IMPERIAL INSTITUTO MÉDICO FLUMINENSE: mudanças entre as edições

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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<p style="text-align: center;">'''<font color="#0000CC"><font size="2"><font face="Arial">''Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930)<br/> Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – ([http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/ <font color="#0000CC">http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br</font>])''</font></font></font>'''</p>    [[Category:Verbetes]] [[Category:Associações Profissionais e Sociedades Médicas]]
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Edição das 19h50min de 25 de agosto de 2023

Denominações: Imperial Instituto Médico Fluminense (1867)

Resumo:  O Imperial Instituto Médico Fluminense foi criado em 1 de maio de 1867, na cidade de Niterói, então província do Rio de Janeiro, como uma associação com o objetivo de debater as questões médicas, e de atender à população e auxiliar os poderes públicos no que tangia à saúde pública, especialmente em relação às epidemias. Tinha entre seus idealizadores José Victorino da Costa, Antônio Joaquim Lopes Lira e José Mariano de Amorin Carrão.

Histórico

Desde o período colonial a assistência pública no Brasil, direcionada para o atendimento aos doentes mais necessitados, esteve a cargo da iniciativa particular, representada por algumas entidades, em sua grande maioria religiosas. Somente no século XIX é que surgiram associações médicas, que tinham entre seus objetivos o debate de assuntos específicos da saúde e doença humanas, a definição do papel dos médicos frente a questões de saúde pública e do exercício da medicina, e o atendimento gratuito a doentes necessitados. Assim, nasceu, em 28 de maio de 1829, a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, a primeira sociedade médica do país. Esta associação foi criada a partir de uma reunião preparatória com a presença de importantes figuras da área médica da época, como Joaquim Cândido Soares de Meirelles, José Martins da Cruz Jobim, Luís Vicente De Simoni, José Francisco Xavier Sigaud e João Maurício Faivre.

A partir da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro outras foram surgindo, seguindo basicamente o mesmo modelo e estrutura, embora muitas tenham tido uma vida efêmera: Sociedade de Medicina de Pernambuco (1841), Academia de Ciências Médicas da Bahia (1848), Associação Médico-Farmacêutica do Rio Grande do Sul (1850), Sociedade Farmacêutica Brasileira (1851), Sociedade Farmacêutica do Maranhão (1853), Instituto Farmacêutico do Rio de Janeiro (1858), Sociedade de Propaganda do Magnetismo e Jury Magnético (1861), Sociedade Baiana de Beneficência Médica (1865), Associação Médico-Farmacêutica de Beneficência Mútua (1867), Sociedade Médico-Farmacêutica Beneficente (Campos, 1879), Sociedade Rio-Grandense Médico-Cirúrgica (1886) (LIMA, 1900, p.84).

Há muito que se pensava na criação de uma associação médica, com o duplo objetivo de reunir os profissionais da cidade e município de Niterói (na então província do Rio de Janeiro), para debater as questões médicas, e de atender à população e auxiliar os poderes públicos no que tangia à saúde pública, especialmente em relação às epidemias (FIGUEIREDO, 1867). O Imperial Instituto Médico Fluminense vai ser assim criado, seguindo basicamente os mesmos moldes da então Academia Imperial de Medicina.

Seus idealizadores, José Victorino da Costa, Antônio Joaquim Lopes Lira e José Mariano de Amorin Carrão, tiveram a iniciativa de convidar alguns de seus colegas de profissão para uma reunião na casa do primeiro, a fim de poder assim debater a formação da associação e colocá-la em prática. Nesta primeira reunião, em 24 de março de 1867, que foi presidida pelo conselheiro João Fernandes Tavares, com o auxílio de José Victorino da Costa como secretário, foram discutidas as bases para um projeto de estatutos que criasse a instituição. O documento ficou a cargo de José Martins da Rocha, José Marciano da Silva Pontes e Francisco Leocádio de Figueiredo.

Uma segunda reunião ocorreu em uma das salas laterais do edifício da Assembléia Provincial, por oferta de seu próprio vice-presidente e com a anuência de Esperidião Eloy de Barros Pimentel, Presidente da Província, para que assim houvesse uma maior publicidade do evento e comodidade para os participantes. No encontro, que já contava com 36 membros, foi apresentado à comissão o projeto dos estatutos, que após três outras discussões acabou por ser aprovado. Por deliberação do Presidente da Província, em 1º de maio de 1867 foi aprovada a criação do Instituto.

Após a aprovação do estatuto, como previa o artigo 44, era necessário que em 48 horas fosse realizada a eleição da primeira mesa, em substituição à provisória. A votação foi então realizada no dia 7 de maio de 1867, sendo eleitos João Fernandes Tavares (presidente), Liberato de Castro Carreira (vice-presidente), Francisco Leocádio de Figueiredo (1º secretário), José Severino de Avellar e Lemos (2º secretário) e Antônio Joaquim Lopes Lira (tesoureiro). O resultado da eleição foi divulgado no Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminense, na sua primeira edição, em agosto de 1867.

O Imperial Instituto Médico Fluminense foi inaugurado no dia 9 de maio de 1867, numa cerimônia com solenidade e publicidade, em uma sala do edifício do Largo da Memória nº 131, na cidade de Niterói.

Em setembro do mesmo ano, no segundo número do Boletim, foi noticiada a realização de uma nova sessão, em 19 de junho de 1867, para a eleição de um novo presidente, pois João Fernandes Tavares havia renunciado a seu cargo. Todos os votos dos 19 presentes elegeram então Thomaz Gomes dos Santos como presidente do Instituto.

Foi justamente no ano de criação do Imperial Instituto Médico Fluminense que ocorreu, em Niterói, uma epidemia de cólera que assolava, desde 1854, grande parte da Província do Rio de Janeiro, com alto número de óbitos, atingindo “os municípios de Niterói, Magé, S. João da Barra, S. Fidelis e Campos, reinando epidemicamente nos três últimos...” (RELATÓRIO, 1868). Pode-se perceber desde o primeiro ano de vida do Instituto a atuação de seus profissionais nesta grande epidemia de cólera. Já no ano de 1867, Comissões Sanitárias foram nomeadas por José Ricardo de Sá Rego, Presidente da Província, para prestarem socorros nos municípios mais afetados. Toda a cidade de Niterói foi dividida em distritos, sendo destinado para cada um deles um grupo específico de médicos. É interessante ressaltar que os 23 profissionais relacionados para participarem da junta médica que comporia a Comissão Sanitária, todos faziam parte do quadro científico do Imperial Instituto Médico Fluminense. Nota-se, com isso, a importância dessa instituição e de seus membros para a saúde pública de Niterói. Os distritos criados assim foram organizados:

1o Distrito (abrangia a Ponta da Areia, a Armação e a rua São Carlos): José Victorino da Costa, Antônio Francisco Leal e Maximiniano Antônio de Azevedo e Silva.

2o Distrito (área compreendida entre os extremos das ruas São Carlos e Imperador): José Mariano de Amorin Carrão, Antônio Joaquim Lopes Lira e José Francisco Frougeth.

3o Distrito (desde os extremos da rua do Imperador até a rua da Conceição): Marcellino Pinto Ribeiro Duarte, José do Nascimento Garcia de Mendonça, João Militão da Fonseca e Manuel da Silveira Rodrigues.

4o Distrito (do extremo da rua da Conceição e os de São Sebastião): Braz Dias da Matta, José Severino de Avellar e Lemos e Manoel Pereira da Silva Continentino Júnior.

5o Distrito (formado pelos bairros de Icaraí, Santa Rosa e Cubango): Antônio José de Souza Rego, João Fernandes Tavares e Francisco Corrêa Leal.

6o Distrito (bairros de São Lourenço, Sant´Ana e Barreto): Marcos Christino Fioravante Patrulhano, Guilherme Taylor March e João José de Freitas Bahiense.

Foi criada também uma Comissão Central, formada pelos médicos João José Pimentel, José Martins da Rocha e José Marciano da Silva Pontes (CASADEI, 1971, p.51).

Esta epidemia de cólera foi objeto de grandes preocupações dos membros do Instituto, pois em duas edições do Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminense apareceram artigos a respeito do combate à doença, principalmente sobre sua prevenção, como o de José Martins da Rocha, intitulado “Notas e ligeiras reflexões sobre a natureza da moléstia que grassou entre os alienados do hospício de D. Pedro II sua pathogenesia e generalização”, publicado em setembro de 1867.

Outros artigos sobre o tema foram publicados ainda na primeira edição do Boletim, como o do suíço Samuel Heussler, que propunha um preservativo contra o cólera, sendo este amplamente discutido e combatido pelos médicos do Instituto. Em outro artigo, também na primeira edição do órgão, alguns membros da entidade discutiram a efetiva existência de uma forma de prevenção ao cólera, sob o título: “Preservativo contra o cólera-morbus, proposto por Samuel Heussler. Parecer da Comissão do Imperial Instituto Médico Fluminense”, publicado em agosto de 1867.

Tudo indica que, por ordem do governo provincial, a comissão formada para o combate à epidemia também foi incumbida de prestar consultas sobre formas de prevenção da doença, como foi referido no parecer da mesma, publicado em agosto de 1867:

O Sr. Dr. Paula Fonseca declara que o parecer da comissão incumbida de dar sua opinião sobre um preservativo contra a invasão de cólera-morbus, que foi objeto da consulta do governo provincial, já havia sido lavrado pelo relator, o Sr. Dr. Bento Maria da Costa, mas que não se achando ele presente e nem estando assinado este trabalho, não o podia apresentar, o que faria na próxima reunião, e acrescenta que sendo esta questão de tal magnitude e interesse para humanidade, convinha verificar se efetivamente existe um preservativo contra o cólera-morbus...” (IMPERIAL, 1867, p. 38).

Fica evidente a importância do Imperial Instituto Médico Fluminense no combate à epidemia em 1867, já que este assumiu um papel central de referência médica na cidade de Niterói, principalmente em relação ao atendimento público de doentes.

Já em seu primeiro ano de vida o Instituto correspondeu perfeitamente a seus objetivos, buscando assessorar os poderes públicos nos assuntos relativos às doenças, sobretudo em relação às epidemias, no atendimento público e na pesquisa e consulta científica. O Imperial Instituto Médico Fluminense funcionou regularmente, na cidade de Niterói, até 1870.

 

Presidentes: João Fernandes Tavares (maio-junho 1867); Thomaz Gomes dos Santos (junho 1867-       ).

Estrutura e funcionamento

O Imperial Instituto Médico Fluminense foi idealizado seguindo o modelo da Academia Imperial de Medicina. A associação, que tinha em seu quadro membros honorários e titulares, organizava-se em seções, conforme publicou a primeira edição do Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminense, em agosto de 1867:

- membros honorários:

Seção médica: José Bento da Rosa, Manoel de Valladão Pimentel (Barão de Petrópolis) (professor de clínica médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro) José Martins da Cruz Jobim (diretor daFaculdade de Medicina do Rio de Janeiro), Salustiano Ferreira Souto, Francisco Félix Martins, A.Tardieu.

Seção cirúrgica: Luiz da Cunha Feijó (Visconde de Santa Isabel) (professor de patologia externa e diretor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), Manoel Feliciano Pereira de Carvalho (professor de anatomia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), Cândido Borges Monteiro (Barão de Itaúna) (professor de anatomia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), José Maurício Nunes Garcia (filho) (professor de anatomia descritiva e geral da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), Jonathas Abbott (professor de anatomia da Faculdade de Medicina da Bahia).

Ciências acessórias: Francisco Freire Allemão de Cysneiros (diretor do Museu Imperial e Nacional), Phil. Martins, Lund.

- Membros titulares:

Seção médica: Thomaz Gomes dos Santos (professor de higiene pública da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), João Fernandes Tavares, Antônio Gabriel de Paula Fonseca (professor de patologia médica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro), Antônio Luiz da Cunha Manso Sayão, Braz Dias da Matta, Cândido Borges Monteiro Júnior, Francisco Corrêa Leal, Francisco Leocádio de Figueiredo, João José Pimentel, João Militão da Fonseca, José Francisco Frougeth, José Marciano da Silva Pontes, José Mariano de Amorin Carrão, José Victorino da Costa, Liberato de Castro Carreira, Manuel da Silveira Rodrigues, Marcellino Pinto Ribeiro Duarte, Marcos Christino Fioravante Patrulhano, Maximiniano Antônio de Azevedo e Silva.

Seção cirúrgica: Antônio Francisco Leal, Antônio Joaquim Lopes Lira, Antônio José Fernandes, Bento Maria da Costa, José Francisco de Paula e Silva, José Martins da Rocha, José Severino de Avellar e Lemos, José do Nascimento Garcia de Mendonça, Manoel da Gama Lobo, Manoel Pereira da Silva Continentino Júnior.

Ciências acessórias: Antenor Augusto Ribeiro Guimarães, Antônio José de Souza Rego, Ernesto de Sousa e Oliveira Coutinho, Guilherme Taylor March, Joaquim Gomes Vieira, Luiz Álvaro de Castro.

 O Instituto apresentava também em seu quadro de membros honorários José Martins da Cruz Jobim e outros integrantes da Academia Imperial de Medicina. Já na segunda edição do mesmo Boletim, em setembro de 1867, poucas mudanças aconteceram, havendo a inclusão de João José de Freitas Bahiense, como membro titular na seção médica, e a transferência de José Severino de Avellar e Lemos, Antônio Joaquim Lopes Lira e Luiz Álvaro de Castro, como membros titulares, para a seção médica.

Publicações oficiais

O Imperial Instituto Médico Fluminense, devido à sua curta história, teve somente uma publicação, o Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminense, que começou a ser publicado em agosto de 1867.

Segundo a lei orgânica da associação, este Boletim deveria ser publicado uma vez por mês, até oito dias depois da segunda sessão mensal do Instituto, e destinava-se à publicação das atas das sessões internas, das memórias, de trabalhos escritos, de notícias de descobertas, em caráter tanto nacional quanto internacional na área de ciência e humanidade, de classificados (anúncios de vendas de livros, instrumentos e aparelhos cirúrgicos, de casas de saúde) e de artigos. Seu primeiro redator foi Luiz Álvaro de Castro.

Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminenseteve vida efêmera, talvez em decorrência das dificuldades financeiras que o Instituto enfrentou principalmente no seu primeiro ano de vida:

...cumpre observar com quanto à despesa com essa publicação não possa ser avultada, todavia deve ponderar que a receita desta associação por enquanto é pequena, que a arrecadada tem sido empregada, com muita economia, na decoração da casa onde funciona aquela associação e nos seus aluguéis; ...” (IMPERIAL, 1867, p. 41).

Fontes

CASADEI, Thalita de Oliveira. Páginas de História Fluminense.Niterói: [s.n.], 1971. (UFF)

-FIGUEIREDO, F. F. Leocadio de. Synopse histórica da fundação do Imperial Instituto Médico Fluminense.Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminense, Rio de Janeiro, n.1, p.34-37, ago. 1867. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira.Capturado em 8 jul. 2020. Online. Disponível na Internet:http://memoria.bn.br/DocReader/337609/36

-IMPERIAL Instituto Médico Fluminense. Acta da sessão extraordinária em 19 de junho de 1867.Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminense, Rio de Janeiro, n.1, p.37-42, ago. 1867. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL.Hemeroteca Digital Brasileira.Capturado em 1º abr. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/docreader/337609/39

- LIMA, Agostinho José de Souza. As ciências médico-farmacêuticas. In: Livro do centenário (1500-1900). Rio de Janeiro, Imprensa nacional, 1900. (IHGB)

-MEMBROS Honorários do Imperial Instituto Médico Fluminense. Boletim do Imperial Instituto Médico Fluminense, Rio de Janeiro, n.2, p.75, set. 1867. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira.Capturado em 1º abr. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/docreader/337609/78

-RELATÓRIO apresentado à Assembléia Geral na Segunda sessão da décima terceira legislatura pelo ministro e secretário de Estado dos Negócios do Império José Joaquim Fernandes Torres. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1868. In: Relatórios Ministeriais (1821-1860).Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 1º abr. 2020. Online. Disponível na Internet: http://ddsnext.crl.edu/titles/100#?c=0&m=37&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1292%2C-1%2C4662%2C3289

Ficha técnica

Pesquisa – Rodrigo Borges Monteiro.

Redação – Rodrigo Borges Monteiro.

Revisão – Francisco José Chagas Madureira.

Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Forma de citação

IMPERIAL INSTITUTO MÉDICO FLUMINENSE. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 18 dez.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)