MARTINS, ANTÔNIO FELIX: mudanças entre as edições

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado com o título de Barão de São Felix, por carta-mercê, em 11 de dezembro de 1875, e recebeu os títulos de Comendador da Ordem da Rosa, de Cavaleiro da Ordem de Cristo e de Grão-mestre do Grande Oriente Unido do Brasil. Pelo decreto nº1165, de 31/10/1917, a Rua Princesa dos Cajueiros, onde residiu no nº10, no centro da cidade do Rio, passou a ser chamada Rua Barão de São Félix.&nbsp;</span></span>
<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado com o título de Barão de São Felix, por carta-mercê, em 11 de dezembro de 1875, e recebeu os títulos de Comendador da Ordem da Rosa, de Cavaleiro da Ordem de Cristo e de Grão-mestre do Grande Oriente Unido do Brasil. Pelo decreto nº1165, de 31/10/1917, a Rua Princesa dos Cajueiros, onde residiu no nº10, no centro da cidade do Rio, passou a ser chamada Rua Barão de São Félix.&nbsp;</span></span>


<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 18 de fevereiro de 1892.</span></span><br/> &nbsp;
<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 18 de fevereiro de 1892.</span></span>


= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span> =
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span> =
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Antônio Felix Martins doutorou-se em medicina pela [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]] no ano de 1832. Nesta mesma instituição foi lente substituto da seção de ciências médicas (1834) e de patologia geral (1855), e obteve a jubilação em 1864.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi provedor da Inspeção de Saúde do Porto, nomeado pelo decreto nº 268 de 29 de janeiro de 1843, sendo exonerado deste cargo em 2 de setembro de 1859, quando foi substituído por [[ABREU,_FRANCISCO_BONIFÁCIO_DE|<u>Francisco Bonifácio de Abreu</u>]] ([[VILA_DA_BARRA,_BARÃO_DE|<u>Barão de Vila da Barra</u>]]). Neste cargo teve atuação decisiva nas epidemias de cólera morbus e febre amarela que assolaram o Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em sua longa e importante participação nos serviços de higiene pública na cidade do Rio de Janeiro fez parte da Comissão Central de Saúde Pública, foi um dos primeiros membros da Junta Central de Higiene Pública (de 1850 a 1859), presidente (1859) da comissão administrativa do Hospital Marítimo de Santa Isabel (Jurujuba, Niterói). Foi inspetor deste hospital e um dos grandes responsáveis pela ampliação de suas instalações com a construção dos dois lances laterais.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Antônio Felix Martins foi membro do Conselho Diretor da Inspetoria Geral da Instrução Pública Primária e Secundária da Corte (1862 a 1865; 1873 a 1882), servindo interinamente no cargo de Inspetor Geral da mesma instituição em 1877.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi médico efetivo (1873) da Imperial Câmara, e cirurgião da Guarda Nacional.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na esfera política foi membro do Conselho do Imperador Pedro II, vereador (1844), suplente (1847-1848) e suplente juramentado (1851-1852) da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado como Cavaleiro da Ordem de Cristo por serviços prestados na Exposição Nacional, realizada, em 1866, no prédio da Academia Imperial de Belas Artes, posteriormente sede da Casa da Moeda. Foi membro da Caixa Municipal de Beneficência do Município da Corte (1865) e do Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado (1868-1870).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Antônio Felix Martins foi nomeado membro titular da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]] em 15 de outubro de 1835 e eleito presidente desta em 18 de maio de 1861, permanecendo neste cargo até 1864. Em 1866 passou para a classe dos membros honorários, e foi patrono da cadeira nº 32. Também foi membro do [[INSTITUTO_FARMACÊUTICO_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro</u>]], no qual presidiu a comissão de matéria médica e terapêutica (1874). Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Conservatório Dramático Brasileiro, criado em 4 de janeiro de 1871, da Sociedade Propagadora das Belas Artes e sócio correspondente da Sociedade de Medicina de Liège.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em sessão da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]], realizada em 9 de maio de 1864, Antônio Felix Martins apresentou o necrológio do médico [[CÂNDIDO,_FRANCISCO_DE_PAULA|Francisco de Paula Cândido]].&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após seu falecimento, foi publicada, em sua homenagem, uma matéria na edição de 19 de fevereiro de 1892 do ''Jornal do Brasil'', na qual assim foi apresentado Antônio Felix Martins:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Estylista de verdadeiro mérito, poeta fácil e de imaginativa e fecunda creação, manuseador de clássicos, com os quaes convivia, recebendo-lhes as lições, mestre nas sciencias, que seguia, escreveu diversas obras scientificas e literárias, das quaes algumas impressas ornão as nossas bibliothecas” (NOTICIAS, 1892, p.1). &nbsp;</span></span><br/> &nbsp;</p> </blockquote>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Antônio Felix Martins doutorou-se em medicina pela [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]] no ano de 1832. Nesta mesma instituição foi lente substituto da seção de ciências médicas (1834) e de patologia geral (1855), e obteve a jubilação em 1864.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi provedor da Inspeção de Saúde do Porto, nomeado pelo decreto nº 268 de 29 de janeiro de 1843, sendo exonerado deste cargo em 2 de setembro de 1859, quando foi substituído por [[ABREU,_FRANCISCO_BONIFÁCIO_DE|<u>Francisco Bonifácio de Abreu</u>]] ([[VILA_DA_BARRA,_BARÃO_DE|<u>Barão de Vila da Barra</u>]]). Neste cargo teve atuação decisiva nas epidemias de cólera morbus e febre amarela que assolaram o Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em sua longa e importante participação nos serviços de higiene pública na cidade do Rio de Janeiro fez parte da Comissão Central de Saúde Pública, foi um dos primeiros membros da Junta Central de Higiene Pública (de 1850 a 1859), presidente (1859) da comissão administrativa do Hospital Marítimo de Santa Isabel (Jurujuba, Niterói). Foi inspetor deste hospital e um dos grandes responsáveis pela ampliação de suas instalações com a construção dos dois lances laterais.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Antônio Felix Martins foi membro do Conselho Diretor da Inspetoria Geral da Instrução Pública Primária e Secundária da Corte (1862 a 1865; 1873 a 1882), servindo interinamente no cargo de Inspetor Geral da mesma instituição em 1877.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi médico efetivo (1873) da Imperial Câmara, e cirurgião da Guarda Nacional.&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na esfera política foi membro do Conselho do Imperador Pedro II, vereador (1844), suplente (1847-1848) e suplente juramentado (1851-1852) da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado como Cavaleiro da Ordem de Cristo por serviços prestados na Exposição Nacional, realizada, em 1866, no prédio da Academia Imperial de Belas Artes, posteriormente sede da Casa da Moeda. Foi membro da Caixa Municipal de Beneficência do Município da Corte (1865) e do Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado (1868-1870).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Antônio Felix Martins foi nomeado membro titular da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]] em 15 de outubro de 1835 e eleito presidente desta em 18 de maio de 1861, permanecendo neste cargo até 1864. Em 1866 passou para a classe dos membros honorários, e foi patrono da cadeira nº 32. Também foi membro do [[INSTITUTO_FARMACÊUTICO_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro</u>]], no qual presidiu a comissão de matéria médica e terapêutica (1874). Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Conservatório Dramático Brasileiro, criado em 4 de janeiro de 1871, da Sociedade Propagadora das Belas Artes e sócio correspondente da Sociedade de Medicina de Liège.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em sessão da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]], realizada em 9 de maio de 1864, Antônio Felix Martins apresentou o necrológio do médico [[CÂNDIDO,_FRANCISCO_DE_PAULA|Francisco de Paula Cândido]].&nbsp;</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após seu falecimento, foi publicada, em sua homenagem, uma matéria na edição de 19 de fevereiro de 1892 do ''Jornal do Brasil'', na qual assim foi apresentado Antônio Felix Martins:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Estylista de verdadeiro mérito, poeta fácil e de imaginativa e fecunda creação, manuseador de clássicos, com os quaes convivia, recebendo-lhes as lições, mestre nas sciencias, que seguia, escreveu diversas obras scientificas e literárias, das quaes algumas impressas ornão as nossas bibliothecas” (NOTICIAS, 1892, p.1). &nbsp;</span></span> </p> </blockquote>  
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção intelectual</span> =
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção intelectual</span> =
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- “Elogio ao illustre brazileiro Evaristo Ferreira da Veiga”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1837.<br/> - “Discurso que por occasião da solemnisação do primeiro anniversario da fundação da Aug. L. Maç. Fez e recitou-a”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1837.&nbsp;<br/> - “Irritabilidade e principio activo dos nervos”. Tese (Concurso para a cadeira de fisiologia) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1843.<br/> - “Nota de Antônio Félix Martins a Cândido José de Araújo, sobre a pretensão de sardinhas”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro, 4 nov. 1848.&nbsp;<br/> - “Memoria historica dos acontecimentos notáveis da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, durante o anno de 1857, pelo Dr. Antônio Felix Martins. Rio de Janeiro: Tip. Laemmert, 1858.&nbsp;<br/> - “Breve noticia biographica dos treze membros da Academia Imperial de Medicina, que falleceram no periodo de 1850 a 1857, lida na sessão annual de 1858 em presença de Sua Majestade Imperial”. Rio de Janeiro: Tip. de F. de Paula Britto, 1858. &nbsp; &nbsp;<br/> - “Memoria historica dos primeiros acontecimentos da Faculdade de medicina do Rio de Janeiro durante o anno de 1858, apresentada à respectiva Congregação em cumprimento do artigo 179 do Estatuto, pelo Conselheiro Dr. Antônio Felix Martins”. Rio de Janeiro: Tip. Laemmert, 1859.&nbsp;<br/> - “Biographia dos fallecidos doutores Luiz Francisco Ferreira e João Mauricio Faivre, recitadas em presença de Sua Majestade Imperial na sessão publica aniversaria da Academia Imperial de Medicina, a 30 de junho de 1859”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1859. &nbsp;<br/> - “Discurso sobre a caridade. Sessão solemne da installação da caixa municipal de beneficencia do municipio da Corte a 29 de julho de 1860”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1860.<br/> - “Discurso recitado na segunda sessão geral anniversaria da veneravel congregação de Santa Thereza de Jesus”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1864.<br/> - “Honras funebres em memória do Visconde de Inhauma”. Rio de Janeiro: Typ. Perseverança, 1869.&nbsp;<br/> - “Carta a Professora da 1ª Escola Pública da Freguesia de Engenho-Novo, remetendo 10 coleçoes do Metodo Brasileiro, para serem distribuidos pelos alunos pobres”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro, 22/04/1880.&nbsp;<br/> - “Compendio de pathologia geral”.<br/> - “Decorophobia: poema heroe-comico-satyrico”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1880.<br/> - “A inauguração da estatua equestre do senhor D. Pedro I, soneto [Livro]. Rio de Janeiro: Typ. de Paula Brito, [s.d.]. &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;<br/> - “Convite a professora Maria Gomes Santarém, para Conferências que se realizará nas salas do Externato do Imperial Colégio de Pedro 2º, assinada por Antônio Felix Martins, barão de S. Felix”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.]. &nbsp;<br/> - “Dissertação sobre a irritabilidade, o principio activo dos nervos”. Rio de Janeiro: Typ. Austral, [s.d.]. &nbsp;&nbsp;</span></span></p>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- “Elogio ao illustre brazileiro Evaristo Ferreira da Veiga”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1837.<br/> - “Discurso que por occasião da solemnisação do primeiro anniversario da fundação da Aug. L. Maç. Fez e recitou-a”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1837.&nbsp;<br/> - “Irritabilidade e principio activo dos nervos”. Tese (Concurso para a cadeira de fisiologia) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1843.<br/> - “Nota de Antônio Félix Martins a Cândido José de Araújo, sobre a pretensão de sardinhas”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro, 4 nov. 1848.&nbsp;<br/> - “Memoria historica dos acontecimentos notáveis da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, durante o anno de 1857, pelo Dr. Antônio Felix Martins. Rio de Janeiro: Tip. Laemmert, 1858.&nbsp;<br/> - “Breve noticia biographica dos treze membros da Academia Imperial de Medicina, que falleceram no periodo de 1850 a 1857, lida na sessão annual de 1858 em presença de Sua Majestade Imperial”. Rio de Janeiro: Tip. de F. de Paula Britto, 1858. &nbsp; &nbsp;<br/> - “Memoria historica dos primeiros acontecimentos da Faculdade de medicina do Rio de Janeiro durante o anno de 1858, apresentada à respectiva Congregação em cumprimento do artigo 179 do Estatuto, pelo Conselheiro Dr. Antônio Felix Martins”. Rio de Janeiro: Tip. Laemmert, 1859.&nbsp;<br/> - “Biographia dos fallecidos doutores Luiz Francisco Ferreira e João Mauricio Faivre, recitadas em presença de Sua Majestade Imperial na sessão publica aniversaria da Academia Imperial de Medicina, a 30 de junho de 1859”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1859. &nbsp;<br/> - “Discurso sobre a caridade. Sessão solemne da installação da caixa municipal de beneficencia do municipio da Corte a 29 de julho de 1860”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1860.<br/> - “Discurso recitado na segunda sessão geral anniversaria da veneravel congregação de Santa Thereza de Jesus”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1864.<br/> - “Honras funebres em memória do Visconde de Inhauma”. Rio de Janeiro: Typ. Perseverança, 1869.&nbsp;<br/> - “Carta a Professora da 1ª Escola Pública da Freguesia de Engenho-Novo, remetendo 10 coleçoes do Metodo Brasileiro, para serem distribuidos pelos alunos pobres”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro, 22/04/1880.&nbsp;<br/> - “Compendio de pathologia geral”.<br/> - “Decorophobia: poema heroe-comico-satyrico”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1880.<br/> - “A inauguração da estatua equestre do senhor D. Pedro I, soneto [Livro]. Rio de Janeiro: Typ. de Paula Brito, [s.d.]. &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;<br/> - “Convite a professora Maria Gomes Santarém, para Conferências que se realizará nas salas do Externato do Imperial Colégio de Pedro 2º, assinada por Antônio Felix Martins, barão de S. Felix”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.]. &nbsp;<br/> - “Dissertação sobre a irritabilidade, o principio activo dos nervos”. Rio de Janeiro: Typ. Austral, [s.d.]. &nbsp;&nbsp;</span></span></p>  
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<p style="text-align: center;">'''<font color="#0000CC"><font size="2"><font face="Arial">''Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930)<br/> Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – ([http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/ <font color="#0000CC">http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br</font>])''</font></font></font>'''</p>    [[Category:Verbetes]] [[Category:Biografias]]
<p style="text-align: center;">'''<font color="#0000CC"><font size="2"><font face="Arial">''Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930)<br/> Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – ([http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/ <font color="#0000CC">http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br</font>])''</font></font></font>'''</p>    [[Category:Verbetes]] [[Category:Biografias]]

Edição das 00h32min de 10 de agosto de 2023

Outros nomes e/ou títulos: São Felix, Barão de

Resumo: Antônio Felix Martins nasceu no Rio de Janeiro em 20 de novembro de 1812 e faleceu na mesma cidade em 16 de fevereiro de 1892. Doutorou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1832, onde foi substituto de ciências médicas (1834) e lente de patologia geral (1855). Atuou em vários serviços de higiene pública na cidade do Rio de Janeiro, como a Comissão Central de Saúde Pública e a Junta Central de Higiene Pública.

Dados pessoais

Antônio Felix Martins nasceu na freguesia de Inhaúma, na então província do Rio de Janeiro, em 20 de novembro de 1812. Era filho do cirurgião-mór José Antonio Martins, natural de Portugal, que veio para o Brasil com o Regimento de Bragança, e de Rita Angélica de Jesus, natural do Rio de Janeiro. Casou-se em 1834 com Ana Carolina Pinto, que veio a falecer em 27 de novembro de 1870. 

Foi agraciado com o título de Barão de São Felix, por carta-mercê, em 11 de dezembro de 1875, e recebeu os títulos de Comendador da Ordem da Rosa, de Cavaleiro da Ordem de Cristo e de Grão-mestre do Grande Oriente Unido do Brasil. Pelo decreto nº1165, de 31/10/1917, a Rua Princesa dos Cajueiros, onde residiu no nº10, no centro da cidade do Rio, passou a ser chamada Rua Barão de São Félix. 

Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 18 de fevereiro de 1892.

Trajetória profissional

Antônio Felix Martins doutorou-se em medicina pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1832. Nesta mesma instituição foi lente substituto da seção de ciências médicas (1834) e de patologia geral (1855), e obteve a jubilação em 1864. 

Foi provedor da Inspeção de Saúde do Porto, nomeado pelo decreto nº 268 de 29 de janeiro de 1843, sendo exonerado deste cargo em 2 de setembro de 1859, quando foi substituído por Francisco Bonifácio de Abreu (Barão de Vila da Barra). Neste cargo teve atuação decisiva nas epidemias de cólera morbus e febre amarela que assolaram o Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX.

Em sua longa e importante participação nos serviços de higiene pública na cidade do Rio de Janeiro fez parte da Comissão Central de Saúde Pública, foi um dos primeiros membros da Junta Central de Higiene Pública (de 1850 a 1859), presidente (1859) da comissão administrativa do Hospital Marítimo de Santa Isabel (Jurujuba, Niterói). Foi inspetor deste hospital e um dos grandes responsáveis pela ampliação de suas instalações com a construção dos dois lances laterais.

Antônio Felix Martins foi membro do Conselho Diretor da Inspetoria Geral da Instrução Pública Primária e Secundária da Corte (1862 a 1865; 1873 a 1882), servindo interinamente no cargo de Inspetor Geral da mesma instituição em 1877.

Foi médico efetivo (1873) da Imperial Câmara, e cirurgião da Guarda Nacional. 

Na esfera política foi membro do Conselho do Imperador Pedro II, vereador (1844), suplente (1847-1848) e suplente juramentado (1851-1852) da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.

Foi agraciado como Cavaleiro da Ordem de Cristo por serviços prestados na Exposição Nacional, realizada, em 1866, no prédio da Academia Imperial de Belas Artes, posteriormente sede da Casa da Moeda. Foi membro da Caixa Municipal de Beneficência do Município da Corte (1865) e do Montepio Geral de Economia dos Servidores do Estado (1868-1870).

Antônio Felix Martins foi nomeado membro titular da Academia Imperial de Medicina em 15 de outubro de 1835 e eleito presidente desta em 18 de maio de 1861, permanecendo neste cargo até 1864. Em 1866 passou para a classe dos membros honorários, e foi patrono da cadeira nº 32. Também foi membro do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro, no qual presidiu a comissão de matéria médica e terapêutica (1874). Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Conservatório Dramático Brasileiro, criado em 4 de janeiro de 1871, da Sociedade Propagadora das Belas Artes e sócio correspondente da Sociedade de Medicina de Liège.

Em sessão da Academia Imperial de Medicina, realizada em 9 de maio de 1864, Antônio Felix Martins apresentou o necrológio do médico Francisco de Paula Cândido

Após seu falecimento, foi publicada, em sua homenagem, uma matéria na edição de 19 de fevereiro de 1892 do Jornal do Brasil, na qual assim foi apresentado Antônio Felix Martins:

“Estylista de verdadeiro mérito, poeta fácil e de imaginativa e fecunda creação, manuseador de clássicos, com os quaes convivia, recebendo-lhes as lições, mestre nas sciencias, que seguia, escreveu diversas obras scientificas e literárias, das quaes algumas impressas ornão as nossas bibliothecas” (NOTICIAS, 1892, p.1).  

Produção intelectual

- “Elogio ao illustre brazileiro Evaristo Ferreira da Veiga”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1837.
- “Discurso que por occasião da solemnisação do primeiro anniversario da fundação da Aug. L. Maç. Fez e recitou-a”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1837. 
- “Irritabilidade e principio activo dos nervos”. Tese (Concurso para a cadeira de fisiologia) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1843.
- “Nota de Antônio Félix Martins a Cândido José de Araújo, sobre a pretensão de sardinhas”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro, 4 nov. 1848. 
- “Memoria historica dos acontecimentos notáveis da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, durante o anno de 1857, pelo Dr. Antônio Felix Martins. Rio de Janeiro: Tip. Laemmert, 1858. 
- “Breve noticia biographica dos treze membros da Academia Imperial de Medicina, que falleceram no periodo de 1850 a 1857, lida na sessão annual de 1858 em presença de Sua Majestade Imperial”. Rio de Janeiro: Tip. de F. de Paula Britto, 1858.    
- “Memoria historica dos primeiros acontecimentos da Faculdade de medicina do Rio de Janeiro durante o anno de 1858, apresentada à respectiva Congregação em cumprimento do artigo 179 do Estatuto, pelo Conselheiro Dr. Antônio Felix Martins”. Rio de Janeiro: Tip. Laemmert, 1859. 
- “Biographia dos fallecidos doutores Luiz Francisco Ferreira e João Mauricio Faivre, recitadas em presença de Sua Majestade Imperial na sessão publica aniversaria da Academia Imperial de Medicina, a 30 de junho de 1859”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1859.  
- “Discurso sobre a caridade. Sessão solemne da installação da caixa municipal de beneficencia do municipio da Corte a 29 de julho de 1860”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1860.
- “Discurso recitado na segunda sessão geral anniversaria da veneravel congregação de Santa Thereza de Jesus”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1864.
- “Honras funebres em memória do Visconde de Inhauma”. Rio de Janeiro: Typ. Perseverança, 1869. 
- “Carta a Professora da 1ª Escola Pública da Freguesia de Engenho-Novo, remetendo 10 coleçoes do Metodo Brasileiro, para serem distribuidos pelos alunos pobres”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro, 22/04/1880. 
- “Compendio de pathologia geral”.
- “Decorophobia: poema heroe-comico-satyrico”. Rio de Janeiro: [s.n.], 1880.
- “A inauguração da estatua equestre do senhor D. Pedro I, soneto [Livro]. Rio de Janeiro: Typ. de Paula Brito, [s.d.].           
- “Convite a professora Maria Gomes Santarém, para Conferências que se realizará nas salas do Externato do Imperial Colégio de Pedro 2º, assinada por Antônio Felix Martins, barão de S. Felix”. [Manuscrito]. Rio de Janeiro: [s.n.], [s.d.].  
- “Dissertação sobre a irritabilidade, o principio activo dos nervos”. Rio de Janeiro: Typ. Austral, [s.d.].   

Fontes

- ACADÊMICO Antonio Felix Martins. Patrono da Cadeira nº 32. Datilografado. Arquivo pessoal da Academia Nacional de Medicina. [Rio de Janeiro]: [s.n.], [s.d.].   (ANM)
- ANTONIO Felix Martins (Barão de São Felix). In: ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA. Capturado em 8 out. 2020. Online. Disponível na Internet:
https://www.anm.org.br/antonio-felix-martins-barao-de-sao-felix/
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Ficha técnica

Pesquisa – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Rodrigo Borges Monteiro.
Redação – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Rodrigo Borges Monteiro.
Revisão - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Forma de citação

MARTINS, ANTÔNIO FELIX. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 21 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)