ABREU, MANOEL DIAS DE: mudanças entre as edições

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Edição atual tal como às 20h25min de 23 de agosto de 2023

Outros nomes e/ou títulos: Abreu, Manoel de 

Resumo: Manoel Dias de Abreu nasceu, na cidade de São Paulo, em 4 de janeiro de 1892. Formou-se, em 1913, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, e desenvolveu posteriormente vários estudos sobre a formação da imagem, que resultaram na radiogeometria. Destacou-se na luta contra a tuberculose, e revolucionou os métodos da pesquisa radiológica, com a fotografia do écran fluoroscópio - hoje conhecida como abreugrafia. Faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1962.

Dados pessoais

Manoel Dias de Abreu nasceu na cidade de São Paulo em 4 de janeiro de 1892 (segundo Carlos da Silva Lacaz o ano seria 1894). Era o terceiro filho do casal Júlio Antunes de Abreu, português da província do Minho, e Mercedes da Rocha Dias, natural de Sorocaba (Estado de São Paulo). Até o ano de 1908, viveu entre o Brasil e Portugal. Casou-se, em São Paulo, em 7 de setembro de 1929, com Dulcie Evers.   

Faleceu em decorrência de um câncer de pulmão, na Casa de Saúde São Sebastião, na cidade do Rio de Janeiro, em 30 de abril de 1962 (30 de janeiro segundo Carlos da Silva Lacaz), tendo sido enterrado na cidade de São Paulo.

Trajetória profissional

Manoel Dias de Abreu realizou seus primeiros estudos na American School, fundada em 1870, e no Hydecroft College (depois denominado Gymnasio Hydecroft), criado em 1897, ambas instituições na capital paulista, e os preparatórios na Faculdade de Direito de São Paulo. Matriculou-se com apenas 15 anos na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde diplomou-se em 23 de dezembro de 1913 com a tese intitulada "Natureza Pobre", que tratava da influência do clima tropical sobre a civilização. O jornal Correio Paulistano, em sua edição de 13 de julho de 1914 comentou sobre a tese recém defendida:

“O trabalho, que é um bello e minucioso estudo sobre hygiene social, foi aprovado com distincção, honra essa que dispensa qualquer elogio. Inspirou a presente these o Brasil do norte, tão devastado pela penúria e tão afogado e immovel no seu letargo, como uma múmia nas suas faixas seculares. E o clima, a temperatura tórrida e extenuante que rebenta essas selvas, essas perspectivas barbaras e augustas, é a soberana responsavel por esse estado angustioso da parte septentrional do paiz. Assim acredita o autor do trabalho, que produziu um estudo social e medico. Faz sociologia observando sempre a vida, preso à physiologia. Não se embrenha em divagações estereis. É como medico que estuda a hygiene social – a maior força de aperfeiçoamento humano. Principia por dissertar aobre a natureza tropical, em cujo brilhante capitulo se aliam aos grandes conhecimentos históricos a elegância da forma e o ouro de lei da sua sciencia; passa depois aos factores sociaes, aos climas do Brasil em geral.  Estuda ainda proficientemente o mestiço, os Estados do sul e os do norte, sempre tirando concussões de méritos reaes. A these do dr. Manuel Dias de Abreu, em cujo texto avultam as citações escolhidas que a documentam, tem um cunho muito próprio original. É vazada numa forma clara e precisa que muito a recomenda: uma obra scientifica, em summa, trabalhada em prosa literária.” (LETRAS, 1914, p.3)

Logo em seguida, partiu para a Europa para aperfeiçoar seus estudos, acompanhado dos pais, do irmão Júlio Antunes de Abreu Júnior e da irmã Mercedes Dias de Abreu. Com a 1ª Guerra Mundial, teve de ficar em Lisboa até mudar-se, em 1915, para Paris, onde permaneceu por 8 anos. Durante seu período na capital francesa freqüentou o serviço de Anatole Marie Émile Chauffard (1855-1932) no Hôpital Saint Antoine, e trabalhou no Nouvel Hôpital de la Pitié, com Gaston Lion (1861-1942), sendo encarregado de fotografar peças cirúrgicas, e foi nesta ocasião que desenvolveu um dispositivo para fotografar a mucosa gástrica. 

Segundo Rubens Bedrikow (2003) foi em 1916, quando freqüentou o serviço chefiado por Nicolas Augustin Gilbert (1858-1927) no Hôtel-Dieu, em Paris, que Manoel Dias de Abreu despertou para a emergente especialidade, criada em 1895, pelo cientista alemão Wilhelm Conrad Röentgen (1845-1923). Bedrikow ainda reproduz em seu artigo trechos do livro “Vida e Obra de Manoel de Abreu, o criador da abreugrafia”, de Itazílio dos Santos, nos quais é narrada a experiência de Manoel Dias de Abreu com o diagnóstico radiológico de tuberculose em um paciente, cujo exame propedêutico clínico, realizado por Nicolas Augustin Gilbert, não havia revelado nada de anormal: 

“[...] Depois de examiná-lo, exaustivamente, conforme as normas de propedêutica clínica, através da percussão e da auscultação, disse, descansando sobre a mesa o estetoscópio, em tom categórico: - Não há nada de anormal no tórax. Não se trata, certamente, de uma afecção pulmonar, ou pleural. Mas...Você, de Abreu, vai levá-lo ao laboratório de Radiologia....A chapa confirmará o exame clínico....Feita a chapa, Abreu levou-a ainda molhada e presa aos grampos com os quais deveria voltar à solução fixadora, a seu mestre....Tomando a chapa nas mãos, Gilbert suspendeu-a em face da janela, para examiná-la por transparência...Não pôde esconder mais do que a sua surpresa, o seu espanto, ante o quadro que se lhe deparava aos olhos, de uma tuberculose avançada, complicada de piopneumotórax....aquela contradição entre o achado clínico e o achado radiológico era resultante da transição que experimentavam os conhecimentos médicos na ocasião...a radiologia ensaiava seus primeiros passos...para ele, Abreu, aquela contradição chocante, entre a estetacústica e a radiologia, teve uma grande significação”. (Apud BEDRIKOW, 2003)

Manoel Dias de Abreu assumiu, a convite de Nicolas Augustin Gilbert, a chefia do Laboratório Central de Radiologia do Hôtel-Dieu, substituindo Hyacinthe Guilleminot (1869-1922), que se afastara para servir na 1ª Guerra Mundial. Dedicou-se, então, integralmente ao estudo e à prática da especialidade, apresentando pouco tempo depois uma comunicação na Academie de Medicine de Paris, e na Société de Radiologie, intitulada “La densimetrie pulmonair”.

Ainda em Paris foi assistente (1917-1918) do professor Gérard Maingot, chefe de radiologia do Hôpital Laennec, quando aperfeiçoou-se na radiologia pulmonar e desenvolveu a densimetria (mensuração das diferentes densidades). Neste mesmo hospital visualizou, pela primeira vez, na fotografia do écran fluorescente, o meio de realizar o exame do tórax, em larga escala e a baixo custo, para detectar a tuberculose pulmonar. Rubens Bedrikow (2003) afirma que, em decorrência de obstáculos técnicos, Manoel Dias de Abreu não pode desenvolver a abreugrafia já no ano de 1919. 

Na década de 1920, Manoel Dias de Abreu desenvolveu estudos sobre a formação da imagem, que resultaram na radiogeometria. Ao retornar ao Brasil, em 1922, deparou-se com uma epidemia de tuberculose no Rio de Janeiro e, em 1924 realizou uma segunda tentativa de obter a fotografia do écran, mas sem sucesso. Prosseguiu na luta contra a tuberculose e por sua influência e de José Plácido Barbosa da Silva (RIBEIRO, 1986), chefe da Inspetoria de Profilaxia contra a Tuberculose, criada em 1º de janeiro de 1921, foi instalado neste estabelecimento o primeiro Serviço de Radiologia na cidade do Rio de Janeiro, com um dispensário destinado ao diagnóstico daquela doença. 

Em novembro de 1922, foi nomeado médico do Serviço de Pronto Socorro, no município do Rio de Janeiro.

Ao assumir a chefia do Serviço de Radiologia do Hospital Jesus, a pedido do médico e prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Pedro Ernesto do Rego Batista (1931-1934; 1935-1936), buscou novamente criar a fluorografia, em função da incidência de inúmeros casos de tuberculose entre as crianças radiografadas. 

Em 1936, Manoel Dias de Abreu conseguiu obter a radiofotografia do écran fluroscópico, o que representou, segundo Lourival Ribeiro, o surgimento da “radiologia social; o diagnóstico precoce das moléstias torácicas longamente sonhado” (RIBEIRO, 1964). No mesmo ano foi construído, pelos técnicos da Casa Lohner S.A., o primeiro aparelho para a realização de exames em série na população, o qual foi instalado no Hospital Alemão, no Rio de Janeiro, em maio daquele ano. Em março de 1937 foi instalado na Rua do Rezende, nº 128, um equipamento mais aperfeiçoado, e implantado o primeiro Serviço de Cadastro Torácico na cidade do Rio de Janeiro. Ali foram examinadas, de 8 a 21 de julho daquele ano, 758 pessoas aparentemente sãs, das quais 44 apresentavam lesões pulmonares detectadas pela fluorografia. Assim afirmava-se a utilidade da nova técnica, o que resultou na criação de outros Serviços de Recenseamento Torácico, como os do Instituto Clemente Ferreira, do Hospital Municipal e do Instituto de Higiene, todos em São Paulo. A fluorografia foi também adotada como recurso na luta contra a tuberculose em outras cidades do Brasil, da América do Sul, dos Estados Unidos e da Europa. Este novo método foi recebendo outras denominações como fluorografia, fotofluorografia, radiofotografia e Roentgenfotografia. Manoel Dias de Abreu adotou esta última denominação na apresentação de sua Nota Prévia sobre “Um novo método de exame – a radiofotografia”, em julho de 1936, na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro

Foi proposto em maio de 1939, por Ary Miranda, presidente do 1º Congresso Nacional de Tuberculose, a utilização do nome Abreugrafia para identificar o método criado por Manoel Dias de Abreu. Posteriormente, em 1958, Ademar de Barros, então prefeito de São Paulo, determinou que as repartições públicas da Prefeitura adotassem o termo Abreugrafia e instituiu o dia 4 de janeiro, data de nascimento de Manoel de Abreu, como o Dia da Abreugrafia. 

Rubens Bedrikow (2003) reproduz trechos de correspondências de Manoel Dias de Abreu, apresentados na obra de Itazílio dos Santos, que refletem a indignação da comunidade científica brasileira e dos vizinhos sul-americanos em relação à publicação do trabalho de Friedrich Berner, no qual o aparelho fluorográfico da Casa Siemens-Reiniger-Werke apareceu citado como "roentgenreihenbildner” (seriógrafo). Theodor Sehmer (1885-1979), diretor da empresa Siemens-Reiniger-Werke A. G., em Berlim, assim se pronunciou em uma carta a Manoel Dias de Abreu:

“[...] Segundo as notícias que recebemos, estes fatos produziram descontentamento não só a V. Exa., mas também à totalidade do mundo médico do Brasil, porque dos citados fatos foi concluído que a indústria e o mundo médico da Alemanha tinham a intenção de suprimir sistematicamente os grandes méritos de V. Exa., o que foi considerado uma ofensa à ciência brasileira. Pelas notícias recebidas, estamos extremamente consternados e na minha qualidade de gerente da Casa Siemens-Reiniger-Werke sinto-me obrigado a dar-lhe esclarecimentos detalhados....Nós denominamos oficialmente o nosso aparelho de "Schirmbildgerat Siemens" (Aparelho fluorográfico Siemens) ou "Schirmbildgerat” (Aparelho fluorográfico Siemens) segundo Abreu, com melhoramento segundo indicações do Prof. Holfelder.....É verdade que o Sr. Dr. Berner citou unicamente o senhor Prof. Holfelder. Naquele trabalho ele não citou V. Exa. Nem outros investigadores notáveis. Em parte pode isso explicar-se pelo fato do Sr. Dr. Berner ser o primeiro assistente do Sr. Prof. Holfelder e que neste caso especial o Sr. Dr. Berner aproveitava a ocasião para exprimir a sua veneração pessoal ao seu mestre....Permita-me, excelentíssimo senhor Professor, aproveitar esta ocasião para chamar a sua atenção para o fato que mesmo o descobridor dos Raios X, o Professor Röentgen, sofreu maior injustiça do que sofre neste momento V. Exa. Sabemos que os cientistas ingleses e franceses opuseram-se por longo tempo à denominação Raios Röentgen, mas sim X-Rays, Rayons X e Raios X. Repetidas vezes rogaram os alemães que mencionassem o nome do descobridor, porém em vão. Unicamente com respeito à unidade da dosagem dos Raios X a Sociedade Radiológica Internacional acabou por reconhecer a denominação Röentgen, porém se diz 1 R, em vez de 1 Röentgen, ao passo que conseguiram introduzir na Alemanha os nomes do italiano Volta e do francês Ampére.” (Apud BEDRIKOW, 2003)

Objetivando uma melhor avaliação de imagens suspeitas obtidas com a abreugrafia, Manoel Dias de Abreu propôs a utilização da tomografia e, para eliminar os inconvenientes da demora e do alto custo do estudo tomográfico corte a corte de uma área do tórax, criou a técnica das tomografias simultâneas (realização de vários cortes simultâneos em uma só exposição, por meio do emprego de vários filmes superpostos). Ainda buscando diminuir o número de casos sem diagnóstico baciloscópico, apresentou a pesquisa do bacilo de Koch no lavado pulmonar ou lavado traqueobroncoalveolar, sendo o primeiro lavado realizado em 17 de agosto de 1944, no Hospital de São Sebastião, no Rio de Janeiro.

Em matéria publicada em o Correio da Manhã, de 22 de maio de 1949, sobre os aparelhos médicos da Siemens-Reiniger-Werke A. G., e a presença de Theodor Sehmer no país, comentou que:

“Finalizando, o Dr. Sehmer expressou admiração pelo progresso do Brasil nestes dez anos, patenteado pelas criações da energia e idealização brasileiras. Verificou em visitas a médicos brasileiros famosos que alguns deles, como, por exemplo, o prof. Manuel De Abreu e o Dr. Alberto de Oliveira, do Serviço Médico do Banco do Brasil, criaram no setor físico-técnico, inivações únicas no mundo”. (INDÍCIO, 1949, p.3)

Manoel Dias de Abreu foi o primeiro presidente (1930) da Sociedade Brasileira de Radiologia e Eletrologia, tendo ocupado este cargo também em outras ocasiões (1932,1944), entidade que fora fundada no seio da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1929, por um grupo de radiologistas. Ocupou, ainda, a presidência (1940-1941) da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, e da Sociedade Brasileira de Tuberculose. Em 16 de abril de 1964 foi eleito Patrono da Cadeira nº 84 da Academia Nacional de Medicina

Realizou inúmeras conferências médicas no Brasil, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália e Suécia, e foi membro de mais de 43 associações médicas e acadêmicas, brasileiras e estrangeiras (OSBORNE, 1965). Foi agraciado com várias medalhas, como a medalha Cardoso Fontes (da Sociedade Brasileira de Tuberculose), a do American College of Chest Physicians, a de Honra ao Mérito Médico, a da Asociación Argentina de Radiología, a Clemente Ferreira, a Grão-Cruz da Ordem do Mérito Médico no Brasil, a do Colegio Interamericano de Radiología (Peru) e a do Valor Cívico do Governo do Estado de São Paulo.

É o patrono da Cadeira nº37 da Academia de Medicina de São Paulo, anteriormente denominada Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, da Cadeira nº 2 da Academia de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, criada em 1874, tendo como primeiro presidente Carlos Tortelly Rodrigues Costa, e da Cadeira nº5 da Academia de Medicina de Brasília.

Rubens Bedrikow (2003) considera que a obra de Manoel Dias de Abreu inspirou a criação da Sociedade Brasileira de Abreugrafia (1957), e a publicação da Revista Brasileira de Abreugrafia

Bedrikow, em outro artigo, relata sobre a questão da confusão dos nomes, dada sua semelhança, entre o de Manoel Dias de Abreu (São Paulo, 1892-1962), responsável pelo método radiológico para diagnóstico da tuberculose, e o de Manoel de Abreu Campanario (Pirapetinga, 1906-1994) autor de “A medicina no interior”:

“Tal engano fez com que Manoel Dias de Abreu encaminhasse uma declaração-consulta à Sociedade de Medicina e Cirurgia, que prontamente criou uma comissão encarregada de examinar o caso. A solução veio com a carta esclarecedora de Campanario. Em 25 de maio de 1957, Manoel de Abreu Campanario entregou para publicação o manuscrito que três dias antes apresentara no Departamento de Radiologia e Eletricidade Médica da Associação Paulista de Medicina, intitulado “Acerca do relatório radiológico”. (....). Em O Jornal, de 17 de junho de 1937, a Sociedade de Medicina e Cirurgia torna público o parecer da comissão. Os subtítulos da coluna foram: “Solucionado o caso dos homônimos Manoel de Abreu – Parecer da comissão – Carta esclarecedora – As comunicações.” (Bedrikow, 2015, p.1007; 1015)

Manoel Dias de Abreu destacou-se por sua valiosa contribuição à profilaxia da tuberculose, revolucionou os métodos da pesquisa radiológica (fotografia do écran fluoroscópio, hoje conhecido como abreugrafia), criou e aperfeiçoou vários aparelhos e métodos de exames (o meroscópio, a tomografia simultânea, a tomografia vibratória), e traçou novos caminhos para a radiografia pulmonar (princípios da radiogeometria, a quimografia), do coração e do mediastino. 

Produção intelectual

- “Natureza Pobre”. These apresentada à Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. 1913. 
- "Le Radiodiagnostic dans la tuberculose pleuropulmonaire". Prefácio de Edouard Rist. Paris: Masson et Cie., Libr. Éditeurs, 1921. 
- “Ideas geraes sobre o radiodiagnostico na tuberculose pleuro-pulmonar, pelo docteur Manoel de Abreu, ex-chefe do laboratorio de radiologia do hospital franco-brasileiro”. Chartres: Impr. Durand, rue Fulbert, 1922.
- “Essai sur une nouvelle radiologie vasculaire”. Paris: Masson et cie, 1926. 
- “Manoel de Abreu, de l'Institut brésilien des sciences. Le Méroscope pour auscultation partielle de la région cardiaque”. Paris: L. Maretheux, impr., I, rue Cassette, Masson et Cie, éditeurs, 120, boulevard Saint-Germain, 1927.
- “Radiographie néphro-cholécystique”. Paris: Masson, 1930.
- “Études radiologiques sur le Poumon et le Médiastin. Radiologie vasculaire-Aorte”. Paris: Masson et Cie. Éditeurs, 1930.
- “Diametros do coração visto de face”. 1931.
- “Radioquimografia cardiovascular”. 1935.
- “Avaliação quimográficado trabalho cardíaco”. 1938.
- “Recenseamento toracico pela roentgenfotografia” .1938.  
- “Bases de l´interprétation radiologique – radiogeometrie”. Paris: Masson et Cie. Editeurs, 1954.
- “La densimetrie pulmonair”. [s.l.]: [s.n.], [s.d.].

Manoel Dias de Abreu publicou, ainda, trabalhos em diversos periódicos científicos estrangeiros, como Fortschritte Auf Dem Gebiete Der Rontgenstrahlen, e o Journal de Radiologie et Electrologie. 

Foi escritor, poeta, e autor de vários ensaios filosóficos: “Não ser” (1924); “Substância” (1928); “Meditações” (1936); “Mensagem etérea” (1945); “Poemas sem realidade”. 

Fontes

- BEDRIKOW, Rubens. Manoel de Abreu. Revista de Pneumologia, v.27, n.1, jan./fev. 2001. Capturado em 4 abr. 2020. Online. Disponível na Internet:  http://www.imaginologia.com.br/extra/upload%20historia/Manuel-de-Abreu.pdf
- BEDRIKOW, Rubens. Esclarecendo o caso dos homônimos Manoel de Abreu. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v.22, n.3, p.1007-1018, jul.-set. 2015. Capturado em 10 ago. 2020. Online. Disponível na Internet: https://www.scielo.br/pdf/hcsm/v22n3/0104-5970-hcsm-22-3-1007.pdf
- CADEIRA nº 02 – Manoel Dias de Abreu. In: ACADEMIA DE MEDICINA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Capturado em 14 jul. 2020. Online. Disponível na Internet:
http://acamerj.org/index.php?caminho=academico.php&id=128
- CADEIRA nº 37 – Patrono. In: ACADEMIA DE MEDICINA DE SÃO PAULO. Capturado em 14 jul. 2020. Online. Disponível na Internet: https://www.academiamedicinasaopaulo.org.br/biografias/89/BIOGRAFIA-MANOEL-DIAS-DE-ABREU.pdf
- INDÍCIO promissor da recuperação alemã. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, ano XLVIII, n.17.231, p.3, 22 de maio de 1949.  In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 11 ago. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/089842_05/47347
- LACAZ, Carlos da Silva. Vultos da Medicina Brasileira. São Paulo: Laboratório Pfizer do Brasil, 1971.   (BCOC)
- LETRAS & Letras. Natureza Pobre pelo Dr. Manuel Dias de Abreu. Correio Paulistano, São Paulo, n.18.313, p.3, 13 de julho de 1914. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 17 jul. 2020. Online. Disponível na Internet:  http://memoria.bn.br/DocReader/090972_06/33284
- MANOEL de Abreu. In: ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA. Capturado em 8 out.2020. Online. Disponível na Internet: https://www.anm.org.br/manoel-de-abreu/
- MANUEL de Abreu. In: ENCICLOPÉDIA Mirador Internacional. São Paulo: Rio de Janeiro: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda., 1995.  p.12.            (BCOC)
-  OSBORNE, Carlos. Manoel de Abreu, Patrono da Cadeira nº 84.  Revista da Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro, n.1, p.126-128, jan./fev./mar. 1965.    (ANM)
- PAULA, Aloysio de. Abreugrafia. In: QUEIROZ, Júlio Sanderson de. Memória da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro num Século de Vida. Rio de Janeiro: RIOARTE/ MEC, 1986. v.2.  p. 479-481.    (BCOC)
- RIBEIRO, Gil. Manoel de Abreu. In: QUEIROZ, Júlio Sanderson de. Memória da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro num Século de Vida. Rio de Janeiro: RIOARTE/ MEC, 1986. v.2.  p. 741-743.    (BCOC)
- RIBEIRO, Lourival. Figuras e Fatos da Medicina no Brasil. Rio de Janeiro: [Editora Sul Americana S.A.], 1964.   (BCOC)

Ficha técnica

Pesquisa - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Redação - Maria Rachel Fróes da Fonseca.
Revisão – Francisco José Chagas Madureira.
Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Forma de citação

ABREU, MANOEL DIAS DE. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 25 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)