887, a primeira vacinação pública. Era anunciado em jornais da cidade, como a Gazeta da Tarde e a Cidade do Rio, a realização de vacinação animal, no hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, por Pedro Affonso de Carvalho (INFORMAÇÕES, 1889, p.1).
Com os resultados obtidos, Pedro Affonso empenhou-se ativamente no objetivo da fundar um estabelecimento vacinogênico, que tivesse condições de fornecer a quantidade de lympha para ser distribuída pelo país. Com este objetivo, em 1888, arrendou por dez anos, uma casa e chácara na Rua do Bom Retiro, no bairro do Engenho Novo, no Rio de Janeiro, para instalar o estabelecimento. Neste local, funcionou o estabelecimento, sob a vigilância da Inspetoria de Higiene, até 1890, quando foi transferido para a Rua Marquês de Abrantes. Desta instituição, a vacinação animal irradiou-se para várias regiões do país, onde a varíola fosse epidêmica. Nesta época, foi proposto a Pedro Affonso encarregar-se de todo o serviço de vacinação da Inspetoria Geral de Higiene, prosseguindo com a vacinação animal pelo país. Foi então enviado auxiliares de Pedro Affonso para as províncias de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (LIMA, 1901).
O interesse de Pedro Affonso de Carvalho Franco pela vacina e vacinação também se evidenciou na publicação, em 1888, do folheto “Variola e Vaccinas. Da vaccinação animal no Brazil”, que foi bastante comentado na imprensa, como na edição de 1889 do jornal Pedro II. Orgão conservador, editado na província do Ceará:
“É um folheto de 101 paginas, (....), no qual o autor resume os artigos que publicou nas folhas diarias da côrte sobre a vaccinação animal no Brazil. Além da competência do autor, que é considerado como o introductor d´esse meio prophylactico no Brazil, acresce que a tudo isso reune o Dr. Pedro Affonso um talento invejavel, de sorte que o folheto em questão é de summa utilidade para os que desejarem conhecer o assumpto” (REGISTRO, 1889)
Pelo Aviso de 14 de maio de 1890, foi definido que Pedro Affonso de Carvalho Franco deveria abastecer, mensalmente, a Inspetoria de Higiene, com mil tubos de vacina e dez vitelos vacinados, pelo que receberia a quantia mensal de 500$. Foi assinado, em 15 de setembro de 1891, um contrato com o Ministério do Interior, que incumbia o então Barão de Pedro Affonso de serviço de vacinação de vitelo a braço na cidade do Rio de Janeiro, que vigorou, até 1894, quando foi criado o Instituto Vacínico Municipal (CONTRACTO, 1891).
Posteriormente, com a passagem da vacinação para a Diretoria de Higiene e Assistência Pública, o já Barão de Pedro Affonso apresentou a proposta de fundação de um novo instituto mais dotado para estes fins. O Instituto Vacínico Municipal, foi criado pelo decreto nº105, de 15 de setembro de 1894, resultado do projeto elaborado pelo Barão de Pedro Affonso, que havia sido apresentado ao Diretor Geral de Higiene e Assistência Pública naquele mesmo ano. Em 8 de dezembro de 1894, foi lavrado o contrato com a Municipalidade, para a instalação do Instituto Vacinico Municipal, em um prédio localizado na Rua do Catete nº 197, cujas obras de instalação iniciaram-se em 1º de janeiro de 1895. A instituição tinha como objetivo desenvolver o serviço de vacinação contra a varíola na cidade, e deveria ser responsável pela produção da vacina antivariólica animal e humanizada, quando esta última fosse solicitada. O serviço de vacinação de vitelo a braço seria realizado no próprio instituto, e em domicílio, onde fossem notificados casos ou óbitos por varíola. A instituição tinha dois prédios para a execução dos seus serviços, sendo um deles, na Rua Marquês de Abrantes nº144, e outro, na rua do Catete nº197. O Instituto Vacínico Municipal foi responsável, entre 1895 e 1899, por 97.122 vacinações e revacinações, tendo sido 24.831 no próprio instituto, e as demais realizadas externamente (LIMA, 1901). Em 1920, o Instituto Vacínico Municipal deixou de existir, e a produção de vacina antivariólica passou a ficar a cargo do Instituto Oswaldo Cruz.
No campo do tratamento da difteria, Barão de Pedro Affonso foi o responsável pela aquisição no exterior, em 1895, do serum de Roux. No ano seguinte, a Prefeitura do Distrito Federal incumbiu o Barão de Pedro Affonso na montagem de um laboratório dedicado ao diagnóstico bacteriológico da difteria, o qual foi, então, estabelecido na Rua Eufrasio Corrêa nº10, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, e passou a fornecer o soro antidiftérico de Roux, o soro antiestreptocócico do médico Alexandre Marmoreck (1865-1923), o antitetânico de Edmond Nocard (1850-1903) e o antiofídico de Albert Calmette (1863-1933) (LIMA, 1901). Foram, também, estabelecidos outros depósitos, também para o fornecimento do serum de Roux, em locais no centro da cidade, na Rua da Quitanda nº2, na Rua dos Ourives nº 83 e na Rua do Catete nº231.
Em matéria publicada no Diario de Noticias, em 1887, Pedro Affonso de Carvalho Franco destacou outro de seus objetivos, o de vulgarizar os conhecimentos sobre as vacinas e a vacinação, de forma a habilitar a todos quanto à vacina e sua utilidade. Neste sentido, afirmou que buscava:
“destruir os preconceitos que contra a vaccina ainda actuam nos espíritos menos versados sobre tal matéria, e combater as asserções da seita anti-vaccinica, que em certos paizes ainda embaraça o desenvolvimento d´este meio prophilatico. Comprehende-se, portanto, o motivo da escolha des folhas diárias para a publicação d´estes artigos, de preferencia ás folhas medicas, cuja circulação é diminuta. (...). Pretendo demonstrar principalmente os seguintes pontos: 1º Que a vacina Jenneriana nasceu da inoculação do cow-pox na especie humana. 2º Que em contrario do que pensaram os primeiros vaccinadores, essa vacina degenera no homem a ponto de necessitar que se lhe restitua a energia primitiva por nova introdução do cow-pox. 3º Que variola e vaccina são entidades diferentes. Que o organismo da vacca não atenua o vírus variolico. 4º Que o cox-pox espontaneo, e o cultivado nas vitellas, isto é, o que se chama vaccina animal, são perfeitamente identicos, não degenerando o cox-pox cultivado na espécie bovina. (....). 6º Que a cultura vaccina animal, sendo aliás mais dispendiosa e mais difícil do que a humana, se acha hoje estabelecida em todos os paizes mais adiantados, excepto no Brazil, denotando este facto a predominancia da opinião d´aquelles que a julgam superior. (...). 8º Que um governo serio não póde instituir a vacina obrigatoria sem adoptar a vaccina animal, visto que não se póde constituir os súbditos de qualquer nação na obrigação de receber contra a própria vontade a vacina espirituosamente chamada por Monteils vaccina syphlitica, pela facilidade com que a vaccina transmite essa terrível moléstia” (FRANCO, 1887).
Segundo Pedro Affonso de Carvalho Franco, suas considerações sobre a vacina estariam fundamentados nas opiniões das principais autoridades na matéria, principalmente de Eugène Monteils-Pons, autor de “Histoire de la vaccination” (1874), Jean Anne-Henri Depaul (1811-1883), autor de “Expériences sur le cow-pox ou vaccin animal” (1867), Louis Parola (1805-1871) e Joseph Parola, autores “De la vaccination” (1883), Évariste Warlomont (1820-1891), autor de “Traité de vaccine” (1883), Henri Bouley (1814-1888), autor de “Le progrès en médecine par l´expéerimentation” (1882), Jean Henri Adolphe d´Espine (1846-1930), J. Ciaudo, autor de “Du vaccin de génisse: étude comparative du vaccin humaine et du vaccin animal” (1881), Louis Berthet, autor de “Vaccin et variole" (1884), e Louis Vaillard (1850-1935), autor de “Manuel pratique de la vaccination animale" (FRANCO, 1887).
Em 1889, no contexto de mudança de regime para República, foi proposta a mudança na direção da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, então dirigida por Vicente Cândido Figueira de Sabóia. A proposta era de sua substituição por Erico Marinho da Gama Coelho, e sobre esta o Barão de Pedro Affonso apresentou, em 22 de novembro de 1889, uma moção contrária, defendendo a permanência do diretor Sabóia. Entretanto, Sabóia acabou deixando a direção da instituição, e em 1º de dezembro daquele ano Erico Coelho tornou-se o novo diretor da instituição (REÚNE-SE, 1889).
O Barão de Pedro Affonso de Carvalho realizou, em 29 de outubro de 1896, uma cirurgia no Presidente Prudente de Morais, para instalação de uma talha hipogástrica (cistolitotomia suprapública) e a retirada de um cálculo, tendo sido acompanhado pelos médicos Oscar Adolpho de Bulhões Ribeiro, Toledo Dodsworth e Paulino Werneck (SILVA, 2001).
Em 1899, tendo em vista a eclosão da peste bubônica eclodiu na cidade de Santos, Cesário Alvim, então prefeito da Capital Federal, autorizou, por meio do decreto de 19 de outubro daquele ano, os recursos para a instalação e custeio de um laboratório, anexo ao Instituto Vacínico Municipal, que ficaria sob a direção de Pedro Affonso de Carvalho Franco. O laboratório a ser criado tinha o objetivo de produzir o soro para o combate à peste bubônica que ameaçava a Capital Federal. O Barão de Pedro Affonso buscou um local para estabelecer o novo laboratório, chegando a cogitar instalá-lo na Quinta da Boa Vista. O diretor de Obras da Municipalidade, Luiz van-Erven, lhe indicou o local da fazenda de Manguinhos, em Inhaúma, onde estavam sendo construídos fornos de incineração de lixo. Este local, em Manguinhos, acabou sendo escolhido para a instalação da nova instituição, que se tornaria o Instituto Soroterápico Federal.
O Barão de Pedro Affonso partiu, em 10 de dezembro de 1899, em viagem para a Europa para comprar o material necessário para a instalação dos laboratórios, cujas obras de construção estavam em andamento sob a supervisão da prefeitura da cidade. Retornou de sua viagem em 28 de fevereiro de 1900, trazendo o material adquirido e, também a notícia da contratação do bacteriologista francês Henri Carré (1870-1938), indicado pelo professor Pierre Paul Émile Roux (1853-1933), então diretor do Instituto Pasteur de Paris.
O início das atividades do então Instituto Soroterápico Federal se deu em 25 de maio de 1900, conforme o Ofício n° 1 do Barão de Pedro Affonso direcionado a Nuno Ferreira de Andrade, que dirigia a Diretoria Geral e Saúde Pública (AFFONSO, 1900). O Barão manteve-se da direção geral do Instituto Soroterápico Federal até dezembro de 1902 quando pediu dispensa do cargo após diferenças em questões técnicas e administrativas com Oswaldo Cruz, então diretor técnico.
Pedro Affonso de Carvalho, juntamente com Joaquim Nabuco, integrou o grupo nomeado pelo governo imperial para organizar a seção brasileira na International Health and Education Exhibition (Londres, 1º/05-31/10/1884).
Foi eleito membro titular da seção de medicina da Academia Imperial de Medicina, em 30 de junho de 1889, e posteriormente tornou-se o patrono da cadeira de nº5 nesta instituição.
Suas contribuições à medicina foram destacadas nas notas biográficas escritas sobre sua trajetória, como a elaborada, em 1881, pelo médico José Ricardo Pires de Almeida, delegado da Junta Central de Hygiene Publica, na qual destacou, entre outros aspectos, a introdução de melhoramentos na cirurgia, as primeiras aplicações da tira elástica nas luxações, o aparelho de Esmarck para isquemia artificial, a asa galvânica na ablação de tumores, e o emprego da eletricidade para a cura dos estreitamentos de uretra (ALMEIDA, 1881).
No campus Manguinhos da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, seu nome foi conferido a uma rua, a “Rua Barão de Pedro Afonso” (SCHELB, 2019).
Produção intelectual
- "Operações reclamadas pelos estreitamentos da urethra. (Secção medica) Da cholera-morbus; (Secção cirurgica) Parallelo dos diversos methodos empregados para a operação do hydrocele; (Secção accessoria) Do ar atmosférico”. These apresentada á Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro sustentada a 6 de dezembro de 1869. Rio de Janeiro, 1869.
- “Ensaio de um trabalho sobre o gabinete anatomico pathologico do hospital da Misericordia da Côrte”. Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert, 1869.
- “De la divulsion appliquée a la guérison des rétrécissements de l'uréthre. Thèse pour le Doctorat em Médecine. Presentée et soutenue le 25 Août 1871". Paris: A. Parent. Imprimeur de la Faculté de Médecine, 1871.
- “Diagnostico differencial e tratamento dos tumores da língua. Sobre as diversas sciencias que constituem o ensino medico”. These de Concurso (vaga de oppositor da seção de sciencias cirurgicas) apresentada em 27 de abril de 1872, á Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Typographia Universal de Laemmert, 1872.
- “Breves instrucções para as pessoas não profissionais conhecerem e propagarem a vacina, assim como para extrahirem e conservarem a lympha vaccinica”. Com José Pereira Rego. Diario de Minas, Ouro Preto, anno II, n.277, p.2-3, 27 de junho de 1874.
- “Vaccina. Modo de obter e conservar o vírus vaccinico em laminas de vidro, e de utilisar-se do vírus conservado”. Com José Pereira Rego. Gazeta de Campinas, Campinas, anno V, n.491, p.2, 13 de setembro de 1874.
- “Variola e vaccinas”. Diario de Noticias, Rio de Janeiro, anno III, n.833, p.3, 20 de setembro de 1887.
- “Variola e vacinas. Da vaccinação animal no Brazil pelo Dr. Pedro Affonso Franco.” Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1888.
- “Projeto de Construção e Organização de um Instituto Vaccinico Municipal”. Rio de Janeiro: Typographia Luizinger, 1894.
- “Operação de um cysto-sarcoma da face e pescoço, praticada pelo Dr. Pedro Affonso Franco: observação do proprio”. Archivos de Medicina, Cirurgia e Pharmacia no Brazil, Rio de Janeiro, anno I, n.1, p.3-4, 15 de outubro de 1880.
- “Operação de talha perineal e lithoclastia, exigida pelo enorme volume de um calculo vesical; praticada pelo Dr. Pedro Affonso Franco”. Archivos de Medicina, Cirurgia e Pharmacia no Brazil, Rio de Janeiro, anno I, n.3, p.2-5, 15 de novembro de 1880.
- “Segunda operação de Pirogoff, praticada pelo Dr. Pedro Affonso Franco”. Archivos de Medicina, Cirurgia e Pharmacia no Brazil, Rio de Janeiro, anno I, n.5, p.4-6, 31 de dezembro de 1880.
- “Observação de um caso de pedra na bexiga, tratado com successo pela litholapaxia”. Revista dos Cursos Practicos e Theoricos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno II, n.2, p.149-156, 1885.
- “Correspondência entre Oswaldo Cruz e o Barão de Pedro Affonso”. 1899-1902.
- “Correspondência trocada entre o titular e médicos paulistas a respeito do surto de peste bubônica de Santos”. 20/10/1899-12/06/1900.
- “Ofício n° 1 de Barão de Pedro Afonso comunicando à Nuno de Andrade o início das Atividades no Instituto Soroterápico Federa”. Manuscrito. 25 de maio de 1900.
- “Carta enviada pelo prefeito Antonio Coelho Rodrigues ao ministro e Secretaria dos Negócios do Interior enviando cópia da petição da Companhia Edificadora, relativa às obras executadas no laboratório do Soro Antipestoso da Fazenda de Manguinhos; carta do Barão”. 1900.
- “Convite a Miguel Ricardo Galvão para a inauguração da oficina de decomposição da água do mar pela eletricidade”. Manuscrito. [Rio de Janeiro]: [s.n.], 06/1902.
- “Ofício ao governador do Estado do Rio de Janeiro comunicando estar o Instituto Vacínico Municipal habilitado a fornecer as vacinas antivariólicas que requisitassem os Estados da União”. Rio de Janeiro: [s.n.], 01/01/1904.
- “Distribuição de vaccina aos Estados da União durante o periodo de 1896 a 1906 feita pelo Instituto Vaccinico do Distrito Federal”. Rio de Janeiro: Typographia da Gazeta de Noticias, 1906.
- “Relatório da Distribuição da vaccina aos Estados da União e repartições federaes durante o anno de 1917 apresentado ao Exmo. Snr. Carlos Maximiliano Pereira dos Santos pelo Barão de Pedro Affonso, Director do Instituto Municipal e Federal do Rio de Janeiro, em 21 de janeiro de 1918”. Rio de Janeiro: Typ. Jornal do Commercio, 1918.
Fontes
- AFFONSO, Barão de Pedro. Ofício n° 1 de Barão de Pedro Afonso comunicando à Nuno de Andrade o início das Atividades no Instituto Soroterápico Federal. Manuscrito. 25 de maio de 1900. In: CASA DE OSWALDO CRUZ. Memória Administrativa da Fiocruz. Capturado em 28 AMR. 2025. Online Disponível na Internet: https://www.memoria.coc.fiocruz.br/uploads/r/null/f/d/d/fdd254f42d8221c898cdde83e9e2f7cf98740dcf639e732295720235cf2d3bad/oficio1.pdf
- ALMEIDA, Pires de. O Dr. Pedro Affonso Franco: traços biográficos. Archivos de Medicina, Cirurgia e Pharmacia no Brazil, Rio de Janeiro, anno I, n.7, p.1-2, janeiro de 1881. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 11 abr. 2025. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/778079/49
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- CARVALHO, Pedro Affonso de. Qual o melhor processo para a cura dos aneurismas? These apresentada á Faculdade de Medicina da Bahia e que deve sustentar em novembro de 1807 para obter o gráo de doutor em medicina, Pedro Affonso de Carvalho, natural da Bahia, Cavalheiro da Imperial Ordem da Rosa, segundo cirurgião do Exercito Imperial na actual campanha do Paraguay, etc. Filho legitimo do negociante matriculado José Affonso de Carvalho e d. Rosa Maria de Jesus Carvalho. Bahia: Typ. do Pharol, 1867.
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- MÉDICOS. Residências, consultórios, horas em que dão consultas e suas especialidades. Almanak Medico da Imperial Pharmacia Diniz para o anno de 1880, Rio de Janeiro, p.23, 1880. Capturado em 26 mar. 2025. Online. Disponível na Internet: https://hemeroteca-pdf.bn.gov.br/707210/per707210_1880_00001.pdf
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Ficha técnica
Pesquisa - Mª Rachel Fróes da Fonseca.
Redação - Mª Rachel Fróes da Fonseca.
Forma de citação
FRANCO, PEDRO AFFONSO DE CARVALHO. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 2 jun.. 2025. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario
Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)