SEIDL, CARLOS PINTO: mudanças entre as edições

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Outros nomes e/ou títulos:&nbsp;'''</span></span>[[SEIDL,_CARLOS|Seidl, Carlos]]
<span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Outros nomes e/ou títulos:&nbsp;'''</span></span>[[SEIDL,_CARLOS|Seidl, Carlos]]
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Resumo:&nbsp;'''Carlos Pinto Seidl nasceu na cidade de Belém, na então Província do Grão Pará, em 24 de novembro de 1867. Doutorou-se, em 1892, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com a tese intitulada “Da etiologia perante o diagnostico, a therapeutica e a hygiene”. Dirigiu o Hospital de São Sebastião, por 37 anos, desde 1892, e foi professor catedrático da cadeira de medicina pública na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Foi presidente (1911-1912; 1912-1913) da Academia Nacional de Medicina, 1º vice-presidente (1891) do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, um dos fundadores do Club Medico (1905), da Sociedade Brasileira de Neurologia, Psychiatria e Medicina Legal, e primeiro presidente (1928), do Syndicato Medico Brasileiro. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1929.</span></span></p>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">'''Resumo:&nbsp;'''Carlos Pinto Seidl nasceu na cidade de Belém, na então Província do Grão Pará, em 24 de novembro de 1867. Doutorou-se, em 1892, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com a tese intitulada “Da etiologia perante o diagnostico, a therapeutica e a hygiene”. Dirigiu o Hospital de São Sebastião, por 37 anos, desde 1892, e foi professor catedrático da cadeira de medicina pública na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Foi presidente (1911-1912; 1912-1913) da Academia Nacional de Medicina, 1º vice-presidente (1891) do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, um dos fundadores do Club Medico (1905), da Sociedade Brasileira de Neurologia, Psychiatria e Medicina Legal, e primeiro presidente (1928), do Syndicato Medico Brasileiro. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1929.</span></span></p><p style="text-align: justify;"></p>  
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Dados pessoais</span> =
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Dados pessoais</span> =
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Carlos Pinto Seidl nasceu na cidade de Belém, na então Província do Grão Pará, em 24 de novembro de 1867. Era filho de Carlos Seidl, natural de Viena (Áustria), e Raymunda Pinto Seidl, natural de Caxias, na então província do Maranhão. Seu pai foi professor de humanidades, livreiro e editor, e após o falecimento de sua esposa, em 6 de agosto de 1877, ordenou-se como sacerdote, tendo sido pároco na diocese do Pará, reitor do Seminário Menor de Nossa Senhora do Carmo, administrador da Cúria Episcopal, e um dos fundadores da Associação Philantrópica de Emancipação de Escravos instalada em 7 de agosto de 1869. Seu pai faleceu em 16 de março de 1893. Seus avós eram Franz Seidl e Barbara Seidl e residiam na Áustria. Sua mãe era filha do médico e cirurgião-mor portugues José Antonio Teixeira Pinto. Carlos Pinto Seidl teve dois irmãos, o engenheiro militar e coronel do Exército Raymundo Pinto Seidl (1869-1928), e o Major Francisco Pinto Seidl (1875-1928), os quais eram carinhosamente chamados como “Mundico” e “Chiquinho”.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Casou-se com Julia Freire, em 1891, e teve cinco filhos, Carlos Seidl Filho (nascido em 19/12/1892), que formou-se em medicina, Aloísa Seidl (nascida em 1º/08/1894), Roberto Seidl (nascido em 30/10/1895), Laura Seidl (nascida em 10/11/1897) e Beatriz Seidl (nascida em 5/02/1899).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado, pelo governo francês, com a Commende de Officier de la Légion d´Honneur (23/07/1925), e com o título de Officier de l´Instruction Publique, e recebeu a Comenda da Ordine della Corona d´Italia (1917).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1929.</span></span></p>  
<p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Carlos Pinto Seidl nasceu na cidade de Belém, na então Província do Grão Pará, em 24 de novembro de 1867. Era filho de Carlos Seidl, natural de Viena (Áustria), e Raymunda Pinto Seidl, natural de Caxias, na então província do Maranhão. Seu pai foi professor de humanidades, livreiro e editor, e após o falecimento de sua esposa, em 6 de agosto de 1877, ordenou-se como sacerdote, tendo sido pároco na diocese do Pará, reitor do Seminário Menor de Nossa Senhora do Carmo, administrador da Cúria Episcopal, e um dos fundadores da Associação Philantrópica de Emancipação de Escravos instalada em 7 de agosto de 1869. Seu pai faleceu em 16 de março de 1893. Seus avós eram Franz Seidl e Barbara Seidl e residiam na Áustria. Sua mãe era filha do médico e cirurgião-mor portugues José Antonio Teixeira Pinto. Carlos Pinto Seidl teve dois irmãos, o engenheiro militar e coronel do Exército Raymundo Pinto Seidl (1869-1928), e o Major Francisco Pinto Seidl (1875-1928), os quais eram carinhosamente chamados como “Mundico” e “Chiquinho”.</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Casou-se com Julia Freire, em 1891, e teve cinco filhos, Carlos Seidl Filho (nascido em 19/12/1892), que formou-se em medicina, Aloísa Seidl (nascida em 1º/08/1894), Roberto Seidl (nascido em 30/10/1895), Laura Seidl (nascida em 10/11/1897) e Beatriz Seidl (nascida em 5/02/1899).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Foi agraciado, pelo governo francês, com a Commende de Officier de la Légion d´Honneur (23/07/1925), e com o título de Officier de l´Instruction Publique, e recebeu a Comenda da Ordine della Corona d´Italia (1917).</span></span></p> <p style="text-align: justify;"><span style="font-size:small;"><span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1929.</span></span></p>  
= <span style="font-family:Arial,Helvetica,sans-serif;">Trajetória profissional</span> =
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Edição atual tal como às 14h28min de 16 de junho de 2024

Outros nomes e/ou títulos: Seidl, Carlos

Resumo: Carlos Pinto Seidl nasceu na cidade de Belém, na então Província do Grão Pará, em 24 de novembro de 1867. Doutorou-se, em 1892, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com a tese intitulada “Da etiologia perante o diagnostico, a therapeutica e a hygiene”. Dirigiu o Hospital de São Sebastião, por 37 anos, desde 1892, e foi professor catedrático da cadeira de medicina pública na Faculdade Livre de Direito do Rio de Janeiro. Foi presidente (1911-1912; 1912-1913) da Academia Nacional de Medicina, 1º vice-presidente (1891) do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, um dos fundadores do Club Medico (1905), da Sociedade Brasileira de Neurologia, Psychiatria e Medicina Legal, e primeiro presidente (1928), do Syndicato Medico Brasileiro. Faleceu no Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1929.

Dados pessoais

Carlos Pinto Seidl nasceu na cidade de Belém, na então Província do Grão Pará, em 24 de novembro de 1867. Era filho de Carlos Seidl, natural de Viena (Áustria), e Raymunda Pinto Seidl, natural de Caxias, na então província do Maranhão. Seu pai foi professor de humanidades, livreiro e editor, e após o falecimento de sua esposa, em 6 de agosto de 1877, ordenou-se como sacerdote, tendo sido pároco na diocese do Pará, reitor do Seminário Menor de Nossa Senhora do Carmo, administrador da Cúria Episcopal, e um dos fundadores da Associação Philantrópica de Emancipação de Escravos instalada em 7 de agosto de 1869. Seu pai faleceu em 16 de março de 1893. Seus avós eram Franz Seidl e Barbara Seidl e residiam na Áustria. Sua mãe era filha do médico e cirurgião-mor portugues José Antonio Teixeira Pinto. Carlos Pinto Seidl teve dois irmãos, o engenheiro militar e coronel do Exército Raymundo Pinto Seidl (1869-1928), e o Major Francisco Pinto Seidl (1875-1928), os quais eram carinhosamente chamados como “Mundico” e “Chiquinho”.

Casou-se com Julia Freire, em 1891, e teve cinco filhos, Carlos Seidl Filho (nascido em 19/12/1892), que formou-se em medicina, Aloísa Seidl (nascida em 1º/08/1894), Roberto Seidl (nascido em 30/10/1895), Laura Seidl (nascida em 10/11/1897) e Beatriz Seidl (nascida em 5/02/1899).

Foi agraciado, pelo governo francês, com a Commende de Officier de la Légion d´Honneur (23/07/1925), e com o título de Officier de l´Instruction Publique, e recebeu a Comenda da Ordine della Corona d´Italia (1917).

Faleceu na cidade do Rio de Janeiro em 19 de outubro de 1929.

Trajetória profissional

Carlos Pinto Seidl iniciou seus primeiros estudos humanidades no Seminário Menor de Nossa Senhora do Carmo em sua cidade natal, no qual seu pai era reitor. Ainda na cidade de Belém do Pará foi nomeado, em 1º de fevereiro de 1879, “menino do coro” da Catedral, tendo sido promovido a “sub-chantre” em 30 de maio de 1881.

Aos 14 anos, em 1882, Carlos Pinto Seidl partiu para a Europa, para estudar numa escola religiosa, o Séminaire Saint Sulpice, em Paris, onde permaneceu até 1885, chegando a receber um dos primeiros graus clericais, a Tonsura, em 18 de maio de 1883. Nesta época, Carlos Pinto Seidl foi à Viena para conhecer seu avô, Franz Seidl, e sua tia, Leopoldine Tanterl, em atenção à sugestão feita por seu pai. Em 1885 desistiu da formação sacerdotal e retornou à cidade de Belém do Pará, onde concluiu os estudos preparatórios. 

Em 26 de janeiro de 1886 partiu para a cidade do Rio de Janeiro, para matricular-se na Escola Naval. Chegou ao Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 1886, mas não efetivou sua matrícula na Escola Naval por ter mais idade do que a exigida pelo regulamento da instituição. 

Matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 12 de março de 1886, e durante o curso nesta instituição foi ajudante de preparador de toxicologia, por concurso em 26 de maio de 1888. Em 1889 interrompeu o curso médico para viajar à Europa, acompanhando seu pai que se encontrava gravemente doente, e neste período visitou Roma, Paris, Viena e Berlim.

Em 1888 retomou seu curso médico, tendo sido ajudante de preparador das cadeiras de higiene e medicina legal, entre 20/05/1888 e 13/01/1891, sob a supervisão respectivamente de Benjamin Antônio da Rocha Faria e de Agostinho José de Souza Lima. Foram seus colegas no curso médico: Vital Brazil Mineiro de Campanha, que criaria em 1910 o Instituto Serumterápico do Estado de São Paulo, Honorato Alves, posteriormente professor de oftalmologia da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, Oscar Frederico de Souza, catedrático de fisiologia  da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Olyntho Deodato dos Reis Meirelles, futuro diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, e Herculano Velloso Ferreira Penna, colaborador do periódico O Brazil-Medico.

Foi escolhido em 2 de agosto de 1890 para ser o orador do Club Republicano da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, então presidido por Domingos Mascarenhas, médico e deputado gaúcho.

Carlos Pinto Seidl doutorou-se, em 1892, na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro com a tese intitulada "Da etiologia perante o diagnostico, a therapeutica e a hygiene". O médico Miguel de Oliveira Couto destacou as características de sua Tese no Annuario Medico Brazileiro de 1891: 

“Escolhendo voluntariamente para a sua dissertação um assumpto de synthese, não foi o autor senão um escravo das tendencias philosophicas do seu espirito, que é uma das cousas menos livres que se conhece é precisamente o livre arbítrio. E, no desenvolvimento d´essa these transcendente e vasta, só abarcável por grandes envergaduras, deixou confirmados os foraes da sua superioridade intelectual, nos primores do estylo, na elevação das idéas, e no retrospecto exhibido de suas acquisições scientificas. O seu trabalho, pela própria natureza do assumpto, como pela orientação que recebeu, não é susceptível de resumo. Que o não deixe de ler, porém, quem se presar de conhecer o pouco que de bom se escreve nesta grande capital da Indolencia”. (COUTO, 1891, p. 24-25) '

Sua colação de grau foi em 1891, e a solenidade de formatura em 16 de janeiro de 1892, quando em discurso como orador oficial da turma, Carlos Pinto Seidl abordou vários assuntos médicos e deontológicos, e ressaltou a importância de mestres como, Manoel de Valladão Pimentel, Francisco Freire Allemão de Cysneiros, Francisco Ferreira de Abreu, João Vicente Torres Homem, e Domingos de Almeida Martins Costa. Concorreu, em 1898, à vaga de preparador da cadeira de medicina legal, da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mas não alcançou o primeiro lugar, tendo sido vencedor neste concurso Henrique Tanner de Abreu

 Foi nomeado, em 17 de fevereiro de 1888, interno no Hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, e nesta instituição hospitalar trabalhou na seção cirúrgica com Pedro Affonso de Carvalho Franco (Barão de Pedro Affonso), na clínica de crianças com José Pereira Rego (Barão do Lavradio), e no gabinete eletroterápico dirigido por Francisco Ribeiro de Mendonça.

Nas vésperas da Proclamação da República, ainda estudante do curso médico, Carlos Pinto Seidl participou da passeata organizada em 25 julho de 1889, por estudantes da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, que se dirigiu do Largo da Misericórdia ao centro do Rio de Janeiro, em represália à proibição decretada pelo subdelegado da Freguesia de São José, para que a “Sabina das laranjas” vendesse suas laranjas na porta da faculdade. A Sabina era uma vendedora de laranjas, que ficava na porta do prédio da faculdade na Rua Santa Luzia, pela qual os estudantes tinham, segundo os relatos de época, muito apreço.  A proibição decretada pelo subdelegado teria decorrido de fatos ocorridos em 16 de julho daquele ano, quando um estudante havia arremessado laranjas na direção da carruagem que transportava a Princesa Isabel, então por passagem naquela rua. A notícia deste incidente teria se espalhado, fazendo com que o subdelegado decidisse pela proibição da “Sabina das Laranjas” naquele local. 

Por Portaria de 17 de junho de 1890, de Benjamin Constant, Ministro de Estado dos Negócios da Instrução Pública, Correios e Telégrafos, Carlos Pinto Seidl foi nomeado amanuense da Inspetoria Geral de Instrução Primária e Secundária da Capital Federal.

Foi designado como auxiliar do serviço vacínico municipal por ocasião da epidemia de varíola, em 1891, na cidade do Rio de Janeiro.

De 23 de agosto de 1890 a 28 de março de 1892 serviu como praça no Batalhão Acadêmico, que era um batalhão de Infantaria composto de alunos das escolas superiores civis da República criado em 4 de março de 1890.

Innocencio Serzedello Corrêa, a quem Carlos Pinto Seidl posteriormente dedicaria seu estudo “O Isolamento Nosocomial. Contribuição para o estudo da prophylaxia defensiva no Rio de Janeiro” (1897), era interino na pasta do Ministério da Justiça e Negócios Interiores e indicou o nome de Carlos Pinto Seidl para a direção do Hospital de São Sebastião, que se encontrava vaga após o falecimento de Francisco de Paula Tavares em março de 1892. Carlos Pinto Seidl foi nomeado em 31 de março de 1892 diretor do Hospital de São Sebastião, e o dirigiu por 37 anos.  

Na direção do Hospital de São Sebastião procurou promover melhorias e dotar a instituição de um melhor aparelhamento. Sua gestão é considerada uma das mais importantes administrações deste hospital, pois além de ter promovido diversos melhoramentos na instituição, recebeu a visita de médicos, como a do bacteriologista italiano Giuseppe Sanarelli (1864-1940) no ano de 1896, e de missões estrangeiras, como a Missão Pasteur, em 3 de novembro de 1901, integrada por Émile Marchoux (1862-1943), Alexandre Taurelli Salimbeni (1867-1942), Paul-Louis Simond (1858-1947), que instalou seu laboratório num chalet nas dependências do hospital.

Em 1900 publicou o artigo “O tratamento da febre amarella no Hospital de S. Sebastião”, no periódico O Brazil-Medico, detalhando os processos terapêuticos e dietéticos utilizados no tratamento da febre amarela naquele hospital. Neste estudo afirma que corrobora a afirmação do cirurgião e diretor do Serviço de Saúde da Marinha francesa, Laurent Jean Baptiste Béranger-Féraud (1832-1900) de que “o tratamento da febre amarella não existe ainda verdadeiramente” (SEIDL, 1900, p.3). Béranger-Féraud, em seu livro “Traité théorique et clinique de la fièvre jaune”, afirmara que “malgré luxe apparent de méthodes curatives, le traitement de la fièvre jaune n'existe pas encore, en realité” (Béranger-Féraud, 1890. p.872). 

Miguel de Oliveira Couto, então presidente da Academia Nacional de Medicina, em seu discurso em homenagem à memória de Carlos Pinto Seidl, em 24 de outubro de 1929, destacou as mudanças produzidas por sua direção à frente do Hospital de São Sebastião:

“Meus senhores, passou-se o que se chama, em linguagem teatral, uma mutação em scena aberta: a ante-camara da morte passou a ser um formidável centro de trabalho e de irradiação scientifica. Para ali, sob a direção do mais moço de todos, correram Chapot Prevost, Fajardo, Ismael da Rocha, Sodré e outros e outros; e dentro de pouco tempo, eram Marchoux, Simond, Sanarelli e, aquelle fóco pestilento se tornou, repito, um fóco de irradiação scientifica.Esse milagre se operou, graças a Carlos Seidl.” (COUTO, 1929, p.67) 

Carlos Pinto Seidl foi nomeado, em 7 de setembro de 1893, capitão e membro da Junta Médica do Comando Superior da Guarda Nacional, função esta que ainda exercia em 1899.

 Em maio de 1894 foi indicado para integrar a comissão de reforma dos estatutos da Sociedade de Hygiene do Brasil, que havia sido criada em 23 de junho de 1892, na cidade do Rio de Janeiro.

Ainda em 1894 foi indicado para integrar o conselho do Centro Republicano de São Cristóvão, delegacia do Club Nacional 23 de Novembro, presidido pelo Coronel Dr. Augusto Goldschmidt.

Em dezembro de 1894 Carlos Pinto Seidl foi convidado a integrar a comissão de médicos, dirigida por Antônio Augusto de Azevedo Sodré e constituída para propor medidas para debelar os casos de cólera morbus, em caráter epidêmico no Vale do Paraíba, especialmente na região de Resende, no Estado do Rio de Janeiro. Participaram também da comissão os médicos Antônio Luiz da Silva Santos Pedro de Almeida Magalhães, Herculano Velloso Ferreira Penna, Godofredo Saturnino Teixeira de Mello, Leonel Justiniano da Rocha e Álvaro Freire de Villalba Alvim, e como auxiliares os então estudantes de medicina José Plácido Barbosa da Silva, Miguel da Silva Pereira, Alvaro Porfirio de Andrade Ramos, Augusto Torreão Roxo, José Saturnino do Lago e Heitor Adams. Na região da estação ferroviária de Belém (atualmente região de Japeri), Carlos Pinto Seidl dirigiu o serviço de desinfecção de passageiros e bagagens e o lazareto de isolamento de coléricos e indivíduos suspeitos de terem sido acometidos pela enfermidade, tendo sido auxiliado pelos médicos Francisco da Costa Barros Pereira das Neves e José Gomes Pereira. Regressou em 24 de janeiro de 1895 (EPIDEMIA, 1894).

Em 1897 foi fundador e redator, juntamente com José Luiz Sayão de Bulhões Carvalho, Henrique Guedes de Mello, Carlos Fernandes Eiras, Mário Carvalho Mourão e Souza Gomes, dos Archivos de Jurisprudencia Medica e Anthropologia, órgão da Sociedade de Jurisprudencia Médica e Antropologia.

Foi colaborador científico e literário de jornais de grande circulação e de revistas, como O Figaro,O Paiz, A Tribuna, Jornal do Commercio, A Universal, Kosmos, Renascença e da revista literária A Semana, fundada em 1885 por Antônio Valentim da Costa Magalhães. Na Revista Brazileira. Jornal de Sciencias, Lettras e Artes, publicou artigos originais e críticas de livros científicos e conviveu com expressões da literatura como Tristão de Alencar Araripe Júnior, José Veríssimo Dias de Mattos, Olavo Bilac, Lucio Eugênio de Menezes e Vasconcelos Drummond Furtado de Mendonça, e Machado de Assis. Foi colaborador, a partir de 1892, do Annuario Medico Brazileiro, fundado e dirigido por Carlos Costa.

Carlos Pinto Seidl publicou, em 1895, na Revista Brazileira, o artigo “O Quarto centenario da febre amarela”, no qual apresentou um retrospecto histórico dos quatrocentos anos do aparecimento da febre amarela, que teria surgido entre os europeus em 24 de março de 1495. Refere-se, neste estudo, às pesquisas sobre febre amarela realizadas por estrangeiros e brasileiros, como as de Domingos José Freire Junior e João Baptista de Lacerda, e destaca a importância dos progressos da medicina e o papel do cientista:

“Medico brasileiro e pertencendo a phalange dos que prestam culto sincero aos progressos da medicina moderna e nelles acreditam, trago para as paginas da Revista Brazileira algumas despretenciosas ponderações, sobre a moléstia que maiores damnos tem causado ao nosso paiz, já roubando-lhe milhares de vidas, preciosíssimas algumas, já entorpecendo o seu progresso pelo descredito que sóe provocar, descredito e males que os inimigos e rivaes do nosso Brazil se encarregam de hypertrophiar quanto podem.  (.......). Entretanto apezar de uma tal riqueza e abundancia de documentos de toda espécie, limitadíssimos pontos de sua nosographia acham-se solidamente firmados. (.....). Apenas pode-se affirmar hoje, graças a alguns pesquizadores conscenciosos e aos modernos processos de experimentação scientífica, que a parte etiológica começa a ser desvendada, resultando dos estudos até hoje feitos a convicção fundada e logica de que da febre amarella é causa productora de um desses seres infinitamente pequenos, vegetal ou animal, que vivem a atormentar a soffredora humanidade, causando- lhe desastres infinitamente grandes.”  (SEIDL, 1895, p. 102)

No periódico O Brazil Medico, dirigido por Antônio Augusto de Azevedo Sodré, foi redator-secretário (janeiro/fevereiro 1897), colaborador efetivo, a partir de fevereiro de 1897, e publicou muitos de seus estudos.  Em 1897, além de Seidl, compunham o quadro de colaboradores efetivos de O Brazil Medico, os professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Pedro de Almeida Magalhães, Miguel de Oliveira Couto, Antonio Fernandes Figueira, Miguel da Silva Pereira, Marcio Nery; da Faculdade de Medicina da Bahia, Raymundo Nina Rodrigues; e Henrique Guedes de Mello, oftalmologista do Hospício Nacional de Alienados, Ismael da Rocha, diretor do Laboratório Militar de Bacteriologia e Microscopia Clínica, e Oswaldo Gonçalves Cruz, chefe do Gabinete de Bacteriologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Carlos Pinto Seidl, juntamente com outros representantes da classe médica brasileira, como João Baptista de Lacerda, Júlio Afrânio Peixoto, Rodolpho Galvão, Antônio Augusto de Azevedo Sodré, Miguel de Oliveira Couto e Oswaldo Gonçalves Cruz, participou do 2º Congreso Médico Latinoamericano, realizado na cidade de Buenos Aires, de 3 a 10 de abril de 1904.

No Tercer Congreso Científico Latinoamericano, realizado na cidade do Rio de Janeiro, de 6 a 16 de agosto de 1905, Carlos Pinto Seidl integrou a comissão diretora e foi secretário da sub-comissão de medicina pública.

Em 1907 viajou à Europa para conhecer e estudar os melhoramentos nos hospitais de isolamento das principais capitais europeias, tendo visitado especialmente os nosocômios da França, Inglaterra e Alemanha.

 Por ocasião da comemoração do ensino médico no país, em 1908, Carlos Pinto Seidl foi convidado para ser o responsável pelo capítulo sobre febre amarela, publicado na obra comemorativa intitulada “Em commemoração do centenário do ensino medico” (1908).

Foi secretário da 4ª seção, intitulada “Higiene, climatologia, demografia e assistência pública”, presidida por Oswaldo Gonçalves Cruz, no 4º Congresso Médico Latino-Americano, realizado na cidade do Rio de Janeiro entre 1º e 8 de agosto de 1909.

Carlos Pinto Seidl foi um dos premiados, assim como Adolpho Lutz e Oswaldo Cruz, então diretor do Instituto Oswaldo Cruz, na Esposicione Internazionale d´Igiene Sociale (Roma, 1911-1912).  

Com a exoneração a pedido de Antônio Pacheco Leão, em janeiro de 1912, a direção da Diretoria Geral de Saúde Pública ficou vaga, e o Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Rivadávia da Cunha Corrêa, propôs ao Presidente da República, Hermes da Fonseca, o nome de Carlos Pinto Seidl para aquele posto. Carlos Pinto Seidl assumiu a Diretoria Geral de Saúde Pública em 15 de janeiro de 1912, e permaneceu neste cargo até 17 de outubro de 1918, quando solicitou sua exoneração. Para substituí-lo foi indicado Theophilo de Almeida Torres, mas quem assumiu efetivamente o cargo máximo na Diretoria Geral de Saúde Pública foi Carlos Ribeiro Justiniano Chagas, que foi nomeado oficialmente em 22 de outubro de 1918.

Por iniciativa de Carlos Pinto Seidl, então diretor geral de saúde pública, foi inaugurado, em 21 de setembro de 1912, o Museu de Hygiene, instalado em três grandes salas do edifício da Profilaxia da Febre Amarela, na Praça da República, na cidade do Rio de Janeiro, como noticiou na ocasião o jornal A Noite:

“Na sala A vimos: marcha da febre amarella no Rio de Janeiro de 1870 a 1911, figurada por sólidos em forma de espheras, representando cada esphera um coeffíciente de um triênio; mortalidade da peste nesta capital de 1900, época em que ella invadiu esta cidade, a 1909, coefficientes annuaes em cem mil habitantes, representada por cones de madeira envernisada. (....).  Nas paredes vêem-se cartogrammas ou mappas muraes com indicação de todos os casos de peste e febre amarella occorridos no Rio de Janeiro, a primeira de 1903 a 1911 e a segunda de 1900 a 1909, representadas por um pontilhado preto ou vermelho, conforme a moléstia, preto para a febre amarella e vermelho para a peste. Uma mesa representando um corte de rua com as respectivas canalisações sofrendo o expurgo por meio do gaz Clayton produzido por um minúsculo apparelho que se encontra sobre a rua, também se acha exposta nesta sala. (....). Na sala B está exposta em uma prancha suspensa por dous cavalletes uma série de pyramides triangulares demonstrando o coefficiente da febre typhoide no Rio comparado com o de outras cidades do estrangeiro como sejam Londres, Paris, Bruxellas, Haya, S. Petersburgo, Berlim, New York, Buenos Aires, Vienna, Roma, etc. (....). Na ultima sala, a sala C, onde também se acham em exposição sólidos representativos da marcha da mortalidade da tuberculose no Rio assim como outros em que figuram o coefficiente da coqueluche, da escarlatina, do sarampo, da diphteria, comparado com o da maioria das cidades estrangeiras. Em um quadro vêm-se photographias de casas beneficiadas por intimação da 3ª delegacia de Saude, a cargo do Sr. Dr. Placido Barbosa, velhos pardieiros, hoje substituídos por magníficas habitações com todos os preceitos da hygiene. Um viveiro de mosquitos, um tambor de isolamento, amostras de mosquitos, de larvas e de nymphas, um modelo de um novo ralo que impede por completo a passagem de mosquitos para as canalisações de aguas pluviais; grande numero de apparelhos, usados pelo serviço de desinfecção e isolamento, peças anato-pathologicas do museu do Hospital de S. Sebastião, a cargo do Dr. Antonino Ferrari e preparados pelos facultativos desse hospital. O Laboratorio Bacteriológico Federal sob a direcção do Dr. Emílio Gomes, também expõe culturas, reacções de Wassermann, etc.”   (VAE, 1912, p.1)

Alberto da Cunha, diretor do Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, e José Florindo de Sampaio Vianna, chefe do Serviço Demográfico de Saúde Pública, foram os responsáveis pela organização do museu, que reunia o material enviado ás exposições estrangeiras e nacional de 1908. Theophilo Torres, então Delegado de Saúde, destacou a importância da criação deste museu:

“La création de ce musée est venue certainement compléter l´organisation des services de la Santé Publique; c´est une démonstration pratique, une espèce d´index qui la rend accessible à tout le monde et qui, par l´exposé de ce qui a été fait, montera ce qui nous reste à faire. (....). Le Musée servira à renseigner les autorités d´hygiene des Etats, qui voudront savoir dans quelles zones règnent ces maladies; il sera em même temps une école de démonstration des remèdes à apporter.”(TORRES, 1913, p.112)

Foi delegado no 7º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, realizado em Belo Horizonte em 21 de abril de 1912.

Chefiou a delegação brasileira no “Office International d´Hygiene Publique”, realizado em Paris em 1914, e nesta ocasião se comprometeu a empenhar-se para que o governo brasileiro implantasse uma campanha contra as doenças venéreas. Neste sentido, lutou por dois anos, 1915 e 1916, mas somente em 1917 percebeu alguma sinalização neste sentido, quando recebeu um Aviso do Ministro por meio do qual lhe era enviado texto do jornal Diario Del Prata, de Montevidéu, sobre um projeto profilaxia da sífilis que havia sido apresentado ao Conselho de Higiene daquela cidade. Em 8 de outubro do mesmo ano, enviou um ofício ao ministro informando sobre os estudos feitos e propondo a constituição de uma comissão para regulamentação da matéria. Entretanto, 11 dias após o envio de seu ofício, recebeu uma resposta negativa por parte do Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Carlos Maximiniliano.Foi nomeado delegado e comissário geral na Exposition Internationale Urbaine, realizada de 1º de maio a 1º de novembro de 1914, em Lyon (França).

Foi presidente da sessão da Comissão de Profilaxia da Lepra, realizada em 22 de julho de 1915. A ideia desta comissão foi da Associação Médico-Cirurgica do Rio de Janeiro, por iniciativa de Belmiro de Lima Valverde e Juliano Moreira. Além de seus idealizadores, integraram, também, esta comissão Adolpho Lutz, Fernando Terra, Paulo da Silva Araujo, Henrique Guedes de Mello, Henrique Beaurepaire Rohan Aragão, Silva Araújo Filho, Alfredo da Graça Couto, José Florindo de Sampaio Vianna, Eduardo Rabello, Aureliano Werneck Machado, Henrique Autran da Matta e Albuquerque, Emilio Emiliano Gomes e Oscar D´Utra e Silva. De acordo com Souza-Araújo (1956), os trabalhos da Comissão de Profilaxia da Lepra se realizaram até 1919.

Integrou o Conselho Deliberativo da Liga Brasileira contra o Analfabetismo, criada em 21 de abril de 1915, no Rio de Janeiro, com o objetivo de lutar pelo fim do analfabetismo no país. Nesta última instituição seu irmão, Raymundo Pinto Seidl, foi secretário-geral (1915-1922), e Francisco Pinto Seidl, seu outro irmão, foi 2° secretário.

Participou, juntamente com Cypriano de Souza Freitas, Ismael da Rocha, Henrique Guedes Mello e José Jeronymo de Azevedo Lima, da comissão de médicos que propôs a fundação da Liga Brasileira contra a Tuberculose, criada em 4 de agosto de 1900 na cidade do Rio de Janeiro. Além de ter sido um dos fundadores da Liga, Carlos Pinto Seidl foi colaborador no conselho consultivo e presidente (maio 1915-1918). Em 9 de fevereiro de 1916 recepcionou, no Rio de Janeiro, os médicos Richard Mills Pearce (1874-1930), John Atkinson Ferrell (1880-1965) e Bailey Kelly Ashford (1873-1934), que integravam o Rockefeller International Health Commission, comissão científica da Rockefeller Foundation constituída para estudar as moléstias tropicais no Brasil e aqui recolheu informações sobre endemias, sobre o combate à febre amarela, à malária, à ancilostomíase, e sobre a organização da assistência médica no país.

A Academia Nacional de Medicina nomeou em dezembro de 1916 uma comissão para propor as medidas médicas e higiênicas para o saneamento do país, composta pelo próprio Carlos Pinto Seidl, Miguel de Oliveira Couto, Miguel da Silva Pereira, Júlio Afrânio Peixoto, Carlos Ribeiro Justiniano Chagas e Aloysio de Castro. A comissão se reuniu pela primeira vez em 12 de janeiro de 1917, sob a presidência de Oswaldo Gonçalves Cruz.

Participou, também, da comissão constituída, em 1917, para homenagear Oswaldo Gonçalves Cruz com a construção de um monumento, da qual igualmente faziam parte Miguel de Oliveira Couto, então presidente da Academia Nacional de Medicina, Luiz do Nascimento Gurgel, Miguel da Silva Pereira, Carlos Ribeiro Justiniano Chagas, Egydio Salles Guerra, entre outros. Esta Comissão iniciou suas atividades em 1917, angariando recursos, por meio da distribuição de listas de subscrição nacional, para a construção do monumento, e foi reorganizada em 1927, já com personalidade jurídica. Seidl, em seu discurso por ocasião da Missão Médica Argentina ao Instituto Oswaldo Cruz, em 4 de julho de 1917, referiu-se a Oswaldo Gonçalves Cruz como o “o símbolo sobretudo do prestígio e do valor social do médico” (Seidl, 1917, p.322.Apud. BRITTO, 1995, p.37).

Em 1918, no início da epidemia de gripe no país, alguns médicos, como o próprio Carlos Pinto Seidl, entenderam que a gripe, denominada influenza espanhola, que ocorria na Europa e na África era uma enfermidade diferente daquela que estava acometendo a população brasileira. Para Seidl a enfermidade era contagiosa, mas inacessível às ações profiláticas gerais, como o isolamento, e que somente seria eficiente a adoção de ações de profilaxia individual, como a ingestão de sais de quinino e a rigorosa antissepsia da boca e nariz. Alguns médicos, igualmente membros da Academia Nacional de Medicina, concordaram com Seidl, como Garfield Augusto Perry de Almeida, mas outros tanto discordaram, como o Almirante João Francisco Lopes Rodrigues, chefe do Serviço Sanitário da Armada.

Nas primeiras semanas de outubro de 1918 foram noticiados pela imprensa casos de gripe em locais como quartéis, repartições públicas e escolas.O número de pessoas acometidas foi crescendo rapidamente,tendo sido computados, somenteno dia 22 de outubro de 1918, 930 óbitos de gripe, de um total de 1.073 óbitos na cidade do Rio de Janeiro.  A velocidade de contágio era impressionante, e o período de incubação era curto, ocasionando um número bastante elevado de pessoas vitimadas pela gripe e de óbitos. Segundo Adriana da Costa Goulart (2005), a gripe espanhola causou o óbito de cerca de 15 mil pessoas no Rio de Janeiro.

Em 30 de setembro de 1918, já o Rio de Janeiro apresentando um estado pandêmico, e tendo em vista a deficiência dos transportes, Carlos Pinto Seidl estabeleceu um serviço de assistência domiciliar e de socorros públicos. E em 3 de outubro do mesmo ano, alertou os portos e determinou a adoção de uma profilaxia indeterminada, como denominara dado o desconhecimento da natureza da enfermidade que grassava pela cidade.

Carlos Pinto Seidl sofreu severas críticas da própria classe médica e na imprensa, com charges e matérias, nas quais era ferozmente acusado por seu fraco empenho no combate à epidemia. Fez sua defesa por meio de suas colunas na Revista Medico-Cirurgica do Brazil, e no livro “A proposito da pandemia da grippe em 1918. Factos e argumentos irrespondiveis”, publicado em 1919, no qual apresentou a descrição da pandemia de gripe e sua repercussão no país, os debates sobre a epidemia, suas considerações e medidas adotadas para combater a epidemia, as críticas sofridas e as defesas de sua atuação à frente da Diretoria Geral de Saúde Pública. Para Seidl o aparecimento da “inevitável pandemia de gripe, que nunca esforço humano conseguiu deter, foi pretexto para uma campanha de imprensa contra minha pessoa” (SEIDL, 1919, 3). As acusações, destacou Seidl, eram por ter deixado entrar a gripe epidêmica na cidade e por ter sido moroso na adoção de medidas para combatê-la. Para todos aqueles que o criticaram, por ele referidos como os mal intencionados e os mal informados, dirigiu as seguintes palavras:

“Preliminarmente declaro, que cheguei ao posto de chefe da Repartição Sanitaria Federal, que desempenhei durante seis anos e nove mezes, depois de vinte anos de exercício no cargo de diretor do principal hospital de moléstias infecto-contagiosas d´esta capital. Não sou, portanto, um neófito na administração sanitária, cujos assumptos sempre constituíram objeto de meus estudos e cogitações”. (SEIDL, 1919, p.3)

Em 10 de outubro de 1918, Carlos Pinto Seidl havia apresentado suas considerações sobre a epidemiologia da gripe, numa sessão na Academia Nacional de Medicina, e declarado que:

“Tentar impedir a invasão pela grippe ou influenza de uma região ou de uma cidade é procurar resolver um problema insolúvel; é um sonho, uma utopia scientifica. Em sua marcha caprichosa e vagabunda, a influenza ou gripe tem, até agora, em todos os paizes, menosprezado todos os elementos de defesa, todas as medidas administrativas e todas as quarentenas. O mais a que póde o hygienista aspirar é preservar limitados agrupamentos humanos, como enfermarias, prisões, collegios etc. O isolamento, tão eficaz, em geral, em todas as doenças contagiosas, é irrelalisavel na gripe epidêmica, a menos que se interrompam por tempo longo todas as relações sociaes e todos os contactos dahi oriundos. A gripe, ou influenza epidêmica, é, portanto, doença ubiquitaria, inaccessível às medidas de prophilaxia internacional” (SEIDL, 1919, p.4)

Em relação à acusação de morosidade de suas ações, Carlos Pinto Seidl destacou que o próprio desconhecimento oficial da natureza da moléstia dificultou a adoção de providências para impedir a propagação da epidemia:

“Antes de 26 de setembro o proprio Ministro do Interior, de quem solicitei insistentes informações, não sabia dizer-me qual a natureza da epidemia. Fallava-se em cholera e peste pneumonica. A minha convicção intima era de que se tratava effectivamente de gripe pandêmica; entretanto, na falta de documentação tomei a deliberação de recommendar aqui e nos portos uma prophilaxia que denomineiindeterminada, isto é, visando tudo quanto pudesse ser motivo de transmissão morbida” (SEIDL, 1919, p.15)

Carlos Pinto Seidl destacou, ainda, neste seu estudo, que não lhe competia a totalidade das providências necessárias para evitar os problemas decorrentes da eclosão da epidemia, e que havia procurado não ser moroso na adoção das providências de sua esfera de ação pública (SEIDL, 1919).

O periódico Brazil-Medico publicou, em seu “Boletim da Semana” em 12 de novembro de 1918, matéria lamentando a exoneração de Carlos Pinto Seidl:

“Carlos Seidl, recentemente exonerado da Directoria Geral de Saúde Pública, não encontrará os seus velhos amigos e companheiros doBrazil-Medico a coparticiparem, de qualquer jeito. No movimento condemnatorio, que se procurou formar em torno de seu nome. Era humanamente impossível, com os recursos actuaes da sciencia, impedir a irrupção do morbo reinante em nosso meio, e providencias de assistência publica, mal teve ele tempo de lhes imprimir organização, renunciando, como renunciou, o cargo, num gesto digno, diante do córo de maldições que o visava converter em “bode expiatório” da premente situação.” (SEIDL, 1919, p.22-23)

Para Adriana da Costa Goulart (2003), Carlos Pinto Seidl foi transformado em “bode expiatório”, pois sua exoneração teria sido resultado de fortes pressões da Presidência da República, Wenceslau Braz, que buscou contornar as perdas políticas decorrentes da falência das instituições e das ações em saúde pública, culpando Seidl pela morosidade na organização dos socorros públicos e pela consequente expansão da epidemia. 

Integrou, juntamente com Ernesto do Nascimento Silva, Júlio Afrânio Peixoto, Fernando Augusto Ribeiro de Magalhães e Olympio Arthur Ribeiro da Fonseca, a comissão constituída em 1918 pela Academia Nacional de Medicina para tratar do tema do aborto criminoso, cuja questão polêmica era a notificação compulsória dos abortos.

Carlos Pinto Seidl participou também da Liga Pro-Saneamento, um movimento de caráter nacionalista criado em fevereiro de 1918 e liderado por Belisário Augusto de Oliveira Penna, que tinha como proposta central o saneamento rural.

Em 1920 integrou a comissão médica em visita à Casa de Correção do Distrito Federal, juntamente com Juliano Moreira, então diretor do Hospital Nacional de Alienados, Zepherino de Faria, mordomo do hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Luiz Raphael Vieira Souto, Luiz do Nascimento Gurgel e outros.

Foi acionista, presidente (1911) e médico (6/06/1922) da sociedade anônima “Companhia Edificadora”, localizada na Ponta do Caju, onde prestou atendimento médico à classe operária.

Foi professor da Escola de Intendência do Ministério da Guerra, criada em 27 de maio de 1922.

Em 14 de novembro de 1895 candidatou-se a vaga de membro titular da Academia Nacional de Medicina, tendo sido eleito em 28 de novembro com a apresentação do trabalho “Isolamento nosocomial”, e empossado em 5 de dezembro deste mesmo ano. Nesta associação foi 2º secretário (1896-1897), redator dos Annaes da Academia Nacional de Medicina e dos Boletins da Academia Nacional de Medicina (1897-1899), vice-presidente (1910-1911), presidente (1911-1912; 1912-1913), e presidente da seção de medicina especializada (1916/1917; 1917/1918; 1918/1919; 1919/1920; 1922/1923;1923/1924; 1924/1925; 1925/1926; 1926/1927; 1927/1928; 1929/1930). Tornou-se membro titular honorário, em 1º de setembro de 1927, e patrono da cadeira nº 17 da Academia Nacional de Medicina. 

Foi 1º secretário (1889/1890) e 1º vice-presidente (1891) do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, sediado na Praia de Santa Luzia, no centro da cidade do Rio de Janeiro, e presidido por Luiz Pedro Barbosa. Em 1893 era editor, juntamente com Francisco Modesto Guimarães e Adolpho Possolo, da Revista do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro.

Foi orador oficial e membro da comissão executiva do 5º Congresso de Medicina e Cirurgia, realizado em 1903 na cidade do Rio de Janeiro, e organizador e membro da comissão executiva do 3º Congresso Scientifico Latino-americano (Rio de Janeiro, 6-16 de agosto de 1905).

Carlos Pinto Seidl foi um dos fundadores e secretário do Club Medico, criado no Rio de Janeiro, em setembro de 1905, por um grupo de médicos com o objetivo de ser uma associação beneficente e recreativa formada exclusivamente por diplomados em ciências médico-cirúrgicas. A assembleia geral do Club Medico foi realizada na Academia Nacional de Medicina, em 15 de setembro de 1905, presidida por Agostinho José de Souza Lima, e a primeira diretoria do Club Medico foi constituída por Francisco de Paula Fajardo Júnior (presidente), Ernesto do Nascimento Silva (1º vice-presidente), João Benjamin Ferreira Baptista (2º vice-presidente), Carlos Pinto Seidl (1º secretário), Theophilo de Almeida Torres (2º secretário), Alfredo da Graça Couto (tesoureiro), e Fernando Augusto Ribeiro Magalhães (orador). Integraram o conselho administrativo da associação José Antonio de Abreu Fialho, Alfredo Nascimento, Álvaro Alberto da Motta e Silva, Antônio Augusto de Azevedo Sodré, Eduardo Chapot Prévost, Oswaldo Gonçalves Cruz, Henrique Guedes de Mello, Miguel da Silva Pereira, Nuno Ferreira de Andrade e outros. O presidente Francisco de Paula Fajardo Júnior assim referiu-se à criação do Club Medico: 

“É uma idéa feliz a creação do Club medico. Talvez consiga este centro de diversão estabelecer uma corrente de sympatia entre os membros da classe medica, o que não tem obtido as nossas associações scientificas, por via de regra recinto de discussões apaixonadas e por vezes pessoaes. É nosso desejo que o mesmo não suceda no Club medico, onde todos devem procurar divertir-se sem molestar a ninguém, de modo a tornar o meio agradável aos que o frequentarem. O Brazil medicose empenhará para que esse desideratumseja uma realidade” (CLUB, 1905, p. 391)

Foi, também, um dos fundadores, juntamente com Miguel de Oliveira Couto, Juliano Moreira, Antonio Fernandes Figueira, Carlos Fernandes Eiras, Júlio Afrânio Peixoto, Miguel da Silva Pereira, Ulysses Machado Pereira Vianna Filho, Antônio Austregesilo Rodrigues Lima, da Sociedade Brasileira de Neurologia, Psychiatria e Medicina Legal, criada em 17 de novembro de 1907. Nesta sociedade integrou posteriormente a Comissão de Medicina Legal.

Integrou diversas sociedades científicas estrangeiras como a Société d´Hygiène de Paris, Circulo Medico Argentino (Buenos Aires, Argentina), Sociedade de Sciencias Medicas de Lisboa, Sociedad Argentina de Higiene Publica y Ingeniería Sanitaria (Buenos Aires, Argentina), Real Academia Hispano-Americana de Ciencias e Artes (Cadiz, Espanha), e a International Anti-Tuberculosis Association.

No Gremio Paraense, associação criada em 1897, com sede social na Travessa de São Francisco de Paula nº 1, na cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de tornar o Estado do Pará mais conhecido no país e no exterior, e era então presidida por Lauro Sodré, Carlos Pinto Seidl foi tesoureiro (1899) e 1º vice-presidente (15 de agosto de 1916).

Carlos Pinto Seidl foi um dos fundadores e o primeiro presidente (1928), do Syndicato Medico Brasileiro, fundado em 25 de novembro de 1927, na Rua da Carioca nº 10, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Carlos Pinto Seidl, juntamente com Alfredo Nascimento e Júlio Pires Porto Carrero, também integrou a comissão de organização de um código de deontologia médica e ética profissional, criada em janeiro de 1928 no Syndicato Medico Brasileiro.

Foi sócio, membro do conselho técnico e presidente (1928) da seção de medicina do Club dos Bandeirantes do Brasil, criado em 24 de agosto de 1926 em São Paulo, cujo objetivo era a defesa de valores e interesses nacionais, como a valorização do homem brasileiro. Em 21 de abril de 1927 foi inaugurada a sede do Clube na cidade do Rio de Janeiro, no Edifício Odeon, na Praça Marechal Floriano, e seu primeiro presidente foi o engenheiro-geógrafo Adelstano Soares de Mattos Porto d´Ave, autor de vários projetos arquitetônico de hospitais, como o Hospital Gaffrée e Guinle, na cidade do Rio de Janeiro. Entre os sócios do Clube dos Bandeirantes do Brasil estavam médicos, como Evandro Serafim Lobo Chagas, Leonídio Ribeiro, Belisário Augusto de Oliveira Penna, Antônio Cardoso Fontes, políticos como Getúlio Vargas, Graça Aranha e Júlio Prestes, e intelectuais e educadores como Monteiro Lobato, Vicente Licínio Cardoso e Gustavo Barroso, Adolfo Luiz Guilhemer Dodt.

Possuía vasto conhecimento sobre as denominadas ciências ocultas, tendo participado da fundação da loja Perseverança Sociedade Theosophica (1910), colaborado na revista O Theosophista (1911), e na organização da Ordem da Estrella do Oriente, uma organização para-maçônica. 

A população do bairro de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro, prestou, em 1910, uma homenagem a Carlos Pinto Seidl, como noticiou a matéria publicada em 24 de novembro deste ano no jornal Correio da Manhã:  

“A população de S. Christovão, representada por todos os seus elementos sociaes, desde o modesto operário ao rico capitalista, vae hoje prestar uma homenagem ao ilustrado e devotado medico, o dr. Carlos Seidl, seguindo em romaria até a sua residência, cobrindo-o ali de flores, victoriando-lhe, exaltando-lhe o nome. É que, à sua fé de serviços officiaes, que é grande, o dr. Carlos Seidl junta os seus serviços desinteressados a quantos sofrem, ricos ou pobres, sem outro intuito além de pôr ao serviço dos enfermos a sua reconhecida sciencia, o amor com que abraçou a nobre profissão que exerce. Será a manifestação de hoje um raro exemplo de gratidão popular. O dr. Carlos Seidl é o diretor do Hospital de S. Sebastião, onde introduziu todos os melhoramentos e atendeu a todas as necessidades de um edifício exclusivamente destinado ao tratamento de moléstias contagiosas. Fóra, porém, desse serviço, outros, e brilhantíssimos, tem prestado o ilustre clinico, em comissões da sua especialidade, no combate a epidemias, que lhe tem merecido os mais legítimos louvores. A manifestação de que hoje será alvo tem como pretexto o anniversario natalício do caridoso medico, o homem mais popular e querido do bairro de S. Christovão”. (DR. CARLOS, 1910, p.4)

O decreto nº 3.148, de 22 de outubro de 1929, promulgado pela Prefeitura Municipal do Distrito Federal, determinou que a então Praça do Retiro Saudoso, em São Cristóvão, passa-se a denominar-se Rua Carlos Seidl.

Carlos Pinto Seidl é o patrono da cadeira nº 12 da Academia Brasileira de Medicina Militar, fundada em 8 de dezembro de 1941.

Em 19 de novembro de 1929, um mês após o falecimento de Carlos Pinto Seidl, foi realizada, na Academia Nacional de Medicina, uma sessão conjunta dos institutos científicos em homenagem à sua memória. Na Mesa diretora de abertura da sessão estavam: Raul Pacheco (presidente do Syndicato Medico Brasileiro), Mario Lisboa (representante do Ministério da Justiça e Negócios Interiores), Antônio Cardoso Fontes (presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro), Odilon Barroso (presidente da Sociedade Medica do Hospital São Francisco de Assis), José Maria da Cruz Campista (2º secretário do Syndicato), Juliano Moreira (presidente da Sociedade de Neurologia, Psychiatria e Medicina Legal), Octavio Murgel de Rezende (representante do Instituto dos Advogados), Joaquim Moreira da Fonseca (presidente da Sociedade Médica de São Lucas), Paulo Seabra (presidente da Associação Brasileira de Pharmaceuticos), Antonino Augusto Ferrari (diretor do Hospital de São Sebastião), e Arnaldo Cavalcanti (1º secretário do Syndicato). Ocuparam a tribuna com  discursos: Julio Monteiro (Syndicato Medico Brasileiro, Hospital D. Pedro II), Alfredo Nascimento (Academia Nacional de Medicina, Liga Brasileira contra a Tuberculose), Clementino Rocha Fraga (Departamento Nacional de Saúde Pública), Rolando Monteiro (Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro), Júlio Pires Porto Carrero (Faculdade de Direito, Sociedade Brasileira de Neurologia, Psychiatria e Medicina Legal), João Pecegueiro (Sociedade Medica  do Hospital São Francisco de Assis),  Drault Ernanny de Mello e Silva (Hospital de São Sebastião), Henrique Tanner de Abreu (Sociedade Medica São Lucas), Egydio Salles Guerra (Fundação Oswaldo Cruz), Eduardo Rabello (Sociedade Brasileira de Dermatologia e Syphiligraphia), Octavio Rezende (Instituto dos Advogados), e Chryso Fontes (Instituto Brasileiro de Estomatologia) (NASCIMENTO, 1929).

Antonino Augusto Ferrari, então diretor do Hospital de São Sebastião, em sessão em memória a Carlos Pinto Seidl, na Academia Nacional de Medicina, em 24 de outubro de 1929, procurou apresentar uma síntese de sua trajetória, destacando três etapas de sua vida social e científica:

“A primeira etapa foi (.....) a etapa polymorpha do moço cheio de esperanças, cheio de anhelos, do patriota ardoroso, do scientista que revelava os dotes peregrinos da sua inteligência, na remodelação que imprimia no Hospital (....). A segunda etapa, que eu acompanhei pari passu, foi aquella em que o Dr. Carlos Seidl se revelou um homem de profunda sciencia, um notável orientador scientifico. Começou essa etapa com a remodelação da ´Revista Medico-Cirurgica do Brasil`, a que deu nova feição, procurando congraçar em torno de si todos os valores possíveis. Esse jornal despertou uma emulação extraordinária em todos os meios, actuando especialmente nos meios hospitalares. (....). Transpondo as fronteiras do Brasil, a imprensa medica européa muitas vezes transcreveu artigos seus. (....). Culminou sua atuação, (....), naquela phase em que, na Escola de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, professou a cadeira de medicina legal, onde cumpriu fielmente com todos os deveres do bom professor, inclusive escrevendo um livro, até hoje adoptado e por todos considerado como a melhor publicação feita no brasil. A terceira etapa foi a remodelação do Hospital de São Sebastião. (....). Mas extensa era já a mésse de medidas por ele adoptadas e muitos eram já os melhoramentos introduzidos com muita efficiencia no interior das enfermarias e no próprio corpo clinico, de tal modo que todos se sentiam animados de novo conforto e essas medidas já tinham dado uma demonstração de um novo esforço, de uma nova efficiencia, e já se dizia mesmo que o Hospital de São Sebastião já era um sanatório e não somente um hospital. Alli já se conseguia o restabelecimento, não só das moléstias agudas, mas até das moléstias chronicas, as mais ingratas como a tuberculose.” (NASCIMENTO, 1929, p.69-70)

Produção intelectual

Os dados sobre a produção intelectual de Carlos Pinto Seidl foram em grande parte elaborados a partir das informações do livro “Carlos Seidl. In memoriam” (1929).

- “As propinas e a gente acadêmica”. Revista do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n.1, 1º jul. 1890.

- “Da intervenção cirurgica no tratamento do abcesso do fígado (estudo critico)”. Revista do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, setembro de 1890.

- “A etiologia perante o diagnostico, a therapeutica e a hygiene. These de Dr. Carlos Pinto Seidl”. Rio de Janeiro, Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1891.

- “Koch e a tuberculose”. Revista do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno II, p.10, jan. 1891.

- “As injecções de Brown Séquard”. O Figaro, 19 jan. 1891.

- “Do emprego do cantharidato de potassio no tratamento da tuberculose”. Comunicação apresentada no Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, 1891.

- “Das propriedades antisepticas do polo positivo”. Comunicação na 26ª sessão do Gremio dos Internos dos Hospitaes do Rio de Janeiro, 6 set.1891.

- “Discurso proferido no acto solemne da collação de gráo aos doutorandos de 1891, na qualidade de orador oficial dos mesmos”. Rio de Janeiro: Typographia Carioca, 1892.

- “Ensaios clínicos das injecções de Brown Sequard (estudo critico da these inaugural do Dr. Herculano Penna)”. O Figaro, 19 fev. 1892.

- “A mulher doutor (a proposito da these inaugural do Dr. Luiz P. Barboza)”. O Figaro, ns.3, 4 e 6 de março de 1892.

- “A febre amarella no Brazil e os Européos”. O Figaro, abril de 1892.

- “Das gelbe fieber in Brasilien und die europäer”. Germania, São Paulo, ns. de 28 de junho e 4 de julho, 1892.

- “O Lazareto da Ilha Grande”. O Figaro, 14 ago. 1892.

- “A anthropologia criminal no Congresso de Bruxellas”. O Figaro, 25 ago. 1892; Revista Moderna, set. 1892.

- “A quarentena moderna”. O Figaro, 30 out. 1892.

- “Ensaios de Anthropometria Clinica. These inaugural do Dr. Sylvio Muniz de Souza. Rio de Janeiro. 1892”. Annuario Medico Brazileiro, Rio de Janeiro, sétimo anno, p.46-49, 1892.

- “Monographia sobre a febre amarela epidêmica que grassou em Santos (S. Paulo) no verão de 1891 para 1892 e seu tratamento. Pelo Dr. Helvecio de Andrade (abril de 1892), Santos, Empreza Typographica Santista”. Annuario Medico Brazileiro, Rio de Janeiro, sétimo anno, p.50-54, 1892.

- “Da Coxotuberculose (Estudo clinico). These inaugural do Dr. João da Silva Xavier. Rio de Janeiro, 1892”. Annuario Medico Brazileiro, Rio de Janeiro, sétimo anno, p.75-76, 1892.

- “Contribuição para o estudo do tratamento da febre amarella”. Boletim da Sociedade da Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, jun. 1893.

- “Contribuição para o estudo do tratamento da febre amarella (1)”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno VII, n.31, p.257-258, 15 ago. 1893.

- “Boletim bibliographico. Tratado da Medicina Legal, Primeira parte, pelo Professor Agostinho J. de Souza Lima. Rio de janeiro, 1894”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno VIII, n.41, p.327-328, 1º nov. 1894.

- “Novo systema de ventilação de enfermarias, adoptado no hospital de S. Sebastião”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno VIII, n.44, p.345-346, 22 nov.1894.

- “Boletim bibliográfico. O Clima de Juiz de Fóra, pelo Dr. Eduardo de Menezes”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno VIII, n.45, p.359, 1º dez.1894.

- “O Cholera. [Carta de Carlos Seidl]”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XI, n.3740, p.1-2, 27 dez. 1894.

- “Gravissimo. Provas e documentos. [Carta de Carlos Seidl]”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XI, n.3762, p.2, 19 jan. 1895.

- “Boletim bibliográfico. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno IX, n.8, p.64, 22 fev. 1895.

- “O Quarto centenario da febre amarella”. Revista Brazileira. Jornal de Sciencias, Lettras e Artes, Rio de Janeiro, Primeiro anno, tomo segundo, p.101-113, 15 abr. 1895.

- “Bibliographia”. Revista Brazileira. Jornal de Sciencias, Lettras e Artes, Rio de Janeiro, Primeiro anno, tomo segundo, p.125-127, 1895.

- “Bibliographia. Terceiro Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, celebrado na Capital do Estado da Bahia, em outubro de 1890”.Revista Brazileira. Jornal de Sciencias, Lettras e Artes, Rio de Janeiro, Primeiro anno, tomo segundo, p.187-188, 1895.

- “O quarto centenário da febre amarela”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno IX, n.18, p.137-139, 8 mai.1895.

- “Boletim bibliográfico. Caxambú, do Dr. Mont”.O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno IX, n.16, p.125-127, 22 abr.1895.

- “O quarto centenário da febre amarela. Conclusão”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno IX, n.19, p.145-148, 15 mai.1895.

- “A bancarrota da sciencia”. O Paiz, Rio de Janeiro, 6 jun.1895.

- “Relatorios do Hospital de S. Sebastião apresentados pelo Director Dr. Carlos Seidl em fevereiro de 1895”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1895.

- “O Brazil-Medico”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno X, n.1, p.1-2, 1º jan. 1896.

- “Honora medicum”. O Paiz, Rio de Janeiro, 27 set. 1896.

- “Saneamento do Rio de Janeiro. Estudos de Hygiene. A Cidade do Rio de Janeiro por Torquato Tapajoz”. Revista Brasileira. Jornal de Sciencias, Lettras e Artes, Rio de Janeiro, segundo anno, tomo sétimo, fasc. 39, p.174-181, 1º ago. 1896.

- “Estudos de hygiene”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XI, n.2, p.11-14, 8 jan. 1897.

- “A peste bubônica”. O Paiz, Rio de Janeiro, 16 jan. 1897.

- “Assumptos da actualidade. A moção da Academia”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XI, n.3, p.25-26, 15 jan. 1897.

- “Os semeadores da peste”. Revista Brazileira. Jornal de Sciencias, Lettras e Artes, Rio de Janeiro, Terceiro anno, tomo decimo, fasc. 56, p.70-79, 15 abr. 1897.

- “A Lepra no Brazil”. Revista Brazileira. Jornal de Sciencias, Lettras e Artes, Rio de Janeiro, tomo decimo segundo, p.219-226, 1897.

- “A proposito da serumtherapia da febre amarella segundo o methodo do Dr. Caldas (do Rio Grande), pelo Dr. Carlos Seidl”. Memoria lida na sessão de 6 de maio de 1897 da Academia Nacional de Medicina.

- “A proposito da serumtherapia da febre amarella segundo o methodo do Dr. Caldas (do Rio Grande), pelo Dr. Carlos Seidl”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XI, n.21, p.182-183, 1º jun. 1897.

- “Correspondencia. Carta sobre uma conferencia do Dr. Domingos Freire, pelo Dr. Carlos Seidl”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XI, n.34, p.303-304, 8 set. 1897.

- “A proposito da serumtherapia na febre amarela, segundo o methodo do Dr. Ph. Caldas (do Rio Grande), pelo Dr. Carlos Seidl. Sessão de 6 de maio de 1897 na Academia Nacional de Medicina”. Rio de Janeiro, 1897.

- “O isolamento nosocomial: contribuição para o estudo da prophilaxia defensiva no Rio de Janeiro”. Rio de Janeiro: Typographia Besnard Frères, 1897.

- “O isolamento nosocomial; memoria apresentada à Academia Nacional de Medicina como título de admissão”. Rio de Janeiro: Besnard Frères, 1897.

- “O anno acadêmico, discurso proferido na Academia Nacional de Medicina na qualidade de 1º secretario, na sessão solemne anniversaria de 30 de junho de 1897”. Rio de Janeiro: Besnard Frères, 1898.

- “Correspondencia. A minha defesa”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.2, p.16-17, 8 jan. 1898.

- “Assumptos da actualidade. O anno medico de 1897”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.10, p.86-87, 8 mar. 1898.

- “Assumptos da actualidade. O anno medico de 1897. (Continuação)”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.11, p.96-97, 15 mar. 1898.

- “Assumptos da actualidade. O anno medico de 1897. (Continuação)”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.12, p.103-105, 22 mar. 1898.

- “Assumptos da actualidade. O anno medico de 1897. (Conclusão)”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.14, p.121-123, 8 abr. 1898.

- “Correspondencia. Serumtherapia da febre amarela”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.21, p.187-188, 1º jun. 1898.

- “Boletim da Semana. Interesses profissionais. O caso do Hospital dos Lazaros”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.36, p.322-323, 22 set.1898.

- “O acetyleno perante a hygiene”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XII, n.38, p.335-337, 8 out.1898.

- “Relatorio dos trabalhos da Academia Nacional de Medicina no anno 1896-1897”. Rio de Janeiro: Typ. Besnard Frères, 1898.

- “[Bibliographia]. Orthopedia vertebral. Do endireitamento forçado dos cyphoticos, pelo Dr. C. Barata Ribeiro”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIII, n.10, p.95-96, 8 mar.1899.

- “Boletim da Semana. Cousas da vida do medico. O Dr. Anastacio Bomsuccesso”.  O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIII, n.12, p.114-115, 22 mar.1899.

- “Discussão sobre a Assistencia de Alienados pelos Drs. Souza Lima, Teixeira brandão, Costa Ferraz e Carlos Seidl”. Annaes da Academia Nacional de Medicina, tomo 65, 1º trim. 1899.

- “A Amamentação das crianças”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XV, n.5320, p.1, 30 abr. 1899.

- “Pelas crianças. Os preconceitos”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XV, n.5327, p.1, 7 mai. 1899.

- “Pelas crianças. Mortalidade infantil”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XV, n.5373, p.1, 22 jun. 1899.

- “Pelas crianças. A Natalidade”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XV, n.5378, p.1, 27 jun. 1899.

- “Prophylaxia Internacional; Argentina e Brasil”. O Paiz, Rio de Janeiro, 11 ago. 1899.

- “À classe medica e ao publico. A coerência do charlatão”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XV, n.5426, p.3, 14 ago. 1899.

- “Ainda o charlatão Abel”. O Paiz, Rio de Janeiro, anno XV, n.5437, p.3, 25 ago. 1899.

- “O Estado em suas relações jurídicas com a religião e a escola”. Palestra na 6ª sessão extraordinária do Gremio dos Estudantes da faculdade Livre de Direito, 16 de setembro de 1899.

- “Discurso pronunciado no banquete offerecido pela classe medica ao Exmo. Dr. Hilario de Gouveia, na noite de 7 de Outubro de 1899”. Rio de Janeiro: Typ. Besnard Frères, 1899.

- “[Discurso do Dr. Carlos Seidl]. Banquete oferecido ao Dr. Hilario de Gouveia pela classe medica do Rio de Janeiro. 7 de outubro de 1899”.  O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIII, n.37, p.394-395, 1º out.1899.

- “Correspondencia. La febre gialla a bordo del Lombardia nella Baia de Rio de Janeiro per Dott. Abele Parente. [apreciação] do Dr. Carlos Seidl”.O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIII, n.41, p.401-404, 1º nov.1899.

- “Boletim da Semana. Exercicio ilegal da medicina”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIII, n.47, p.463-464, 15 dez.1899.

- “Lição inaugural de medicina publica”. Revista da Faculdade Livre de Direito da Cidade do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno I, v.1, 1899.

- “A lepra no Brasil”. O Paiz, Rio de Janeiro, 16 fev. 1900.

- “Os protestos contra a defesa sanitária do Brazil”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIV, n.14, p.121-123, 8 abr. 1900.

- “O Professor Camillo Terni”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIV, n.17, p.152-153, 1º mai.1900.

- “Evolução da medicina no Brasil”. O Paiz, Rio de Janeiro, 6 mai. 1900.

- “O ensino da pathologia intertropical no Brazil”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIV, n.20, p.173-174, 22 mai.1900.

- “Dados estatisticos applicaveis ao estudo etiologico da febre amarella”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIV, n.21, p.181-183, 1º jun. 1900.

- “O tratamento da febre amarella no Hospital de S. Sebastião pelo Dr. Carlos Seidl”. O Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XIV, n.33, p.289-293, 1º set.1900.

- “Alcoolismo, exageros da propaganda antialcoólica”. O Paiz, Rio de Janeiro, 7 set. 1900.

- “Vaccinação de peste bubonica. Communicação no 4º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia, 17 a 30 de junho de 1900”.  Rio de Janeiro, 1900.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro)”.  Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.2, p.17-19, 8 jan. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.3, p.27-29, 15 jan. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.4, p.36-38, 22 jan. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.5, p.46-48, 1º fev. 1901.

- “Formulario Practico. Tratamento das hemorrahagias gastro-intestinaes na febre amarella”.  Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.5, p.48, 1º fev.1901.

- “Formulario Practico. Tratamento da intolerância gástrica, dos vômitos da epigastralgia na febre amarella”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.5, p.49, 1º fev.1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.8, p.76-79, 22 fev. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.10, p.94-98, 8 mar. 1901.

- “Discurso proferido na Academia Nacional de Medicina na qualidade de 1º secretario, na sessão solemne anniversaria de 30 de junho, 1901”. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, jun. 1901.

- “Boletim da Semana. Um caso medico-legal”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.15, p.145-147,15 abr. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.16, p.154-156, 22 abr. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.21, p.217-218, 1º jun. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.25, p.247-249, 1º jul. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.27, p.267-269, 15 jul. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.29, p.288-289, 1º ago. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.30, p.298-299, 8 ago. 1901.

- “Boletim da Semana. Um caso medico-legal (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.31, p. 306, 15 ago. 1901

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (continuação)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.35, p.349-350, 15 set. 1901.

- “[Dr. Francisco de Castro]”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.40, p.395-396, 22 out. 1901.

- “Correspondencia. Viagem ao Prata (Notas e impressões de um medico brasileiro) (conclusão)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XV, n.42, p.418-420, 8 nov. 1901.

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- “Bibliographia. Recherches sur la cause et la prophylaxie de la fièvre jaune, faites au laboratoire de biologie du Musée National de Rio de Janeiro, par le Dr. J. B. de Lacerda”.Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XVII, n.18, p.175-177, 8 mai. 1903.

- “Correspondencia. A proposito da febre amarela (Resposta à carta do Dr. Lacerda)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XVII, n.21, p.208-209, 1º jun. 1903.

- “Quinto Congresso Brazileiro de Medicina e Cirurgia (Sessão inaugural em 16 de junho de 1903). Discurso do orador oficial Dr. Carlos Seidl”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XVII, n.25, p.244-246, 1º jul. 1903.

- “Quinto Congresso Brazileiro de Medicina e Cirurgia (Sessão inaugural em 16 de junho de 1903). Discurso do orador oficial Dr. Carlos Seidl (Conclusão)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XVII, n.27, p.261-263, 15 jul. 1903.

- “Discurso do orador official na sessão solemne inaugural em 16 de Junho de 1903”. Rio de Janeiro: Typ. Besnard Frères, 1903.

- “[Elogio fúnebre a João Pizarro Gabizo]”. 30 de junho de 1904. Annaes da Academia Nacional de Medicina, tomo 70, p.27-42, 1904.

- “Academia Nacional de Medicina. Sessão solemne em 30 de junho de 1904. Discurso do orador oficial Dr. Carlos Seidl”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XVIII, n.26, p.266-267, 8 jul. 1904.

- “Academia Nacional de Medicina. Sessão solemne em 30 de junho de 1904. Discurso do orador oficial Dr. Carlos Seidl (Conclusão)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XVIII, n.27, p.275-279, 15 jul.1904.

- “Boletim da Semana. A obrigatoriedade da vacina”.  Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XVIII, n.28, p.288, 22 jul. 1904.

- “Commentarios ao relatório da comissão allemã para o estudo da febre amarela, constituída pelos profs. Otto e Neuman”. A Tribuna, nov. e dez. 1904.

- “A questão da vacina contra a varíola”.  Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1904.

- “Discurso pronunciado na sessão solemne da Academia Nacional de Medicina do Rio de Janeiro, em 30 de junho de 1904”. Rio de Janeiro: Typ. Besnard Frères, 1904.

- “A epidemia de peste bubônica no Rio de Janeiro”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1905.

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- “O micróbio da syphilis”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1905.

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- “O Congresso Internacional de Tuberculose em Paris e o estado actual dos nossos conhecimentos sobre o assumpto”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1905.

- “A missão Pasteur”. Renascença, Rio de Janeiro, n.14, p.166-172, abr. 1905.

- “Discurso proferido na Academia Nacional de Medicina na qualidade de 1º secretario, na sessão anniversaria de 30 de junho 1905”. Rio de Janeiro: Besnard Frères, 1905.

- “Relatorio do anno acadêmico de 1º de Julho de 1905 a 30 de Junho de 1906”. Rio de Janeiro: Typographia Besnard Frères, 1906.

- “O Instituto de Manguinhos”. 1907.

- “XIV Congresso Internacional de Hygiene e Demographia em Dresden”. Jornal do Commercio, Rio de janeiro, 1907.

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- “Discurso proferido por ocasião do 8º anniversario da fundação da Liga contra a Tuberculose”. Revista Medico-Cirurgica do Brasil, 1908.

- “Formulario Practico. Appendicite”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro 1908.

- “Um caso de varíola hemorrágica seguido de cura”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1908.

- “A evolução da medicina no Brasil (1808 a 1908)”.  Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1908.

- “Variola. Notas epidemiológicas”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1908.

- “Febre amarella”. In: ACADEMIA NACIONAL DE MEDICINA. Em commemoração ao centenario do ensino medico. Rio de Janeiro: Typ. do Jornal do Commercio, 1908.

- “Dr. Carlos Carneiro de Mendonça (necrológio)”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1909.

- “Prophylaxia da tuberculose”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1909.

- “Parecer sobre a memoria ´Da insolação domiciliar` do Dr. Sá Pereira”.  Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1909.

- “O Hospital S. Sebastião no XX anniversario de sua fundação, 9-11-89 9-11-09”. Rio de Janeiro: Besnard Frères, 1910.

- “Dezoito anos de jornalismo medico”.  Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1910.

- “O Dr. Bulhões Carvalho”.Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1910.

- “O Dr. Fernandes Figueira”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1910.

- “O Dr. Lacerda Coutinho”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1910.

- “Discurso de recepção ao acadêmico João Pedro Leão de Aquino na Academia Nacional de Medicina em 29 de setembro de 1910”.  Correio da Manhã, Rio de Janeiro, anno X, n.3.361, p.2, 30 set. 1910.

- “Discurso de recepção ao Dr. Leão de Aquino na Academia Nacional de Medicina”. Revista Medico-Cirurgica do Brasil, 1911.

- “O anno medico de 1910”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1911.

- “Discurso na qualidade de Presidente da Academia Nacional de Medicina, na sessão solemne de 30 de junho 1911”. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 1º jul. 1911.

- “Discurso sobre o cólera morbus na Academia Nacional de Medicina em 27 de julho de 1911”. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, anno XI, n.3.662, p.6, 28 jul. 1911.

- “Discurso por ocasião da conferencia do Dr. Carlos Chagas sobre a moléstia de Chagas, na Academia Nacional de Medicina”. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 8 ago. 1911.

- “Insectos como factores de epidemia”.  Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 22 ago. 1911.

- “O papel representado pela sciencia brasileira na Exposição de Hygiene de Dresden”. Academia Nacional de Medicina, 24 de agosto de 1911.

- “Discurso de acolhida aos profs. Fernand Widal, professor de clínica médica da Faculdade de Paris, e Octave Laurent, professor de clínica cirúrgica da Universidade de Bruxelas, na Academia Nacional de Medicina”. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, anno XI, n. 3.729, p.4, 3 out. 1911.

- “Discurso de Carlos Seidl na Academia Nacional de Medicina em 30 de junho de 1911. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, anno XI, n.3.898, p.1, 21 mar. 1912.

- “Discurso de acolhida ao Prof. Poszzi na Academia Nacional de Medicina”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1912.

- “[O Correio da Manhã ouve os drs. Carlos Seidl e Alberto da Cunha. Entrevista com Carlos Seidl sobre a febre amarela]”. Correio da Manhã, Rio de Janeiro, anno XI, n. 3.884, p.3, 7 mar. 1912.

- “Discurso na Academia Nacional de Medicina em 30 de junho de 1912 [pelo] Dr. Carlos Pinto Seidl. Sessão solemne comemorativa do 83º anniversario da fundação da Academia de Medicina”. Rio de Janeiro: Typ. Besnard Frères, 1912.

- “A esterilização da agua potável pelos raios ultra-violeta”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1912.

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- “Muzeu de Hygiene: inaugurado a 21 de Setembro de 1912 com a presença dos Exmos. Snrs. Marechal Hermes da Fonseca, Presidente da Republica e Dr. Rivadavia Corrêa, Ministro do Interior”. (com Alfredo de Sá Pereira). Rio de Janeiro: Typ. Besnard Fréres, 1913.

- “A saude publica em 1912”. Rio de Janeiro: Besnard Frères, 1913.

- “Discurso proferido em nome da classe medica no banquete offerecido ao Dr. Adolpho Lutz, em maio de 1913”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1913.

- “Discurso na qualidade de Presidente da Academia Nacional de Medicina, na sessão solemne anniversaria a 7 julho 1913”. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, jul. 1913.

- “Prophylaxia da Tuberculose, conferencia realizada na Liga Brasileira contra a Tuberculose em 18 outubro 1913”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, 1913.

- “Funcção governamental em materia de hygiene publica: conferencia lida na Biblioteca Nacional em 28 de novembro de 1913”. Rio de Janeiro: Typ. Besnard Frères, 1914.

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- “Relatorio apresentado ao Exmo. Sr. Dr. Rivadavia da Cunha Corrêa Ministro de Estado da Justiça e Negocios Interiores pelo Dr. Carlos Pinto Seidl diretor geral de saúde publica. Anno de 1911”. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1913.

- “O ano medico de 1910: retrospecto pelo Dr. Carlos Seidl”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, Rio de Janeiro, v.21, p.51-81, 1913.

- “Discurso proferido por ocasião da inauguração do novo edifício da Directoria Geral de Saude Publica, em março de 1914”.

- “La Santé Publique à Rio de Janeiro en 1912 et 1913”. [Paris: s.n., 1914].

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- “Pasteur no I Centenario do seu nascimento”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, Rio de Janeiro, 1922.

- “A acção benemérita da comissão Rockefeller durante 6 annos no Brasil”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, Rio de Janeiro, 1923.

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- “O emblema da profissão medica. Resposta a American Medical Association”. Revista Medico-Cirurgica do Brazil, Rio de Janeiro, 1923.

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- “O 25 anniversario de professorado de Miguel Couto”. Boletim da Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro, 1923.

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- “Os serviços do Hospital S. Sebastião em 1923”. Boletim da Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro, 1924.

- “Homenagem ao Dr. Paulo do Rio branco e a sua esposa, medica pela Faculdade de Medicina de Paris”. Boletim da Academia Nacional de Medicina, Rio de Janeiro, 1924.

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Ficha técnica

Pesquisa - Maria Rachel Fróes da Fonseca.

Redação - Maria Rachel Fróes da Fonseca.

Revisão - Maria Rachel Fróes da Fonseca.

Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes

Forma de citação

SEIDL, CARLOS PINTO. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 25 nov.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)