HOSPITAL REAL MILITAR E ULTRAMAR

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Denominações: Hospital Real Militar e Ultramar (1768); Hospital Real Militar; Hospital Regimental do Campo (1832); Hospital Militar da Guarnição da Corte (1844); Hospital Central do Exército (1890).

Resumo: O Hospital Real Militar e Ultramar foi criado em 1768 com o objetivo de prestar atendimento médico às tropas do Exército, instalando-se inicialmente nas dependências do antigo Colégio dos Jesuítas, no Morro do Castelo. Em 1832, então denominado Hospital Regimental do Campo, foi transferido para o Quartel do Campo da Aclamação. Em 1844, como Hospital Militar da Guarnição da Corte, retornou à antiga sede no Morro do Castelo. Em 1890 passou a denominar-se Hospital Central do Exército, e ainda funcionava no Morro do Castelo. Em 1902 foi inaugurado seu novo edifício na rua Francisco Manoel nº126, no Bairro de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro.

Histórico

Durante todo o século XVII, dada a inexistência de um hospital próprio para os militares, o Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro prestava o atendimento médico aos militares. Com o tempo, esta assistência médica passou a ser insatisfatória, tendo em vista os pequenos subsídios dados pelo poder público. Em 21 de março de 1702, o Rei de Portugal Pedro II, expediu uma Carta Régia mandando construir um hospital militar, na cidade do Rio de Janeiro. Até então, os soldados doentes ficavam alojados em casas particulares ou internados na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, sob os cuidados de cirurgiões militares, pagando o governo uma taxa anual a esta instituição. 

A Carta Régia de 1702 determinara a criação de um estabelecimento para o tratamento das guarnições das naus, a ser instalado no Quartel da Guarnição das Naus, localizado na Rua dos Quartéis da Armada (atualmente ruas Conselheiro Saraiva, São Bento e D. Gerardo) na cidade do Rio de Janeiro. O Hospital da Rua dos Quartéis das Naus começou a funcionar em 1727, e atendia os soldados da Guarnição da Praça, os das Guarnições das Naus de Guerra e os presos enfermos funcionou ali até 1727.

Até a criação do Hospital Real Militar e Ultramar, no final do século XVIII, o atendimento médico prestado às tropas militares, do Exército e da Armada, era realizado conjuntamente em um mesmo estabelecimento. A história e os antecedentes do atendimento das praças da Armada apresentam-se conjuntamente com a história da criação do Hospital da Rua dos Quartéis das Naus e depois do Hospital Real Militar e Ultramar, nos quais era feito o atendimento médico de todos os militares em geral. Em 1833 foi criado o Hospital da Armada e Corpo de Artilharia da Marinha, instalado na Fortaleza de São José da Ilha das Cobras, hospital próprio para o atendimento das praças da Armada. 

Em 1763, o vice-rei Antonio Álvares da Cunha (Conde da Cunha), visando resolver a situação do atendimento médico militar, instalou uma enfermaria no Quartel das Guarnições das Naus, na encosta do morro de São Bento, na antiga Rua do Quartel das Naus. Porém, esta enfermaria contava com precárias acomodações. Assim, grande parte dos militares e seus familiares continuavam sendo internados na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro que, alegando um aumento do número de soldados baixados, passou a exigir um acréscimo ao subsídio anual dado pelo Governo. Esta situação cada vez mais onerosa para os cofres públicos, fez crescer a necessidade de criação de um hospital militar próprio.    

Entre 1766 e 1767, por ordem do mesmo vice-rei, foi reformado o antigo Colégio dos Jesuítas, situado no morro do Castelo, a fim de servir-lhe como residência oficial, pois o edifício encontrava-se desocupado desde a expulsão dos jesuítas do Brasil, em 1759, por ordem de Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal. O prédio era amplo, com mais de duzentos metros de comprimento, formado por quatro pavimentos. Antes de sua mudança para a nova residência, em 1767 o vice-rei Antonio Álvares da Cunha foi substituído no cargo por Antonio Rolim de Moura Tavares, Conde de Azambuja, que preferiu morar na antiga residência oficial, o Paço dos Governadores, na atual praça XV de Novembro. Desta forma, ficou novamente desocupado o referido edifício do Colégio dos Jesuítas, e por decisão do novo vice-rei, este foi reformado e para lá foram transferidas algumas enfermarias, na tentativa de reunir todos os enfermos em uma instalação única.
 
Em 9 de maio de 1768, o vice-rei Antonio Rolim de Moura Tavares informou ao Secretário de Estado da Marinha e Negócios Ultramarinos, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, sobre transferência para o Colégio dos Jesuítas:

“O Conde da Cunha havia feito hospital nas casas que serviam de quartéis a gente da Marinha: para as tropas que havia naquele tempo era muito suficiente, e estava muito bem servido: mas depois que chegaram as tropas do Reino e que o número de doentes subiu a trezentos e mais, faltou de tal sorte o lugar que foi preciso deitar em muitas camas a dois em cada uma, para evitar este inconveniente, tenho mandado preparar para hospital as ditas casas do Colégio por serem as mais próprias que havia para este efeito”. (Apud SILVA, 1997, p.4)

No final do ano de 1768 o Hospital Real Militar e Ultramar foi instalado no antigo Colégio dos Jesuítas, e sua direção foi entregue ao cirurgião-mor Teotonio dos Santos de Almeida. A data exata de sua fundação é desconhecida, alguns consideram o ano de 1768 e outros adotam como referência a carta do vice-rei Antonio Rolim de Moura Tavares, datada de 22 de janeiro de 1769, na qual registrava o funcionamento do Hospital nas casas nas quais funcionara o Colégio dos Jesuítas (SILVA, 1997). 

Nas novas instalações, o Hospital funcionou, por um período, com dois cirurgiões e dois médicos, com 12 enfermeiros, pessoal da administração e dois capelães.

Já em 1780, no governo do vice-rei Luiz de Almeida Portugal Soares d´Eça Alarcão de Melo e Silva Mascarenhas, tendo em vista o elevado número de doentes, foi instalada uma enfermaria na Ilha das Enxadas, para onde foram transferidos os pacientes da Armada. No ano seguinte, o vice-rei nomeou para o cargo de cirurgião-mor e diretor desta última, o cirurgião Ildefonso José da Costa e Abreu. Em 1785, o cirurgião-mor Manoel Raposo Pereira assumiu a direção, sendo sucedido, em 1791, por Joaquim José Santa Anna Brito.     

Nas últimas décadas do século XVIII, atuaram no Hospital Real Militar e Ultramar importantes cirurgiões, dentre os quais: Joaquim José de Santa Anna Brito, Manoel Raposo Pereira, Teotonio Santos de Almeida, João Antônio Damasceno, Antônio José de Souza Pinto, Manuel de Oliveira Candelária, Ildefonso José da Costa e Abreu e Antônio José da Cunha (cirurgião-mor da Armada). 

Os físicos, Antônio Francisco Leal e José Carlos de Morais, e o boticário Raimundo Pereira Xavier contribuíram também para a consolidação do referido hospital (SANTOS FILHO, 1991).

Com a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808, o Hospital Real Militar e Ultramar passou por diversas melhorias para atender à crescente demanda de militares que aportavam no Rio de Janeiro. 

Por decreto sancionado pelo Príncipe-Regente D. João VI, em 21 de maio de 1808, ficou estabelecida a criação de uma botica no Hospital Real Militar e Ultramar, ficando assim criado, desde então, a Botica Real Militar. Pelo mesmo decreto, foi designado como boticário Joaquim José Leite Carvalho, com o vencimento de 400$000 réis anuais. Desta se originou o Laboratório Químico Farmacêutico Militar, reorganizado em 1877 e, depois, transformado no Laboratório Químico Farmacêutico do Exército

Com o decreto de 24 de junho de 1808, o Hospital Real Militar e Ultramar passou a ser subordinado ao então cirurgião-mor do Exército e da Armada, frei Custódio de Campos e Oliveira, tendo sido criado o cargo de almoxarife-cirurgião no dito hospital, para o qual foi nomeado José Mamede Ferreira, cirurgião da Armada Real. No mesmo ano, foi instituído o cargo de cirurgião-sangrador, sendo incumbido para tal o cirurgião-mestre de sangradores Francisco Luís da Silva. Foram também implementadas outras medidas, como o aumento dos vencimentos dos funcionários, a nomeação de novos cirurgiões e auxiliares, a determinação do uso de uniforme pelos médicos e a instauração de uma maior disciplina e hierarquia entre médicos e funcionários. 

A Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro, criada em 1808, foi instalada inicialmente nas dependências do Hospital Real Militar e Ultramar, no local do antigo Colégio dos Jesuítas. Em 2 de abril de 1808, o Príncipe-Regente D. João VI nomeou o cirurgião Joaquim da Rocha Mazarem como lente da cadeira de anatomia, e também como responsável para lecionar um curso de ligaduras, partos e operações de cirurgia a funcionar naquela escola. Até o ano de 1850, a referida Escola, transformada em 1832 em Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, foi sediada integral ou parcialmente, nas dependências do Hospital Real Militar e Ultramar. 

O decreto de 26 de setembro de 1810 determinou que o Hospital Real Militar e Ultramar ficasse sob a autoridade do físico-mor do Exército, João Manoel Nunes do Vale.  

Pelo alvará de 2 de março de 1812, o Príncipe-Regente D. João VI criou a Junta de Direção Médico-Cirúrgica e Administrativa do Hospital Real Militar e Ultramar, que tinha como objetivos regularizar o sistema de administração do referido hospital, melhorar o atendimento e o tratamento dos doentes, e velar pelos estudos médico-cirúrgicos que se processavam no local. Com a intenção de estabelecer um eficiente e regular sistema de estudo para melhor instrução daqueles que se dedicavam à ciência médica, foi designado como presidente da Junta frei Custódio de Campos e Oliveira, então Inspetor do Hospital Real Militar e Ultramar, cargo este que ocupou até 1821.

O decreto 0-063, de 22 de março de 1821 criou o posto de inspetor-geral dos hospitais militares na Corte e na Capitania do Rio de Janeiro, alterando assim a administração do Hospital Real Militar e Ultramar, deixando de estar sob a subordinação da Junta de Direção Médico-Cirúrgica e Administrativa. Para o posto de inspetor-geral dos hospitais militares foi nomeado Francisco Manoel de Paula, futuro Barão da Saúde, e como cirurgião-mor do Exército, Manuel Antonio Henrique Tota.

Em 1827, o corpo médico-cirúrgico do Hospital Real Militar e Ultramar era constituído por: Antonio Francisco Leal Filho (primeiro-médico), Mariano José do Amaral (primeiro-médico graduado), Vicente Gomes da Silva, João Maria Pachtold (licenciado), Fidélis Martins Bastos (segundos-médicos supranumerários), Cristóvão José dos Santos (primeiro-cirurgião), Joaquim José dos Santos (segundo-cirurgião) e Francisco Bernardo de Sant’ana (segundo-cirurgião supranumerário).

Pelo decreto de 17 de fevereiro de 1832, foram extintos os Hospitais Militares em todo o país, transformando os existentes em “Hospitais Regimentais”. O Hospital Real Militar e Ultramar foi transferido para o Quartel do Campo da Aclamação, na atual Praça da República, e passou a se chamar Hospital Regimental do Campo. Em 29 de dezembro de 1844, em face da precariedade das instalações, voltou a instalar-se no Morro do Castelo, novamente centralizado, para atender a todos os militares do Exército, com a denominação de Hospital Militar da Guarnição da Corte. Esta situação perdurou até a proclamação da República, em 1889, quando recebeu outra designação. 

Foi construído um hospital regimental no Depósito da Praia Vermelha, além de uma pequena enfermaria militar na Fortaleza de São João. Com o decreto de 9 de dezembro de 1833, foi criado o Hospital da Armada e Corpo da Artilharia da Marinha, na Ilha das Cobras. A instituição, que só passou a funcionar de fato a partir de março de 1834, recebeu os militares da Armada Real e seus familiares, que antes eram atendidos nos hospitais do Exército.

Depois de vários anos de funcionamento dos hospitais regimentais, o Imperador D. Pedro II e seu Conselho de Estado, após consulta feita junto a uma comissão de médicos militares, integrada por Cristóvão José dos Santos, Honório José da Cunha Gurgel do Amaral e Fidélis Martins Bastos, decidiu, em 1844, reagrupar os hospitais regimentais em um só estabelecimento. O Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha, Jeronimo Francisco Coelho, apontou, em relatório, a insatisfação com a organização dos hospitais regimentais:

“O lugar onde atualmente se acha estabelecido o Hospital Regimental do 1º Batalhão de Artilharia a pé é impróprio por mais de uma razão. Está hoje colocado esse hospital no Quartel do Campo da Aclamação, em lugar baixo, mal arejado, avizinhado de terrenos paludosos, e demais, sem as acomodações necessárias pela falta de espaço, a ponto de que já tem acontecido, em ocasião de afluência de enfermos, estarem dois reunidos em um mesmo leito. E se na Capital do Império se encontra dificuldade de obter um só edifício com as condições necessárias para um hospital, muito menos se encontrarão nas demais Províncias, (...).” (RELATORIO, 1844, p.23)

Pelo decreto n.º 397, de 25 de novembro de 1844, foi criado o Hospital Militar da Guarnição da Corte, na antiga sede no Morro do Castelo, tendo sido encarregado Carlos José d’Almeida para sua instalação e indicado Cristóvão José dos Santos como seu primeiro diretor. Inicialmente foram ocupadas somente quatro salas, sendo uma sala para os oficiais, outra para cirurgia e duas para a clínica, pois o restante do edifício abrigava ainda a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. No ano seguinte, foram ocupadas mais duas salas para enfermidades especiais e contagiosas. Em 1850, com a transferência de parte da Faculdade para dependências da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, as demais salas foram utilizadas pelo Hospital Militar da Guarnição da Corte. Neste período integravam o corpo médico do hospital Fidélis Martins Bastos (1º médico), Cristóvão José dos Santos (1º cirurgião), Domingos Marinho de Azevedo Americano (2º médico), Antônio Ferreira França (2º cirurgião), e João Maria da Luz como responsável pela botica. Além disso, integrando a equipe da enfermaria estavam as irmãs religiosas de São Vicente de Paulo, que tinham a permissão para trabalhar naquele hospital desde 1849, mediante um acordo firmado entre a Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra e a Irmandade de São Vicente de Paulo.

O Hospital Militar da Guarnição da Corte foi cenário de importantes eventos no campo médico. Naquele estabelecimento hospitalar teriam sido feitas a primeira narcose por éter no Brasil, realizada, em 1847, pelos médicos Roberto Jorge Haddock Lobo e Domingos Marinho de Azevedo Americano, e a primeira clroformização, em 1848, pelo médico Manoel Feliciano Pereira de Carvalho. Registra-se no campo da cirurgia vascular, a realização por Cândido Borges Monteiro da primeira ligadura da aorta abdominal por via extra-peritoneal, em 1842, e da primeira ligadura da artéria ilíaca primitiva, em 1868, por Augusto Cândido Fortes de Bustamante e Sá. Em relatório sobre o atendimento prestado no Hospital Militar da Guarnição da Corte aos enfermos e feridos na Guerra do Paraguai, Augusto Cândido Fortes de Bustamante e Sá observou que num total de 4.918 cirurgias executadas pela seção cirúrgica, o índice de mortalidade foi de apenas 1,81%. 

Em 10 de fevereiro de 1867 foi criada a Enfermaria do Andaraí, depois transformada em Hospital Militar Provisório, que esteve subordinada à direção do Hospital Militar da Guarnição da Corte até o dia 3 de julho do mesmo ano, quando obteve autonomia administrativa. Extinto em 1º de setembro de 1887, o estabelecimento voltou a funcionar como enfermaria dependente do referido hospital no ano de 1889. 

Além da criação desta nova enfermaria, o governo imperial promoveu outros melhoramentos, como a compra de aparelhos cirúrgicos e uma maior fiscalização no contrato e fornecimento de medicamentos. Em relatório, outros melhoramentos são citados pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha, Jeronimo Francisco Coelho:

“ (...) o governo fez importantes encomendas para a Europa de ambulâncias de novo modelo, de carruagens para transporte dos enfermos, e de muitos outros misteres próprios para o serviço dos hospitais de sangue, ou das tropas em marcha; e continuará o mesmo governo a empregar todos os seus cuidados neste ramo do serviço, que tão de perto interessa á saúde e á vida do soldado” (RELATORIO, 1858, p.7)

Em 4 de janeiro de 1890 foi constituída uma comissão, no âmbito do Exército, para elaborar um projeto de organização do Corpo de Saúde e do Serviço Hospitalar do Exército, constituída por Floriano Vieira Peixoto, João Nepomuceno de Medeiros Mallet, João Vicente Leite de Castro, João Severiano da Fonseca, Antônio Vicente Ribeiro Guimarães, Joaquim Fernandes de Andrada e Silva. Com o decreto nº277, de 22 de março de 1890, foi proposta uma reorganização do Corpo de Saúde e do serviço hospitalar do Exército, determinando a criação, na Capital Federal, de um hospital central do Exército, único de 1ª classe.

O decreto n.º 307, de 7 de abril de 1890, aprovou o regulamento para o Serviço Sanitário do Exército, referido no decreto nº277. Determinou a criação de um hospital de 1ª classe na Capital federal, sob a denominação de Hospital Central do Exército. Com isso, foi alterado, em algumas de suas disposições, o regulamento do então Hospital Militar da Guarnição da Corte e nova denominação foi dada à instituição, que passou a se chamar Hospital Central do Exército. 

Evidenciava-se a necessidade urgente de se criar um novo estabelecimento hospitalar militar que atendesse de forma eficaz a crescente demanda, já que o prédio situado no morro do Castelo não oferecia mais nenhuma condição de funcionamento. O próprio Inspetor Geral do Serviço Sanitário do Exército, João Severiano da Fonseca, em Ofício encaminhado ao Quartel-Mestre General, reivindicou a construção de um novo hospital, pois o terreno para tal já havia sido adquirido há um ano, a planta elaborada e organizado o orçamento. Definiu-se, então, a transferência do Hospital Central do Exército para outro local. O engenheiro coronel Francisco Marcellino de Souza Aguiar foi designado pelo Presidente Floriano Vieira Peixoto, como responsável pelo projeto de construção deste novo hospital, com capacidade para 500 leitos, a ser edificado em Benfica, numa área de 78.960 m2, adquirida do Jóquei Clube no valor de 69 contos de réis. O plano foi aceito em 16 de março de 1892, e quatro dias depois foi colocada a pedra fundamental desta nova construção. 

O projeto para o novo hospital baseou-se na planta do Hospital San Juan de Dios (Madrid, Espanha), que havia sido cedida pela Casa Tollet (Paris), constando de oito pavilhões isolados, para enfermarias, e de um grande pavilhão para administração de serviços gerais, enfermarias de isolamento e outros serviços. Durante a construção foram efetuadas algumas modificações, em relação ao modelo Tollet, pelo engenheiro militar Francisco Marcelino de Souza Aguiar, então secretário do Ministro da Guerra Francisco Antônio de Moura. O modelo Tollet refere-se aos princípios do hospital higienista proposto pele engenheiro francês Casimir Tollet (1828-1899), autor da obra “Sur les principes Qui doivent présider a la construction des logements collectifs (hommes et animaux)” (1876).

O hospital só se mudou efetivamente para a nova sede em 1902, mas até este ano ocupou outros edifícios na cidade. Primeiramente, em 6 de setembro de 1893, por ocasião da Revolta da Armada, foi transferido para o Palácio Leopoldina, antiga residência do neto mais velho de D. Pedro II, na Rua Duque de Saxe, no Engenho Velho. Em 14 de outubro de 1894, foi para o Palácio Isabel, atual Palácio Guanabara, e em 26 de fevereiro de 1895, o Hospital Central do Exército voltou a funcionar em sua antiga sede, no Morro do Castelo, que sofrera algumas poucas melhorias. O Hospital Central do Exército mostrou-se insuficiente para atender à expressiva quantidade de doentes oriundos da Guerra de Canudos, conflito entre o Exército brasileiro e os integrantes do movimento popular liderado por Antônio Conselheiro, entre 1896 e 1897, no interior da Bahia. Para atender a tal necessidade foi criada em 16 de outubro de 1897, sob dependência do Hospital Central do Exército, uma Enfermaria Militar Provisória, na Ilha das Flores.

Em 22 de junho de 1902 foi inaugurada oficialmente a nova sede do Hospital Central do Exército, na rua Francisco Manoel nº126, no Bairro de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro. Porém, tem-se o registro de que os primeiros pacientes já teriam sido ali atendidos em janeiro de 1902, em decorrência do grande temporal ocorrido na cidade do Rio de Janeiro que teria provocado o desabamento do telhado do antigo prédio no Morro do Castelo, e forçado a transferência dos pacientes internados (NASCIMENTO, 2004). Seu conjunto arquitetônico foi completado por volta de 1922 e mantém, até os dias de hoje, sua missão de assistir à família militar. 

DIRETORES:
Antônio da Rocha Barbosa (administração do hospital, 1808); Frei Custódio de Campos e Oliveira (administração do hospital, 1808; inspetor 1812-1821); Henrique Isidoro Xavier de Brito (administração,1813- ?); Francisco Manoel de Paula (administração, 1822-?); Cristóvão José dos Santos (? – 1832); José dos Santos de Souza (26/11/1844-11/03/1851); Antonio Joaquim de Souza (11/03/1851-02/08/1851); João José da Costa Pimentel (02/08/1851-02/03/1855); Feliciano José Neves Gonzaga (interino) (24/09/1851-10/11/1851); Henrique Marques de Oliveira Lisbôa (15/03/1855-22/03/1858); Feliciano José Neves Gonzaga (interino) (15/09/1856-01/05/1857); Ernesto Augusto Cezar Eduardo de Miranda (23/03/1858-22/10/1864); Antônio João Fernandes Pizarro Gabizo (22/10/1864-26/04/1865); Carlos Fogaça da Silva (26/04/1865-17/05/1865); Sebastião Francisco de Oliveira Chagas (17/05/1865-03/10/1874); Antonio Joaquim e Magalhães Castro (03/10/1874-27/02/1878); Elesbão Maria da Silva Bittencourt (27/02/1878- 01/06/1878); Francisco José Cardoso Junior (26/04/1879-20/02/1889); Manoel Francisco Coelho de Oliveira Soares (interino, 02/11/1885-15/03/1886); Joaquim Jeronymo Barrão (interino, 11/12/1886-21/07/1888); Carlos José da Costa Pimentel (23/02/1889-03/04/1890); João Severiano da Fonseca (03/04/1890-16/04/1890); Antônio Pereira da Silva Guimarães (16/04/1890-03/09/1890); José Porfírio de Mello Mattos (03/09/1890-19/09/1898); Flávio Augusto Falcão (19/11/1898-20/05/1903); Raimundo de Castro (27/05/1903-01/04/1904); José de Miranda Cúrio (09/04/1904-26/12/1904); Ismael da Rocha (26/12/1904-01/04/1908); Pedro Gouvêa (02/04/1908-04/02/1909); Antônio Ferreira do Amaral (04/02/1909-31/12/1914); Manoel Pedro Vieira (02/01/1915-14/12/1918); Virgilio Tourinho Bittencourt (14/12/1918-15/07/1920); José de Araújo Aragão Bulcão (15/07/1920-16/11/1922); Antônio Nunes Bueno do Prado (16/11/1922-02/05/1923); Sebastião Ivo Soares (16/07/1923-15/10/1924); Álvaro Carlos Tourinho (15/10/1924-11/04/1929); Manoel Petrarca de Mesquita (11/04/1929-24/01/1935).

Estrutura e funcionamento

Com a vinda da Família Real para o Brasil, em 1808, o Hospital Real Militar e Ultramar, criado em 1768, passou por muitas melhorias para atender a crescente demanda de militares que aportavam no Rio de Janeiro. Dentre os melhoramentos na área de assistência médica destacou-se a a criação de uma cadeira de clínica teórica e prática, com o objetivo de aprimorar os conhecimentos médico-cirúrgicos dos ajudantes de cirurgia e demais alunos freqüentadores da instituição, para a qual foi designado José Maria Bomtempo, médico da Real Câmara.    

Em 2 de março de 1812, o Príncipe Regente D. João VI mandou criar uma Junta de Direção Médico-Cirúrgica e Administrativa, que tinha como objetivos regularizar o sistema de administração do referido hospital, melhorar o atendimento e o tratamento dos doentes, e velar pelos estudos médico-cirúrgicos que se processavam no local. A organização do atendimento era bastante racional, sendo os doentes divididos entre internos e de ambulatório. Com a intenção de estabelecer um eficiente e regular sistema de estudos médico-cirúrgicos para melhor instrução daqueles que se dedicavam à ciência médica, foi designado como presidente da Junta, frei Custódio de Campos e Oliveira, então Inspetor do Hospital Real Militar e Ultramar.

A enfermaria militar sempre acompanhou a trajetória do Hospital Real Militar e Ultramar, auxiliando nos cuidados a serem prestados aos soldados enfermos e fazendo parte da composição de funcionários que ali trabalhavam. Subdividiam-se em enfermeiro-mor, enfermeiro ordinário e enfermeiro supranumerário. Apesar desta distinção, todos deveriam saber ler, escrever e contar para o cumprimento de suas obrigações, como, por exemplo, controlar roupas e utensílios, e anotar as listas de remédios prescritos pelos físicos, de modo a enviá-las à botica.

Com o decreto de 17 de fevereiro de 1832, não só foram extintos os hospitais militares de todo o país, como também estes foram transformados em hospitais regimentais. O Hospital Real Militar e Ultramar foi transferido para o Quartel do Campo da Aclamação, na atual Praça da República, e passou a se chamar Hospital Regimental do Campo. O mesmo decreto conferiu um regulamento para todos os hospitais militares. Neste regulamento não constava nenhuma definição com relação ao número de cirurgiões ou de enfermeiros por hospital regimental. No caso do Hospital Regimental do Campo, a direção e o corpo de médicos foram mantidos, e foi nomeada uma comissão de médicos encarregada de organizar um projeto de regulamento próprio. O projeto era constituído de quinze artigos e estipulava regras detalhadas para o novo hospital, tais como a relação entre o número de enfermarias e o de doentes, a classificação e distribuição das enfermarias de acordo com os tipos de doenças, para que não fossem misturados os pacientes, a separação de um depósito para instrumentos e outro para roupas, as dimensões das camas metálicas, o número de lençóis e rouparia, e o número de banheiras.

Em 29 de dezembro de 1844, em face da precariedade das instalações dos hospitais regimentais, o então denominado Hospital Militar da Guarnição da Corte, voltou a ocupar as dependências do ex-Colégio dos jesuítas, no Morro do Castelo, e lá permaneceu até a Proclamação da República, em 1889, quando recebeu outra designação. 

O decreto n.º 1.900, de 7 de março de 1857, que aprovou o regulamento para o Corpo e Saúde do Exército, apresentou algumas disposições para o funcionamento dos hospitais militares, como o Hospital Militar da Guarnição da Corte, e determinou a exigência de uma maior qualificação dos profissionais da saúde ligados, principalmente, a área de enfermagem que, até então, tinham suas atividades realizadas por indivíduos sem nenhuma especialização na área, exigindo-se apenas a boa conduta. Com este decreto, o Serviço de Saúde do Exército passou a ser desempenhado por doutores em medicina, farmacêuticos aprovados e enfermeiros convenientemente habilitados, melhorando sensivelmente o serviço prestado por esta instituição hospitalar.

O Aviso de 9 de dezembro de 1890, determinou que o capitão Ismael da Rocha integrasse uma comissão em viagem à Europa, com objetivo de estudar a tuberculose e o trabalho de Heinrich Hermann Robert Koch (1843-1910). Nesta ocasião visitou o Instituo Pasteur, em Paris, tendo sido recebido por Louis Pasteur (1822-1895) e contactado Pierre Paul Émile Roux (1853-1933), diretor daquele instituto. Recebera, também, do general Médico João Severiano da Fonseca, a missão de estudar tudo o que se referisse ao serviço médico militar, incluindo os hospitais, barracas, ambulâncias, instrumentos cirúrgicos, modelos e plantas de hospitais militares, para que subsidiassem a elaboração de projetos de construção e instalação de hospitais militares no Brasil (CARDOSO, 2013, p.180). Em seu retorno, Ismael da Rocha trouxe inúmeras plantas e fotografias de instituições hospitalares, como do Hospital San Juan de Dios (Madrid, Espanha).

Em 21 de junho de 1902, o então denominado Hospital Central do Exército mudou-se para sua nova sede, na rua Francisco Manoel nº126, com apenas três pavilhões acabados, providos de três enfermarias em cada um, os quais foram assim denominados:
1º Pavilhão: “Duque de Caxias” -1ª enfermaria: “Varques”, 2ª enfermaria: “Moura”, 3ª enfermaria: “João Severiano”.
2º Pavilhão: “Osório” - 4ª enfermaria: “Bayma”, 5ª enfermaria: “Mallet”, 6ª enfermaria: “Argollo”.
3º Pavilhão: “Deodoro” - 7ª enfermaria: “Enéas Galvão”, 8ª enfermaria: “Cantuária”, 9ª enfermaria: “Carlos Machado”.

Em 11 de agosto de 1905, Ismael da Rocha, diretor do Hospital Central do Exército, inaugurou três novos pavilhões: o Pavilhão “Rodrigues Alves”, destinado ao gabinete de eletroterapia, à fisioterapia, ao laboratório de microscopia e à bacteriologia; o “Marcellino Aguiar”, composto por duas enfermarias destinadas aos presos; e o “Benjamin Aguiar”, para as irmãs de caridade. Ainda no mesmo dia, Ismael da Rocha inaugurou edifícios destinados ao corpo médico, à rouparia e aos animais de transporte, e reinaugurou a enfermaria “Cantuária”, que havia sido destruída em um incêndio, além de ter efetuado uma grande aquisição de instrumental cirúrgico, de camas metálicas modernas e de uniformes padrões de enfermeiros e serventes. Foi instituído um curso para instrução de enfermeiros e padioleiros, de acordo com os parâmetros do Conselho Regional de Enfermagem. Nessa reestruturação, foi incluída a clínica homeopática, que ocupou uma enfermaria especial.

Nestas novas dependências do Hospital Central do Exército passou a funcionar a Escola de Aplicação Médico-Militar, em acordo com o decreto n.º 2.232, de 6 de janeiro de 1910, que autorizara a criação de um curso de aplicação especial para os doutores em medicina que se propunham ao serviço médico-militar. No entanto, este curso, junto com outro de enfermeiros e padioleiros, só foi regulamentado pelo decreto nº 10.402 de 20 de agosto de 1913, assinado pelo Ministro da Guerra, General Vespasiano Gonçalves de Albuquerque e Silva, e pelo Presidente da República, Hermes Rodrigues da Fonseca. Segundo aquele decreto, o curso de aplicação tinha como objetivos “aperfeiçoar os conhecimentos médicos e cirúrgicos dos médicos candidatos à inclusão no Corpo de Saúde do Exército e ministrar-lhes noções de administração e de tática relativas ao serviço de saúde em tempo de paz e de guerra” (art. 2º). Ambos os cursos funcionariam anexos ao Hospital Central do Exército.

O Pavilhão “Floriano Peixoto” foi concluído em 1913, no centro da área ocupada pelo hospital, destinado aos serviços de administração, secretaria, sala de curativos de emergência, posto médico, farmácia, almoxarifado, biblioteca e arquivo. A despensa, a cozinha, o alojamento das irmãs de caridade e a capela também ocupavam esta área central. Na transferência para a nova sede, a instituição tinha como diretor Flávio Augusto Falcão, que já exercia esta função desde 19 de novembro de 1898.

Em 1915 o Pavilhão “Dr. João Câncio”, com as 10ª, 11ª e 12ª enfermarias (clínicas cirúrgica, ortopédica e de reabilitação para cabos e soldados), e em 1916 o Pavilhão “Visconde de Souza Fontes”, com a 14ª enfermaria (oficiais, pediatria, clínica médica, clínica cirúrgica e maternidade). 

Com o passar dos anos, o projeto inicial da construção foi sendo concretizado, e no ano de 1922, foram concluídos os pavilhões “Calógeras”, com as 20ª, 21ª e 22ª enfermarias (pavilhão de isolamento), e “General Dr. José Bulcão”, com a 15ª, 16ª e 17ª enfermarias (cirurgia das clínicas especializadas de oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia).

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Ficha técnica

Pesquisa - Brian Kigler Corrêa Ramos, Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Redação - Brian Kigler Corrêa Ramos, Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão – Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Forma de citação

HOSPITAL REAL MILITAR E ULTRAMAR. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 21 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)