FONTES, ANTÔNIO CARDOSO

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Outros nomes e/ou títulos: Fontes, Antonio Cardoso; Cardoso Fontes

Resumo: Antônio Cardoso Fontes nasceu, em 6 de outubro de 1879, em Petrópolis, então província do Rio de Janeiro. Doutorou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1903, com a tese intitulada “Vacinação e sorotherapia anti-pestosas”. No Instituto Oswaldo Cruz foi auxiliar-aluno (1900), chefe de serviço (1917), professor (1931), diretor (1935-1942). Estudou profundamente o campo da bacteriologia da tuberculose, tendo criado a teoria sobre a filtrabilidade do vírus tuberculose, que ficou conhecida como “método de Cardoso Fontes”. Faleceu em 27 de março de 1943, na cidade do Rio de Janeiro.

Dados pessoais

Antônio Cardoso Fontes nasceu, em 6 de outubro de 1879, na cidade de Petrópolis, então província do Rio de Janeiro. Era filho de Antonio Cardozo Fontes (?-1901) e de Maria Fontes Paschoal de Oliveira (?-1903), brasileiros de origem portuguesa.

Casou-se com Estelina de Leão Fontes, em 22 de dezembro de 1900, e teve seis filhos, Marilia Fontes de Almeida Portugal (1901-?), Murillo Cardoso Fontes (1902–1985), Celeste Cardoso Fontes (1905–1983), Chryso Leão Fontes (1905–1979), Roberto Cardoso Fontes, professor da Faculdade de Odontologia, e Ruth Cardoso Fontes (1908-1986) (FAMILY SEARCH, 2025). Seu filho, Murillo Cardoso Fontes, também médico, foi auxiliar acadêmico na Fundação Gaffrée-Guinle, catedrático da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, e integrou o corpo técnico do Instituto Oswaldo Cruz. Em 1907, Antônio Cardoso Fontes transferiu sua residência para a cidade de Petrópolis, onde nasceram os últimos de seus filhos.

Foi agraciado com a Cruz de Comendador da Ordem da Coroa, pelo Rei da Rumânia, em 1928.

Faleceu em 27 de março de 1943, na Casa de São Sebastião, na cidade do Rio de Janeiro.

Trajetória profissional

Antônio Cardoso Fontes iniciou seus estudos como aluno interno no Collegio Padre Moreira, do religioso de origem portuguesa José Benedicto Moreira, na Av. Piabanha nº23, na cidade de Petrópolis. Em 1892 prosseguiu com seus estudos no Collegio do Mosteiro de S. Bento, na cidade do Rio de Janeiro, e depois se transferiu para o Liceu de Humanidades, na cidade de Campos dos Goytacazes, no então Estado do Rio de Janeiro. Retornou, posteriormente, para o Rio de Janeiro, onde estudou por dois anos no Externato Gabalda (Rua do Rosário nº126), dirigido por Etienne Gabalda, e fez seus exames finais de preparatórios no então denominado Gymnasio Nacional (Externato - Rua da Imperatriz; Internato - Campo de São Cristóvão) (SOUZA-ARAUJO, 1943).

Em 1897 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, tendo concluído o curso em dezembro de 1902. No ano seguinte, defendeu a tese intitulada “Vacinação e sorotherapia anti-pestosas”, fruto de seus trabalhos como auxiliar-aluno no Instituto Soroterápico Federal, sob a orientação de Oswaldo Cruz. Na capa da tese aparece a seguinte dedicatória: "Ao mestre: Homenagem em recordação as sabias licções recebidas em Manguinhos", e em suas primeiras páginas, Antônio Cardoso Fontes reafirma a importância de sua passagem pelo Instituto Soroterápico Federal:

“Tratamos de nelle condensar tudo o que se tem feito, aqui e no extrangeiros, relativo á immunidade artificial na peste e, se, por acaso, esse desinderatum não foi obtido, seja culpada a nossa incompetência e não o esforço empregado, que foi máximo, no intuito menos de fazer obra boa, por não podermos, que de corresponder á boa vontade, ao interesse scientifico e a amizade de nosso Mestre que, tão cheio de bondade, nos guiou nos menores detalhes. Não fora a mão forte que o alicerçou e que depois deu-lhe o corpo com as luzes do seu conselho, sempre amigo e sempre oportuno, não ousaríamos dizer que a nossa these representa a assiduidade de tres anos no Instituto de Manguinhos, onde aprendemos a significação da palavra laboratório, posto de trabalho e não de sacrifício, porque a sciencia tudo compensa” (FONTES, 1903, p.II).

A tese de Cardoso Fontes foi comentada no periódico Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, em sua seção “Bibliographia”, com a seguinte apreciação:

“Trabalho do Instituto de Manguinhos, bastaria esta declaração para recomendal-o á consideração dos doutos: trabalho de laboratorio, nelle se condensa tudo quanto há sido feito, aqui e no estrangeiro, para a imunidade artificial na peste; e demonstrado (....) que, si aos sabios e aos laboratorios de além-mar coube a iniciação dos processos de vaccinação e sôrotherapia contra a pestilencia, os aperfeiçoamentos e a contribuição original postos em pratica no laboratório de Manguinhos collocaram a vaccina e o sôro preparado no Brazil entre os primeiros na efficacia do poder immunisante e curativo, elevando neste particular a sciencia nacional á culminancia em que a colocam as espontaneas declarações dos próprios centros europeos. Na primeira parte do trabalho do Sr. Dr. Antonio Cardoso Fontes são minuciosamente referidos todos os methodos de vacinação anti-pestosa, desde as tentativas de Hankin até os successos de Hanffkine e as modificações deste (....). A segunda parte occupa-se largamente da sôrotherapia, desde os primeiros ensaios de Calmette, Borrel e Yersin, com a technica do Instituto Pasteur e as tentaivas therapeuticas deYersin, em HNha-Trang (Annam), até todos os outros sôros preparados por vários autores, como Lustig, Terni, Vital Brazil, etc. até, finalmente, o estado detalhado da technica de Manguinhos (...)”. (I.R., 1903, p.451)

No então denominado Instituto Soroterápico Federal, Antônio Cardoso Fontes foi admitido pelo Barão de Pedro Affonso, em 1900, como auxiliar-aluno quando ainda cursava o 3º ano na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, em 1902. A partir de 1905 integrou o pessoal técnico da instituição, em 1908 foi incorporado como assistente, e em 1917 foi nomeado chefe de serviço no então denominado Instituto Oswaldo Cruz. Por decreto do Presidente da República recebeu, em 1931, o título de professor do Instituto Oswaldo Cruz. Posteriormente em 1934, foi nomeado diretor desta instituição, substituindo a Carlos Ribeiro Justiniano Chagas, recém-falecido, tendo assumido em 3 de janeiro de 1935. Foi aposentado neste cargo em 2 de julho de 1942 (BRASIL, 1942).

Durante o período em que estudava na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, foi interno, adjunto e efetivo no serviço dos professores Augusto Brant Paes Leme, José Pereira Guimarães e Pedro Affonso de Carvalho Franco, no hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Nesta instituição foi, também, monitor voluntário dos cursos de anatomia descritiva e médico-cirúrgica, e preparador na disciplina de Paes Leme.

Cardoso Fontes, em 1904, exerceu interinamente a chefia do Laboratório Bacteriológico, instalado na Rua Visconde do Rio Branco nº50, subordinado à Diretoria Geral de Saúde Pública, então dirigida por Oswaldo Cruz, substituindo o médico Emilio Emiliano Gomes, que havia solicitado licença.

Foi indicado por Oswaldo Cruz, em 1904, para assumir, em comissão, o posto de Inspetor Sanitário dos Serviços de Profilaxia da Febre Amarela e Peste. No ano seguinte, organizou e dirigiu o Serviço de Desinfecção das Galerias de Águas Pluviais, tendo adotado o aparelho Clayton para a desratização e profilaxia anti-larvária. Foi incumbido de missões científicas pelo país, tendo, em 1906, sido comissionado para organizar e dirigir o Serviço Sanitário do Estado do Maranhão, encargo este que permaneceu até 1907.

Em 1907, Cardoso Fontes especializou-se em bacteriologia na Alemanha, tendo, dois anos depois, publicado neste país seu estudo sobre as granulações do bacilo de Koch.

Antônio Cardoso Fontes foi convidado, em 1917, pelo prefeito de Petrópolis, Oscar Weinschenck, para dirigir a Inspetoria de Higiene. No ano seguinte, tornou-se diretor dos Serviços de Saúde e Assistência Pública do município de Petrópolis. Neste contexto, com a irrupção da Gripe Espanhola, muitos moradores de Petrópolis lutaram pela aprovação de medidas que protegessem a cidade, e assim foi encaminhado, em 25 de julho de 1918, em sessão ordinária na Câmara Municipal, o projeto de código sanitário de Cardoso Fontes. O tom de preocupação esteve presente na entrevista realizada com Cardoso Fontes, veiculada pela Tribuna de Petrópolis, na qual afirmou que embora os receios não fossem tão grandes naquele momento, era importante “não descurar o problema da higiene pessoal e domiciliar”. Defendeu, ainda, a necessidade de prover com recursos a organização do serviço municipal de higiene, e a importância da aprovação do Código sanitário de Petrópolis, que havia elaborado. A administração municipal adotou medidas para impedir o avanço da doença, como o fechamento das escolas municipais e estaduais, a reabertura do Hospital de Isolamento, e a nomeação dos médicos Hugo Silva e de Vital Fontenelle, para apoiar Antônio Cardoso Fontes nos Serviços de Saúde e Assistência Pública da cidade. De acordo com os jornais da cidade, em novembro daquele ano os registros de doentes e de óbitos cresceram, e o próprio Cardoso Fontes foi acometido pela gripe (SILVEIRA FILHO, 2010).

Foi um dos fundadores, primeiro diretor (1935-1940) e professor de microbiologia da Faculdade de Sciencias Medicas, criada por iniciativa de Rolando Monteiro, em 1935 no Rio de Janeiro. Desta instituição originou-se a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro/UERJ (1977).

Cardoso Fontes participou, como um dos colaboradores, em vários anos, do Curso de Tuberculose do professor Clementino Rocha Fraga, anexo ao ensino da 2ª cadeira de clínica médica da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, inaugurado em 1930 no Pavilhão Miguel Couto do Hospital de São Sebastião.

Entre 1907 e 1909 elaborou várias monografias, como a intitulada "Diagnóstico microscópico diferencial entre o bacilo da tuberculose e os outros ácidos resistentes", na qual apresentou uma nova técnica diferencial de coloração do corpo bacilar e das granulações, que ficaria conhecida como método de Cardoso Fontes. Em suas pesquisas, demonstrou a “existência de elementos filtráveis virulentos e tuberculigénios no pus de abcessos tuberculosos, inaugurou assim uma era de fecundas investigações bacteriológicas mormente no campo da infecção tuberculosa” (D´ALMEIDA, 1928, p.41).

Entretanto seus estudos sobre a biologia do bacilo de Koch foram, inicialmente, criticados e desacreditados por alguns, que chegavam a comentar que os filtros empregados em suas experiências estavam rachados, e o apelidaram de "doutor do filtro rachado". Comenta-se que até mesmo os seus companheiros no Instituto Oswaldo Cruz questionavam a validade de suas pesquisas (SANTOS FILHO, 1982, p.99).

Apesar dos questionamentos, Cardoso Fontes não desistiu de suas pesquisas, e estas foram sendo retomadas e confirmadas em vários centros científicos no Brasil e no exterior. Os estudos de Cardoso Fontes sobre a filtrabilidade do vírus da tuberculose foram reconhecidos por vários cientistas estrangeiros, especialmente os franceses, como Albert Vandremer (1866-?), Jean Valtis (1888-1950), Fernand Bezançon (1868-1948), Saturnin Arloing (1846-1911), Léon Charles Albert Calmette (1863-1933), Paul Joseph Louis Hauduroy (1897-1967), Charles Jules Henri Nicolle (1866-1936), Alfred Bouquet (1879-1947), e Léopold Nègre (1879-1961). Recebeu reconhecimento também do espanhol Ramon Pla y Armengol (1880-1958), dos italianos Oddo Casagrandi (1872-1943) e Giuseppe Sanarelli (1864-1940), e da alemã Lydia Rabinowitsch Kemper (1871-1935) (FREITAS, 1931, p.161)

Em 1926, Cardoso Fontes realizou pesquisas no laboratório do bacteriologista francês Léon Charles Albert Calmette, no Institut Pasteur, em Paris, sobre as suas descobertas relativas ao Mycobacterium tuberculosis. Nesta ocasião, acompanhou os trabalhos de Jean Valtis e Léopold Nègre sobre o ultravírus da tuberculose, tendo recebido, inclusive, um convite para permanecer ali como colaborador. Calmette comentou sobre a presença de Cardoso Fontes:

“Nos collaborateurs Nègre, Bouquet et Valtis nous prient de vous transmettre leurs compliments. Nous travaillons toujours la question de l´utra virus tuberculeux, dont vous avez ou l´honneur de signaler le premier l éxistence" (Apud. FREITAS, 1931, p.162).

Participou de vários eventos nacionais, como o Congresso de Pecuária, realizado no Rio de Janeiro em 1917, no qual foi o relator da tese oficial "Tuberculose bovina". Patrocinou a Semana da Tuberculose promovida pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Espírito Santo, inaugurada em 2 de julho de 1933, em Vitória. Integrou a direção técnica da 1ª Conferência Nacional de Defesa contra a Syphilis (Rio de Janeiro, 22 a 29 de setembro de 1940).

Entre os eventos estrangeiros, Cardoso Fontes integrou, em 1911, juntamente com Henrique de Figueiredo Vasconcellos, a comissão constituída para representar o Brasil no 3º Congresso Internacional de Hygiene Domestica (Dresden, Alemanha, 2-7/10/1911). No ano seguinte, fez parte do grupo de representantes brasileiros na Esposizione Internazionale d´Igiene Sociale, realizada anexa ao Congresso Internacional contra a Tuberculose (Roma, 20/04/1912), quando recebeu o Diploma de Honra por seus estudos da biologia do Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch.

Em 1923, participou da 6ª Conferência Internacional de Tuberculose realizada em Roma. Em viagem de estudos e comissão científica na Europa, em 1926, proferiu conferências 13 de junho no Instituto Nacional de Hygiene, em Budapest (Hungria), e em 22 de junho na International Microbiological Society, de Viena (SOUZA ARAUJO). Integrando a representação brasileira, Cardoso Fontes apresentou um relatório sobre as formas filtrantes do bacilo de Koch no Primer Congreso Panamericano de la Tuberculosis (Córdoba, Argentina, 10-15/10/1927). Em 1928, participou do 6ª Conferencia Internacional de Tuberculose realizado em Roma, apresentando o relatório sobre a filtrabilidade do bacilo da tuberculose. Apresentou a memória intitulada “Heredo-Infecção na Tuberculose” no 2º Congreso Panamericano de Tuberculosis (Rio de Janeiro, 30/06/1929), do qual foi também presidente.

Participou do Prèmier Congrès International de Microbiologie, realizado de 20 a 25 de julho de 1930, em Paris.  Em abril deste ano foi delegado brasileiro no 7ª Conferência Internacional de Tuberculose, em Oslo (Noruega), e em agosto participou, a convite do médico alemão Ludolph Brauer (1865-1951), foi relator da 'tese "Ueber die baielus nos ''Tuberkulose-Tabazielus /Tuberbulose-Tugúng*, realizado em Hamburgo (SOUZA ARAUJO). Foi, também, delegado brasileiro no IX International Conference on Tuberculosis (Varsóvia, 4-7/09/1934).

Cardoso Fontes presidiu a comissão de medicina tropical e parasitologia do VI Congreso de la Asociación Médica Panamericana, realizado na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, de 29 de junho a 2 de agosto de 1935. Foi um dos vogais da comissão executiva brasileira do Terceiro Congresso Sul-Americano de Chimica, realizado, no Rio de Janeiro, de 7 a 17 de julho de 1937. Participou, como um dos delegados do Brasil, do Eighth Scientific American Congres (VIII Congresso Scientifico Americano), realizado em Washington (EUA) de 10 a 21 de maio de 1940. Integrou, como vogal, a comissão executiva brasileira no IV Congreso Sudamericano de Quimica (Santiago do Chile, 5-12/01/1943).

Foi membro de diversas sociedades científicas brasileiras e estrangeiras. Em 1927 foi eleito membro titular da Academia Nacional de Medicina, apresentação da memória intitulada “Formas filtráveis saprophyticas e acido-resistentes do bacilo de Koch: sua importância na pathogenia e prophylaxia da tuberculose”, e tomou posse em 1928. Posteriormente tornou-se o patrono da cadeira nº 70 desta agremiação.

Integrou a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, tendo sido eleito, em 1928, seu presidente. Em 1931 foi fundador e primeiro presidente da Sociedade Brasileira de Tuberculose.

Foi um dos sócios fundadores e presidente (1932-1933) da Sociedade Médica de Petrópolis, criada em 1923, sediada no prédio do Instituto de Proteção e Assistência à Infância, na Rua Paulo Barbosa nº102, na cidade de Petrópolis. Esta associação o elegeu seu Presidente da Honra, em 1938, e empenhou-se de forma decisiva na construção de um monumento em sua homenagem, uma estátua e busto em bronze instalada na Praça D. Pedro, próximo à Rua da Imperatriz, na cidade de Petrópolis.

Antônio Cardoso Fontes, juntamente com Juvenil da Rocha Vaz, Carlos Chagas, Gustavo Eduardo Hasselmann, Antônio Austregesilo Rodrigues Lima e outros, foi fundador do Instituto Brasileiro de Ciências, criado em 7 de setembro de 1925, no Rio de Janeiro, para reunir e divulgar o conhecimento científico brasileiro.

Foi eleito, em 1932, membro correspondente nacional da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. Integrou, também, a Academia Brasileira de Ciências, o Instituto Brasileiro de Estomatologia, a Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, e a Academia Petropolitana de Letras. Foi membro do conselho consultivo e da comissão técnica da Liga Brasileira Contra a Tuberculose, que havia sido criada em 1900, e que se tornaria, em 1936, a Fundação Ataulpho de Paiva. Tornou-se patrono da cadeira nº 88, da seção de medicina, da Academia de Ciências Farmacêuticas do Brasil.

Integrou, também, sociedades científicas estrangeiras, como a Sociedad de Biologia Argentina, a Asociación Médica Argentina, e a Sociedad Argentina de Tisiología. Foi membro correspondente estrangeiro da Société de Biologie, em Paris, membro de honra da sociedade Péntru Stuiul Tubersulose, de Bucurește (SEMANA, 1933, p.2). Foi nomeado 1º de setembro de 1941 membro da Academia Pontifícia de Ciências, tendo sido consagrado pelo Papa Pio XII em 28 de maio de 1942. Recebeu em dezembro de 1934 o título professor honoris causa da Faculdade de Medicina da Bahia, e em 15 de março de 1933 o título de doutor “honoris-causa” da Université Stefan Batory/Universidade de Wilno (Polônia), concedido pelo reitor da instituição, Kazimierz Opoczynski.

Antônio Cardoso Fontes,  a partir de 1907, foi colaborador do periódico Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, criado em 15 de janeiro de 1887 e dirigido por Antônio Augusto de Azevedo Sodré.

Foi eleito deputado federal pelo Estado do Rio de Janeiro, na Assembleia Nacional Constituinte, em dezembro de 1934, mas não tomou posse tendo em vista sua nomeação como nomeado diretor do Instituto Oswaldo Cruz.

A Revista Hierarchia, criada em 1931 e dirigida pelo jornalista e político Lourival Fontes, em matéria do escritor e caricaturista José Madeira de Freitas (Mendes Fradique), lançou em outubro de 1931, a candidatura de Cardoso Fontes ao prêmio Nobel de Medicina, destacando suas contribuições às ciências médicas, especialmente seus estudos sobre a estrutura e as funções das granulações do bacilo de Koch (FREITAS, 1931). Dois anos depois, em 20 de setembro de 1933, sua candidatura a este prêmio foi apresentada por Clementino Rocha Fraga à congregação da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (FONTES, 1979). Em 1938, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro teria, também, realizado uma nova tentativa para indicar Cardoso Fontes ao Prêmio Nobel de Medicina. De acordo com seu filho, Murillo Fontes “o mal encaminhamento do nome de Cardoso Fontes ao Prêmio Nobel, foi sem dúvida a chave do fracasso, da indicação do cientista de Manguinhos. Não houve uma coordenação para o envio dos trabalhos do descobridor” (FONTES, 1979, p.100).

Viajou para os Estados Unidos, em 1942, juntamente com seu filho Murillo Cardoso Fontes, em missão oficial para participar e ser vice-presidente da Pan-American League Against Cancer, realizada em Nova York. Ao retornar foi aposentado, em 8 de julho de 1942, inclusive do cargo de diretor do Instituto Oswaldo Cruz, e nesta ocasião Henrique de Beaurepaire Rohan Aragão, novo diretor da instituição, destacou em discurso a trajetória científica e a gestão de Antônio Cardoso Fontes à frente da instituição em Manguinhos:

“Aceita por muitos, discutida por alguns, a teoria de Fontes teve e terá sempre esse imenso mérito das doutrinas verdadeiramente fecundas; (...). Homens de ciência de todo o mundo, iluminados pelo feixe de luz que partia de um dos laboratórios de Manguinhos foram obrigados a meditar, mais uma vez, sobre os segredos de certos fenômenos relacionados com a vida dos infinitamente pequenos, sentindo a originalidade da concepção brasileira. (...). Nesse posto ele só fez confirmar seu abnegado esforço em bem servir a esta casa. Criou novos serviços, conseguiu a continuação de mais alguns laboratórios, aumentou nosso pessoal técnico com elementos de valor e teve a satisfação de ver coroada sua profícua atuação com o considerável aumento e variedade da nossa produção científica”. (Apud. FONTES, 1979, p.162)

Antônio Cardoso Fontes teve seu nome inscrito, em 19 de novembro de 1942, no "Livro do Mérito", que havia sido criado em 1939 pelo presidente Getúlio Vargas (decreto-lei nº 1.706), com o objetivo de destacar aquelas pessoas que tivessem realizado doações valiosas ou prestado desinteressadamente serviços importantes para o país (SOUZA ARAUJO). Foram tributadas a Antônio Cardoso Fontes várias homenagens, publicados necrológios e matérias em publicações periódicas. Por ocasião de seu falecimento, o periódico Brasil-Medico.Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, publicou uma matéria descrevendo sua trajetória e ressaltando suas contribuições científicas e institucionais:

“criou uma técnica de coloração do germe da tuberculose, adotada mundialmente e conhecida como método de Fontes”. (....). “Estudou detidamente as granulações do “Mycobacterium tuberculosis” e realisou, então sua celebre descoberta, verificando a filtrabilidade do vírus tuberculoso”. (...). “a reputação de Fontes assumia caracter mundial e seus trabalhos deram origem à publicação de uma literatura constituída por mais de 1013 contribuições científicas, em todos os centros de cultura médica”. (...). “Suas contribuições relativas à multiplicação dp agente da tuberculose, foram ampliadas e estendidas à multiplicação dos micróbios em geral e são notaveis suas últimas pesquisas procurando surpreender a genesis microbiana. No terreno da terapêutica tuberculosa descobriu a ação atenuante e impediente dos lipoides da bile do boi e do óleo de fígado de bacalhau sobre a toxidês do caldo tuberculinico, não prejudiando a ação terapêutica da tuberculina e daí resultou a fabricação de uma nova tuberculina a que deu o nome de tuberculina T. O. B. Largamente usada, demonstrou ser uma das mais eficientes tuberculinas conhecidas” (PROFESSOR, 1943, p.169-170).

Em seu enterro, realizado no Cemitério São João Batista, em 27 de março de 1943, discursaram representantes de instituições importantes em sua trajetória, da Academia Petropolitana de Letras, do Instituto Oswaldo Cruz, da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Nacional de Medicina e do Instituto de Cultura.

Vários locais e ruas no país receberam seu nome, e foram inaugurados bustos em sua homenagem. Em Petrópolis, foi denominada a “Rua Professor Cardoso Fontes”, no bairro Castelanea, foi inaugurado um busto em sua homenagem, na Praça Expedicionária (ao lado da Rua da Imperatriz), e foi criado o Grupo Escolar Antonio Cardoso Fontes (1949).  Na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi inaugurado, em 2 de maio de 1945, o Hospital Federal Cardoso Fontes. Em 26 de março de 1949 foi inaugurado o busto de Antonio Cardoso Fontes no Instituto Oswaldo Cruz, em Manguinhos, então sob a direção de Olympio Arthur Ribeiro da Fonseca Filho. E foi erguido, em 1957, um busto em sua homenagem na Faculdade de Ciências Médicas (atualmente na UERJ). As homenagens também se fizeram fora do Brasil, tendo sido erguido o Monumento a Antonio Cardoso Fontes na cidade de León, na Nicarágua, em 10 de fevereiro de 1957.

Produção intelectual

- “Vacinação e sorotherapia anti-pestosas”. These (Doutorado) - Instituto Sorotherapico Federal - Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, 1903. Rio de Janeiro: Léon de Rennes & C., 1903.

- “Relatório ao D.G.S.P. sobre o aparelho Clayton". 1906.

- “Relatório sobre a analise de águas do Maranhão”. 1906.

- “Tratamento da tuberculose pela Tuberculina T. O. A.”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XXI, n.41, p.399-402, 1º de novembro de 1907; anno XXI, n.42, p.411-413, 8 de novembro de 1907.

- “Sobre a existência nos ganglios tuberculosos de uma substancia capaz de destruir os bacillos da tuberculose. Nota preliminar”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XXII, n.40, p.391, 22 de outubro de 1908.

- “Diagnostico microscopico differencial entre os bacillos da tuberculose e os outros ácido-resistentes”.

Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XXII, n.41, p.401, 1º de novembro de 1908.

- “Untersuchungen über die chemische Natur der den Tuberkelbazillen eigenen Fett- und Wachsarten und über das Phänomen der Säureresistenz”. Centralblatt für Bakteriologie, Bd. IL. S. 317, Orig. 1909.

- "A propos de la communication de M. Ed. Hawtharn sur «les bacilles de Koch en émulsion dans glycérine. Effets de ces émulsions sur le cobaye»". Comptes Rendus Hebdomadaires des Séances et Mémoires de la Société de Biologie, Paris, tome premier, t.66, p.696-697, année1909.

- "Ueber eine in den tuberkuloesen Lymphdruesen vorhandene tuberkelbazillentoetende Substanz".

Centralblatt für Bakteriologie, Bd.50, p.78, 1909.

- “Estudos sobre tuberculoze”. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t.1, n.1, p.51-68, abril 1909.

- “Estudos sobre tuberculoze”. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t.2, n.2, p.186-205, 1910.

- “Algumas considerações sobre a infecção tuberculoza e o seu respectivo virus”. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t. 2, n.1, p.141-146, 1910.

- “Estudos sobre tuberculose. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t. 3, n.2, p.195-217, 1911.

- “Sobre a influência dos extratos de ganglios tuberculosos, sôbre a morphologia do bacilo de Koch e sôbre a evolução da respectiva infecção”. Comunicação apresentada ao Congresso Internacional contra a Tuberculose, reunido em Roma em abril de 1912.

- “Sobre a applicação do bi-iodureto de cobre em therapeutica. (Indicações desse sal nas infecções de natureza mycosica e especialmente na tuberculose). (Nota prévia)”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XXVI, n.31, p.317, 15 de agosto de 1912.

- “Sobre um novo methodo de homogenisação de escarros”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XXVII, n.22, p.213-214, 8 de junho de 1913.

- “Sobre o bi-iodeto de cobre. Ensaios de farmacodinamica”. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t.5, n.3, p.239-251, 1913.

- “Therapeutica da tuberculose”. Arquivos Brasileiros de Medicina, Rio de Janeiro, v.4, n.5, p.345-352, 1914.

- “Estudos sobre tuberculose. Variações do poder catalasico do sangue na infecção tuberculosa e relações que esse poder mantem com a cráse morfolojica sanguinea”.  Com A. Pinto Jr. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t.6, n.3, p.192-205, 1914.

- “Sobre a pesquiza do bacilo da tuberculose nos escarros, contagem de bacilos referindo-a a um determinado peso de material”. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t.6, n.3, p.221-223, 1914.

- “Soro de leite Petruscky. Simplificação da técnica para preparo desse meio de cultura”. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t.6, n.3, p.250-251, 1914.

- “Sobre a questão das vaccinas polyvalentes”. Brazil-Medico. Revista Semanal de Medicina e Cirurgia, Rio de Janeiro, anno XXIX, n.20, p.153, 22 de maio de 1915.

- “Relatório apresentado ao Ex Sr. Dr. Octavio Carneiro, Prefeito de Niteroi, sobre o estudo comparativo do tratamento biologico e electrolytico das águas de esgoto. 1916”. Relator A. Fontes. Com Alcides Godoy.

- “Estudos sobre tuberculose”. Memorias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, t.9, n.1, p.143-154, 1917.

- “Um novo modelo de tubos para culturas de tuberculose”. A Patologia Geral. Revista de Medicina e Ciências Afins, Rio de Janeiro, n.5, setembro, 1917.

- “Acção exercida pelos lipoides sôbre o virus da tuberculose e seu aproveitamento na tuberculino-therapia. Comunicação apresentada à 2.ª Conferencia Sul-Americana de Higiene, Microbiologia e Patologia”. A Patologia Geral. Revista de Medicina e Ciências Afins, Rio de Janeiro, v. 3, n. 6, p.213-216, novembro 1918.

- “Mortalidade infantil em Petropolis”. VIII Congresso Brasileiro de Medicina, v.1, p.399, 1918.

- “Tuberculino-therapia”. 1918. оpusculo em separado.

- “Relatório apresentado à Comissão Executiva do Congresso de Pecuária sobre tuberculose bovina”.

1918.

- “Relatório do Serviço de Saúde Municipal, apresentado ao Ex. Sr. Dr. Oscar Weinschenck, Prefeito de Petrópolis”. 1918.

- “Do bocio endemico em Petropolis. Nota preliminar. Diretoria de Saúde da Prefeitura de Petrópolis”.

A Patologia Geral. Revista de Medicina e Ciências Afins, Rio de Janeiro, n.6, 1919.

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Ficha técnica

Pesquisa - Mª Rachel Fróes da Fonseca.

Redação - Mª Rachel Fróes da Fonseca. 

Forma de citação

FONTES, ANTÔNIO CARDOSO. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 2 jun.. 2025. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario

 


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)