ANDRADE, NUNO FERREIRA DE: mudanças entre as edições
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<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade nasceu em 27 de julho de 1851, na cidade do Rio de Janeiro, e era filho de Camillo Ferreira de Andrade. Sua filha casou-se com Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães, professor e diretor (1930-1931) da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]]. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi conselheiro do Imperador Pedro II (1886), e recebeu o título de Comendador da Ordem de Cristo (1886).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1922.</span></span></p> | <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade nasceu em 27 de julho de 1851, na cidade do Rio de Janeiro, e era filho de Camillo Ferreira de Andrade. Sua filha casou-se com Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães, professor e diretor (1930-1931) da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]]. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi conselheiro do Imperador Pedro II (1886), e recebeu o título de Comendador da Ordem de Cristo (1886).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1922.</span></span></p> | ||
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<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade, aos 17 anos de idade, venceu um concurso para professor de filosofia, o que lhe possibilitou lecionar em colégios de nível secundário, na cidade do Rio de Janeiro, chegando a substituir o teólogo frei Saturnino de Santa Cruz Abreu (FERREIRA, 1965).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Doutorou-se em medicina, em 1875, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com a tese intitulada “Do diagnostico e tratamento das nevroses em geral; Chloral; Polypos naso-pharingeanos; Ataxia muscular progressiva”. Nesta instituição foi substituto de ciências médicas (1877), lente de higiene (1884-1888), e lente da 1ª cadeira de clínica médica (1888), jubilando-se em 1908. No concurso para a cátedra de clínica médica, em 1877, no qual obteve o primeiro lugar com a tese “Physiologia dos epithelios”, concorreu com Júlio Rodrigues de Moura, Candido Barata Ribeiro, [[ABREU,_JOSÉ_BENÍCIO_DE|<u>José Benício de Abreu</u>]], e João Baptista de Lacerda, expressões da medicina no Brasil.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi autor da Memória Histórica da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], de 1879, um relato sobre os principais fatos ocorridos naquele estabelecimento de ensino, o qual permaneceu manuscrito e restrito ao âmbito da Congregação, sem ser divulgado através do Relatório do Ministro do Império, conforme preconizavam os Estatutos de 1854 daquela instituição. Segundo consta ao final no texto da referida Memória, essa fora aprovada somente quanto à veracidade dos fatos, e não quanto às apreciações de seu relator. Nuno Ferreira de Andrade ressaltou, em seu relato, a ineficácia das medidas tomadas pelo Governo Imperial em relação ao ensino médico, após o decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879 (Reforma Leôncio de Carvalho), e deste fato provavelmente decorreu a sua não publicação. Apresentava as seguintes diretrizes para uma reforma de ensino:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O aperfeiçoamento do ensino é, pois, a condição fundamental do aperfeiçoamento do estudo: ambos, vinculados, presos em harmonia perene, dão a resultante progresso. (...) Precisamos, era crença nossa, de elevar o nível do ensino para realçar o plaino da instrução; aguilhoar as vontades com o estímulo da glória científica, suscitar as dedicações ao estudo, coroar os esforços inteligentes, fazer da medicina entre nós uma ciência prática; precisamos diluir na alma dos alunos de hoje o gérmen dos professores de amanhã, abrir amplos horizontes às ambições generosas, dar mais alento ao trabalho, mais ciência aos espíritos e mais esperanças aos corações. (...) Convinha dissipá-las e o decreto de 19 de abril foi o colírio. A intensidade do mal, porém, avocava a energia do remédio e um descuido na dosagem converteu o nevrostenico em irritante. (...) Então, adiado o plano de organização do ensino, esquecida multiplicação dos laboratórios, descurado o incitamento aos cursos livres, conservado o velho e trôpego sistema, quando todos vacilavam, uns por temor outros por incredulidade, ouviu-se a voz solene do Governo e o Aviso de 21 de maio ecoou com o estrepito das trombetas fatídicas de Jericó”. (ANDRADE, 1879, p.17-19) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade ocupou a direção do serviço sanitário do <u>[[HOSPÍCIO DE PEDRO II|Hospício de Pedro II]]</u>, em 1882.<br/> Foi nomeado Inspetor Geral de Saúde dos Portos, pelo decreto de 19 de fevereiro de 1881, e ocupou este cargo até 1889 (''Almanak Laemmert'', 1889). Durante sua atuação na Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, foi criado, em 1886, o Lazareto da Ilha Grande, instalado na enseada do Abrahão (Ilha Grande, Rio de Janeiro), para executar o regime quarentenário vigente na época, face à epidemia de cólera que grassava em várias cidades da Europa e da Ásia. Para dirigir os serviços deste estabelecimento foi nomeado Luis Manoel Pinto Neto, substituído em seguida por Joaquim José da Silva Sardinha (ARAÚJO, 1982). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Posicionou-se contrário à introdução de cadeiras destinadas ao ensino da homeopatia na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], proposta esta apresentada em 1889 por Joaquim Duarte Murtinho ao Governo, manifestando-se enfaticamente perante à Congregação daquela instituição:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Os lentes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo notícia de que talvez seja criada nesta Faculdade uma Cadeira de Medicina homeopática com caráter oficial, deploraram semelhante instituição subversiva da Medicina tradicional; e Considerando que oficialmente ficam despojados do prestígio docente necessário a quem transmite aos seus discípulos a doutrina que aprendem dos seus mestres resolvem: Com o maior sentimento, se realizar a hipótese supra, considerar o ato oficial como significativo da exoneração coletiva dos mesmos lentes, que se demitirão”. (Apud LOBO, 1968, p.84)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Assinaram, também, este documento [[GOUVÊA,_HILÁRIO_SOARES_DE|<u>Hilário Soares de Gouvêa</u>]], Pedro Affonso de Carvalho Franco, e Erico Marinho da Gama Coelho, então diretor da <u>[[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeir]]o</u>.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre 1900 e 1901 estabeleceu, também, uma polêmica com o médico homeopata Francisco de Menezes Dias da Cruz (filho), um dos fundadores da <u>[[FACULDADE HAHNEMANNIANA|Faculdade Hahnemanniana]]</u> e presidente do [[INSTITUTO_HAHNEMANNIANO_FLUMINENSE|<u>Instituto Hahnemanniano Fluminense</u>]] (1926-1930). Nuno Ferreira de Andrade conquistou admiradores e desafetos, sendo chamado por um deputado de “sabiá xarope”, porque falava bem e com facilidade de expressão (FERREIRA, 1965).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ainda no campo da saúde pública, Nuno Ferreira de Andrade foi o primeiro diretor geral da Diretoria Geral de Saúde Pública, estabelecida a partir da fusão das atribuições do <u>[[INSTITUTO SANITÁRIO FEDERAL|Instituto Sanitário Federal]]</u> e da Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, ocupando este cargo de 11 de fevereiro de 1897 até 23 de março de 1903. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após a instauração do governo republicano no Brasil, transferiu-se para a Europa, onde dedicou-se ao estudo da economia política, na Sorbonne (Paris), mas sem abandonar a medicina, pois durante sua estadia na França manteve contato com o fisiologista Charles Robert Richet (1850-1935), com Leroy-Beaulieu e com o neurologista Jean Martin Charcot (1825-1893).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade foi presidente da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]] (1900-1901;1901-1903). Integrou a comissão, criada no 2º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia (Rio de Janeiro, 16-26/09/1889), promovido pela [[SOCIEDADE_DE_MEDICINA_E_CIRURGIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro</u>]], para elaborar um plano para a organização sanitária no país, da qual também participavam Benjamin Antônio da Rocha Faria, Aureliano Gonçalves de Souza Portugal, Antônio Augusto de Azevedo Sodré, Domingos de Almeida Martins Costa, [[ABREU,_JOSÉ_BENÍCIO_DE|José Benício de Abreu]], Manuel Victorino Pereira, Domingos José Freire Júnior e João Baptista de Lacerda.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Atuou também em outros setores da administração pública, tendo sido diretor (1912) da Caixa de Conversão, subordinada ao Ministério da Fazenda. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi redator-chefe do periódico Imprensa Acadêmica, periódico de estudantes de medicina. Após 1905 dedicou-se mais à carreira jornalística, atuando como redator dos jornais ''A Ordem'' e de ''O Paiz'', sendo que neste assinava crônicas com o pseudônimo Felicio Terra. No Jornal do Brasil foi redator-chefe sendo substituído, quando de seu falecimento, por Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho. No Boletim da Associação Comercial foi redator, orientando um amplo debate sobre o café.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade participou, como conferencista, da tribuna das Conferências Populares da Glória, quando um grupo de professores, e de alunos, da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], liderados por Francisco Praxedes de Andrade Pertence, ocupou, entre agosto e dezembro de 1880, este espaço para expor a precariedade do ensino médico praticado no país. As Conferências Populares da Glória, que eram assim denominadas por se realizarem em escolas públicas na Freguesia da Glória, no Município da Corte, iniciaram-se em 23/11/1873 sob a coordenação de Manuel Francisco Correia, senador do Império, e tinham como principal objetivo a instrução do povo. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Carlos Lacaz (1971) destacou, na trajetória de Nuno Ferreira de Andrade, seus trabalhos sobre a fisiologia dos epitélios (tese de concurso para substituto da seção médica), as condições patogênicas da anúria, a natureza e o diagnóstico da alienação mental, o aneurisma parcial do miocárdio, a estenose mitral, a peste bubônica em Santos, os bacilos pseudo-tuberculosos, a profilaxia da febre amarela, e a artério-esclerose, além de seus escritos políticos e econômicos (1905-1922).</span></span><br/> </p> | <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade, aos 17 anos de idade, venceu um concurso para professor de filosofia, o que lhe possibilitou lecionar em colégios de nível secundário, na cidade do Rio de Janeiro, chegando a substituir o teólogo frei Saturnino de Santa Cruz Abreu (FERREIRA, 1965).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Doutorou-se em medicina, em 1875, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com a tese intitulada “Do diagnostico e tratamento das nevroses em geral; Chloral; Polypos naso-pharingeanos; Ataxia muscular progressiva”. Nesta instituição foi substituto de ciências médicas (1877), lente de higiene (1884-1888), e lente da 1ª cadeira de clínica médica (1888), jubilando-se em 1908. No concurso para a cátedra de clínica médica, em 1877, no qual obteve o primeiro lugar com a tese “Physiologia dos epithelios”, concorreu com Júlio Rodrigues de Moura, Candido Barata Ribeiro, [[ABREU,_JOSÉ_BENÍCIO_DE|<u>José Benício de Abreu</u>]], e João Baptista de Lacerda, expressões da medicina no Brasil.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi autor da Memória Histórica da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], de 1879, um relato sobre os principais fatos ocorridos naquele estabelecimento de ensino, o qual permaneceu manuscrito e restrito ao âmbito da Congregação, sem ser divulgado através do Relatório do Ministro do Império, conforme preconizavam os Estatutos de 1854 daquela instituição. Segundo consta ao final no texto da referida Memória, essa fora aprovada somente quanto à veracidade dos fatos, e não quanto às apreciações de seu relator. Nuno Ferreira de Andrade ressaltou, em seu relato, a ineficácia das medidas tomadas pelo Governo Imperial em relação ao ensino médico, após o decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879 (Reforma Leôncio de Carvalho), e deste fato provavelmente decorreu a sua não publicação. Apresentava as seguintes diretrizes para uma reforma de ensino:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“O aperfeiçoamento do ensino é, pois, a condição fundamental do aperfeiçoamento do estudo: ambos, vinculados, presos em harmonia perene, dão a resultante progresso. (...) Precisamos, era crença nossa, de elevar o nível do ensino para realçar o plaino da instrução; aguilhoar as vontades com o estímulo da glória científica, suscitar as dedicações ao estudo, coroar os esforços inteligentes, fazer da medicina entre nós uma ciência prática; precisamos diluir na alma dos alunos de hoje o gérmen dos professores de amanhã, abrir amplos horizontes às ambições generosas, dar mais alento ao trabalho, mais ciência aos espíritos e mais esperanças aos corações. (...) Convinha dissipá-las e o decreto de 19 de abril foi o colírio. A intensidade do mal, porém, avocava a energia do remédio e um descuido na dosagem converteu o nevrostenico em irritante. (...) Então, adiado o plano de organização do ensino, esquecida multiplicação dos laboratórios, descurado o incitamento aos cursos livres, conservado o velho e trôpego sistema, quando todos vacilavam, uns por temor outros por incredulidade, ouviu-se a voz solene do Governo e o Aviso de 21 de maio ecoou com o estrepito das trombetas fatídicas de Jericó”. (ANDRADE, 1879, p.17-19) </span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade ocupou a direção do serviço sanitário do <u>[[HOSPÍCIO DE PEDRO II|Hospício de Pedro II]]</u>, em 1882.<br/> Foi nomeado Inspetor Geral de Saúde dos Portos, pelo decreto de 19 de fevereiro de 1881, e ocupou este cargo até 1889 (''Almanak Laemmert'', 1889). Durante sua atuação na Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, foi criado, em 1886, o Lazareto da Ilha Grande, instalado na enseada do Abrahão (Ilha Grande, Rio de Janeiro), para executar o regime quarentenário vigente na época, face à epidemia de cólera que grassava em várias cidades da Europa e da Ásia. Para dirigir os serviços deste estabelecimento foi nomeado Luis Manoel Pinto Neto, substituído em seguida por Joaquim José da Silva Sardinha (ARAÚJO, 1982). </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Posicionou-se contrário à introdução de cadeiras destinadas ao ensino da homeopatia na [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], proposta esta apresentada em 1889 por Joaquim Duarte Murtinho ao Governo, manifestando-se enfaticamente perante à Congregação daquela instituição:</span></span></p> <blockquote><p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">“Os lentes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo notícia de que talvez seja criada nesta Faculdade uma Cadeira de Medicina homeopática com caráter oficial, deploraram semelhante instituição subversiva da Medicina tradicional; e Considerando que oficialmente ficam despojados do prestígio docente necessário a quem transmite aos seus discípulos a doutrina que aprendem dos seus mestres resolvem: Com o maior sentimento, se realizar a hipótese supra, considerar o ato oficial como significativo da exoneração coletiva dos mesmos lentes, que se demitirão”. (Apud LOBO, 1968, p.84)</span></span></p> </blockquote> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Assinaram, também, este documento [[GOUVÊA,_HILÁRIO_SOARES_DE|<u>Hilário Soares de Gouvêa</u>]], Pedro Affonso de Carvalho Franco, e Erico Marinho da Gama Coelho, então diretor da <u>[[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|Faculdade de Medicina do Rio de Janeir]]o</u>.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Entre 1900 e 1901 estabeleceu, também, uma polêmica com o médico homeopata Francisco de Menezes Dias da Cruz (filho), um dos fundadores da <u>[[FACULDADE HAHNEMANNIANA|Faculdade Hahnemanniana]]</u> e presidente do [[INSTITUTO_HAHNEMANNIANO_FLUMINENSE|<u>Instituto Hahnemanniano Fluminense</u>]] (1926-1930). Nuno Ferreira de Andrade conquistou admiradores e desafetos, sendo chamado por um deputado de “sabiá xarope”, porque falava bem e com facilidade de expressão (FERREIRA, 1965).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Ainda no campo da saúde pública, Nuno Ferreira de Andrade foi o primeiro diretor geral da Diretoria Geral de Saúde Pública, estabelecida a partir da fusão das atribuições do <u>[[INSTITUTO SANITÁRIO FEDERAL|Instituto Sanitário Federal]]</u> e da Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, ocupando este cargo de 11 de fevereiro de 1897 até 23 de março de 1903. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Após a instauração do governo republicano no Brasil, transferiu-se para a Europa, onde dedicou-se ao estudo da economia política, na Sorbonne (Paris), mas sem abandonar a medicina, pois durante sua estadia na França manteve contato com o fisiologista Charles Robert Richet (1850-1935), com Leroy-Beaulieu e com o neurologista Jean Martin Charcot (1825-1893).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade foi presidente da [[ACADEMIA_IMPERIAL_DE_MEDICINA|<u>Academia Imperial de Medicina</u>]] (1900-1901;1901-1903). Integrou a comissão, criada no 2º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia (Rio de Janeiro, 16-26/09/1889), promovido pela [[SOCIEDADE_DE_MEDICINA_E_CIRURGIA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro</u>]], para elaborar um plano para a organização sanitária no país, da qual também participavam Benjamin Antônio da Rocha Faria, Aureliano Gonçalves de Souza Portugal, Antônio Augusto de Azevedo Sodré, Domingos de Almeida Martins Costa, [[ABREU,_JOSÉ_BENÍCIO_DE|José Benício de Abreu]], Manuel Victorino Pereira, Domingos José Freire Júnior e [[LACERDA FILHO, JOÃO BAPTISTA DE|<u>João Baptista de Lacerda.</u>]]</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Atuou também em outros setores da administração pública, tendo sido diretor (1912) da Caixa de Conversão, subordinada ao Ministério da Fazenda. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi redator-chefe do periódico Imprensa Acadêmica, periódico de estudantes de medicina. Após 1905 dedicou-se mais à carreira jornalística, atuando como redator dos jornais ''A Ordem'' e de ''O Paiz'', sendo que neste assinava crônicas com o pseudônimo Felicio Terra. No Jornal do Brasil foi redator-chefe sendo substituído, quando de seu falecimento, por Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho. No Boletim da Associação Comercial foi redator, orientando um amplo debate sobre o café.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Nuno Ferreira de Andrade participou, como conferencista, da tribuna das Conferências Populares da Glória, quando um grupo de professores, e de alunos, da [[FACULDADE_DE_MEDICINA_DO_RIO_DE_JANEIRO|<u>Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro</u>]], liderados por Francisco Praxedes de Andrade Pertence, ocupou, entre agosto e dezembro de 1880, este espaço para expor a precariedade do ensino médico praticado no país. As Conferências Populares da Glória, que eram assim denominadas por se realizarem em escolas públicas na Freguesia da Glória, no Município da Corte, iniciaram-se em 23/11/1873 sob a coordenação de Manuel Francisco Correia, senador do Império, e tinham como principal objetivo a instrução do povo. </span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Carlos Lacaz (1971) destacou, na trajetória de Nuno Ferreira de Andrade, seus trabalhos sobre a fisiologia dos epitélios (tese de concurso para substituto da seção médica), as condições patogênicas da anúria, a natureza e o diagnóstico da alienação mental, o aneurisma parcial do miocárdio, a estenose mitral, a peste bubônica em Santos, os bacilos pseudo-tuberculosos, a profilaxia da febre amarela, e a artério-esclerose, além de seus escritos políticos e econômicos (1905-1922).</span></span><br/> </p> | ||
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Outros nomes e/ou títulos: Andrade, Nuno de
Resumo: Nuno Ferreira de Andrade nasceu em 27 de julho de 1851, na cidade do Rio de Janeiro, e faleceu na mesma cidade em 17 de dezembro de 1922. Na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro doutorou-se em medicina em 1875, foi substituto de ciências médicas, lente de higiene, e lente da cadeira de clínica médica. Foi diretor do serviço sanitário do Hospício de Pedro II (1882), Inspetor Geral de Saúde dos Portos, e diretor da Diretoria Geral de Saúde Pública entre 1897-1903.
Dados pessoais
Nuno Ferreira de Andrade nasceu em 27 de julho de 1851, na cidade do Rio de Janeiro, e era filho de Camillo Ferreira de Andrade. Sua filha casou-se com Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães, professor e diretor (1930-1931) da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Foi conselheiro do Imperador Pedro II (1886), e recebeu o título de Comendador da Ordem de Cristo (1886).
Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 17 de dezembro de 1922.
Trajetória profissional
Nuno Ferreira de Andrade, aos 17 anos de idade, venceu um concurso para professor de filosofia, o que lhe possibilitou lecionar em colégios de nível secundário, na cidade do Rio de Janeiro, chegando a substituir o teólogo frei Saturnino de Santa Cruz Abreu (FERREIRA, 1965).
Doutorou-se em medicina, em 1875, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, com a tese intitulada “Do diagnostico e tratamento das nevroses em geral; Chloral; Polypos naso-pharingeanos; Ataxia muscular progressiva”. Nesta instituição foi substituto de ciências médicas (1877), lente de higiene (1884-1888), e lente da 1ª cadeira de clínica médica (1888), jubilando-se em 1908. No concurso para a cátedra de clínica médica, em 1877, no qual obteve o primeiro lugar com a tese “Physiologia dos epithelios”, concorreu com Júlio Rodrigues de Moura, Candido Barata Ribeiro, José Benício de Abreu, e João Baptista de Lacerda, expressões da medicina no Brasil.
Foi autor da Memória Histórica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, de 1879, um relato sobre os principais fatos ocorridos naquele estabelecimento de ensino, o qual permaneceu manuscrito e restrito ao âmbito da Congregação, sem ser divulgado através do Relatório do Ministro do Império, conforme preconizavam os Estatutos de 1854 daquela instituição. Segundo consta ao final no texto da referida Memória, essa fora aprovada somente quanto à veracidade dos fatos, e não quanto às apreciações de seu relator. Nuno Ferreira de Andrade ressaltou, em seu relato, a ineficácia das medidas tomadas pelo Governo Imperial em relação ao ensino médico, após o decreto nº 7.247, de 19 de abril de 1879 (Reforma Leôncio de Carvalho), e deste fato provavelmente decorreu a sua não publicação. Apresentava as seguintes diretrizes para uma reforma de ensino:
“O aperfeiçoamento do ensino é, pois, a condição fundamental do aperfeiçoamento do estudo: ambos, vinculados, presos em harmonia perene, dão a resultante progresso. (...) Precisamos, era crença nossa, de elevar o nível do ensino para realçar o plaino da instrução; aguilhoar as vontades com o estímulo da glória científica, suscitar as dedicações ao estudo, coroar os esforços inteligentes, fazer da medicina entre nós uma ciência prática; precisamos diluir na alma dos alunos de hoje o gérmen dos professores de amanhã, abrir amplos horizontes às ambições generosas, dar mais alento ao trabalho, mais ciência aos espíritos e mais esperanças aos corações. (...) Convinha dissipá-las e o decreto de 19 de abril foi o colírio. A intensidade do mal, porém, avocava a energia do remédio e um descuido na dosagem converteu o nevrostenico em irritante. (...) Então, adiado o plano de organização do ensino, esquecida multiplicação dos laboratórios, descurado o incitamento aos cursos livres, conservado o velho e trôpego sistema, quando todos vacilavam, uns por temor outros por incredulidade, ouviu-se a voz solene do Governo e o Aviso de 21 de maio ecoou com o estrepito das trombetas fatídicas de Jericó”. (ANDRADE, 1879, p.17-19)
Nuno Ferreira de Andrade ocupou a direção do serviço sanitário do Hospício de Pedro II, em 1882.
Foi nomeado Inspetor Geral de Saúde dos Portos, pelo decreto de 19 de fevereiro de 1881, e ocupou este cargo até 1889 (Almanak Laemmert, 1889). Durante sua atuação na Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, foi criado, em 1886, o Lazareto da Ilha Grande, instalado na enseada do Abrahão (Ilha Grande, Rio de Janeiro), para executar o regime quarentenário vigente na época, face à epidemia de cólera que grassava em várias cidades da Europa e da Ásia. Para dirigir os serviços deste estabelecimento foi nomeado Luis Manoel Pinto Neto, substituído em seguida por Joaquim José da Silva Sardinha (ARAÚJO, 1982).
Posicionou-se contrário à introdução de cadeiras destinadas ao ensino da homeopatia na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, proposta esta apresentada em 1889 por Joaquim Duarte Murtinho ao Governo, manifestando-se enfaticamente perante à Congregação daquela instituição:
“Os lentes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo notícia de que talvez seja criada nesta Faculdade uma Cadeira de Medicina homeopática com caráter oficial, deploraram semelhante instituição subversiva da Medicina tradicional; e Considerando que oficialmente ficam despojados do prestígio docente necessário a quem transmite aos seus discípulos a doutrina que aprendem dos seus mestres resolvem: Com o maior sentimento, se realizar a hipótese supra, considerar o ato oficial como significativo da exoneração coletiva dos mesmos lentes, que se demitirão”. (Apud LOBO, 1968, p.84)
Assinaram, também, este documento Hilário Soares de Gouvêa, Pedro Affonso de Carvalho Franco, e Erico Marinho da Gama Coelho, então diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
Entre 1900 e 1901 estabeleceu, também, uma polêmica com o médico homeopata Francisco de Menezes Dias da Cruz (filho), um dos fundadores da Faculdade Hahnemanniana e presidente do Instituto Hahnemanniano Fluminense (1926-1930). Nuno Ferreira de Andrade conquistou admiradores e desafetos, sendo chamado por um deputado de “sabiá xarope”, porque falava bem e com facilidade de expressão (FERREIRA, 1965).
Ainda no campo da saúde pública, Nuno Ferreira de Andrade foi o primeiro diretor geral da Diretoria Geral de Saúde Pública, estabelecida a partir da fusão das atribuições do Instituto Sanitário Federal e da Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, ocupando este cargo de 11 de fevereiro de 1897 até 23 de março de 1903.
Após a instauração do governo republicano no Brasil, transferiu-se para a Europa, onde dedicou-se ao estudo da economia política, na Sorbonne (Paris), mas sem abandonar a medicina, pois durante sua estadia na França manteve contato com o fisiologista Charles Robert Richet (1850-1935), com Leroy-Beaulieu e com o neurologista Jean Martin Charcot (1825-1893).
Nuno Ferreira de Andrade foi presidente da Academia Imperial de Medicina (1900-1901;1901-1903). Integrou a comissão, criada no 2º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia (Rio de Janeiro, 16-26/09/1889), promovido pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, para elaborar um plano para a organização sanitária no país, da qual também participavam Benjamin Antônio da Rocha Faria, Aureliano Gonçalves de Souza Portugal, Antônio Augusto de Azevedo Sodré, Domingos de Almeida Martins Costa, José Benício de Abreu, Manuel Victorino Pereira, Domingos José Freire Júnior e João Baptista de Lacerda.
Atuou também em outros setores da administração pública, tendo sido diretor (1912) da Caixa de Conversão, subordinada ao Ministério da Fazenda.
Foi redator-chefe do periódico Imprensa Acadêmica, periódico de estudantes de medicina. Após 1905 dedicou-se mais à carreira jornalística, atuando como redator dos jornais A Ordem e de O Paiz, sendo que neste assinava crônicas com o pseudônimo Felicio Terra. No Jornal do Brasil foi redator-chefe sendo substituído, quando de seu falecimento, por Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho. No Boletim da Associação Comercial foi redator, orientando um amplo debate sobre o café.
Nuno Ferreira de Andrade participou, como conferencista, da tribuna das Conferências Populares da Glória, quando um grupo de professores, e de alunos, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, liderados por Francisco Praxedes de Andrade Pertence, ocupou, entre agosto e dezembro de 1880, este espaço para expor a precariedade do ensino médico praticado no país. As Conferências Populares da Glória, que eram assim denominadas por se realizarem em escolas públicas na Freguesia da Glória, no Município da Corte, iniciaram-se em 23/11/1873 sob a coordenação de Manuel Francisco Correia, senador do Império, e tinham como principal objetivo a instrução do povo.
Carlos Lacaz (1971) destacou, na trajetória de Nuno Ferreira de Andrade, seus trabalhos sobre a fisiologia dos epitélios (tese de concurso para substituto da seção médica), as condições patogênicas da anúria, a natureza e o diagnóstico da alienação mental, o aneurisma parcial do miocárdio, a estenose mitral, a peste bubônica em Santos, os bacilos pseudo-tuberculosos, a profilaxia da febre amarela, e a artério-esclerose, além de seus escritos políticos e econômicos (1905-1922).
Produção intelectual
- “Do diagnostico e tratamento das nevroses em geral; Chloral; Polypos naso-pharingeanos; Ataxia muscular progressiva”. Rio de Janeiro, 1875. Tese (Doutoramento) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Typ. Universal, 1875.
- “Injeções hipodérmicas de quinino”. [s.l.]: [s.n.], 1875.
- “Filosofismo Médico”. Conferência nº 138, em 19/08.1875. Diario Oficial do Império, n.193, ano XV, págs. 2 e 4, 21/08/1875.
- “Aclimatamento dos europeus nos países quentes”. Conferência Popular da Glória nº 170, em 02/04/1876. In: CONFERÊNCIAS Populares. Rio de Janeiro, n.3, março 1876.
- “Dos banhos em geral”. Conferência Popular da Glória nº 174, em 30/04/1876. In: CONFERÊNCIAS Populares. Rio de Janeiro, n.4, abril 1876.
- “Physiologia dos epithelios”. Rio de Janeiro, 1877. Tese (concurso para o lugar de substituto da seção médica) – Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger, 1877.
- “A tisana de Zitmann”. [s.l.]: [s.n.], 1877.
- “Das condições pathologicas da anuria e do valor de seus symptomas na prognose das febres graves”. Revista Medica, Rio de Janeiro, págs.17, 33, 49, 72, e 81, 1877.
- “Das allucinações”. Revista Medica, Rio de Janeiro, págs. 59, 67, 89 e 103, 1877.
- “Periencefalites difusas”. [s.l.]: [s.n.], 1877.
- “Memoria historica dos acontecimentos mais notaveis, occorridos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1879”. (não foi publicada).
- “Da natureza e do diagnostico da alienação mental”. Annaes Brasiliensis de Medicina, Rio de Janeiro, tomo 31, págs.136,311 e 488, 1879-1880; tomo 32, págs.18, 141 e 255, 1880-1881.
- “Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro: Sessão solemne de 30 de novembro de 1881. Discurso proferido em nome da congregação na augusta presença de S. M. o Imperador”. Rio de Janeiro: Typ. Nacional, 1882.
- “O hospital de Jurujuba”. [s.l.]: [s.n.], 1888.
- “Observação de aneurisma parcial do miocardio, simulando insuficiência tricuspide”. Relatório do 1º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia. Rio de Janeiro: [s.n.], 1888.
- “Águas pluviais”. [s.l.]: [s.n.], 1888.
- “Da estenose mitral”. Revista dos Cursos Práticos e Teóricos da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro [s.l.]: [s.n.], 1888.
- “Saneamento do Rio de Janeiro”. [s.l.]: [s.n.], 1896.
- “Contribuição ao estudo da mortalidade no Rio de Janeiro”. [s.l.]: [s.n.], 1898.
- “A peste bubonica em Santos”. [s.l.]: [s.n.], 1899.
- “Hemi-espasmo glosso-labial”. [s.l.]: [s.n.], 1899.
- “Convenio sanitario”. [s.l.]: [s.n.], 1900.
- “A peste bubonicca”. [s.l.]: [s.n.], 1901.
- “Bacilos pseudo-tuberculosos”. [s.l.]: [s.n.], 1901.
- “O microbio da tisica”. [s.l.]: [s.n.], 1901.
- “A evolução da patogenia”. [s.l.]: [s.n.], 1902.
- “Profilaxia da febre amarela”. [s.l.]: [s.n.], 1902.
- “Germes invisiveis”. [s.l.]: [s.n.], 1902.
- “Febre amarela e mosquito”. Rio de Janeiro: Tip. do Jornal do Commercio, 1903.
- “Arterio-esclerose”. [s.l.]: [s.n.], 1905.
- “Escritos politicos e economicos”. [s.l.]: [s.n.], 1905-1922.
- “Contos e cronicas” (com o pseudônimo Felicio Terra). [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
- “Imagens” (com o pseudônimo Felicio Terra). [s.l.]: [s.n.], [s.d.].
Fontes
- ANDRADE, Nuno de. Memoria historica dos acontecimentos mais notaveis, occorridos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1879. Manuscrita. 1879. (CCS-UFRJ)
- ARAÚJO, Achilles Ribeiro de. A Assistência Médica Hospitalar no Rio de Janeiro no século XIX. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura; Conselho Federal de Cultura, 1982. (BCOC)
- BRASIL. Decreto nº7.247, de 19 de abril de 1879. In: SENADO FEDERAL. Portal Legislação. Capturado em 24 jul. 2020. Online. Disponível na Internet: http://legis.senado.leg.br/norma/580064/publicacao?tipoDocumento=DEC-n&tipoTexto=PUB
- NUNO Ferreira de Andrade In: BLAKE, Augusto Victorino Alves Sacramento. Diccionario Bibliographico Brazileiro. Sexto volume. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1900. p.319. In: Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Acervo Digital. Capturado em 10 jun. 2020. Online. Disponível na Internet: https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/5451
- ENSINO Médico no Brasil (1808-1907): um repertório de fontes arquivísticas e bibliográficas. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz, 1999. CD-ROM. (BCOC)
- LACAZ, Carlos da Silva. Vultos da Medicina Brasileira. São Paulo: Laboratório Pfizer do Brasil, 1971. (BCOC)
- LOBO, Francisco Bruno. O ensino da medicina no Rio de Janeiro. v. III. Homeopatia. Rio de Janeiro: [Oficina Gráfica da Universidade Federal do Rio de Janeiro], 1968. (BCOC)
- MAGALHÃES, Fernando. O Centenário da Faculdade de Medicina 1832-1932. Rio de Janeiro: Tip. A. P. Barthel, 1932. (BMANG)
- NUNO Ferreira de Andrade. In: ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA. Capturado em 8 out. 2020. Online. Disponível na Internet: https://www.anm.org.br/nuno-ferreira-de-andrade/
- FERREIRA, José Carvalho. Nuno Ferreira de Andrade, Patrono da Cadeira nº 60. Revista da Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro, n.1, p. 129-132, jan./fev./mar. 1965. (ANM)
- SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro. História Geral da Medicina Brasileira. São Paulo: HUCITEC/EDUSP, 1991. v. 2. (BCCBB)
Ficha técnica
Pesquisa - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Redação - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão - Francisco José Chagas Madureira.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.
Forma de citação
ANDRADE, NUNO FERREIRA DE. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 21 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario
Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)