PECKOLT, THEODOR: mudanças entre as edições
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<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt nasceu em Pechern (Niederlausitz, Baixa Lusácia), perto de Muskau, na região da Silésia alemã (região histórica que abrangia parte das atuais Polônia, República Tcheca e Alemanha), em 13 de julho de 1822. Era filho de Ferdinand Augusto Carlos Peckolt, capitão de Lanceiros do Kaiser, e de Juliana Eleonora Ackermann Peckolt (IHERING, [1912]). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 12 de junho de 1854, casou-se com Henriqueta Sauerbrönn, filha do vigário protestante Friederich Oswald Sauerbrönn, líder das primeiras famílias alemães da colônia suíça de Nova Friburgo, na então província do Rio de Janeiro. Deste matrimônio, nasceu Gustavo Peckolt (1861-1923), que também se destacou como farmacêutico.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado em 1864 com título de Oficial da Imperial Ordem da Rosa, e em 1869 com o de Cavalheiro da Ordem da Suécia da Estrela Polar. Recebeu, também, o título de Pharmaceutico da Casa Imperial.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu em 21 de setembro de 1912, na cidade do Rio de Janeiro.</span></span></p> | <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt nasceu em Pechern (Niederlausitz, Baixa Lusácia), perto de Muskau, na região da Silésia alemã (região histórica que abrangia parte das atuais Polônia, República Tcheca e Alemanha), em 13 de julho de 1822. Era filho de Ferdinand Augusto Carlos Peckolt, capitão de Lanceiros do Kaiser, e de Juliana Eleonora Ackermann Peckolt (IHERING, [1912]). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 12 de junho de 1854, casou-se com Henriqueta Sauerbrönn, filha do vigário protestante Friederich Oswald Sauerbrönn, líder das primeiras famílias alemães da colônia suíça de Nova Friburgo, na então província do Rio de Janeiro. Deste matrimônio, nasceu Gustavo Peckolt (1861-1923), que também se destacou como farmacêutico.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado em 1864 com título de Oficial da Imperial Ordem da Rosa, e em 1869 com o de Cavalheiro da Ordem da Suécia da Estrela Polar. Recebeu, também, o título de Pharmaceutico da Casa Imperial.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu em 21 de setembro de 1912, na cidade do Rio de Janeiro.</span></span></p> | ||
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span> = | = <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span> = | ||
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt cursou humanidades no Ginásio da cidade de Friedeberg (então Silésia alemã). Aos 15 anos iniciou o trabalho de prático de farmácia na cidade de Friebel, onde permaneceu até 1841. Exerceu, ainda, este ofício nas cidades de Meseritz (Polônia), e de Waldeck e de Neubrandenburg (Estado de Mecklenburg-Pomerânia Ocidental, Alemanha). Acredita-se que esta mudança de cidades se deveu à carreira militar de seu pai.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt revelou sua poderosa vocação como prático daquelas farmácias. O Governo Alemão nomeou-o, então, farmacêutico militar, na fortaleza de Glogau, na Silésia alemã, mas tal atribuição não o satisfez plenamente, e matriculou-se, então, na Universität Rostock (Estado de Mecklenburg-Pomerânia Ocidental, Alemanha), e na Universität Göttingen (Baixa Saxônia, Alemanha), “onde alcançou notas de aprovação brilhante” (IHERING, [1912]). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Por recomendação do ornitólogo Heinrich Gustav Reichenbach (1823-1889), seu professor, Theodor Peckolt foi contratado pelo diretor do jardim botânico de Hamburgo. Nesta instituição, foi contemporâneo dos botânicos Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e August Wilhelm Eichler (1839-1887), e do botânico e paleontologista alemão Johann Heinrich Robert Goeppert (1800-1884). Contactou importantes expressões da ciência na época, como Daniel Hanbury (1825-1875), químico e farmacêutico da Royal Pharmacetical Society of Great Britain, e o botânico alemão Friedrich Gottlieb Dietrich (1765-1850). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">De acordo com documento particular da Família Peckolt, Karl Friedrich Philipp von Martius e August Wilhelm Eichler, reconhecendo as aptidões de Theodor Peckolt, contrataram-no em 1847 para estudar a flora tropical no Brasil e remeter-lhes o material colecionado preparado em herbarium, dando assim continuidade ao trabalho de von Martius para o preparo de sua “Flora Brasiliensis” (MENDONÇA Apud Santos, 2005). Os botânicos Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e Johann Baptist von Spix (1781-1826), vieram para o Brasil, em 1817, juntamente com a comitiva da arquiduquesa Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo-Lorena (1797-1826), que vinha para casar-se com o futuro imperador D. Pedro I. Estes botânicos tinham como objetivo a pesquisa nas províncias mais importantes do país e a coleta de informações sobre botânica, zoologia e mineralogia para a Academia de Ciências da Baviera (Munique). Em 28 de setembro de 1847 Theodor Peckolt embarcou no navio “Independência”, desembarcando no Rio de Janeiro em novembro daquele ano.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt foi, praticamente, um revisor da maior parte da “Flora Brasiliensis” de von Martius. A troca de correspondência e o envio de materiais era feita por meio da Casa Imperial e do Serviço Consular da Alemanha no Rio de Janeiro (DOCUMENTOS, s.d.). Os pagamentos pelos serviços contratados eram recebidos por Peckolt por meio do Cônsul prussiano, Leo Theremin, no Rio de Janeiro, segundo documentos particulares pertencentes à Família Peckolt.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após um curto período de permanência na cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou na Farmácia de Simão Marcolino Fragoso, localizada na rua do Fogo (atualmente rua dos Andradas, Centro), nº 75, Theodor Peckolt iniciou suas viagens pelas províncias do país:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Em Setembro de 1848 Peckolt começou a exploração do país: viajava montando um cavalo que havia adquirido com as suas primeiras economias, nos Estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas. (....). Havia então bem poucos médicos no interior das províncias e os conhecimentos farmacêuticos do jovem naturalista colocavam-no na posição vantajosa de poder prestar reais serviços aos doentes que o consultavam. Em compensação destes serviços recebia, além dos honorários, interessantes objetos da história natural, valiosas contribuições para a sua coleção botânica. Em começo do ano de 1850, demorou-se Peckolt algum tempo entre os Botocudos Nac-nanouc do Rio Doce, voltando em seguida ao Rio de Janeiro. Os recursos que lhe fornecera a excursão pelo sertão permitiram a Peckolt apresentar-se ao exame farmacêutico no Rio de Janeiro, e em Novembro de 1851 abriu uma farmácia em Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro”. (IHERING, [1912], p.114-115) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em julho de 1851 foi aprovado no exame farmacêutico da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], e em novembro do mesmo ano se estabeleceu na cidade de Cantagalo (província do Rio de Janeiro), cuja região apresentava matas intactas para suas pesquisas, e se localizava próxima às matas do vale do rio Doce, reduzindo assim os custos das expedições. Em Cantagalo comprou uma farmácia, localizada na rua Direita nº 15, e durante dezessete anos, Peckolt viveu entre esta cidade e a de Friburgo, adquirindo profundo conhecimento da flora e fauna locais. Para dar continuidade a seus trabalhos, montou, em sua farmácia, um laboratório próprio para realizar as análises quantitativas de extratos de plantas da flora brasileira, para assim obter informações mais detalhadas sobre as suas composições químicas. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">A região de Cantagalo era, naquela época, bastante importante para os estudos sobre a natureza brasileira, tendo também sido o cenário para as pesquisas do zoologista alemão Karl Hermann Konrad Burmeister (1807-1892) e de Carl Hieronymus Euler (1834-1901), fazendeiro suíço, ornitólogo e autor de “Descrição dos ninhos e ovos das aves do Brasil” (1900). Peckolt permaneceu em Cantagalo até o ano de 1868, e lá estudou plantas de diversas famílias, suas características e condições de reprodução, e recolheu informações sobre nomes triviais, usos e propriedades farmacêuticas das plantas com a população local: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O herbário fornecia-lhe os meios para comparação morfológica das numerosas espécies e no laboratório aprofundava o trabalho, dando informações detalhadas sobre a composição química das plantas medicinais, de seus alcalóides e outras substâncias extrativas. Não conhecemos exemplo de outro naturalista, versado igualmente em estudos botânicos e químicos que tão profundamente tivesse estudado e esclarecido por investigações próprias, o estudo econômico, farmacêutico e químico de qualquer flora tropical.” (IHERING, [1912], p.116)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Durante o período em que viveu na cidade de Cantagalo, Theodor Peckolt fez cerca de quinhentas análises quantitativas de extratos de plantas da flora brasileira, muitas das quais foram publicadas em diversos periódicos, nacionais e estrangeiros, entre os anos de 1850 e 1868 (SANTOS, 2003). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Viajou pela região do Vale do Paraíba e margens dos rios pomba e Canoé, pela província do Espírito Santo, e por grande parte da província de Minas Gerais, chegando à região da cidade de Diamantina. E foi a partir destas excursões, à procura de plantas e espécies, que Theodor Peckolt começou a notabilizar-se (IHERING, [1912]). Grande parte do material coletado era enviado para o [[MUSEU_IMPERIAL_E_NACIONAL|<u>Museu Imperial e Nacional</u>]], no Rio de Janeiro, para museus alemães, e para os de Estocolmo e de Uppsala (Suécia).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Johann Jakob von Tschudi (1818-1889), cientista e diplomata suíço, visitou o Brasil entre 1857 e 1859, e em sua obra “Viagem às provinciais do Rio de Janeiro e São Paulo”, destaca às diversas atividades desenvolvidas por Theodor Peckolt em Cantagalo:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Não quero deixar de me referir aqui, e é com grande satisfação que o faço, ao nome de um homem que goza de grande fama nos meios científicos alemães, o Dr. Theorodo Peckolt, há anos estabelecido em Cantagalo, como farmacêutico, e que se tem ocupado com zelo incansável da botânica e da química orgânica. Dotado de profundos conhecimentos e de uma ímpar capacidade de trabalho, soube colecionar vultuoso material de pesquisas que, na Europa, seria impossível ou muito difícil obter. Os resultados de suas pesquisas científicas são regularmente publicados nas revistas farmacêuticas que se publicam na Alemanha. Seus preparados químicos foram distinguidos com uma medalha na exposição industrial do Rio de Janeiro, e na exposição mundial de Londres, em 1863, com nada menos de três. Ao tempo de minha visita a Cantagalo, o Dr. Peckolt achava-se ocupado com um trabalho químico-analítico (...) relativo às plantas úteis brasileiras. (...) Ao lado de sua alegre residência, o Dr. Peckolt organizou um pequeno jardim botânico, onde se dedica aos estudos do desenvolvimento das plantas, sua nutrição, e aclimatação”. (TSCHUDI, 1980, p.88-89) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Johann Jakob von Tschudi relata sobre as análises do café realizadas por Peckolt:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O Dr. Th. Peckolt, em Cantagalo, informou-me que fez a análise comparativa de três amostras de café, a saber: 1ª de solo calcáreo; 2ª de solo de gneiss; 3ª de solo rico de quartzo. A quantidade de cafeína em 100 gramas de café sujeito a uma secagem a 100ºC, foi a seguinte: 1ª) 0,954gr., 2ª) 0,548gr., 3ª)0,958”. (TSCHUDI, 1980, p.39)<br/> “Os resíduos contêm cafeína em pequena proporção. Segundo as análises do Dr. Peckolt, 100 gramas da pele de pergaminho que cai do fruto que seca dão 0,0024 de grama de cafeína; mas esta mesma casca tratada convenientemente e acumulada, dará cerca de 0,052 de grama de cafeína. 100 gramas da polpa fresca produzem 0,027 de grama de cafeína, 6,784 de açúcar, 1,462 de ácido cafetânico, cítrico, gálico, málico, potássio e cálcio, etc., e 1,717 gramas de cinzas”. (TSCHUDI, 1980, p.61)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">E ainda trata de alguns dos remédios preparados por Peckolt: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O farmacêutico Dr. Th. Peckolt de Cantagalo preparou um remédio a base de sal amoníaco, sob o nome de Polygonaton, tirado de umaplanta, que os indígenas freqüentemente usam contra as mordidas de répteis. Essa tintura é destinada ao uso interno e junto com a mesma fornece-se uma ventosa de borracha vulcanizada que se põe sobre a ferida, na qual se faz uma incisão em forma de cruz, depois de ter estagnado a circulação do sangue”. (TSCHUDI, 1980, p.78)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt, ainda residente em Cantagalo, recebeu muitas honrarias acadêmicas, tendo sido nomeado, em 1852, membro correspondente da Regensburgische Botanische Gesellschaft, e em 1857 da Deutsche Pharmazeutische Gesellschaft, sociedade farmacêutica na Alemanha.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na Exposição Nacional, inaugurada em 2 de dezembro de 1861 e realizada no prédio da então Escola Central (atualmente Instituto de Filosofia e Ciências Sociais/UFRJ), no Largo do São Francisco na cidade do Rio de Janeiro, Theodor Peckolt apresentou sua coleção farmacognosia e química orgânica, com 146 produtos (produtos naturais, produtos químicos, extratos e alcalóides extraídos de vegetais indígenas), pela qual foi premiado com medalha de ouro e condecorado como Oficial da Imperial Ordem da Rosa (SANTOS, 2003).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">No Catálogo referente à coleção enviada para a Exposição Nacional de 1866, Theodor Peckolt descreveu os objetivos e as dificuldades de seu trabalho:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Pela segunda vez ofereço a minha pátria adotiva o resultado dos meus trabalhos científicos, constando de uma coleção de 221 objetos tirados dos inesgotáveis tesouros vegetais do Brasil. O número destas drogas poderia ter sido muito maior se não fossem de um lado as grandes dificuldades com que se tem de lutar no interior do país neste gênero de trabalhos, e de outro lado meu plano constantemente seguido de não apresentar ao público as drogas indígenas sem prévia análise química. (...) as minhas limitadas circunstâncias não me permitem a explorações industriais em grande escala; porém o meu fim não é de procurar privilégios e monopólios, desejo unicamente creditar no exterior as imensas riquezas ainda ignoradas da matéria médica no Brasil, assim como chamar a atenção dos nossos agricultores e industriais sobre uma série de produtos, os quais considerados sem valor até agora poderiam oferecer importantes recursos, se fossem tratados convenientemente, pois que a palavra Indústria não tem outra significação senão converter um objeto sem valor aparente em um produto útil e valoroso à humanidade. Quando digo que uma das nossas plantas pode substituir qualquer planta da Europa, quero dizer que pode-se talvez usar contra as mesmas moléstias e às vezes com mais vantagem: pois perfeita homogeneidade de propriedades é coisa que não existe nas plantas, preponderando cada uma por seu modo singular.”(PECKOLT, 1866, p. 1-2) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nestes dois eventos, Theodor Peckolt destacou a necessidade de criar-se uma farmacopéia brasileira, com o objetivo de propagar a utilização de vegetais nacionais nos tratamentos terapêuticos, a inexistência de um ensino de química mais voltado para aplicações industriais, e a importância de incentivar-se a implementação de indústrias no país. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">As coleções de Theodor Peckolt integraram também o pavilhão brasileiro na Exposição Universal, em Londres em 1862, e na Exposição Universal, realizada em Paris (1867), nas quais lhe foram concedidas medalhas, de ouro e de bronze, em reconhecimento a seus trabalhos (SANTOS, 2003). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Para a Exposição Universal, realizada em Londres em 1862, Theodor Peckolt remeteu uma coleção de 225 produtos químicos e farmacêuticos, distribuída em sete séries:<br/> - 1ª Série - as drogas simples vegetais, raízes e sementes. <br/> a) Sapucainha (Carpotroche brasiliensis) — óleo usado como inseticida, parasiticida e principalmente utilizado no combate à Lepra; <br/> b) Urucum (Bixa orellana) — urucuína, provavelmente a bixina; <br/> c) Agoniada (Plumeria lancifolia) — agoniadina, glicosídeo extraído da casca — antiasmático e purgativo; <br/> d) Sangue de drago (Croton lechieri) — eritraemita, ácido eritraêmico, extraído da casca — usado para infecções bacterianas.<br/> - 2ª Série - as painas: apresenta a descrição botânica de 14 espécies. <br/> - 3ª Série - os amidos (amiláceas): 23 espécies. <br/> - 4ª Série - as resinas, gomas e tintas: 42 substâncias divididas em:<br/> a) adstringentes (sucos condensados);<br/> b) gomatas (propriedade principalmente arabina);<br/> c) gomas cassorinas;<br/> d) gomas resinas;<br/> e) resinas naturais;<br/> f) leite;<br/> g) substâncias tintas;<br/> h) resinas, produtos das análises;<br/> Desta 4ª série, pode-se destacar:<br/> a) Sangue de Becuiba (Myristica bicuhyba) — ácido becuíbico, extraído do óleo, usado nas ulcerações <br/> de pele, feridas e reumatismo; <br/> b) Angelim Amargosa (Tabebuia serratifolia) — andirina, princípio extraído da casca — usada para tratar ulcerações de pele;<br/> c) Gameleira Branca (Ficus doliaria) — doliarina, princípio sui generis — vermífugo, purgativo, depurativo do sangue e anti-sifilítico. Peckolt apresenta também a análise da seiva vegetal por ele denominada "leite vegetal": teores de açúcar, resina, cera etc.;<br/> d) Cravo do Mata (Tagetes sp.) — tagetina, cetona extraída do óleo usado como anti-helmíntico.<br/> - 5ª Série - óleos expressos com peso específico (14 produtos).<br/> - 6ª Série - preparações obtidas pela análise de substâncias químicas e farmacêuticas (num total de oito).<br/> - 7ª Série - alguns óleos e éteres, total de 28, destacamos:<br/> a) Cipó-suma (Anchietea salutaris) — anchietina, alcalóide. Desta planta ele apresenta também a análise da raiz. O cipó-suma era usado como purgativo e indicado para lesões sifilíticas;<br/> b) Jaborandi (Pilocarpus jaborandi) — jaborandina, extraída da raiz, usada como diurético e mastigada contra dores de dentes;<br/> c) Bucha paulista (Luffa operculata) — saponina, mistura de glicosídeos, usada como purgativo.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Recebeu, em 1864, o título de Doutor Honoris Causa da Kaiserlich Leopoldinisch-Carolinische Deutsche Akademie der Naturwissenschaftler, por seus trabalhos químicos e botânicos sobre a flora brasileira. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na segunda Exposição Nacional, inaugurada em 19 de outubro de 1866 e realizada no prédio que estava sendo erguido para nova seda da Casa da Moeda, no Campo da Aclamação (atual Campo de Santana), na cidade do Rio de Janeiro, Theodor Peckolt apresentou uma nova coleção, que foi igualmente premiada com medalha de ouro e enviada para integrar a Exposição Universal em Paris (1867). Sua coleção era constituída de 221 produtos químicos e farmacêuticos, e apresentava uma análise descritiva completa de diferentes vegetais, todos previamente analisados e com o preço provável de sua comercialização, numa tentativa de alertar os agricultores e industriais nacionais para a qualidade dos produtos químicos fabricados no país, por considerar importante a sistematização e o estudo das tradições populares do uso das plantas medicinais como estratégia para a investigação e comprovação de suas propriedades terapêuticas. Nessa coleção, Peckolt privilegiou não só os óleos essenciais como também suas pesquisas sobre os teores de cafeína em diversos vegetais. Além disso, listou os processos empregados e as análises químicas feitas, apresentou os atributos e virtudes de cada uma das substâncias exibidas, e os nomes trivial e científico do vegetal que as forneceu, incluindo, sempre que possível, a sua sinonímia indígena. Dividiu a coleção em três séries: 1ª série: drogas indígenas (45); 2ª série: extratos, resinas e gomatas (15), e 3ª série: óleos fixos e essenciais, e suas preparações químicas (161). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na Exposição Universal, realizada em Paris em 1867, Theodor Peckolt e João Domingues Vieira, que posteriormente foi um dos vice-presidentes do [[INSTITUTO_FARMACÊUTICO_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro</u>]], foram expositores na área de química e farmácia e foram agraciados com medalhas de bronze. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt também realizou estudos na área da zoologia, como os referentes às ''Trigonini'', uma das espécies de abelhas sem ferrão, chamadas abelhas indígenas, existentes no Brasil. Suas observações foram subsídios para o estudo de Frederic Smith, do Bristish Museum, intitulado “Observations on the economy of Brazilian insects, chiefly Hymenoptera, from the notes of Mr. Peckolt”, publicado no ''Transations of the Royal Entomological Society of London ''(n.16, p.133-136, 1868). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em abril de 1868, Theodor Peckolt mudou-se definitivamente para a cidade do Rio de Janeiro, onde se associou ao farmacêutico Frederico Augusto Duval, que tinha um laboratório químico e farmacêutico pelo sistema alemão, na rua do Rosário nº 69, naquela cidade. Desta associação surgiu, em 1869, a farmácia “Peckolt & Duval – Pharmaceuticos da Casa Imperial”, instalada na rua Direita nº 59 (posteriormente denominada rua Primeiro de Março). Esta sociedade deve ter sido desfeita em 1872, pois de acordo com o ''Almanak Laemmert'', Theodor Peckolt aparece como gerente da "Pharmacia Imperial T. Peckolt &”, na rua da Quitanda nº 193, e também relacionado à ”Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C.”, no mesmo endereço (ALMANAK, 1872). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O anúncio da Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C., apresentado no ''Almanak Laemmert'', apresenta os produtos à venda naquele estabelecimento: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Tem sempre um completo sortimento de drogas, produtos químicos e farmacêuticos que vendemos a preços razoáveis tanto por atacado como a varejo, tudo importado diretamente da Europa e dos Estados Unidos, para o que tem correspondência direta com as principais casas de Londres, Berlim, Hamburgo, Viena, Paris, Lisboa, Gênova e Nova York, encarregam-se de fornecer as pessoas que quiserem honrá-los com as usas encomendas pelos preços mais moderados possíveis. Tudo o que sair de sua casa é garantido de boa qualidade e só nesta casa o único depósito das preparações do Dr. Peckolt, que são conhecidas por Vermífugo brasileiro, sem tomarem Óleo de Rícino. Pós de Deliarina, preparação de leite da Gameleira e verdadeiro específico contra a opilação. Rob vegetal brasileiro, um dos melhores depurativos, preparado com as novas plantas. Xarope anti-reumático e anti-antrítico curando prontamente as afecções reumáticas. Kamalina, específico contra a solitária. Peitoral de cuscuta contra todas as afecções catarrais. Olfatório anit-catarral dando imediatamente alívio no defluxo, coqueluche e asma. Painkiller brasileiro, menos milagroso do que o Painkiller americano, mas mais excelente contra as dores reumáticas. Purgante anti-hemorroidal, que é preferível à limonada de citrato de magnésia e ainda melhor para tomar; e outras especialidades como: Pílulas brasileiras contra as impigens, Pílulas anti-morféticas, Ungüento anti-herpético, sabão anti-morfético, sabão cosmético, Ungüento anti-vulnerário contra as feridas as mais rebeldes, Hidrocotile fluida, Ageniadina fluida, Extracto fluido de caroba, idem de salsaparrilha, idem de japecanga, etc..” (DROGARIA, 1872, p.21) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Neste mesmo ''Almanak'', de 1872, foi divulgado também o anúncio da Pharmacia Imperial T. Peckolt &, no qual são distinguidas as funções dos estabelecimentos sob a administração de Theodor Peckolt:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O Farmacêutico e químico Dr. Theodoro Peckolt é o gerente deste estabelecimento e está sempre à testa dos trabalhos para merecer a confiança do público e da classe médica, para o que não se poupa a fadigas, esforços e zelo. Encontra-se nesta farmácia, fora das especialidades de Theodoro Peckolt, que são mencionadas na Drogaria, todas as preparações dos nossos vegetais que existem no Império. Encarrega-se também de qualquer análise química por preço cômodo”. </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre 1873 e 1874 as referências indicam o funcionamento somente da “Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C.”, e no ano de 1875 apenas da “Pharmacia Imperial”, então localizada na rua da Quitanda nº 157. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt em 21 de março de 1864 candidatou-se a membro correspondente da <u>[[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|Academia Imperial de Medicina]]</u>, apresentando na ocasião a memória intitulada “Do Prunus Brazilliensis”. Naquele mesmo ano, esta sua memória foi comentada por [[HOMEM,_JOÃO_VICENTE_TORRES|<u>João Vicente Torres Homem</u>]], opositor de ciências médica da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], na ''Gazeta Médica do Rio de Janeiro''. João Vicente Torres Homem apresentou a seguinte conclusão:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Concluo do que fica dito: 1º Que a memória do Sr. Peckolt oferece grande importância para a ciência, para a arte farmacêutica e para a agricultura. 2º Que a exceção de alguns vícios de linguagem, desculpáveis em um estrangeiro, o trabalho é bem elaborado. 3º Que, pondo de parte a lacuna bastante sensível relativamente aos caracteres botânicos da planta, o estudo a que procedeu o Sr. Peckolt foi tão completo quanto era possível. 4º Que os resultados obtidos pela análise química e pelos processos farmacológicos denotam muitos conhecimentos de química orgânica e de farmácia, grande dedicação e um espírito observador muito cultivado da parte do candidato ao lugar de membro correspondente desta Academia. 5º Que se forem tomados os conselhos exarados no último capítulo da memória, a matéria médica brasileira e a prática da medicina lucrarão grandes vantagens. 6º Que os produtos enviados à Academia como amostras, reúnem todas as condições desejáveis de atividade e perfeição. 7º Que o Sr. Theodoro Peckolt, farmacêutico estabelecido em Cantagalo, premiado com uma medalha de ouro na Exposição de Londres, em virtude de seus trabalhos de química orgânica, está perfeitamente no caso de merecer a honra que solicita de membro correspondente da Academia Imperial de Medicina.” (HOMEM, 1864, p. 89) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em sessão de 11 de abril de 1864, da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]], sua memória foi aprovada, e foi então nomeado membro correspondente. Ainda nesta Academia foi nomeado membro adjunto da seção médica em 1872, membro titular da seção farmacêutica em 1884, membro titular da seção de farmacologia em 1896, e membro honorário da referida academia no ano de 1900. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi convidado, em 1874, pelo botânico Ladislau de Souza Mello Netto, então diretor do Museu Imperial e Nacional, para chefiar o [[LABORATÓRIO_QUÍMICO_DO_MUSEU_IMPERIAL_E_NACIONAL|<u>Laboratório Químico do Museu Imperial e Nacional</u>]]. De acordo com o ofício nº 3, do Ministério dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, de 17 abril de 1874, foram autorizadas as despesas referentes à reorganização do Laboratório, incluindo os honorários de Theodor Peckolt (SANTOS, 2003). Durante seu período à frente deste Laboratório foi responsável pela re-organização e especialmente pela forma de análise e reclassificação dos minerais de classificação duvidosa, e também de qualquer substância desconhecida das outras seções do estabelecimento. Acredita-se que permaneceu neste cargo até janeiro de 1876, data de se ofício com pedido de desligamento da instituição. A partir destes trabalhos, Theodor Peckolt realizou diversas pesquisas fito-químicas a respeito de nossa flora e publicou o primeiro volume de duas de suas obras: "História das plantas alimentares e de gozo no Brasil" (1871) e "História das plantas medicinais e úteis do Brasil" (1888), pelas quais recebeu do imperador D. Pedro II o oficialato da Ordem da Rosa. Na primeira discorreu sobre os aspectos gerais da agricultura brasileira, o uso e composição química das diversas culturas, e na "História das plantas medicinais e úteis do Brasil" apresentou a descrição botânica, a cultura, a composição química, os usos industriais e o emprego de diversas plantas no tratamento de moléstias.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">De 1873 a 1884 foi secretário e membro da seção de botânica da Associação Brasileira de Aclimação, que havia sido fundada em 7 de maio de 1872, na cidade do Rio de Janeiro, tendo como objetivos a introdução, aclimação, domesticação e propagação de espécies animais e vegetais e seu emprego agrícola, industrial, medicinal e outros. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi presidente do Club Schubert, uma sociedade musical alemã que havia sido criada em 20 de novembro de 1882 e funcionava na Rua do Passeio, nº 11, na cidade do Rio de Janeiro. Na Sociedade Nacional de Agricultura, criada em 16 de janeiro de 1897, Theodor Peckolt foi patrono da cadeira nº 31. Foi membro correspondente de sociedades farmacêuticas da Áustria e da Rússia, e membro honorário da Sociedad de Geología de Buenos Aires.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt trabalhou no Serviço de moléstias de garganta, nariz e ouvido da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, entre os anos de 1882 e 1894.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre 1885 e 1889 foi professor de química orgânica, biologia e toxicologia da [[ESCOLA_SUPERIOR_DE_FARMÁCIA|<u>Escola Superior de Farmácia</u>]], fundada pelo [[INSTITUTO_FARMACÊUTICO_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro</u>]], em 1884.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O botânico Eugène Pierre Nicolas Fournier (1834-1884) denominou Peckoltia a um novo gênero da família das Asclepiadáceas.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt destacou, em 1888, a importância de trabalhos de pesquisa associados à farmacologia: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Ao publicarmos o resultado dos nossos estudos, não é nosso intuito apresentar a última palavra sobre tudo o que se refere aos vegetais indígenas e exóticos aclimatados entre nós; mas unicamente fornecer um ponto de partida para trabalhos de maior fôlego, que tenham o poder de significar que os médicos e farmacêuticos brasileiros compreendam que não lhes é lícito conservar-se inativos, concorrendo, assim, para que continuem a ser feitas no estrangeiro a maior parte das investigações sobre a flora brasileira”. (Apud SANTOS, 2005, p.669)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em seus diversos estudos sobre a flora brasileira, Theodor Peckolt fez anotações importantes sobre a geografia dos locais observados, destacando a topografia, a geologia e a hidrografia dos mesmos, relacionando-os com o tipo de vegetal encontrado. Considerou importante o estudo das tradições populares do uso das plantas medicinais para a pesquisa sobre as propriedades terapêuticas, e desta forma Theodor Peckolt pode ser considerado o pai da etnofarmacologia (SANTOS, 2003).Foi considerado o pai da farmacognosia no Brasil, destacando-se neste sentido seu trabalho “Catálogo explicativo da coleção farmacognosia e química orgânica enviado à Exposição de 1866”, de 1866. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nadja Paraense dos Santos destaca o trabalho de Theodor Peckolt como singular, especialmente se comparado ao de outros farmacêuticos no século XIX no Brasil:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Seus estudos foram dirigidos pelos moldes da farmacognosia européia, ainda que com lacunas de informações. Conforme ele próprio nos informa em seu livro ´História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil` (1888-1914), não realizava menos de três análises em cada planta para depois publicar, demonstrando ser minucioso e metódico. Outra característica que pode ser notada no amplo leque de seus trabalhos é o fato de quase nunca se restringir a analisar apenas a parte da planta normalmente usada pelo povo. Outro ponto que podemos destacar no trabalho de Peckolt é que ele dava para quase todas as plantas uma sinonímia botânica e popular abundante. Além disto, sempre que possível, ele incluía, também, a sinonímia indígena dos vegetais analisados. Os princípios intrínsecos da farmacognosia, isto é, sistematizar, agrupar e organizar, foram seguidos por Peckolt.” (SANTOS, 2003, p.41) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 13 de julho de 1902, por toda sua dedicação e trabalho reconhecidos internacionalmente no exercício de sua profissão, Theodor Peckolt recebeu um álbum com 105 fotografias de professores e pesquisadores de várias nacionalidades, na sua maioria alemães, com dedicatórias e assinaturas. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt, então com 89 anos, registrou em cartório, em 28 de outubro de 1911, a venda de sua farmácia para o seu filho, Gustavo Peckolt, igualmente botânico e farmacêutico.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">José Ribeiro Monteiro da Silva, diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, apresentou na sessão ordinária de 23 de setembro de 1912, uma moção em homenagem a Theodor Peckolt, destacando a importância de sua trajetória:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Os seus trabalhos sobre a Flora Brasileira são provas documentais de seu merecimento como botânico e químico, tendo analisado para mais de seis mil plantas medicinais e feculentas. De colaboração com o seu digno e ilustre filho, farmacêutico Gustavo Peckolt, escreveu a História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil, em sete fascículos. (...). O Brasil era sua segunda pátria, a quem ele dedicava o amor mais acendrado. O seu nome era tão venerado na Europa, sobretudo na Alemanha, sua pátria, que muitos admiradores lhe ofereceram um esplêndido álbum, com as estampas de algumas plantas que ele estudou, gravadas, na capa, com fotografias da cidade de seu nascimento, da casa paterna, universidade onde estudou, etc.; com as assinaturas em autógrafo dos homens mais notáveis na química e na botânica, como prêmio de seus trabalhos importantíssimos”. (MOÇÃO, 1912, p.140-141) </span></span> | <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt cursou humanidades no Ginásio da cidade de Friedeberg (então Silésia alemã). Aos 15 anos iniciou o trabalho de prático de farmácia na cidade de Friebel, onde permaneceu até 1841. Exerceu, ainda, este ofício nas cidades de Meseritz (Polônia), e de Waldeck e de Neubrandenburg (Estado de Mecklenburg-Pomerânia Ocidental, Alemanha). Acredita-se que esta mudança de cidades se deveu à carreira militar de seu pai.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt revelou sua poderosa vocação como prático daquelas farmácias. O Governo Alemão nomeou-o, então, farmacêutico militar, na fortaleza de Glogau, na Silésia alemã, mas tal atribuição não o satisfez plenamente, e matriculou-se, então, na Universität Rostock (Estado de Mecklenburg-Pomerânia Ocidental, Alemanha), e na Universität Göttingen (Baixa Saxônia, Alemanha), “onde alcançou notas de aprovação brilhante” (IHERING, [1912]). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Por recomendação do ornitólogo Heinrich Gustav Reichenbach (1823-1889), seu professor, Theodor Peckolt foi contratado pelo diretor do jardim botânico de Hamburgo. Nesta instituição, foi contemporâneo dos botânicos Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e August Wilhelm Eichler (1839-1887), e do botânico e paleontologista alemão Johann Heinrich Robert Goeppert (1800-1884). Contactou importantes expressões da ciência na época, como Daniel Hanbury (1825-1875), químico e farmacêutico da Royal Pharmacetical Society of Great Britain, e o botânico alemão Friedrich Gottlieb Dietrich (1765-1850). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">De acordo com documento particular da Família Peckolt, Karl Friedrich Philipp von Martius e August Wilhelm Eichler, reconhecendo as aptidões de Theodor Peckolt, contrataram-no em 1847 para estudar a flora tropical no Brasil e remeter-lhes o material colecionado preparado em herbarium, dando assim continuidade ao trabalho de von Martius para o preparo de sua “Flora Brasiliensis” (MENDONÇA Apud Santos, 2005). Os botânicos Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e Johann Baptist von Spix (1781-1826), vieram para o Brasil, em 1817, juntamente com a comitiva da arquiduquesa Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo-Lorena (1797-1826), que vinha para casar-se com o futuro imperador D. Pedro I. Estes botânicos tinham como objetivo a pesquisa nas províncias mais importantes do país e a coleta de informações sobre botânica, zoologia e mineralogia para a Academia de Ciências da Baviera (Munique). Em 28 de setembro de 1847 Theodor Peckolt embarcou no navio “Independência”, desembarcando no Rio de Janeiro em novembro daquele ano.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt foi, praticamente, um revisor da maior parte da “Flora Brasiliensis” de von Martius. A troca de correspondência e o envio de materiais era feita por meio da Casa Imperial e do Serviço Consular da Alemanha no Rio de Janeiro (DOCUMENTOS, s.d.). Os pagamentos pelos serviços contratados eram recebidos por Peckolt por meio do Cônsul prussiano, Leo Theremin, no Rio de Janeiro, segundo documentos particulares pertencentes à Família Peckolt.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após um curto período de permanência na cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou na Farmácia de Simão Marcolino Fragoso, localizada na rua do Fogo (atualmente rua dos Andradas, Centro), nº 75, Theodor Peckolt iniciou suas viagens pelas províncias do país:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Em Setembro de 1848 Peckolt começou a exploração do país: viajava montando um cavalo que havia adquirido com as suas primeiras economias, nos Estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas. (....). Havia então bem poucos médicos no interior das províncias e os conhecimentos farmacêuticos do jovem naturalista colocavam-no na posição vantajosa de poder prestar reais serviços aos doentes que o consultavam. Em compensação destes serviços recebia, além dos honorários, interessantes objetos da história natural, valiosas contribuições para a sua coleção botânica. Em começo do ano de 1850, demorou-se Peckolt algum tempo entre os Botocudos Nac-nanouc do Rio Doce, voltando em seguida ao Rio de Janeiro. Os recursos que lhe fornecera a excursão pelo sertão permitiram a Peckolt apresentar-se ao exame farmacêutico no Rio de Janeiro, e em Novembro de 1851 abriu uma farmácia em Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro”. (IHERING, [1912], p.114-115) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em julho de 1851 foi aprovado no exame farmacêutico da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], e em novembro do mesmo ano se estabeleceu na cidade de Cantagalo (província do Rio de Janeiro), cuja região apresentava matas intactas para suas pesquisas, e se localizava próxima às matas do vale do rio Doce, reduzindo assim os custos das expedições. Em Cantagalo comprou uma farmácia, localizada na rua Direita nº 15, e durante dezessete anos, Peckolt viveu entre esta cidade e a de Friburgo, adquirindo profundo conhecimento da flora e fauna locais. Para dar continuidade a seus trabalhos, montou, em sua farmácia, um laboratório próprio para realizar as análises quantitativas de extratos de plantas da flora brasileira, para assim obter informações mais detalhadas sobre as suas composições químicas. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">A região de Cantagalo era, naquela época, bastante importante para os estudos sobre a natureza brasileira, tendo também sido o cenário para as pesquisas do zoologista alemão Karl Hermann Konrad Burmeister (1807-1892) e de Carl Hieronymus Euler (1834-1901), fazendeiro suíço, ornitólogo e autor de “Descrição dos ninhos e ovos das aves do Brasil” (1900). Peckolt permaneceu em Cantagalo até o ano de 1868, e lá estudou plantas de diversas famílias, suas características e condições de reprodução, e recolheu informações sobre nomes triviais, usos e propriedades farmacêuticas das plantas com a população local: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O herbário fornecia-lhe os meios para comparação morfológica das numerosas espécies e no laboratório aprofundava o trabalho, dando informações detalhadas sobre a composição química das plantas medicinais, de seus alcalóides e outras substâncias extrativas. Não conhecemos exemplo de outro naturalista, versado igualmente em estudos botânicos e químicos que tão profundamente tivesse estudado e esclarecido por investigações próprias, o estudo econômico, farmacêutico e químico de qualquer flora tropical.” (IHERING, [1912], p.116)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Durante o período em que viveu na cidade de Cantagalo, Theodor Peckolt fez cerca de quinhentas análises quantitativas de extratos de plantas da flora brasileira, muitas das quais foram publicadas em diversos periódicos, nacionais e estrangeiros, entre os anos de 1850 e 1868 (SANTOS, 2003). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Viajou pela região do Vale do Paraíba e margens dos rios pomba e Canoé, pela província do Espírito Santo, e por grande parte da província de Minas Gerais, chegando à região da cidade de Diamantina. E foi a partir destas excursões, à procura de plantas e espécies, que Theodor Peckolt começou a notabilizar-se (IHERING, [1912]). Grande parte do material coletado era enviado para o [[MUSEU_IMPERIAL_E_NACIONAL|<u>Museu Imperial e Nacional</u>]], no Rio de Janeiro, para museus alemães, e para os de Estocolmo e de Uppsala (Suécia).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Johann Jakob von Tschudi (1818-1889), cientista e diplomata suíço, visitou o Brasil entre 1857 e 1859, e em sua obra “Viagem às provinciais do Rio de Janeiro e São Paulo”, destaca às diversas atividades desenvolvidas por Theodor Peckolt em Cantagalo:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Não quero deixar de me referir aqui, e é com grande satisfação que o faço, ao nome de um homem que goza de grande fama nos meios científicos alemães, o Dr. Theorodo Peckolt, há anos estabelecido em Cantagalo, como farmacêutico, e que se tem ocupado com zelo incansável da botânica e da química orgânica. Dotado de profundos conhecimentos e de uma ímpar capacidade de trabalho, soube colecionar vultuoso material de pesquisas que, na Europa, seria impossível ou muito difícil obter. Os resultados de suas pesquisas científicas são regularmente publicados nas revistas farmacêuticas que se publicam na Alemanha. Seus preparados químicos foram distinguidos com uma medalha na exposição industrial do Rio de Janeiro, e na exposição mundial de Londres, em 1863, com nada menos de três. Ao tempo de minha visita a Cantagalo, o Dr. Peckolt achava-se ocupado com um trabalho químico-analítico (...) relativo às plantas úteis brasileiras. (...) Ao lado de sua alegre residência, o Dr. Peckolt organizou um pequeno jardim botânico, onde se dedica aos estudos do desenvolvimento das plantas, sua nutrição, e aclimatação”. (TSCHUDI, 1980, p.88-89) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Johann Jakob von Tschudi relata sobre as análises do café realizadas por Peckolt:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O Dr. Th. Peckolt, em Cantagalo, informou-me que fez a análise comparativa de três amostras de café, a saber: 1ª de solo calcáreo; 2ª de solo de gneiss; 3ª de solo rico de quartzo. A quantidade de cafeína em 100 gramas de café sujeito a uma secagem a 100ºC, foi a seguinte: 1ª) 0,954gr., 2ª) 0,548gr., 3ª)0,958”. (TSCHUDI, 1980, p.39)<br/> “Os resíduos contêm cafeína em pequena proporção. Segundo as análises do Dr. Peckolt, 100 gramas da pele de pergaminho que cai do fruto que seca dão 0,0024 de grama de cafeína; mas esta mesma casca tratada convenientemente e acumulada, dará cerca de 0,052 de grama de cafeína. 100 gramas da polpa fresca produzem 0,027 de grama de cafeína, 6,784 de açúcar, 1,462 de ácido cafetânico, cítrico, gálico, málico, potássio e cálcio, etc., e 1,717 gramas de cinzas”. (TSCHUDI, 1980, p.61)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">E ainda trata de alguns dos remédios preparados por Peckolt: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O farmacêutico Dr. Th. Peckolt de Cantagalo preparou um remédio a base de sal amoníaco, sob o nome de Polygonaton, tirado de umaplanta, que os indígenas freqüentemente usam contra as mordidas de répteis. Essa tintura é destinada ao uso interno e junto com a mesma fornece-se uma ventosa de borracha vulcanizada que se põe sobre a ferida, na qual se faz uma incisão em forma de cruz, depois de ter estagnado a circulação do sangue”. (TSCHUDI, 1980, p.78)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt, ainda residente em Cantagalo, recebeu muitas honrarias acadêmicas, tendo sido nomeado, em 1852, membro correspondente da Regensburgische Botanische Gesellschaft, e em 1857 da Deutsche Pharmazeutische Gesellschaft, sociedade farmacêutica na Alemanha.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na Exposição Nacional, inaugurada em 2 de dezembro de 1861 e realizada no prédio da então Escola Central (atualmente Instituto de Filosofia e Ciências Sociais/UFRJ), no Largo do São Francisco na cidade do Rio de Janeiro, Theodor Peckolt apresentou sua coleção farmacognosia e química orgânica, com 146 produtos (produtos naturais, produtos químicos, extratos e alcalóides extraídos de vegetais indígenas), pela qual foi premiado com medalha de ouro e condecorado como Oficial da Imperial Ordem da Rosa (SANTOS, 2003).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">No Catálogo referente à coleção enviada para a Exposição Nacional de 1866, Theodor Peckolt descreveu os objetivos e as dificuldades de seu trabalho:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Pela segunda vez ofereço a minha pátria adotiva o resultado dos meus trabalhos científicos, constando de uma coleção de 221 objetos tirados dos inesgotáveis tesouros vegetais do Brasil. O número destas drogas poderia ter sido muito maior se não fossem de um lado as grandes dificuldades com que se tem de lutar no interior do país neste gênero de trabalhos, e de outro lado meu plano constantemente seguido de não apresentar ao público as drogas indígenas sem prévia análise química. (...) as minhas limitadas circunstâncias não me permitem a explorações industriais em grande escala; porém o meu fim não é de procurar privilégios e monopólios, desejo unicamente creditar no exterior as imensas riquezas ainda ignoradas da matéria médica no Brasil, assim como chamar a atenção dos nossos agricultores e industriais sobre uma série de produtos, os quais considerados sem valor até agora poderiam oferecer importantes recursos, se fossem tratados convenientemente, pois que a palavra Indústria não tem outra significação senão converter um objeto sem valor aparente em um produto útil e valoroso à humanidade. Quando digo que uma das nossas plantas pode substituir qualquer planta da Europa, quero dizer que pode-se talvez usar contra as mesmas moléstias e às vezes com mais vantagem: pois perfeita homogeneidade de propriedades é coisa que não existe nas plantas, preponderando cada uma por seu modo singular.”(PECKOLT, 1866, p. 1-2) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nestes dois eventos, Theodor Peckolt destacou a necessidade de criar-se uma farmacopéia brasileira, com o objetivo de propagar a utilização de vegetais nacionais nos tratamentos terapêuticos, a inexistência de um ensino de química mais voltado para aplicações industriais, e a importância de incentivar-se a implementação de indústrias no país. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">As coleções de Theodor Peckolt integraram também o pavilhão brasileiro na Exposição Universal, em Londres em 1862, e na Exposição Universal, realizada em Paris (1867), nas quais lhe foram concedidas medalhas, de ouro e de bronze, em reconhecimento a seus trabalhos (SANTOS, 2003). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Para a Exposição Universal, realizada em Londres em 1862, Theodor Peckolt remeteu uma coleção de 225 produtos químicos e farmacêuticos, distribuída em sete séries:<br/> - 1ª Série - as drogas simples vegetais, raízes e sementes. <br/> a) Sapucainha (Carpotroche brasiliensis) — óleo usado como inseticida, parasiticida e principalmente utilizado no combate à Lepra; <br/> b) Urucum (Bixa orellana) — urucuína, provavelmente a bixina; <br/> c) Agoniada (Plumeria lancifolia) — agoniadina, glicosídeo extraído da casca — antiasmático e purgativo; <br/> d) Sangue de drago (Croton lechieri) — eritraemita, ácido eritraêmico, extraído da casca — usado para infecções bacterianas.<br/> - 2ª Série - as painas: apresenta a descrição botânica de 14 espécies. <br/> - 3ª Série - os amidos (amiláceas): 23 espécies. <br/> - 4ª Série - as resinas, gomas e tintas: 42 substâncias divididas em:<br/> a) adstringentes (sucos condensados);<br/> b) gomatas (propriedade principalmente arabina);<br/> c) gomas cassorinas;<br/> d) gomas resinas;<br/> e) resinas naturais;<br/> f) leite;<br/> g) substâncias tintas;<br/> h) resinas, produtos das análises;<br/> Desta 4ª série, pode-se destacar:<br/> a) Sangue de Becuiba (Myristica bicuhyba) — ácido becuíbico, extraído do óleo, usado nas ulcerações <br/> de pele, feridas e reumatismo; <br/> b) Angelim Amargosa (Tabebuia serratifolia) — andirina, princípio extraído da casca — usada para tratar ulcerações de pele;<br/> c) Gameleira Branca (Ficus doliaria) — doliarina, princípio sui generis — vermífugo, purgativo, depurativo do sangue e anti-sifilítico. Peckolt apresenta também a análise da seiva vegetal por ele denominada "leite vegetal": teores de açúcar, resina, cera etc.;<br/> d) Cravo do Mata (Tagetes sp.) — tagetina, cetona extraída do óleo usado como anti-helmíntico.<br/> - 5ª Série - óleos expressos com peso específico (14 produtos).<br/> - 6ª Série - preparações obtidas pela análise de substâncias químicas e farmacêuticas (num total de oito).<br/> - 7ª Série - alguns óleos e éteres, total de 28, destacamos:<br/> a) Cipó-suma (Anchietea salutaris) — anchietina, alcalóide. Desta planta ele apresenta também a análise da raiz. O cipó-suma era usado como purgativo e indicado para lesões sifilíticas;<br/> b) Jaborandi (Pilocarpus jaborandi) — jaborandina, extraída da raiz, usada como diurético e mastigada contra dores de dentes;<br/> c) Bucha paulista (Luffa operculata) — saponina, mistura de glicosídeos, usada como purgativo.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Recebeu, em 1864, o título de Doutor Honoris Causa da Kaiserlich Leopoldinisch-Carolinische Deutsche Akademie der Naturwissenschaftler, por seus trabalhos químicos e botânicos sobre a flora brasileira. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na segunda Exposição Nacional, inaugurada em 19 de outubro de 1866 e realizada no prédio que estava sendo erguido para nova seda da Casa da Moeda, no Campo da Aclamação (atual Campo de Santana), na cidade do Rio de Janeiro, Theodor Peckolt apresentou uma nova coleção, que foi igualmente premiada com medalha de ouro e enviada para integrar a Exposição Universal em Paris (1867). Sua coleção era constituída de 221 produtos químicos e farmacêuticos, e apresentava uma análise descritiva completa de diferentes vegetais, todos previamente analisados e com o preço provável de sua comercialização, numa tentativa de alertar os agricultores e industriais nacionais para a qualidade dos produtos químicos fabricados no país, por considerar importante a sistematização e o estudo das tradições populares do uso das plantas medicinais como estratégia para a investigação e comprovação de suas propriedades terapêuticas. Nessa coleção, Peckolt privilegiou não só os óleos essenciais como também suas pesquisas sobre os teores de cafeína em diversos vegetais. Além disso, listou os processos empregados e as análises químicas feitas, apresentou os atributos e virtudes de cada uma das substâncias exibidas, e os nomes trivial e científico do vegetal que as forneceu, incluindo, sempre que possível, a sua sinonímia indígena. Dividiu a coleção em três séries: 1ª série: drogas indígenas (45); 2ª série: extratos, resinas e gomatas (15), e 3ª série: óleos fixos e essenciais, e suas preparações químicas (161). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Na Exposição Universal, realizada em Paris em 1867, Theodor Peckolt e João Domingues Vieira, que posteriormente foi um dos vice-presidentes do [[INSTITUTO_FARMACÊUTICO_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro</u>]], foram expositores na área de química e farmácia e foram agraciados com medalhas de bronze. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt também realizou estudos na área da zoologia, como os referentes às ''Trigonini'', uma das espécies de abelhas sem ferrão, chamadas abelhas indígenas, existentes no Brasil. Suas observações foram subsídios para o estudo de Frederic Smith, do Bristish Museum, intitulado “Observations on the economy of Brazilian insects, chiefly Hymenoptera, from the notes of Mr. Peckolt”, publicado no ''Transations of the Royal Entomological Society of London ''(n.16, p.133-136, 1868). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em abril de 1868, Theodor Peckolt mudou-se definitivamente para a cidade do Rio de Janeiro, onde se associou ao farmacêutico Frederico Augusto Duval, que tinha um laboratório químico e farmacêutico pelo sistema alemão, na rua do Rosário nº 69, naquela cidade. Desta associação surgiu, em 1869, a farmácia “Peckolt & Duval – Pharmaceuticos da Casa Imperial”, instalada na rua Direita nº 59 (posteriormente denominada rua Primeiro de Março). Esta sociedade deve ter sido desfeita em 1872, pois de acordo com o ''Almanak Laemmert'', Theodor Peckolt aparece como gerente da "Pharmacia Imperial T. Peckolt &”, na rua da Quitanda nº 193, e também relacionado à ”Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C.”, no mesmo endereço (ALMANAK, 1872). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O anúncio da Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C., apresentado no ''Almanak Laemmert'', apresenta os produtos à venda naquele estabelecimento: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Tem sempre um completo sortimento de drogas, produtos químicos e farmacêuticos que vendemos a preços razoáveis tanto por atacado como a varejo, tudo importado diretamente da Europa e dos Estados Unidos, para o que tem correspondência direta com as principais casas de Londres, Berlim, Hamburgo, Viena, Paris, Lisboa, Gênova e Nova York, encarregam-se de fornecer as pessoas que quiserem honrá-los com as usas encomendas pelos preços mais moderados possíveis. Tudo o que sair de sua casa é garantido de boa qualidade e só nesta casa o único depósito das preparações do Dr. Peckolt, que são conhecidas por Vermífugo brasileiro, sem tomarem Óleo de Rícino. Pós de Deliarina, preparação de leite da Gameleira e verdadeiro específico contra a opilação. Rob vegetal brasileiro, um dos melhores depurativos, preparado com as novas plantas. Xarope anti-reumático e anti-antrítico curando prontamente as afecções reumáticas. Kamalina, específico contra a solitária. Peitoral de cuscuta contra todas as afecções catarrais. Olfatório anit-catarral dando imediatamente alívio no defluxo, coqueluche e asma. Painkiller brasileiro, menos milagroso do que o Painkiller americano, mas mais excelente contra as dores reumáticas. Purgante anti-hemorroidal, que é preferível à limonada de citrato de magnésia e ainda melhor para tomar; e outras especialidades como: Pílulas brasileiras contra as impigens, Pílulas anti-morféticas, Ungüento anti-herpético, sabão anti-morfético, sabão cosmético, Ungüento anti-vulnerário contra as feridas as mais rebeldes, Hidrocotile fluida, Ageniadina fluida, Extracto fluido de caroba, idem de salsaparrilha, idem de japecanga, etc..” (DROGARIA, 1872, p.21) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Neste mesmo ''Almanak'', de 1872, foi divulgado também o anúncio da Pharmacia Imperial T. Peckolt &, no qual são distinguidas as funções dos estabelecimentos sob a administração de Theodor Peckolt:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O Farmacêutico e químico Dr. Theodoro Peckolt é o gerente deste estabelecimento e está sempre à testa dos trabalhos para merecer a confiança do público e da classe médica, para o que não se poupa a fadigas, esforços e zelo. Encontra-se nesta farmácia, fora das especialidades de Theodoro Peckolt, que são mencionadas na Drogaria, todas as preparações dos nossos vegetais que existem no Império. Encarrega-se também de qualquer análise química por preço cômodo”. </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre 1873 e 1874 as referências indicam o funcionamento somente da “Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C.”, e no ano de 1875 apenas da “Pharmacia Imperial”, então localizada na rua da Quitanda nº 157. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt em 21 de março de 1864 candidatou-se a membro correspondente da <u>[[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|Academia Imperial de Medicina]]</u>, apresentando na ocasião a memória intitulada “Do Prunus Brazilliensis”. Naquele mesmo ano, esta sua memória foi comentada por [[HOMEM,_JOÃO_VICENTE_TORRES|<u>João Vicente Torres Homem</u>]], opositor de ciências médica da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], na ''Gazeta Médica do Rio de Janeiro''. João Vicente Torres Homem apresentou a seguinte conclusão:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Concluo do que fica dito: 1º Que a memória do Sr. Peckolt oferece grande importância para a ciência, para a arte farmacêutica e para a agricultura. 2º Que a exceção de alguns vícios de linguagem, desculpáveis em um estrangeiro, o trabalho é bem elaborado. 3º Que, pondo de parte a lacuna bastante sensível relativamente aos caracteres botânicos da planta, o estudo a que procedeu o Sr. Peckolt foi tão completo quanto era possível. 4º Que os resultados obtidos pela análise química e pelos processos farmacológicos denotam muitos conhecimentos de química orgânica e de farmácia, grande dedicação e um espírito observador muito cultivado da parte do candidato ao lugar de membro correspondente desta Academia. 5º Que se forem tomados os conselhos exarados no último capítulo da memória, a matéria médica brasileira e a prática da medicina lucrarão grandes vantagens. 6º Que os produtos enviados à Academia como amostras, reúnem todas as condições desejáveis de atividade e perfeição. 7º Que o Sr. Theodoro Peckolt, farmacêutico estabelecido em Cantagalo, premiado com uma medalha de ouro na Exposição de Londres, em virtude de seus trabalhos de química orgânica, está perfeitamente no caso de merecer a honra que solicita de membro correspondente da Academia Imperial de Medicina.” (HOMEM, 1864, p. 89) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em sessão de 11 de abril de 1864, da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]], sua memória foi aprovada, e foi então nomeado membro correspondente. Ainda nesta Academia foi nomeado membro adjunto da seção médica em 1872, membro titular da seção farmacêutica em 1884, membro titular da seção de farmacologia em 1896, e membro honorário da referida academia no ano de 1900. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi convidado, em 1874, pelo botânico Ladislau de Souza Mello Netto, então diretor do Museu Imperial e Nacional, para chefiar o [[LABORATÓRIO_QUÍMICO_DO_MUSEU_IMPERIAL_E_NACIONAL|<u>Laboratório Químico do Museu Imperial e Nacional</u>]]. De acordo com o ofício nº 3, do Ministério dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, de 17 abril de 1874, foram autorizadas as despesas referentes à reorganização do Laboratório, incluindo os honorários de Theodor Peckolt (SANTOS, 2003). Durante seu período à frente deste Laboratório foi responsável pela re-organização e especialmente pela forma de análise e reclassificação dos minerais de classificação duvidosa, e também de qualquer substância desconhecida das outras seções do estabelecimento. Acredita-se que permaneceu neste cargo até janeiro de 1876, data de se ofício com pedido de desligamento da instituição. A partir destes trabalhos, Theodor Peckolt realizou diversas pesquisas fito-químicas a respeito de nossa flora e publicou o primeiro volume de duas de suas obras: "História das plantas alimentares e de gozo no Brasil" (1871) e "História das plantas medicinais e úteis do Brasil" (1888), pelas quais recebeu do imperador D. Pedro II o oficialato da Ordem da Rosa. Na primeira discorreu sobre os aspectos gerais da agricultura brasileira, o uso e composição química das diversas culturas, e na "História das plantas medicinais e úteis do Brasil" apresentou a descrição botânica, a cultura, a composição química, os usos industriais e o emprego de diversas plantas no tratamento de moléstias.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">De 1873 a 1884 foi secretário e membro da seção de botânica da Associação Brasileira de Aclimação, que havia sido fundada em 7 de maio de 1872, na cidade do Rio de Janeiro, tendo como objetivos a introdução, aclimação, domesticação e propagação de espécies animais e vegetais e seu emprego agrícola, industrial, medicinal e outros. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi presidente do Club Schubert, uma sociedade musical alemã que havia sido criada em 20 de novembro de 1882 e funcionava na Rua do Passeio, nº 11, na cidade do Rio de Janeiro. Na Sociedade Nacional de Agricultura, criada em 16 de janeiro de 1897, Theodor Peckolt foi patrono da cadeira nº 31. Foi membro correspondente de sociedades farmacêuticas da Áustria e da Rússia, e membro honorário da Sociedad de Geología de Buenos Aires.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt trabalhou no Serviço de moléstias de garganta, nariz e ouvido da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, entre os anos de 1882 e 1894.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre 1885 e 1889 foi professor de química orgânica, biologia e toxicologia da [[ESCOLA_SUPERIOR_DE_FARMÁCIA|<u>Escola Superior de Farmácia</u>]], fundada pelo [[INSTITUTO_FARMACÊUTICO_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro</u>]], em 1884.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">O botânico Eugène Pierre Nicolas Fournier (1834-1884) denominou Peckoltia a um novo gênero da família das Asclepiadáceas.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt destacou, em 1888, a importância de trabalhos de pesquisa associados à farmacologia: </span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Ao publicarmos o resultado dos nossos estudos, não é nosso intuito apresentar a última palavra sobre tudo o que se refere aos vegetais indígenas e exóticos aclimatados entre nós; mas unicamente fornecer um ponto de partida para trabalhos de maior fôlego, que tenham o poder de significar que os médicos e farmacêuticos brasileiros compreendam que não lhes é lícito conservar-se inativos, concorrendo, assim, para que continuem a ser feitas no estrangeiro a maior parte das investigações sobre a flora brasileira”. (Apud SANTOS, 2005, p.669)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em seus diversos estudos sobre a flora brasileira, Theodor Peckolt fez anotações importantes sobre a geografia dos locais observados, destacando a topografia, a geologia e a hidrografia dos mesmos, relacionando-os com o tipo de vegetal encontrado. Considerou importante o estudo das tradições populares do uso das plantas medicinais para a pesquisa sobre as propriedades terapêuticas, e desta forma Theodor Peckolt pode ser considerado o pai da etnofarmacologia (SANTOS, 2003).Foi considerado o pai da farmacognosia no Brasil, destacando-se neste sentido seu trabalho “Catálogo explicativo da coleção farmacognosia e química orgânica enviado à Exposição de 1866”, de 1866. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nadja Paraense dos Santos destaca o trabalho de Theodor Peckolt como singular, especialmente se comparado ao de outros farmacêuticos no século XIX no Brasil:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Seus estudos foram dirigidos pelos moldes da farmacognosia européia, ainda que com lacunas de informações. Conforme ele próprio nos informa em seu livro ´História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil` (1888-1914), não realizava menos de três análises em cada planta para depois publicar, demonstrando ser minucioso e metódico. Outra característica que pode ser notada no amplo leque de seus trabalhos é o fato de quase nunca se restringir a analisar apenas a parte da planta normalmente usada pelo povo. Outro ponto que podemos destacar no trabalho de Peckolt é que ele dava para quase todas as plantas uma sinonímia botânica e popular abundante. Além disto, sempre que possível, ele incluía, também, a sinonímia indígena dos vegetais analisados. Os princípios intrínsecos da farmacognosia, isto é, sistematizar, agrupar e organizar, foram seguidos por Peckolt.” (SANTOS, 2003, p.41) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Em 13 de julho de 1902, por toda sua dedicação e trabalho reconhecidos internacionalmente no exercício de sua profissão, Theodor Peckolt recebeu um álbum com 105 fotografias de professores e pesquisadores de várias nacionalidades, na sua maioria alemães, com dedicatórias e assinaturas. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Theodor Peckolt, então com 89 anos, registrou em cartório, em 28 de outubro de 1911, a venda de sua farmácia para o seu filho, Gustavo Peckolt, igualmente botânico e farmacêutico.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">José Ribeiro Monteiro da Silva, diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, apresentou na sessão ordinária de 23 de setembro de 1912, uma moção em homenagem a Theodor Peckolt, destacando a importância de sua trajetória:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Os seus trabalhos sobre a Flora Brasileira são provas documentais de seu merecimento como botânico e químico, tendo analisado para mais de seis mil plantas medicinais e feculentas. De colaboração com o seu digno e ilustre filho, farmacêutico Gustavo Peckolt, escreveu a História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil, em sete fascículos. (...). O Brasil era sua segunda pátria, a quem ele dedicava o amor mais acendrado. O seu nome era tão venerado na Europa, sobretudo na Alemanha, sua pátria, que muitos admiradores lhe ofereceram um esplêndido álbum, com as estampas de algumas plantas que ele estudou, gravadas, na capa, com fotografias da cidade de seu nascimento, da casa paterna, universidade onde estudou, etc.; com as assinaturas em autógrafo dos homens mais notáveis na química e na botânica, como prêmio de seus trabalhos importantíssimos”. (MOÇÃO, 1912, p.140-141) </span></span> </p> </blockquote> | ||
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção intelectual</span> = | = <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção intelectual</span> = | ||
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Deixou uma vasta literatura médica, com cerca de 170 publicações, entre artigos em periódicos e livros, sendo 32 em português, 03 em inglês e 135 em alemão. Participou de diversos congressos nacionais e estrangeiros, em que vários de seus trabalhos foram considerados de grande relevo. Theodor Peckolt teve muitas de suas pesquisas publicadas nas principais revistas médicas alemãs: ''Archiv der Pharmacie Zeitschrift des Allgemeinen Deutschen Apotheker-Vereins'', na qual publicou entre 1859 e 1865; ''Zeitschrift des Allgemeinen Oesterreichischen Apotheke''r, entre 1865 e 1896, e ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft'', entre 1896 e 1911. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção:<br/> - “Notizen aus Brasilien, bis 1860”. Pharmacie in Brasilien 1851. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''. <br/> - “Brasilianische Zollverhaeltnisse der Droguen. Brasilianische Nutzhoelzer”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''., p.157-179, 1859.<br/> - “Untersuchung der Wurzelrinde von Anchieta salutaris und Anchietin”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.271-274, 1859.<br/> - “Ponceta end der en farbstoff”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.291-304, 1859.<br/> - “Pflanzung, Kultur, Ernte und Bereitung des Orleans in Pará urucu von Bixa Orellana”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p. 291-296, 1859.<br/> - “Brasilianische Nutz-und Heilpflanzen 1851 bis 1860. Carnaubapalme”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Falva constructor Daudin - Vaginulus reclusus. Parycory. Orlean-bereitung und Kultur in Pará. Soaresia nitida Fr. All. Silvia navilium Fr.Urucurana”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Untersuchung des Holzes, der Rinde und des Harzes von Myrocarpus fastigiatus Fr. All.”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Undersuchung der Knolle und des Harzes von Ipomoea operculata”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Undersuchung des Gummi Sicopira. Bowdichia maior Mart.”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Coleção de Pharmacognosia e chimica orgânica enviada a Exposição Nacional de 1861”. Manuscrito. <br/> - “Explicação sobre a coleção farmacognóstica e química da Exposição 1861 no Brasil e Inglaterra”. ''nach London laiteinisch''.<br/> - “O leite da Gamelleira – Leites vegetais em geral”. ''Gazeta Médica do Rio de Janeiro'', p.20, 240- 243, 1863.<br/> - “Vanilla. Die brasilianische Droguen-Ausstellung”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “Undersuchung des Holzes von Andira anthelmintica”.''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “Undersuchung von Euphorbia pulcherrima”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Croton erytraema Mart., Páo de Sangue, auch Sangue de Drago”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.291-304, 1861.<br/> - “Untersuchung der Nuesse, Macis und Rinde von Myristica Becuhyba, Schott. 1861”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “Untersuchung des Saftes (becuibablut) und Fettes ditto”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “ Untersuchung der Rinde und des Saftes (Sanguis draconis bras.) von Croton erythraema Mart.”.''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p. 143-154, 1861.<br/> - “Explicação sobre a coleção farmacognóstica e química da Exposição 1861 no Brasil e Inglaterra, ''nach London lateinisch''.<br/> - “Undersuchung des Milchsaftes von Urostigma doliaria und Doliarin”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1862.<br/> - “Untersuchung des Cajugummi’s Bras. Traganth. Spondias venulosa”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p. 44-52, 1862.<br/> - “Untersuchung des holzes von Feuilia cordifolia, Feullin”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.219-226, 1862.<br/> -“Untersuchung der Wurzel von Trianosperma ficifolia M. und Trianospermin”.''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.104-115, 1863.<br/> - “O leite da Gamelleria – Leite vegetaes em geral”. ''Gazeta Medica do Rio de Janeiro'', Rio de Janeiro, n.20, p.240-243, 15 de outubro, 1863.<br/> - “Untersuchung der Fruchthuelle und Sameu von Lecythis urnigera M. und Acidum lecythis-tanicum”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.83-93, 1864.<br/> - “Do Prunus Brasiliensis, Cham.. Memória apresentada à Academia Imperial de Medicina, afim de obter o lugar de seu membro correspondente, 21 de março de 1864”. ''Gazeta Médica do Rio de Janeiro'', 8, p.85-87, 1864. <br/> - “Untersuchung ueber die brasilianische Vanille”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Die Mineralquellen Brasiliens”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1865, 7, p.153-159, 1865. “Chemische Untersuchung von Prunus Brasiliensis”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 7, p.393-397, 1865. <br/> - “Studien ueber die Seidenkapsein der Schmetterlinge Brasilensis”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung der Fruechte und des Harzes von Araucaria brasiliana Richt”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung der Blaetter von Palicuria Margraffii und Palicurin etc". ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung der Knolle und Samen von Pachyrrhizus angulatus”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung des Massarandubabaumes. Lucuma procera M. und Massarandubin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> -“Chemische Untersuchungen der Fruchthuelle und des Haeutchen der Caffebohne”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins,'' 1866.<br/> - “Studien ueber das Lophophytum mirabile”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> - “Untersuchung der Fruechte von Carpotroche brasiliensis Mart. et Znce, und Carpotochin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> - “Untersuchung der fruechte und der Samen von Persea gratisima”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> - “Untersuchung der Angoniadarinde. Plumeria lancifolia Muell. Arg. Und Agoniadin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', [192], p. 34:40, 1866. <br/> - “Catálogo explicativo da coleção farmacognosia e química orgânica enviado à Exposição de 1866”. Manuscrito. Rio de Janeiro, 1º de outubro de 1866.<br/> - “Mitteilungen ueber Brasilien. – Geheimmittel Brasiliens. – Mein Garten. – Bras. Fachnachrichten. – Mineralquellen Brasiliens”.<br/> - “Untersuchung der brasilianischen Suessholzwurzel. Periandra dulcis M.”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 3, p.49-53, 1867.<br/> - “Untersuchung von Ferrerra spectabilis Fr. Allem. und Angelium”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1868.<br/> -“Untersuchung der Ravenala madagascariensis”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''.<br/> - “Carpotroche Brasiliensis von Dr. Theodor Peckolt”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1868.<br/> - “Análises de matéria médica brasileira”. pp 108. Rio de Janeiro: Laemmert & Cia., 1868.<br/> - “Untersuchung der Agoniadarinde. Plumeria lancifolia Mül. Arg. Und Agoniadin".''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', [2], p.142:40, 1870. <br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v. 1. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1871.<br/> - “Untersuchung des Holzes von Tecoma Ipé M. und Chrysophan-saeure”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1873.<br/> - “Untersuchung des aetherischen Oeles von Zanthoxylon Peckoltianum”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1873.<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.2. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1874. <br/> - “Holzraute: Arruda do mato”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1875.<br/> - “Studien ueber das brasilianische Medizinalwesen”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1876.<br/> - “Untersuchung der Rinde von Cassia bijuga Vog. und Chrysophansaeure”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1876.<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.3. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique, 1877.<br/> - “Monographia do milho e da mandioca, sua história, variedaddes, cultura, uso, composição chimica, etc., principalmente em relação às variedades cultivadas no Brazil”. Rio de Janeiro: Typ. Universal de E. S. H. Laemmert, 1878.<br/> - “Untersuchung der Caroba (Sparattosperma, Cinco folhas) und seines wiksamen Elementes”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1878.<br/> - “Untersuchungen der Fruechte, Rinde u. Blaetter von Prunus spaerocarpa und Blausaeure”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1878.<br/> - “Untersuchung der Wurzelrinde von Bowdichia maior Mart. Und Siroporin”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1878.<br/> - “Untersuchung der Rinde und des Holzes von Myroxylum peruferum Linn. fil. Aeth. oel. Bals. peruv. bras. und Myroxylin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1879.<br/> - “Untersuchung des Milchsaftes der Fruechte, Blaetter etc. von Carica papaya L. und Papayotin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1879.<br/> - “Untersuchung von Scybalium fungiforme Sch et Eichl”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1880.<br/> - “Untersuchung von Helosis guyananensis Sch.”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1880.<br/> - “Untersuchung von Lophophytum mirable Sch.”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1880.<br/> - “Jacutupé”. ''Zeitschrift des allg. Oesterr. Apotheker Vereins'', 13, p.139-197; 14, p. 209-213,1880.<br/> - “Untersuchung der Wurzelrinde von Timbó. Lonchocarpus Peckolti Wawra u. Timboin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1881.<br/> - “Untersuchung der Blaetter von Caroba. Jacarandá procera u. Carobin, acidum carobicum”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1881.<br/> - “Nahrungs und Genussmittel Brasiliens (Einleitung)”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''.[s.d.].<br/> - “Schlangenantidot”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1881.<br/> - “Volksnamen der brasilianischen Pflazen”. s/d.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''. [s.d.].<br/> - “Stickstofftabelle der brasilianischen Nahrhrungspflanzen”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''. [s.d.].<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.4. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1882.<br/> - “Estudos sobre a Arruda do Mato”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n.1, p.6-8, março, 1882.<br/> - “Estudos sobre o Jacatupé”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n. 3, 87-89, abril, 1882.<br/> - “Estudos sobre o Jacatupé”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n. 4, 152-154, abril, 1882.<br/> - “Estudos sobre o Jacatupé”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n. 6, p. 236-239,maio, 1882. <br/> - “Die Jaborandi-Arten brasiliens”. ''Pharm. Centralhalle von Dr. Hager'', 1882.<br/> - “Caroba”. ''Pharm. Centralhalle von Dr. Hager'', 1882.<br/> - “Die Droguensammlung der brasilianischen Austellung von Gustav Peckolt”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1882.<br/> - “Monographie des Cafés”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1883.<br/> - “Die Namen der brasilianischen Nahrungsmittel”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1883.<br/> - "Jacutupe”. ''Bot. Jahresber'', 8(1), p. 451-452, 1883.<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.5. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1884.<br/> - “Die Namen der brasilianischen Thee’s”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1884.<br/> - “Die Namen des Matés”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1884.<br/> - “Die Namen des Café”. 178 Seiten. Rio de Janeiro: Laemmert & Cia., 1884.<br/> - “Die Namen der Cara-Arten. Dioscorreen”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1885.<br/> - “Untersuchung der Fruechte u. Samen v. Eriobatrya Japonica Lindl u. Blausaeure”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1885.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro,'' 6, p.92-94, 1887.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 7, p.107-108, 1887.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 8, p.121-122, 1887.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 9, p.138-140, 1887.<br/> - “Cinco Folhas”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 11, 1887. <br/> - “Parreira Brava”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 12, 1887. <br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. Por Theodoro e Gustavo Peckolt. v. 1. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1888.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 2. Rio de Janeiro: Typ.Laemmert, 1889.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 3. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1890.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. Por Theodoro e Gustavo Peckolt. v. 4. Rio de Janeiro: Companhia Typ. do Brazil, 1891.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 5. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1893.<br/> - "Ueber brasilianische Bienen”. Die Natur, V. K. Mueller, Halle a. S. 42 Jhrg. 93, 579, 81.<br/> - “Ueber brasilianische Bienen”. Die Natur, V. K. Mueller, Halle a. S. 43 Jhrg. 94, p. 87-91; p. 223-225; p. 233-234.<br/> - “Anacardium occidentale Linné", ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 19, 20, 21, 22, 1893.<br/> - “Ueber Vitis sessilifolia Baker". ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1893.<br/> - “Ueber brasilianische Wespen”. Die Kultur. Jahrg. p. 268-71;318-9, 1894.<br/> - “Geissospermum Vellosii Fr. All”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 34, 35, 1896.<br/> - “História das plantas medicinais e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 6. Rio de Janeiro: Typ.Laemmert, 1896.<br/> - “Eriobotrya japonica Lindl. Japanische Mispel”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1, 1896. <br/> - “Nutz u. Heilpflanzen Brasiliens Monimiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 4 u. 6, p.93-97, 1896.<br/> - "Nutz u. Heilpflanzen Brasiliens Magnoliaceae, Winteraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 4 u. 6, p.157-164, 1896.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”.Reprint from ''Phram. Rev.'', 14, n.4, abril, 1896.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. ''Lauraceae.Pharm. Archives. ''v.I, n.4. [s.d.].<br/> - "Heil u Nutzpflanzen Brasiliens aus der Familie der Nymphaeaceae, Cruciferae, Sauvagesiaceae und Droseraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3,6,7,9, 283-289, 1897.<br/> - “Heilpflanzen Brasiliens aus der Familie der Violaceae". ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 6, 7, 9 , p.97-105, 1897.<br/> - “Heilpflanzen Brasiliens aus der Familie der Gutiferae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 3, 6, 7, 9, p.228-245, 1897.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliens aus der Familie der Anonaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 3, 6, 7, 9, p.450-470, 1897.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. ''Nictaginaceae Pharmaceutical Review Publisching Co. Milwaukee, Pharmaceutical science series. Monographs'', v.15, n. 4, 1897.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. (Oreodaphne und Nectandra-Arten) ''Pharmaceutical Review Publisching Co. Milwaukee, Pharmaceutical science series. Monographs'', v.15, ns.7 e 8, 1897.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. ''Pharmaceutical Review Publisching Co. Milwaukee, Pharmaceutical science series. Monographs'', v.15, n.12, 1897.<br/> - “Volksbenennungen der brasilianischen pflazen und produkte der selbenin brasilianischen (portugiesischer) und der von Tupisprache adorptiten namen”. ''Pharm. Archiv,'' I, p. 237-248, 1898.<br/> - “Heil-und. Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Capparidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 2,5,7,10, p.41-46, 1898.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Anacardiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 2, 5, 7, 10, p.152-171, 1898.<br/> - “ Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Tiliaceae und Papaveraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 2, 5, 7, 10, p.281-289, 1898.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Simaruibaceae und Burseraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 2, 5, 7, 10, p.427-444, 1898.<br/> - “Volksbenennungen der brasilianischen pflazen und produkte der selbenin brasilianischen (portugiesischer) und der von Tupisprache adorptiten namen”. ''Pharm. Archiv,'' II, p. 50-60, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Flacourtiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 7, 9, p.162-174, 1899.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 7. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis Humiriaceae, Linaceae, Oxidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.''Heft 6, 7, 9, p.43-49, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Bixaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 7, 9, p.73-84, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Gentinaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, 9, p.222-232, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Rutaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, 9, p.326-362, 1899.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Sterculiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.52-61, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Sterculiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.115-123, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Bombaceae”.''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.154-171, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Malvaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.265-271, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Malvaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.417-423, 1900.<br/> - “Estudo botanico, pharmacológico e therapeutico sobre a Muyrapuama. (''Ptychopetalum olcoides Benth'')”. 4º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia. 1900. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1901.<br/> - “Estudo botanico, pharmacologico e terapeutico sobre a sicopira vermelha (''Bowdichia virguloides, H.B.K''.)”. 4º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia. 1900. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Olelacaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 1, 2, 4, p.40-47, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Marograviaceae, Pontederiaceae, Caprifoliaceae, Calyceraceae, Zygophillaceae, Pittosporaceae, Halorhagidaceae, Hydrophyllaceae, Cunoniaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 1, 2, 4, p.94-100, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Crassulaceae, Saxifragaceae, Loasaceae, Dichapetalaceae, Plumbaginaceae, Plantaginaceae, Aizoaceae, Trigoniaceae, Caryphillaceae, Euriocaulaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 1, 2, 4, p.203-212, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Meliaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 1, 2, 4, p.317-324, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Sapindaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 2, 4, p.350-369, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Pullinea (Guaraná)”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 2, 4, p.441-452, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Lecythidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 9, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Lecythidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 9, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Allophilus”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 9, p.103-112, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Boraginaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 6, 9, p.130-140, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Hippocrataceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 9, p.194-200, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 9, p.231-248, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Connaraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 6, 9, p.443-452, 1902.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Myrtaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 1, 4, 7, p.21-38, 1903.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Myrtaceen”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 4, 7, p.128-138, 1903.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Myrtaceae, Caricaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 4, 7, p.339-374, 1903.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, p.183-202, 1905.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, p.225-244, 1905.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae (Mandioca)”.''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 5, 6, p.22-36, 1906.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 1, 5, 6, p.176-192, 1906.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 1, 5, 6, p.231-248, 1906.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Connaraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 5, 6, p.443-452, 1906.<br/> - “Volksbenennungen der brasilianischen pflazen und produkte der selbenin brasilianischen (portugiesischer) und der von Tupisprache adorptiten namen”. Milwaukee: ''Pharmaceutical Review Publisching Co.'', 252 págs., 1907.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Solanaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'', p.31-45, 1909.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Solinaceae (2)”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''., p. 180-201, 1909.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Fumo”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft'', p.292-314, 1909.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Passiflloraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft'', p.343-361, 1909.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Apocynaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''., p.529-556, 1909.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Combutaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''., p.273-279, 1911.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Bigononiaceae”. B''erichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'', p. 346-363, 1911.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Caryocaraceae (Pequi)”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'', p.363-367, 1911.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Myrtaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'', 1, 4, 7, 1913.<br/> - “História das plantas medicinaes e úteis do Brazil: contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.” v. 8. Rio de Janeiro: Papelaria Modelo, 1914 (póstuma).</span></span> | <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Deixou uma vasta literatura médica, com cerca de 170 publicações, entre artigos em periódicos e livros, sendo 32 em português, 03 em inglês e 135 em alemão. Participou de diversos congressos nacionais e estrangeiros, em que vários de seus trabalhos foram considerados de grande relevo. Theodor Peckolt teve muitas de suas pesquisas publicadas nas principais revistas médicas alemãs: ''Archiv der Pharmacie Zeitschrift des Allgemeinen Deutschen Apotheker-Vereins'', na qual publicou entre 1859 e 1865; ''Zeitschrift des Allgemeinen Oesterreichischen Apotheke''r, entre 1865 e 1896, e ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft'', entre 1896 e 1911. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Produção:<br/> - “Notizen aus Brasilien, bis 1860”. Pharmacie in Brasilien 1851. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''. <br/> - “Brasilianische Zollverhaeltnisse der Droguen. Brasilianische Nutzhoelzer”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''., p.157-179, 1859.<br/> - “Untersuchung der Wurzelrinde von Anchieta salutaris und Anchietin”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.271-274, 1859.<br/> - “Ponceta end der en farbstoff”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.291-304, 1859.<br/> - “Pflanzung, Kultur, Ernte und Bereitung des Orleans in Pará urucu von Bixa Orellana”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p. 291-296, 1859.<br/> - “Brasilianische Nutz-und Heilpflanzen 1851 bis 1860. Carnaubapalme”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Falva constructor Daudin - Vaginulus reclusus. Parycory. Orlean-bereitung und Kultur in Pará. Soaresia nitida Fr. All. Silvia navilium Fr.Urucurana”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Untersuchung des Holzes, der Rinde und des Harzes von Myrocarpus fastigiatus Fr. All.”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Undersuchung der Knolle und des Harzes von Ipomoea operculata”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Undersuchung des Gummi Sicopira. Bowdichia maior Mart.”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Coleção de Pharmacognosia e chimica orgânica enviada a Exposição Nacional de 1861”. Manuscrito. <br/> - “Explicação sobre a coleção farmacognóstica e química da Exposição 1861 no Brasil e Inglaterra”. ''nach London laiteinisch''.<br/> - “O leite da Gamelleira – Leites vegetais em geral”. ''Gazeta Médica do Rio de Janeiro'', p.20, 240- 243, 1863.<br/> - “Vanilla. Die brasilianische Droguen-Ausstellung”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “Undersuchung des Holzes von Andira anthelmintica”.''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “Undersuchung von Euphorbia pulcherrima”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins''.<br/> - “Croton erytraema Mart., Páo de Sangue, auch Sangue de Drago”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.291-304, 1861.<br/> - “Untersuchung der Nuesse, Macis und Rinde von Myristica Becuhyba, Schott. 1861”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “Untersuchung des Saftes (becuibablut) und Fettes ditto”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1861.<br/> - “ Untersuchung der Rinde und des Saftes (Sanguis draconis bras.) von Croton erythraema Mart.”.''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p. 143-154, 1861.<br/> - “Explicação sobre a coleção farmacognóstica e química da Exposição 1861 no Brasil e Inglaterra, ''nach London lateinisch''.<br/> - “Undersuchung des Milchsaftes von Urostigma doliaria und Doliarin”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1862.<br/> - “Untersuchung des Cajugummi’s Bras. Traganth. Spondias venulosa”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p. 44-52, 1862.<br/> - “Untersuchung des holzes von Feuilia cordifolia, Feullin”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.219-226, 1862.<br/> -“Untersuchung der Wurzel von Trianosperma ficifolia M. und Trianospermin”.''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.104-115, 1863.<br/> - “O leite da Gamelleria – Leite vegetaes em geral”. ''Gazeta Medica do Rio de Janeiro'', Rio de Janeiro, n.20, p.240-243, 15 de outubro, 1863.<br/> - “Untersuchung der Fruchthuelle und Sameu von Lecythis urnigera M. und Acidum lecythis-tanicum”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', p.83-93, 1864.<br/> - “Do Prunus Brasiliensis, Cham.. Memória apresentada à Academia Imperial de Medicina, afim de obter o lugar de seu membro correspondente, 21 de março de 1864”. ''Gazeta Médica do Rio de Janeiro'', 8, p.85-87, 1864. <br/> - “Untersuchung ueber die brasilianische Vanille”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Die Mineralquellen Brasiliens”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1865, 7, p.153-159, 1865. “Chemische Untersuchung von Prunus Brasiliensis”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 7, p.393-397, 1865. <br/> - “Studien ueber die Seidenkapsein der Schmetterlinge Brasilensis”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung der Fruechte und des Harzes von Araucaria brasiliana Richt”. ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung der Blaetter von Palicuria Margraffii und Palicurin etc". ''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung der Knolle und Samen von Pachyrrhizus angulatus”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1865.<br/> - “Untersuchung des Massarandubabaumes. Lucuma procera M. und Massarandubin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> -“Chemische Untersuchungen der Fruchthuelle und des Haeutchen der Caffebohne”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins,'' 1866.<br/> - “Studien ueber das Lophophytum mirabile”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> - “Untersuchung der Fruechte von Carpotroche brasiliensis Mart. et Znce, und Carpotochin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> - “Untersuchung der fruechte und der Samen von Persea gratisima”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1866.<br/> - “Untersuchung der Angoniadarinde. Plumeria lancifolia Muell. Arg. Und Agoniadin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', [192], p. 34:40, 1866. <br/> - “Catálogo explicativo da coleção farmacognosia e química orgânica enviado à Exposição de 1866”. Manuscrito. Rio de Janeiro, 1º de outubro de 1866.<br/> - “Mitteilungen ueber Brasilien. – Geheimmittel Brasiliens. – Mein Garten. – Bras. Fachnachrichten. – Mineralquellen Brasiliens”.<br/> - “Untersuchung der brasilianischen Suessholzwurzel. Periandra dulcis M.”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 3, p.49-53, 1867.<br/> - “Untersuchung von Ferrerra spectabilis Fr. Allem. und Angelium”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1868.<br/> -“Untersuchung der Ravenala madagascariensis”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''.<br/> - “Carpotroche Brasiliensis von Dr. Theodor Peckolt”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1868.<br/> - “Análises de matéria médica brasileira”. pp 108. Rio de Janeiro: Laemmert & Cia., 1868.<br/> - “Untersuchung der Agoniadarinde. Plumeria lancifolia Mül. Arg. Und Agoniadin".''Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins'', [2], p.142:40, 1870. <br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v. 1. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1871.<br/> - “Untersuchung des Holzes von Tecoma Ipé M. und Chrysophan-saeure”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1873.<br/> - “Untersuchung des aetherischen Oeles von Zanthoxylon Peckoltianum”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1873.<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.2. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1874. <br/> - “Holzraute: Arruda do mato”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1875.<br/> - “Studien ueber das brasilianische Medizinalwesen”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1876.<br/> - “Untersuchung der Rinde von Cassia bijuga Vog. und Chrysophansaeure”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1876.<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.3. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique, 1877.<br/> - “Monographia do milho e da mandioca, sua história, variedaddes, cultura, uso, composição chimica, etc., principalmente em relação às variedades cultivadas no Brazil”. Rio de Janeiro: Typ. Universal de E. S. H. Laemmert, 1878.<br/> - “Untersuchung der Caroba (Sparattosperma, Cinco folhas) und seines wiksamen Elementes”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1878.<br/> - “Untersuchungen der Fruechte, Rinde u. Blaetter von Prunus spaerocarpa und Blausaeure”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1878.<br/> - “Untersuchung der Wurzelrinde von Bowdichia maior Mart. Und Siroporin”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1878.<br/> - “Untersuchung der Rinde und des Holzes von Myroxylum peruferum Linn. fil. Aeth. oel. Bals. peruv. bras. und Myroxylin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1879.<br/> - “Untersuchung des Milchsaftes der Fruechte, Blaetter etc. von Carica papaya L. und Papayotin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1879.<br/> - “Untersuchung von Scybalium fungiforme Sch et Eichl”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1880.<br/> - “Untersuchung von Helosis guyananensis Sch.”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1880.<br/> - “Untersuchung von Lophophytum mirable Sch.”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1880.<br/> - “Jacutupé”. ''Zeitschrift des allg. Oesterr. Apotheker Vereins'', 13, p.139-197; 14, p. 209-213,1880.<br/> - “Untersuchung der Wurzelrinde von Timbó. Lonchocarpus Peckolti Wawra u. Timboin”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1881.<br/> - “Untersuchung der Blaetter von Caroba. Jacarandá procera u. Carobin, acidum carobicum”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1881.<br/> - “Nahrungs und Genussmittel Brasiliens (Einleitung)”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''.[s.d.].<br/> - “Schlangenantidot”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1881.<br/> - “Volksnamen der brasilianischen Pflazen”. s/d.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''. [s.d.].<br/> - “Stickstofftabelle der brasilianischen Nahrhrungspflanzen”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins''. [s.d.].<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.4. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1882.<br/> - “Estudos sobre a Arruda do Mato”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n.1, p.6-8, março, 1882.<br/> - “Estudos sobre o Jacatupé”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n. 3, 87-89, abril, 1882.<br/> - “Estudos sobre o Jacatupé”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n. 4, 152-154, abril, 1882.<br/> - “Estudos sobre o Jacatupé”. ''Gazeta Médica Brasileira'', n. 6, p. 236-239,maio, 1882. <br/> - “Die Jaborandi-Arten brasiliens”. ''Pharm. Centralhalle von Dr. Hager'', 1882.<br/> - “Caroba”. ''Pharm. Centralhalle von Dr. Hager'', 1882.<br/> - “Die Droguensammlung der brasilianischen Austellung von Gustav Peckolt”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1882.<br/> - “Monographie des Cafés”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1883.<br/> - “Die Namen der brasilianischen Nahrungsmittel”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1883.<br/> - "Jacutupe”. ''Bot. Jahresber'', 8(1), p. 451-452, 1883.<br/> - “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.5. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1884.<br/> - “Die Namen der brasilianischen Thee’s”.''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1884.<br/> - “Die Namen des Matés”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1884.<br/> - “Die Namen des Café”. 178 Seiten. Rio de Janeiro: Laemmert & Cia., 1884.<br/> - “Die Namen der Cara-Arten. Dioscorreen”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1885.<br/> - “Untersuchung der Fruechte u. Samen v. Eriobatrya Japonica Lindl u. Blausaeure”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1885.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro,'' 6, p.92-94, 1887.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 7, p.107-108, 1887.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 8, p.121-122, 1887.<br/> - “Papo de Anjo (Carpotroche Brasiliensis)”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 9, p.138-140, 1887.<br/> - “Cinco Folhas”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 11, 1887. <br/> - “Parreira Brava”. ''Revista Pharmaceutica, periódico do Instituto Pharmaceutico do Rio de Janeiro'', 12, 1887. <br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. Por Theodoro e Gustavo Peckolt. v. 1. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1888.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 2. Rio de Janeiro: Typ.Laemmert, 1889.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 3. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1890.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. Por Theodoro e Gustavo Peckolt. v. 4. Rio de Janeiro: Companhia Typ. do Brazil, 1891.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 5. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1893.<br/> - "Ueber brasilianische Bienen”. Die Natur, V. K. Mueller, Halle a. S. 42 Jhrg. 93, 579, 81.<br/> - “Ueber brasilianische Bienen”. Die Natur, V. K. Mueller, Halle a. S. 43 Jhrg. 94, p. 87-91; p. 223-225; p. 233-234.<br/> - “Anacardium occidentale Linné", ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 19, 20, 21, 22, 1893.<br/> - “Ueber Vitis sessilifolia Baker". ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1893.<br/> - “Ueber brasilianische Wespen”. Die Kultur. Jahrg. p. 268-71;318-9, 1894.<br/> - “Geissospermum Vellosii Fr. All”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 34, 35, 1896.<br/> - “História das plantas medicinais e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 6. Rio de Janeiro: Typ.Laemmert, 1896.<br/> - “Eriobotrya japonica Lindl. Japanische Mispel”. ''Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins'', 1, 1896. <br/> - “Nutz u. Heilpflanzen Brasiliens Monimiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 4 u. 6, p.93-97, 1896.<br/> - "Nutz u. Heilpflanzen Brasiliens Magnoliaceae, Winteraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 4 u. 6, p.157-164, 1896.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”.Reprint from ''Phram. Rev.'', 14, n.4, abril, 1896.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. ''Lauraceae.Pharm. Archives. ''v.I, n.4. [s.d.].<br/> - "Heil u Nutzpflanzen Brasiliens aus der Familie der Nymphaeaceae, Cruciferae, Sauvagesiaceae und Droseraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3,6,7,9, 283-289, 1897.<br/> - “Heilpflanzen Brasiliens aus der Familie der Violaceae". ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 6, 7, 9 , p.97-105, 1897.<br/> - “Heilpflanzen Brasiliens aus der Familie der Gutiferae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 3, 6, 7, 9, p.228-245, 1897.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliens aus der Familie der Anonaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 3, 6, 7, 9, p.450-470, 1897.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. ''Nictaginaceae Pharmaceutical Review Publisching Co. Milwaukee, Pharmaceutical science series. Monographs'', v.15, n. 4, 1897.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. (Oreodaphne und Nectandra-Arten) ''Pharmaceutical Review Publisching Co. Milwaukee, Pharmaceutical science series. Monographs'', v.15, ns.7 e 8, 1897.<br/> - “Medicinal Plants of Brazil”. ''Pharmaceutical Review Publisching Co. Milwaukee, Pharmaceutical science series. Monographs'', v.15, n.12, 1897.<br/> - “Volksbenennungen der brasilianischen pflazen und produkte der selbenin brasilianischen (portugiesischer) und der von Tupisprache adorptiten namen”. ''Pharm. Archiv,'' I, p. 237-248, 1898.<br/> - “Heil-und. Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Capparidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 2,5,7,10, p.41-46, 1898.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Anacardiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 2, 5, 7, 10, p.152-171, 1898.<br/> - “ Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Tiliaceae und Papaveraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 2, 5, 7, 10, p.281-289, 1898.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis aus der Familie der Simaruibaceae und Burseraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 2, 5, 7, 10, p.427-444, 1898.<br/> - “Volksbenennungen der brasilianischen pflazen und produkte der selbenin brasilianischen (portugiesischer) und der von Tupisprache adorptiten namen”. ''Pharm. Archiv,'' II, p. 50-60, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Flacourtiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 7, 9, p.162-174, 1899.<br/> - “História das plantas medicinaes e uteis do Brazil contendo a descripção botânica, cultura, partes usadas, composição chimica, seu emprego em diversas moléstias, usos industriaes, etc.”. v. 7. Rio de Janeiro: Typ. Laemmert, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis Humiriaceae, Linaceae, Oxidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.''Heft 6, 7, 9, p.43-49, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Bixaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 7, 9, p.73-84, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Gentinaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, 9, p.222-232, 1899.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Rutaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, 9, p.326-362, 1899.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Sterculiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.52-61, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Sterculiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.115-123, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Bombaceae”.''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.154-171, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Malvaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.265-271, 1900.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Malvaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 3, 5, 6, 7, 9, p.417-423, 1900.<br/> - “Estudo botanico, pharmacológico e therapeutico sobre a Muyrapuama. (''Ptychopetalum olcoides Benth'')”. 4º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia. 1900. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1901.<br/> - “Estudo botanico, pharmacologico e terapeutico sobre a sicopira vermelha (''Bowdichia virguloides, H.B.K''.)”. 4º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia. 1900. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Olelacaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 1, 2, 4, p.40-47, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Marograviaceae, Pontederiaceae, Caprifoliaceae, Calyceraceae, Zygophillaceae, Pittosporaceae, Halorhagidaceae, Hydrophyllaceae, Cunoniaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 1, 2, 4, p.94-100, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Crassulaceae, Saxifragaceae, Loasaceae, Dichapetalaceae, Plumbaginaceae, Plantaginaceae, Aizoaceae, Trigoniaceae, Caryphillaceae, Euriocaulaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 1, 2, 4, p.203-212, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Meliaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 1, 2, 4, p.317-324, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis, Sapindaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 2, 4, p.350-369, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis., Pullinea (Guaraná)”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 2, 4, p.441-452, 1901.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Lecythidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 9, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Lecythidaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 9, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Allophilus”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 9, p.103-112, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Boraginaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 6, 9, p.130-140, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Hippocrataceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft''. Heft 6, 9, p.194-200, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 9, p.231-248, 1902.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Connaraceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 6, 9, p.443-452, 1902.<br/> - “Heil-und Nutzpflanzen Brasiliensis. Myrtaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft. ''Heft 1, 4, 7, p.21-38, 1903.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Myrtaceen”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 4, 7, p.128-138, 1903.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Myrtaceae, Caricaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 4, 7, p.339-374, 1903.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, p.183-202, 1905.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae”. ''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 6, 7, p.225-244, 1905.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae (Mandioca)”.''Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft.'' Heft 1, 5, 6, p.22-36, 1906.<br/> - “Heil u. Nutzpflanzen Brasiliensis. Euphorbiaceae”. 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= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Fontes</span> = | = <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Fontes</span> = | ||
<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- ALMANAK Administrativo, Mercantil e Industrial da Côrte e Província do Rio de Janeiro para o anno de 1866 fundado por Eduardo von Laemmert. Rio de Janeiro: Em Casa dos Editores-Proprietarios Eduardo & Henrique Laemmert, 1866. '''Almanak Laemmert (1844-1889).''' Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 20 mai. 2020. Online. Disponível na Internet: [http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=4&m=22&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1283,-1,4612,3254 http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=4&m=22&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1283%2C-1%2C4612%2C3254] <br/> - ANDRADE, Alfredo de. História do Laboratório Químico do Museu. ''Revista da Sociedade Brasileira de Química'', Rio de Janeiro, v.XVIII, ns.1-4, jan./dez. 1949. 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Disponível na Internet: [http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=0&m=28&s=0&cv=1109&r=0&xywh=-1385,0,4945,3488 http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=0&m=28&s=0&cv=1109&r=0&xywh=-1385%2C0%2C4945%2C3488]<br/> - IHERING, Hermann von. Necrológio do Dr. Theodoro Peckolt. ''Revista da Flora Medicinal'', Rio de Janeiro, p.108-127, [1912].<br/> - MOÇÃO inserta na Ata da sessão de 23-9-912 da Soc. Nac. de Agricultura. ''Revista da Flora Medicinal'', Rio de Janeiro, p.108-127, 1912.<br/> - PECKOLT, Theodoro. '''Catálogo explicativo da colecção farmacognosia e de química orgânica enviado à Exposição Nacional de 1866.''' Manuscrito. Rio de Janeiro, 1º de outubro de 1866. ([[Fontes_de_informação#BN|BN]])<br/> - SANTOS, Nadja Paraense dos. Theodor Peckolt: a produção científica de um pioneiro da fitoquímica no Brasil.''História, Ciências, Saúde-Manguinhos'', Rio de Janeiro, v.12, n.2, p.515-33, mai./ago.2005. Capturado em 20 mai. 2020. Online. Disponível na Internet: [https://www.scielo.br/pdf/hcsm/v12n2/17.pdf https://www.scielo.br/pdf/hcsm/v12n2/17.pdf]<br/> - SANTOS, Nadja Paraense dos; PINTO, Angelo C.; ALENCASTRO, Ricardo Bicca de. Theodoro Peckolt: naturalista e farmacêutico do Brasil Imperial. ''Química Nova'', São Paulo, v. 21, n. 5, p.666-670, set./out. 1998. Capturado em 20 mai. 2020. Online. Disponível na Internet: [https://www.scielo.br/pdf/qn/v21n5/2942.pdf https://www.scielo.br/pdf/qn/v21n5/2942.pdf]<br/> - SANTOS, Nadja Paraense dos. Theodoro Peckolt – a carreira abrangente de um pioneiro da fitoquímica no Brasil. 26ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (Poços de Caldas, MG, 26 a 29 de maio de 2003). Capturado em 20 mai. 2020. Online. Disponível na Internet: [https://www.iq.ufrj.br/notaveisdaquimica/theodoro-peckolt/ https://www.iq.ufrj.br/notaveisdaquimica/theodoro-peckolt/]<br/> - SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro. '''História Geral da Medicina Brasileira. v.2.''' São Paulo: Hucitec/Edusp, 1977. (BCCBB)<br/> - THEODORO Peckolt. In: BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. '''Diccionario Bibliographico Brazileiro. Setimo volume. '''Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1902. pp.258-262. In: Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Acervo Digital. Capturado em 19 ago. 2020. Online. Disponível na Internet: [https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/5452 https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/5452]<br/> - TSCHUDI, J. J. von. '''Viagem às províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.''' Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1980. ([[Fontes_de_informação#IFCS-UFRJ|IFCS-UFRJ]])</span></span> | <span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">- ALMANAK Administrativo, Mercantil e Industrial da Côrte e Província do Rio de Janeiro para o anno de 1866 fundado por Eduardo von Laemmert. Rio de Janeiro: Em Casa dos Editores-Proprietarios Eduardo & Henrique Laemmert, 1866. '''Almanak Laemmert (1844-1889).''' Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 20 mai. 2020. Online. Disponível na Internet: [http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=4&m=22&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1283,-1,4612,3254 http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=4&m=22&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1283%2C-1%2C4612%2C3254] <br/> - ANDRADE, Alfredo de. História do Laboratório Químico do Museu. ''Revista da Sociedade Brasileira de Química'', Rio de Janeiro, v.XVIII, ns.1-4, jan./dez. 1949. ([[Fontes_de_informação#BN|BN]])<br/> - ANDRADE, Alfredo Antonio de.'''O Museu Nacional e a Difusão da Chimica'''. Rio de Janeiro: Typologia do Museu Nacional, 1922. ([[Fontes_de_informação#MN|MN]])<br/> - [DOCUMENTOS – Theodor Peckolt]. Maço 144, doc. 7044, [d15po4] e Maço 144, doc. 7044, [d15 p03]. Arquivo da Casa Imperial do Brasil (POB). s.d. ([[Fontes_de_informação#AMI|AMI]])<br/> - DROGARIA e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C. In: Almanak Administrativo, Mercantil e Industrial da Côrte e da Capital da Província do Rio de Janeiro com os municípios de Campos e de Santos para o anno de 1872 fundado e redigido por Eduardo von Laemmert. Notabilidades p.21-22. Rio de Janeiro: Em Casa dos Editores-Proprietarios E.& H.Laemmert, 1872. '''Almanak Laemmert (1844-1889).''' Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 20 mai. 2020. Online. Disponível na Internet: [http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=0&m=28&s=0&cv=1109&r=0&xywh=-1385,0,4945,3488 http://ddsnext.crl.edu/titles/88?terms&item_id=1291#?c=0&m=28&s=0&cv=1109&r=0&xywh=-1385%2C0%2C4945%2C3488]<br/> - IHERING, Hermann von. Necrológio do Dr. Theodoro Peckolt. ''Revista da Flora Medicinal'', Rio de Janeiro, p.108-127, [1912].<br/> - MOÇÃO inserta na Ata da sessão de 23-9-912 da Soc. Nac. de Agricultura. 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Disponível na Internet: [https://www.scielo.br/pdf/qn/v21n5/2942.pdf https://www.scielo.br/pdf/qn/v21n5/2942.pdf]<br/> - SANTOS, Nadja Paraense dos. Theodoro Peckolt – a carreira abrangente de um pioneiro da fitoquímica no Brasil. 26ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química (Poços de Caldas, MG, 26 a 29 de maio de 2003). Capturado em 20 mai. 2020. Online. Disponível na Internet: [https://www.iq.ufrj.br/notaveisdaquimica/theodoro-peckolt/ https://www.iq.ufrj.br/notaveisdaquimica/theodoro-peckolt/]<br/> - SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro. '''História Geral da Medicina Brasileira. v.2.''' São Paulo: Hucitec/Edusp, 1977. ([[Fontes de informação#BCCBB|BCCBB]])<br/> - THEODORO Peckolt. In: BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. '''Diccionario Bibliographico Brazileiro. Setimo volume. '''Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1902. pp.258-262. In: Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Acervo Digital. Capturado em 19 ago. 2020. Online. Disponível na Internet: [https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/5452 https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/5452]<br/> - TSCHUDI, J. J. von. '''Viagem às províncias do Rio de Janeiro e São Paulo.''' Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1980. ([[Fontes_de_informação#IFCS-UFRJ|IFCS-UFRJ]])</span></span> | ||
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Outros nomes e/ou títulos: Peckolt, Theodoro; Peckolt, Teodoro.
Resumo: Theodor Peckolt nasceu em Pechern (Niederlausitz, Baixa Lusácia), na região da Silésia alemã, em 13 de julho de 1822. Veio ao Brasil em 1847, numa excursão científica a fim de estudar a flora tropical. Desembarcou no Rio de Janeiro, em 1847, contratado pelos botânicos Karl Friedrich Philipp von Martius e August Wilhelm Eichler para estudar a flora tropical no Brasil, e aqui permaneceu até seu falecimento. Foi aprovado como farmacêutico na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1851), chefiou o Laboratório Químico do Museu Imperial e Nacional (1874), foi proprietário da Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C., e membro da Academia Imperial de Medicina. Faleceu em 21 de setembro de 1912, na cidade do Rio de Janeiro.
Dados pessoais
Theodor Peckolt nasceu em Pechern (Niederlausitz, Baixa Lusácia), perto de Muskau, na região da Silésia alemã (região histórica que abrangia parte das atuais Polônia, República Tcheca e Alemanha), em 13 de julho de 1822. Era filho de Ferdinand Augusto Carlos Peckolt, capitão de Lanceiros do Kaiser, e de Juliana Eleonora Ackermann Peckolt (IHERING, [1912]).
Em 12 de junho de 1854, casou-se com Henriqueta Sauerbrönn, filha do vigário protestante Friederich Oswald Sauerbrönn, líder das primeiras famílias alemães da colônia suíça de Nova Friburgo, na então província do Rio de Janeiro. Deste matrimônio, nasceu Gustavo Peckolt (1861-1923), que também se destacou como farmacêutico.
Foi agraciado em 1864 com título de Oficial da Imperial Ordem da Rosa, e em 1869 com o de Cavalheiro da Ordem da Suécia da Estrela Polar. Recebeu, também, o título de Pharmaceutico da Casa Imperial.
Faleceu em 21 de setembro de 1912, na cidade do Rio de Janeiro.
Trajetória profissional
Theodor Peckolt cursou humanidades no Ginásio da cidade de Friedeberg (então Silésia alemã). Aos 15 anos iniciou o trabalho de prático de farmácia na cidade de Friebel, onde permaneceu até 1841. Exerceu, ainda, este ofício nas cidades de Meseritz (Polônia), e de Waldeck e de Neubrandenburg (Estado de Mecklenburg-Pomerânia Ocidental, Alemanha). Acredita-se que esta mudança de cidades se deveu à carreira militar de seu pai.
Theodor Peckolt revelou sua poderosa vocação como prático daquelas farmácias. O Governo Alemão nomeou-o, então, farmacêutico militar, na fortaleza de Glogau, na Silésia alemã, mas tal atribuição não o satisfez plenamente, e matriculou-se, então, na Universität Rostock (Estado de Mecklenburg-Pomerânia Ocidental, Alemanha), e na Universität Göttingen (Baixa Saxônia, Alemanha), “onde alcançou notas de aprovação brilhante” (IHERING, [1912]).
Por recomendação do ornitólogo Heinrich Gustav Reichenbach (1823-1889), seu professor, Theodor Peckolt foi contratado pelo diretor do jardim botânico de Hamburgo. Nesta instituição, foi contemporâneo dos botânicos Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e August Wilhelm Eichler (1839-1887), e do botânico e paleontologista alemão Johann Heinrich Robert Goeppert (1800-1884). Contactou importantes expressões da ciência na época, como Daniel Hanbury (1825-1875), químico e farmacêutico da Royal Pharmacetical Society of Great Britain, e o botânico alemão Friedrich Gottlieb Dietrich (1765-1850).
De acordo com documento particular da Família Peckolt, Karl Friedrich Philipp von Martius e August Wilhelm Eichler, reconhecendo as aptidões de Theodor Peckolt, contrataram-no em 1847 para estudar a flora tropical no Brasil e remeter-lhes o material colecionado preparado em herbarium, dando assim continuidade ao trabalho de von Martius para o preparo de sua “Flora Brasiliensis” (MENDONÇA Apud Santos, 2005). Os botânicos Karl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868) e Johann Baptist von Spix (1781-1826), vieram para o Brasil, em 1817, juntamente com a comitiva da arquiduquesa Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo-Lorena (1797-1826), que vinha para casar-se com o futuro imperador D. Pedro I. Estes botânicos tinham como objetivo a pesquisa nas províncias mais importantes do país e a coleta de informações sobre botânica, zoologia e mineralogia para a Academia de Ciências da Baviera (Munique). Em 28 de setembro de 1847 Theodor Peckolt embarcou no navio “Independência”, desembarcando no Rio de Janeiro em novembro daquele ano.
Theodor Peckolt foi, praticamente, um revisor da maior parte da “Flora Brasiliensis” de von Martius. A troca de correspondência e o envio de materiais era feita por meio da Casa Imperial e do Serviço Consular da Alemanha no Rio de Janeiro (DOCUMENTOS, s.d.). Os pagamentos pelos serviços contratados eram recebidos por Peckolt por meio do Cônsul prussiano, Leo Theremin, no Rio de Janeiro, segundo documentos particulares pertencentes à Família Peckolt.
Após um curto período de permanência na cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou na Farmácia de Simão Marcolino Fragoso, localizada na rua do Fogo (atualmente rua dos Andradas, Centro), nº 75, Theodor Peckolt iniciou suas viagens pelas províncias do país:
“Em Setembro de 1848 Peckolt começou a exploração do país: viajava montando um cavalo que havia adquirido com as suas primeiras economias, nos Estados de Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas. (....). Havia então bem poucos médicos no interior das províncias e os conhecimentos farmacêuticos do jovem naturalista colocavam-no na posição vantajosa de poder prestar reais serviços aos doentes que o consultavam. Em compensação destes serviços recebia, além dos honorários, interessantes objetos da história natural, valiosas contribuições para a sua coleção botânica. Em começo do ano de 1850, demorou-se Peckolt algum tempo entre os Botocudos Nac-nanouc do Rio Doce, voltando em seguida ao Rio de Janeiro. Os recursos que lhe fornecera a excursão pelo sertão permitiram a Peckolt apresentar-se ao exame farmacêutico no Rio de Janeiro, e em Novembro de 1851 abriu uma farmácia em Cantagalo, no Estado do Rio de Janeiro”. (IHERING, [1912], p.114-115)
Em julho de 1851 foi aprovado no exame farmacêutico da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e em novembro do mesmo ano se estabeleceu na cidade de Cantagalo (província do Rio de Janeiro), cuja região apresentava matas intactas para suas pesquisas, e se localizava próxima às matas do vale do rio Doce, reduzindo assim os custos das expedições. Em Cantagalo comprou uma farmácia, localizada na rua Direita nº 15, e durante dezessete anos, Peckolt viveu entre esta cidade e a de Friburgo, adquirindo profundo conhecimento da flora e fauna locais. Para dar continuidade a seus trabalhos, montou, em sua farmácia, um laboratório próprio para realizar as análises quantitativas de extratos de plantas da flora brasileira, para assim obter informações mais detalhadas sobre as suas composições químicas.
A região de Cantagalo era, naquela época, bastante importante para os estudos sobre a natureza brasileira, tendo também sido o cenário para as pesquisas do zoologista alemão Karl Hermann Konrad Burmeister (1807-1892) e de Carl Hieronymus Euler (1834-1901), fazendeiro suíço, ornitólogo e autor de “Descrição dos ninhos e ovos das aves do Brasil” (1900). Peckolt permaneceu em Cantagalo até o ano de 1868, e lá estudou plantas de diversas famílias, suas características e condições de reprodução, e recolheu informações sobre nomes triviais, usos e propriedades farmacêuticas das plantas com a população local:
“O herbário fornecia-lhe os meios para comparação morfológica das numerosas espécies e no laboratório aprofundava o trabalho, dando informações detalhadas sobre a composição química das plantas medicinais, de seus alcalóides e outras substâncias extrativas. Não conhecemos exemplo de outro naturalista, versado igualmente em estudos botânicos e químicos que tão profundamente tivesse estudado e esclarecido por investigações próprias, o estudo econômico, farmacêutico e químico de qualquer flora tropical.” (IHERING, [1912], p.116)
Durante o período em que viveu na cidade de Cantagalo, Theodor Peckolt fez cerca de quinhentas análises quantitativas de extratos de plantas da flora brasileira, muitas das quais foram publicadas em diversos periódicos, nacionais e estrangeiros, entre os anos de 1850 e 1868 (SANTOS, 2003).
Viajou pela região do Vale do Paraíba e margens dos rios pomba e Canoé, pela província do Espírito Santo, e por grande parte da província de Minas Gerais, chegando à região da cidade de Diamantina. E foi a partir destas excursões, à procura de plantas e espécies, que Theodor Peckolt começou a notabilizar-se (IHERING, [1912]). Grande parte do material coletado era enviado para o Museu Imperial e Nacional, no Rio de Janeiro, para museus alemães, e para os de Estocolmo e de Uppsala (Suécia).
Johann Jakob von Tschudi (1818-1889), cientista e diplomata suíço, visitou o Brasil entre 1857 e 1859, e em sua obra “Viagem às provinciais do Rio de Janeiro e São Paulo”, destaca às diversas atividades desenvolvidas por Theodor Peckolt em Cantagalo:
“Não quero deixar de me referir aqui, e é com grande satisfação que o faço, ao nome de um homem que goza de grande fama nos meios científicos alemães, o Dr. Theorodo Peckolt, há anos estabelecido em Cantagalo, como farmacêutico, e que se tem ocupado com zelo incansável da botânica e da química orgânica. Dotado de profundos conhecimentos e de uma ímpar capacidade de trabalho, soube colecionar vultuoso material de pesquisas que, na Europa, seria impossível ou muito difícil obter. Os resultados de suas pesquisas científicas são regularmente publicados nas revistas farmacêuticas que se publicam na Alemanha. Seus preparados químicos foram distinguidos com uma medalha na exposição industrial do Rio de Janeiro, e na exposição mundial de Londres, em 1863, com nada menos de três. Ao tempo de minha visita a Cantagalo, o Dr. Peckolt achava-se ocupado com um trabalho químico-analítico (...) relativo às plantas úteis brasileiras. (...) Ao lado de sua alegre residência, o Dr. Peckolt organizou um pequeno jardim botânico, onde se dedica aos estudos do desenvolvimento das plantas, sua nutrição, e aclimatação”. (TSCHUDI, 1980, p.88-89)
Johann Jakob von Tschudi relata sobre as análises do café realizadas por Peckolt:
“O Dr. Th. Peckolt, em Cantagalo, informou-me que fez a análise comparativa de três amostras de café, a saber: 1ª de solo calcáreo; 2ª de solo de gneiss; 3ª de solo rico de quartzo. A quantidade de cafeína em 100 gramas de café sujeito a uma secagem a 100ºC, foi a seguinte: 1ª) 0,954gr., 2ª) 0,548gr., 3ª)0,958”. (TSCHUDI, 1980, p.39)
“Os resíduos contêm cafeína em pequena proporção. Segundo as análises do Dr. Peckolt, 100 gramas da pele de pergaminho que cai do fruto que seca dão 0,0024 de grama de cafeína; mas esta mesma casca tratada convenientemente e acumulada, dará cerca de 0,052 de grama de cafeína. 100 gramas da polpa fresca produzem 0,027 de grama de cafeína, 6,784 de açúcar, 1,462 de ácido cafetânico, cítrico, gálico, málico, potássio e cálcio, etc., e 1,717 gramas de cinzas”. (TSCHUDI, 1980, p.61)
E ainda trata de alguns dos remédios preparados por Peckolt:
“O farmacêutico Dr. Th. Peckolt de Cantagalo preparou um remédio a base de sal amoníaco, sob o nome de Polygonaton, tirado de umaplanta, que os indígenas freqüentemente usam contra as mordidas de répteis. Essa tintura é destinada ao uso interno e junto com a mesma fornece-se uma ventosa de borracha vulcanizada que se põe sobre a ferida, na qual se faz uma incisão em forma de cruz, depois de ter estagnado a circulação do sangue”. (TSCHUDI, 1980, p.78)
Theodor Peckolt, ainda residente em Cantagalo, recebeu muitas honrarias acadêmicas, tendo sido nomeado, em 1852, membro correspondente da Regensburgische Botanische Gesellschaft, e em 1857 da Deutsche Pharmazeutische Gesellschaft, sociedade farmacêutica na Alemanha.
Na Exposição Nacional, inaugurada em 2 de dezembro de 1861 e realizada no prédio da então Escola Central (atualmente Instituto de Filosofia e Ciências Sociais/UFRJ), no Largo do São Francisco na cidade do Rio de Janeiro, Theodor Peckolt apresentou sua coleção farmacognosia e química orgânica, com 146 produtos (produtos naturais, produtos químicos, extratos e alcalóides extraídos de vegetais indígenas), pela qual foi premiado com medalha de ouro e condecorado como Oficial da Imperial Ordem da Rosa (SANTOS, 2003).
No Catálogo referente à coleção enviada para a Exposição Nacional de 1866, Theodor Peckolt descreveu os objetivos e as dificuldades de seu trabalho:
“Pela segunda vez ofereço a minha pátria adotiva o resultado dos meus trabalhos científicos, constando de uma coleção de 221 objetos tirados dos inesgotáveis tesouros vegetais do Brasil. O número destas drogas poderia ter sido muito maior se não fossem de um lado as grandes dificuldades com que se tem de lutar no interior do país neste gênero de trabalhos, e de outro lado meu plano constantemente seguido de não apresentar ao público as drogas indígenas sem prévia análise química. (...) as minhas limitadas circunstâncias não me permitem a explorações industriais em grande escala; porém o meu fim não é de procurar privilégios e monopólios, desejo unicamente creditar no exterior as imensas riquezas ainda ignoradas da matéria médica no Brasil, assim como chamar a atenção dos nossos agricultores e industriais sobre uma série de produtos, os quais considerados sem valor até agora poderiam oferecer importantes recursos, se fossem tratados convenientemente, pois que a palavra Indústria não tem outra significação senão converter um objeto sem valor aparente em um produto útil e valoroso à humanidade. Quando digo que uma das nossas plantas pode substituir qualquer planta da Europa, quero dizer que pode-se talvez usar contra as mesmas moléstias e às vezes com mais vantagem: pois perfeita homogeneidade de propriedades é coisa que não existe nas plantas, preponderando cada uma por seu modo singular.”(PECKOLT, 1866, p. 1-2)
Nestes dois eventos, Theodor Peckolt destacou a necessidade de criar-se uma farmacopéia brasileira, com o objetivo de propagar a utilização de vegetais nacionais nos tratamentos terapêuticos, a inexistência de um ensino de química mais voltado para aplicações industriais, e a importância de incentivar-se a implementação de indústrias no país.
As coleções de Theodor Peckolt integraram também o pavilhão brasileiro na Exposição Universal, em Londres em 1862, e na Exposição Universal, realizada em Paris (1867), nas quais lhe foram concedidas medalhas, de ouro e de bronze, em reconhecimento a seus trabalhos (SANTOS, 2003).
Para a Exposição Universal, realizada em Londres em 1862, Theodor Peckolt remeteu uma coleção de 225 produtos químicos e farmacêuticos, distribuída em sete séries:
- 1ª Série - as drogas simples vegetais, raízes e sementes.
a) Sapucainha (Carpotroche brasiliensis) — óleo usado como inseticida, parasiticida e principalmente utilizado no combate à Lepra;
b) Urucum (Bixa orellana) — urucuína, provavelmente a bixina;
c) Agoniada (Plumeria lancifolia) — agoniadina, glicosídeo extraído da casca — antiasmático e purgativo;
d) Sangue de drago (Croton lechieri) — eritraemita, ácido eritraêmico, extraído da casca — usado para infecções bacterianas.
- 2ª Série - as painas: apresenta a descrição botânica de 14 espécies.
- 3ª Série - os amidos (amiláceas): 23 espécies.
- 4ª Série - as resinas, gomas e tintas: 42 substâncias divididas em:
a) adstringentes (sucos condensados);
b) gomatas (propriedade principalmente arabina);
c) gomas cassorinas;
d) gomas resinas;
e) resinas naturais;
f) leite;
g) substâncias tintas;
h) resinas, produtos das análises;
Desta 4ª série, pode-se destacar:
a) Sangue de Becuiba (Myristica bicuhyba) — ácido becuíbico, extraído do óleo, usado nas ulcerações
de pele, feridas e reumatismo;
b) Angelim Amargosa (Tabebuia serratifolia) — andirina, princípio extraído da casca — usada para tratar ulcerações de pele;
c) Gameleira Branca (Ficus doliaria) — doliarina, princípio sui generis — vermífugo, purgativo, depurativo do sangue e anti-sifilítico. Peckolt apresenta também a análise da seiva vegetal por ele denominada "leite vegetal": teores de açúcar, resina, cera etc.;
d) Cravo do Mata (Tagetes sp.) — tagetina, cetona extraída do óleo usado como anti-helmíntico.
- 5ª Série - óleos expressos com peso específico (14 produtos).
- 6ª Série - preparações obtidas pela análise de substâncias químicas e farmacêuticas (num total de oito).
- 7ª Série - alguns óleos e éteres, total de 28, destacamos:
a) Cipó-suma (Anchietea salutaris) — anchietina, alcalóide. Desta planta ele apresenta também a análise da raiz. O cipó-suma era usado como purgativo e indicado para lesões sifilíticas;
b) Jaborandi (Pilocarpus jaborandi) — jaborandina, extraída da raiz, usada como diurético e mastigada contra dores de dentes;
c) Bucha paulista (Luffa operculata) — saponina, mistura de glicosídeos, usada como purgativo.
Recebeu, em 1864, o título de Doutor Honoris Causa da Kaiserlich Leopoldinisch-Carolinische Deutsche Akademie der Naturwissenschaftler, por seus trabalhos químicos e botânicos sobre a flora brasileira.
Na segunda Exposição Nacional, inaugurada em 19 de outubro de 1866 e realizada no prédio que estava sendo erguido para nova seda da Casa da Moeda, no Campo da Aclamação (atual Campo de Santana), na cidade do Rio de Janeiro, Theodor Peckolt apresentou uma nova coleção, que foi igualmente premiada com medalha de ouro e enviada para integrar a Exposição Universal em Paris (1867). Sua coleção era constituída de 221 produtos químicos e farmacêuticos, e apresentava uma análise descritiva completa de diferentes vegetais, todos previamente analisados e com o preço provável de sua comercialização, numa tentativa de alertar os agricultores e industriais nacionais para a qualidade dos produtos químicos fabricados no país, por considerar importante a sistematização e o estudo das tradições populares do uso das plantas medicinais como estratégia para a investigação e comprovação de suas propriedades terapêuticas. Nessa coleção, Peckolt privilegiou não só os óleos essenciais como também suas pesquisas sobre os teores de cafeína em diversos vegetais. Além disso, listou os processos empregados e as análises químicas feitas, apresentou os atributos e virtudes de cada uma das substâncias exibidas, e os nomes trivial e científico do vegetal que as forneceu, incluindo, sempre que possível, a sua sinonímia indígena. Dividiu a coleção em três séries: 1ª série: drogas indígenas (45); 2ª série: extratos, resinas e gomatas (15), e 3ª série: óleos fixos e essenciais, e suas preparações químicas (161).
Na Exposição Universal, realizada em Paris em 1867, Theodor Peckolt e João Domingues Vieira, que posteriormente foi um dos vice-presidentes do Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro, foram expositores na área de química e farmácia e foram agraciados com medalhas de bronze.
Theodor Peckolt também realizou estudos na área da zoologia, como os referentes às Trigonini, uma das espécies de abelhas sem ferrão, chamadas abelhas indígenas, existentes no Brasil. Suas observações foram subsídios para o estudo de Frederic Smith, do Bristish Museum, intitulado “Observations on the economy of Brazilian insects, chiefly Hymenoptera, from the notes of Mr. Peckolt”, publicado no Transations of the Royal Entomological Society of London (n.16, p.133-136, 1868).
Em abril de 1868, Theodor Peckolt mudou-se definitivamente para a cidade do Rio de Janeiro, onde se associou ao farmacêutico Frederico Augusto Duval, que tinha um laboratório químico e farmacêutico pelo sistema alemão, na rua do Rosário nº 69, naquela cidade. Desta associação surgiu, em 1869, a farmácia “Peckolt & Duval – Pharmaceuticos da Casa Imperial”, instalada na rua Direita nº 59 (posteriormente denominada rua Primeiro de Março). Esta sociedade deve ter sido desfeita em 1872, pois de acordo com o Almanak Laemmert, Theodor Peckolt aparece como gerente da "Pharmacia Imperial T. Peckolt &”, na rua da Quitanda nº 193, e também relacionado à ”Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C.”, no mesmo endereço (ALMANAK, 1872).
O anúncio da Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C., apresentado no Almanak Laemmert, apresenta os produtos à venda naquele estabelecimento:
“Tem sempre um completo sortimento de drogas, produtos químicos e farmacêuticos que vendemos a preços razoáveis tanto por atacado como a varejo, tudo importado diretamente da Europa e dos Estados Unidos, para o que tem correspondência direta com as principais casas de Londres, Berlim, Hamburgo, Viena, Paris, Lisboa, Gênova e Nova York, encarregam-se de fornecer as pessoas que quiserem honrá-los com as usas encomendas pelos preços mais moderados possíveis. Tudo o que sair de sua casa é garantido de boa qualidade e só nesta casa o único depósito das preparações do Dr. Peckolt, que são conhecidas por Vermífugo brasileiro, sem tomarem Óleo de Rícino. Pós de Deliarina, preparação de leite da Gameleira e verdadeiro específico contra a opilação. Rob vegetal brasileiro, um dos melhores depurativos, preparado com as novas plantas. Xarope anti-reumático e anti-antrítico curando prontamente as afecções reumáticas. Kamalina, específico contra a solitária. Peitoral de cuscuta contra todas as afecções catarrais. Olfatório anit-catarral dando imediatamente alívio no defluxo, coqueluche e asma. Painkiller brasileiro, menos milagroso do que o Painkiller americano, mas mais excelente contra as dores reumáticas. Purgante anti-hemorroidal, que é preferível à limonada de citrato de magnésia e ainda melhor para tomar; e outras especialidades como: Pílulas brasileiras contra as impigens, Pílulas anti-morféticas, Ungüento anti-herpético, sabão anti-morfético, sabão cosmético, Ungüento anti-vulnerário contra as feridas as mais rebeldes, Hidrocotile fluida, Ageniadina fluida, Extracto fluido de caroba, idem de salsaparrilha, idem de japecanga, etc..” (DROGARIA, 1872, p.21)
Neste mesmo Almanak, de 1872, foi divulgado também o anúncio da Pharmacia Imperial T. Peckolt &, no qual são distinguidas as funções dos estabelecimentos sob a administração de Theodor Peckolt:
“O Farmacêutico e químico Dr. Theodoro Peckolt é o gerente deste estabelecimento e está sempre à testa dos trabalhos para merecer a confiança do público e da classe médica, para o que não se poupa a fadigas, esforços e zelo. Encontra-se nesta farmácia, fora das especialidades de Theodoro Peckolt, que são mencionadas na Drogaria, todas as preparações dos nossos vegetais que existem no Império. Encarrega-se também de qualquer análise química por preço cômodo”.
Entre 1873 e 1874 as referências indicam o funcionamento somente da “Drogaria e Laboratorio de Productos Chimicos de T. Peckolt & C.”, e no ano de 1875 apenas da “Pharmacia Imperial”, então localizada na rua da Quitanda nº 157.
Theodor Peckolt em 21 de março de 1864 candidatou-se a membro correspondente da Academia Imperial de Medicina, apresentando na ocasião a memória intitulada “Do Prunus Brazilliensis”. Naquele mesmo ano, esta sua memória foi comentada por João Vicente Torres Homem, opositor de ciências médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na Gazeta Médica do Rio de Janeiro. João Vicente Torres Homem apresentou a seguinte conclusão:
“Concluo do que fica dito: 1º Que a memória do Sr. Peckolt oferece grande importância para a ciência, para a arte farmacêutica e para a agricultura. 2º Que a exceção de alguns vícios de linguagem, desculpáveis em um estrangeiro, o trabalho é bem elaborado. 3º Que, pondo de parte a lacuna bastante sensível relativamente aos caracteres botânicos da planta, o estudo a que procedeu o Sr. Peckolt foi tão completo quanto era possível. 4º Que os resultados obtidos pela análise química e pelos processos farmacológicos denotam muitos conhecimentos de química orgânica e de farmácia, grande dedicação e um espírito observador muito cultivado da parte do candidato ao lugar de membro correspondente desta Academia. 5º Que se forem tomados os conselhos exarados no último capítulo da memória, a matéria médica brasileira e a prática da medicina lucrarão grandes vantagens. 6º Que os produtos enviados à Academia como amostras, reúnem todas as condições desejáveis de atividade e perfeição. 7º Que o Sr. Theodoro Peckolt, farmacêutico estabelecido em Cantagalo, premiado com uma medalha de ouro na Exposição de Londres, em virtude de seus trabalhos de química orgânica, está perfeitamente no caso de merecer a honra que solicita de membro correspondente da Academia Imperial de Medicina.” (HOMEM, 1864, p. 89)
Em sessão de 11 de abril de 1864, da Academia Imperial de Medicina, sua memória foi aprovada, e foi então nomeado membro correspondente. Ainda nesta Academia foi nomeado membro adjunto da seção médica em 1872, membro titular da seção farmacêutica em 1884, membro titular da seção de farmacologia em 1896, e membro honorário da referida academia no ano de 1900.
Foi convidado, em 1874, pelo botânico Ladislau de Souza Mello Netto, então diretor do Museu Imperial e Nacional, para chefiar o Laboratório Químico do Museu Imperial e Nacional. De acordo com o ofício nº 3, do Ministério dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, de 17 abril de 1874, foram autorizadas as despesas referentes à reorganização do Laboratório, incluindo os honorários de Theodor Peckolt (SANTOS, 2003). Durante seu período à frente deste Laboratório foi responsável pela re-organização e especialmente pela forma de análise e reclassificação dos minerais de classificação duvidosa, e também de qualquer substância desconhecida das outras seções do estabelecimento. Acredita-se que permaneceu neste cargo até janeiro de 1876, data de se ofício com pedido de desligamento da instituição. A partir destes trabalhos, Theodor Peckolt realizou diversas pesquisas fito-químicas a respeito de nossa flora e publicou o primeiro volume de duas de suas obras: "História das plantas alimentares e de gozo no Brasil" (1871) e "História das plantas medicinais e úteis do Brasil" (1888), pelas quais recebeu do imperador D. Pedro II o oficialato da Ordem da Rosa. Na primeira discorreu sobre os aspectos gerais da agricultura brasileira, o uso e composição química das diversas culturas, e na "História das plantas medicinais e úteis do Brasil" apresentou a descrição botânica, a cultura, a composição química, os usos industriais e o emprego de diversas plantas no tratamento de moléstias.
De 1873 a 1884 foi secretário e membro da seção de botânica da Associação Brasileira de Aclimação, que havia sido fundada em 7 de maio de 1872, na cidade do Rio de Janeiro, tendo como objetivos a introdução, aclimação, domesticação e propagação de espécies animais e vegetais e seu emprego agrícola, industrial, medicinal e outros.
Foi presidente do Club Schubert, uma sociedade musical alemã que havia sido criada em 20 de novembro de 1882 e funcionava na Rua do Passeio, nº 11, na cidade do Rio de Janeiro. Na Sociedade Nacional de Agricultura, criada em 16 de janeiro de 1897, Theodor Peckolt foi patrono da cadeira nº 31. Foi membro correspondente de sociedades farmacêuticas da Áustria e da Rússia, e membro honorário da Sociedad de Geología de Buenos Aires.
Theodor Peckolt trabalhou no Serviço de moléstias de garganta, nariz e ouvido da Policlínica Geral do Rio de Janeiro, entre os anos de 1882 e 1894.
Entre 1885 e 1889 foi professor de química orgânica, biologia e toxicologia da Escola Superior de Farmácia, fundada pelo Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro, em 1884.
O botânico Eugène Pierre Nicolas Fournier (1834-1884) denominou Peckoltia a um novo gênero da família das Asclepiadáceas.
Theodor Peckolt destacou, em 1888, a importância de trabalhos de pesquisa associados à farmacologia:
“Ao publicarmos o resultado dos nossos estudos, não é nosso intuito apresentar a última palavra sobre tudo o que se refere aos vegetais indígenas e exóticos aclimatados entre nós; mas unicamente fornecer um ponto de partida para trabalhos de maior fôlego, que tenham o poder de significar que os médicos e farmacêuticos brasileiros compreendam que não lhes é lícito conservar-se inativos, concorrendo, assim, para que continuem a ser feitas no estrangeiro a maior parte das investigações sobre a flora brasileira”. (Apud SANTOS, 2005, p.669)
Em seus diversos estudos sobre a flora brasileira, Theodor Peckolt fez anotações importantes sobre a geografia dos locais observados, destacando a topografia, a geologia e a hidrografia dos mesmos, relacionando-os com o tipo de vegetal encontrado. Considerou importante o estudo das tradições populares do uso das plantas medicinais para a pesquisa sobre as propriedades terapêuticas, e desta forma Theodor Peckolt pode ser considerado o pai da etnofarmacologia (SANTOS, 2003).Foi considerado o pai da farmacognosia no Brasil, destacando-se neste sentido seu trabalho “Catálogo explicativo da coleção farmacognosia e química orgânica enviado à Exposição de 1866”, de 1866.
Nadja Paraense dos Santos destaca o trabalho de Theodor Peckolt como singular, especialmente se comparado ao de outros farmacêuticos no século XIX no Brasil:
“Seus estudos foram dirigidos pelos moldes da farmacognosia européia, ainda que com lacunas de informações. Conforme ele próprio nos informa em seu livro ´História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil` (1888-1914), não realizava menos de três análises em cada planta para depois publicar, demonstrando ser minucioso e metódico. Outra característica que pode ser notada no amplo leque de seus trabalhos é o fato de quase nunca se restringir a analisar apenas a parte da planta normalmente usada pelo povo. Outro ponto que podemos destacar no trabalho de Peckolt é que ele dava para quase todas as plantas uma sinonímia botânica e popular abundante. Além disto, sempre que possível, ele incluía, também, a sinonímia indígena dos vegetais analisados. Os princípios intrínsecos da farmacognosia, isto é, sistematizar, agrupar e organizar, foram seguidos por Peckolt.” (SANTOS, 2003, p.41)
Em 13 de julho de 1902, por toda sua dedicação e trabalho reconhecidos internacionalmente no exercício de sua profissão, Theodor Peckolt recebeu um álbum com 105 fotografias de professores e pesquisadores de várias nacionalidades, na sua maioria alemães, com dedicatórias e assinaturas.
Theodor Peckolt, então com 89 anos, registrou em cartório, em 28 de outubro de 1911, a venda de sua farmácia para o seu filho, Gustavo Peckolt, igualmente botânico e farmacêutico.
José Ribeiro Monteiro da Silva, diretor da Sociedade Nacional de Agricultura, apresentou na sessão ordinária de 23 de setembro de 1912, uma moção em homenagem a Theodor Peckolt, destacando a importância de sua trajetória:
“Os seus trabalhos sobre a Flora Brasileira são provas documentais de seu merecimento como botânico e químico, tendo analisado para mais de seis mil plantas medicinais e feculentas. De colaboração com o seu digno e ilustre filho, farmacêutico Gustavo Peckolt, escreveu a História das Plantas Medicinais e Úteis do Brasil, em sete fascículos. (...). O Brasil era sua segunda pátria, a quem ele dedicava o amor mais acendrado. O seu nome era tão venerado na Europa, sobretudo na Alemanha, sua pátria, que muitos admiradores lhe ofereceram um esplêndido álbum, com as estampas de algumas plantas que ele estudou, gravadas, na capa, com fotografias da cidade de seu nascimento, da casa paterna, universidade onde estudou, etc.; com as assinaturas em autógrafo dos homens mais notáveis na química e na botânica, como prêmio de seus trabalhos importantíssimos”. (MOÇÃO, 1912, p.140-141)
Produção intelectual
Deixou uma vasta literatura médica, com cerca de 170 publicações, entre artigos em periódicos e livros, sendo 32 em português, 03 em inglês e 135 em alemão. Participou de diversos congressos nacionais e estrangeiros, em que vários de seus trabalhos foram considerados de grande relevo. Theodor Peckolt teve muitas de suas pesquisas publicadas nas principais revistas médicas alemãs: Archiv der Pharmacie Zeitschrift des Allgemeinen Deutschen Apotheker-Vereins, na qual publicou entre 1859 e 1865; Zeitschrift des Allgemeinen Oesterreichischen Apotheker, entre 1865 e 1896, e Berichte der Deutschen Pharmazeutischen Gesellschaft, entre 1896 e 1911.
Produção:
- “Notizen aus Brasilien, bis 1860”. Pharmacie in Brasilien 1851. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins.
- “Brasilianische Zollverhaeltnisse der Droguen. Brasilianische Nutzhoelzer”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins., p.157-179, 1859.
- “Untersuchung der Wurzelrinde von Anchieta salutaris und Anchietin”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p.271-274, 1859.
- “Ponceta end der en farbstoff”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p.291-304, 1859.
- “Pflanzung, Kultur, Ernte und Bereitung des Orleans in Pará urucu von Bixa Orellana”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p. 291-296, 1859.
- “Brasilianische Nutz-und Heilpflanzen 1851 bis 1860. Carnaubapalme”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins.
- “Falva constructor Daudin - Vaginulus reclusus. Parycory. Orlean-bereitung und Kultur in Pará. Soaresia nitida Fr. All. Silvia navilium Fr.Urucurana”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins.
- “Untersuchung des Holzes, der Rinde und des Harzes von Myrocarpus fastigiatus Fr. All.”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins.
- “Undersuchung der Knolle und des Harzes von Ipomoea operculata”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins.
- “Undersuchung des Gummi Sicopira. Bowdichia maior Mart.”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins.
- “Coleção de Pharmacognosia e chimica orgânica enviada a Exposição Nacional de 1861”. Manuscrito.
- “Explicação sobre a coleção farmacognóstica e química da Exposição 1861 no Brasil e Inglaterra”. nach London laiteinisch.
- “O leite da Gamelleira – Leites vegetais em geral”. Gazeta Médica do Rio de Janeiro, p.20, 240- 243, 1863.
- “Vanilla. Die brasilianische Droguen-Ausstellung”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, 1861.
- “Undersuchung des Holzes von Andira anthelmintica”.Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, 1861.
- “Undersuchung von Euphorbia pulcherrima”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins.
- “Croton erytraema Mart., Páo de Sangue, auch Sangue de Drago”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p.291-304, 1861.
- “Untersuchung der Nuesse, Macis und Rinde von Myristica Becuhyba, Schott. 1861”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, 1861.
- “Untersuchung des Saftes (becuibablut) und Fettes ditto”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, 1861.
- “ Untersuchung der Rinde und des Saftes (Sanguis draconis bras.) von Croton erythraema Mart.”.Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p. 143-154, 1861.
- “Explicação sobre a coleção farmacognóstica e química da Exposição 1861 no Brasil e Inglaterra, nach London lateinisch.
- “Undersuchung des Milchsaftes von Urostigma doliaria und Doliarin”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, 1862.
- “Untersuchung des Cajugummi’s Bras. Traganth. Spondias venulosa”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p. 44-52, 1862.
- “Untersuchung des holzes von Feuilia cordifolia, Feullin”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p.219-226, 1862.
-“Untersuchung der Wurzel von Trianosperma ficifolia M. und Trianospermin”.Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p.104-115, 1863.
- “O leite da Gamelleria – Leite vegetaes em geral”. Gazeta Medica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n.20, p.240-243, 15 de outubro, 1863.
- “Untersuchung der Fruchthuelle und Sameu von Lecythis urnigera M. und Acidum lecythis-tanicum”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, p.83-93, 1864.
- “Do Prunus Brasiliensis, Cham.. Memória apresentada à Academia Imperial de Medicina, afim de obter o lugar de seu membro correspondente, 21 de março de 1864”. Gazeta Médica do Rio de Janeiro, 8, p.85-87, 1864.
- “Untersuchung ueber die brasilianische Vanille”.Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1865.
- “Die Mineralquellen Brasiliens”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1865, 7, p.153-159, 1865. “Chemische Untersuchung von Prunus Brasiliensis”.Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 7, p.393-397, 1865.
- “Studien ueber die Seidenkapsein der Schmetterlinge Brasilensis”.Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1865.
- “Untersuchung der Fruechte und des Harzes von Araucaria brasiliana Richt”. Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, 1865.
- “Untersuchung der Blaetter von Palicuria Margraffii und Palicurin etc". Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, 1865.
- “Untersuchung der Knolle und Samen von Pachyrrhizus angulatus”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1865.
- “Untersuchung des Massarandubabaumes. Lucuma procera M. und Massarandubin”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1866.
-“Chemische Untersuchungen der Fruchthuelle und des Haeutchen der Caffebohne”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1866.
- “Studien ueber das Lophophytum mirabile”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1866.
- “Untersuchung der Fruechte von Carpotroche brasiliensis Mart. et Znce, und Carpotochin”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1866.
- “Untersuchung der fruechte und der Samen von Persea gratisima”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1866.
- “Untersuchung der Angoniadarinde. Plumeria lancifolia Muell. Arg. Und Agoniadin”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, [192], p. 34:40, 1866.
- “Catálogo explicativo da coleção farmacognosia e química orgânica enviado à Exposição de 1866”. Manuscrito. Rio de Janeiro, 1º de outubro de 1866.
- “Mitteilungen ueber Brasilien. – Geheimmittel Brasiliens. – Mein Garten. – Bras. Fachnachrichten. – Mineralquellen Brasiliens”.
- “Untersuchung der brasilianischen Suessholzwurzel. Periandra dulcis M.”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 3, p.49-53, 1867.
- “Untersuchung von Ferrerra spectabilis Fr. Allem. und Angelium”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1868.
-“Untersuchung der Ravenala madagascariensis”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins.
- “Carpotroche Brasiliensis von Dr. Theodor Peckolt”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1868.
- “Análises de matéria médica brasileira”. pp 108. Rio de Janeiro: Laemmert & Cia., 1868.
- “Untersuchung der Agoniadarinde. Plumeria lancifolia Mül. Arg. Und Agoniadin".Archiv der Pharmacie des Norddeutschen Apotheker Vereins, [2], p.142:40, 1870.
- “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v. 1. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1871.
- “Untersuchung des Holzes von Tecoma Ipé M. und Chrysophan-saeure”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1873.
- “Untersuchung des aetherischen Oeles von Zanthoxylon Peckoltianum”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1873.
- “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.2. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique Laemmert, 1874.
- “Holzraute: Arruda do mato”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1875.
- “Studien ueber das brasilianische Medizinalwesen”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1876.
- “Untersuchung der Rinde von Cassia bijuga Vog. und Chrysophansaeure”. Zeitschrift des Oesterr. Apotheker Vereins, 1876.
- “História das plantas alimentares e de gozo no Brasil: contendo generalidades sobre a agricultura brasileira, a cultura, uso e composição chimica de cada uma delas”. v.3. Rio de Janeiro: Eduardo & Henrique, 1877.
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Ficha técnica
Pesquisa – Brian Kigler Corrêa Ramos.
Redação – Brian Kigler Corrêa Ramos, Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Consultor – Nadja Paraense dos Santos.
Colaborador - Oswaldo Theodoro Peckolt.
Revisão - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.
Forma de citação
PECKOLT, THEODOR. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 21 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario
Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)