FRANCO, FRANCISCO DE MELLO

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Outros nomes e/ou títulos: Melo Franco, Francisco de; Mello Franco

Resumo: Francisco de Mello Franco nasceu na vila de Paracatu, então capitania de Minas Gerais, em 17 de setembro de 1757. Doutorou-se em medicina, em 1786, na Universidade de Coimbra. Foi médico honorário da Real Câmara (1793-1799), deputado extraordinário da Junta do Protomedicato (1799), e membro da Academia Real das Sciencias de Lisboa. Atuou como primeiro médico na comitiva real que trouxe Maria Leopoldina ao Rio de Janeiro. Autor do “Tratado da Educação Fysica dos Meninos, para uso da Nação Portugueza” (1790). Faleceu durante uma viagem marítima de Santos para o Rio de Janeiro, próximo à região de Ubatuba, então província de São Paulo, em 22 de julho de 1823.

Dados pessoais

Francisco de Mello Franco nasceu na vila de Paracatu, na então capitania de Minas Gerais, em 17 de setembro de 1757. Era filho do comerciante português João de Mello Franco (1721-1796) e de Anna de Oliveira Caldeira, nascida na freguesia de São Bartolomeu, em Coimbra (Portugal).

Casou-se, em 12 de julho de 1782, em Lisboa, com Rita Alvarenga de Castro (1754-1791), natural de Coimbra, com quem teve os filhos, Justiniano (1784-1839) e Maria (1783-1828), nascidos em Coimbra, e Anna (1788-?), e Francisco (1790-?), nascidos em Lisboa. Outros estudos biográficos, entretanto, indicam que Francisco de Mello Franco teve ao todo nove filhas e dois filhos, sendo o primeiro deles Francisco de Mello Franco, que viria a ser escrivão dos Órfãos em Ouro Preto, e o último teria sido Joaquim de Mello Franco (COSTA, 1851; JOBIM, 1831; VARNHAGEN, 1843).

Foi agraciado, em 1796, em Portugal, com o título de prestígio de Cavaleiro Fidalgo, em 1819 recebeu a condecoração de Cavalheiro da Ordem de Cristo.

Faleceu durante uma viagem marítima de Santos para o Rio de Janeiro, próximo à Ilha de Anchieta, região de Ubatuba, então província de São Paulo. Há controvérsias com relação à data de seu falecimento, tendo sido para alguns o dia 22 de julho de 1822 (COSTA, 1913), e para diversos outros estudiosos o dia de 22 de julho de 1823 (VARNHAGEN, 1843; BIOGRAPHIA, 1863; FRANCISCO, 1859; FREITAS, 2020),

Trajetória profissional

Francisco de Mello Franco realizou os primeiros estudos em Paracatu (capitania de Minas Gerais), e os concluiu no Seminário de São Joaquim, na Corte no Rio de Janeiro.

Com a idade de 14 anos, partiu em viagem para a Europa para cursar medicina, em companhia de Paulo Fernandes Vianna, seu amigo, que também iria estudar fora. Incialmente, aperfeiçoou seus estudos preliminares e estudou latim e retórica na cidade de Lisboa, e depois foi para Coimbra, onde ingressou, em 1777, no curso de medicina na Universidade de Coimbra. Porém, em 1779, foi denunciado, juntamente com outros estudantes, ao Santo Ofício por Francisco Cândido Chaves, também estudante, por defender proposições heréticas e de autores ilustrados. Em 8 de outubro de 1779 prestou depoimento ao Santo Ofício, e prosseguiu com seus estudos. Porém, com a publicação de um Auto de Fé, em 26 de agosto de 1781, foi sentenciado como herege, naturalista, dogmático, e por negar o sacramento do matrimônio, tendo sido condenado a quatro anos de prisão no convento de Rilhafoles, em Lisboa, tidos seus bens confiscados e sido obrigado a trajar o Sambenito, uma espécie de vestimenta, como um poncho com uma cruz vermelha (em forma de “X”), que demonstraria o arrependimento por seus pecados. No arrolamento dos bens, realizado pela Inquisição em 17 de novembro de 1779, havia registro de algumas dívidas, em torno de 100$000 réis, dos quais 28 ou 29$000 réis eram com o livreiro João Pedro Alho. Ao então recém-licenciado em Direito, António de Morais Silva, que lhe oferecera os seus livros, atribuiu a posse de um livro de Charles-Louis de Secondat (barão de Montesquieu) (1689-1755) e um tratado dos delitos, provavelmente a obra “Dos Delitos e das Penas”, do filósofo italiano Cesare Beccaria (1738-1794), encontrados pelos inquisidores no armário de sua cozinha (ABREU, 2024). Durante o período em que esteve preso, escreveu a obra poética “Noites sem somno”, que narrava as perseguições da Inquisição. Segundo o médico José Francisco Xavier Sigaud, que foi um dos fundadores e presidente da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, em sua obra “Du climat et des maladies du Brésil ou Statistique médicale de cet empire" (1844), apresentou uma biografia de Francisco de Mello Franco, reproduziu muitas de suas considerações e observações sobre temas médicos, e comentou sobre essa obra poética que:

“décrit avec um rare talento les misères de l´espèce humaine, l´avilissement des défenseurs de la foi, et la cruauté de ces bourreaux-prêtes, qui sacrifient l´innocence à leurs plus petits caprices".(SIGAUD, 1844, p.555)

Por meio de Aviso Régio, de 29 de agosto de 1782, assinado por D. Maria I, Mello Franco foi perdoado e liberado, tendo cumprido apenas um ano dos quatro aos quais havia sido condenado (NUNES, 2011; COSTA, 1913).  Após ser liberado, retomou o segundo ano do curso de medicina na Universidade de Coimbra, em 31 de outubro de 1782, tendo concluído em 15 de junho de 1785, e recebido o diploma em 4 de agosto de 1786 (VARNHAGEN, 1843). Após formar-se como médico, tinha a intenção de regressar a sua pátria, o Brasil, mas seu correspondente em Lisboa negou-se a lhe dar os meios necessários para viajar com sua família, e assim decidiu permanecer ainda em Lisboa e lá exercer sua profissão. Neste período, apresentou uma solicitação para ser nomeado demonstrador de matéria médica, disciplina cujo lente era Francisco Tavares (1750? - 1812), a qual foi negada por Carta Régia.

Em 1785, quando Mello Franco ainda estudava medicina, em Coimbra, começou a circular nesta cidade um poema anônimo, cuja autoria, embora incerta, foi associada a Francisco de Mello Franco. Tratava-se de “O Reino da Estupidez”, poema publicado sob o pseudônimo de “Fabricio Claudio Lucrecio”, que apresentou críticas ao contexto da ilustração em Portugal, à Universidade de Coimbra, provocando a troca do reitor e reforma daquela instituição (FABRICIO, 1870). Nesta obra, o Reino era retratado como o abrigo da deusa Estupidez, a qual, após ser expulsa de todos os lugares cultos da Europa, havia retornado a Portugal, e ali havia se reunido à Inveja, à Raiva, à Superstição, ao Fanatismo e à Hipocrisia, conquistado sua cátedra na Universidade de Coimbra, reestabelecida durante o período do reinado de D. Maria I, sob os auspícios do reitor, dos professores e dos alunos, considerados desinteressados nos estudos (FREITAS, 2017). Segundo alguns estudos, tal poema teria sido escrito em colaboração com José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) (VARNHAGEN, 1843; COSTA, 1913). Para outros, entretanto, José Bonifácio de Andrada e Silva teria em realidade divulgado o poema, ao fazer algumas cópias.

“O Reino da Estupidez” foi objeto de várias edições em Lisboa (Portugal, 1822, 1823, 1833), e em Barcelos (Portugal, 1868), em Paris (França, 1818, 1821, 1824), e Hamburgo (Alemanha, 1820) (MARTINS, 2012). Importante registrar, também, que, em 1995, o engenheiro Francisco Manoel de Mello Franco (1933-2015), filho de Affonso Arinos de Mello Franco e descendente de Francisco de Mello Franco, publicou um poema em quatro cantos intitulado “O Novo Reino da Estupidez”.

Em setembro de 1786, foi para Lisboa, acompanhado de sua mulher, Rita Alvarenga de Castro, e de seus dois filhos nascidos em Coimbra, Maria e Justiniano. A princípio, estabeleceram-se na Rua de Santo Ambrosio, mas pouco tempo depois, se mudaram para a Rua do Colégio dos Nobres e, por fim, para a Rua do Arco a São Mamede. Sua esposa faleceu em 28 de dezembro de 1791, em Lisboa, onde haviam nascido seus filhos Anna e Francisco, o que fez com que Mello Franco buscasse contratar, para ajudá-lo, uma ama que na época servia à nobreza da Corte (ABREU, 2024).

Ainda em Portugal, Francisco de Mello Franco iniciou a prática médica em Lisboa. Conseguiu construir uma vasta clientela, desde pacientes pobres aos mais abastados da região, e após alcançar uma certa reputação, foi nomeado por José de Vasconcelos e Sousa Caminha Camara, o Marquês de Castelo Melhor, para atuar no Hospital São José, no início de 1791, embora não haja provas de que tenha exercido a função.

Em 1792, foi indicado para integrar a junta médica que declarou o impedimento de D. Maria I. Com o agravamento da doença de D. Maria I, D. João foi nomeado Príncipe Regente, e este, por meio de alvará de 9 de junho de 1793, indicou Francisco de Mello Franco como médico honorário da Real Câmara, cargo este que viria a ocupar até 1799.  Em janeiro de 1802, por meio do Alvará de 22 de fevereiro, e em retribuição aos serviços prestados à Real Câmara, D. João fez mercê a Mello Franco com o ofício de Escrivão da Ouvidoria Geral do Rio das Mortes, em Minas Gerais, cargo que viria a ocupar por poucos meses.  

Por meio do decreto de 27 de novembro de 1799, Mello Franco foi eleito deputado extraordinário na Junta do Protomedicato, cargo este que era de indicação régia e reservado aos médicos que possuíam boa reputação na Corte, e que era responsável por diversas funções relativas à assistência sanitária, inclusive nas colônias (FREITAS, 2017). O Protomedicato foi extinto, em 1809, e foram restabelecidos os cargos de Físico-Mor e de Cirurgião-Mor pelo Príncipe Regente D. João.

Foi nomeado sócio correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa em 26 de julho de 1787, e em 28 de fevereiro de 1810 foi nomeado sócio efetivo da instituição, por decreto assinado pelo presidente da Academia, Fernando Maria Gomes de Redondo, e pelo secretário João Guilherme Christiano Müller, e emitido em nome de D. João VI.  Em assembleia da Academia Real das Sciencias de Lisboa, realizada em 23 de novembro de 1812, foi nomeado substituto efetivo da classe de ciências naturais. Nesta mesma ocasião José Bonifácio de Andrada e Silva foi escolhido como secretário da instituição. Em 4 de dezembro de 1815, durante o secretariado de José Bonifácio de Andrada e Silva naquela academia, Mello Franco tornou-se vice-secretário, cargo este que ocupou até 1816. A partir de 1817, passou a ser referenciado como “sócio livre em viagem” e, entre 1818 e 1820, como “sócio livre no Rio de Janeiro”. Nesta condição fez parte do corpo de sócios que representou aquela academia na Aclamação de D. João VI (ABREU, 2024).

Em 1815, quando se tornou vice-secretário da Academia Real das Sciencias de Lisboa, Mello Franco organizou os seus livros e publicou o “Catálogo dos livros do illustre doutor Francisco de Mello Franco”, acervo este composto quase 700 títulos, dos quais mais de quatrocentos eram de medicina, quase todos estrangeiros, e em sua maioria obras publicadas após 1780. Em 1824 o acervo foi vendido à Biblioteca Imperial e Pública pelo valor de 1.200$000 (ABREU, 2024).

Por meio da Academia Real das Sciencias de Lisboa, publicou algumas obras, como o “Tratado de educação physica dos meninos para uso da nação portuguesa”, “Elementos de Hygiene” e “Ensaio sobre as febres com observações analyticas”, publicada postumamente, em 1829. Sua obra “O Tratado de educação fysica”, publicado em 1790, que tinha como público principal as famílias portuguesas, principalmente as mães, era dividida em doze capítulos, dedicados a apresentar as diretrizes médicas e pedagógicas voltadas para à educação e aos cuidados das crianças. Para Mello Franco, a falta de cuidados com a infância seria a principal causa de atraso em Portugal:

“Donde nascerá, que sendo Portugal hum paiz tão favorável á povoação, que ousadamente se pode affirmar, que he o mais benigno de toda a Europa, ella todavia cada vez se atraza mais? Muitas são as causas, que evidentemente concorrem para este atrazamento, taes são o luxo, a indolencia, liberdade, ou perversidade de costumes, moda abusiva de differentes bebidas, falta de simplicidade nos comeres, etc.; mas entre todas essas he seguramente a mais considerável, os erros immensos com que se crião as crianças: e faz admiração ver, que tendo todas as artes neste século chegado a hum ponto de perfeição, só a de formar os homens esteja ainda em muitos Reinos na sua infância.” (FRANCO, 1790, p. VII).

Em sua obra “Elementos de Hygiene”, publicada em 1814, Mello Franco atribuiu às ciências, principalmente à medicina, uma função regeneradora. Ao tratar da condição física e moral dos indivíduos, a medicina seria responsável pela manutenção da ordem social (FREITAS, 2020). Na introdução da obra, Francisco de Mello Franco expôs a intenção de fazer de sua publicação uma obra sucessora ao “Tratado de conservação da saude dos povos”, do médico português Antonio Ribeiro Sanches (1699-1783). Assim descreveu:

“(...) os Medicos entrárão a dar certos dictames para a felicidade dos povos, o que já era fructo das suas observações. Hippocrates foi o primeiro, depois Galeno, Cornelio Celso, e quasi todos os escriptores mais notáveis alguma cousa escreverão sobre esta importante materia. Nenhum delles porém fez hum corpo de doutrina regular, tendo aliás dispersamente cousas importantes. Em portuguez só ha o Tratado da conservação da saude dos povos pelo nosso Antonio Ribeiro Sanches, impresso em París no anno de 1756. Este homem conhecido por alguns escritos de outra natureza não poderá deixar de ser sempre elogiado: mas além de ser diminuto, escreveo em época, em que os conhecimentos physicos e chymicos, a respeito do que hoje se tem adiantado, estavão como na sua infância. He com tudo mui digno de ser lido, mas hoje em dia he livro raro; e ainda mais raro será haver quem se dê á sua lição” (FRANCO, 1823, p. X e XI).

Em 1811, Francisco de Mello Franco integrou uma comissão responsável pela assistência à população que havia se refugiado em Lisboa, vitimada por uma epidemia de febre durante a terceira invasão francesa em Portugal, liderada pelo Marechal André Massena. Vitimados pela fome, frio e doenças, os refugiados de Lisboa poderiam aumentar o risco de contágio na cidade, o que fez com que a comissão, da qual Mello Franco fazia parte, procurasse produzir e a distribuir medicamentos à base de ácido sulfúrico, substância que era um dos principais ingredientes utilizados na produção dos remédios.

Ainda em Portugal, integrou a Instituição Vaccinica, criada em 1812 junto à Academia Real das Sciencias de Lisboa, direcionada à difusão da vacina variólica por meio da criação de uma rede de vacinadores espalhados pelo Reino. O regulamento da Instituição Vaccinica, que foi aprovado em 14 de outubro de 1812, estabeleceu que os membros deveriam ser médicos da academia, os serviços prestados não seriam remunerados, e proibiu que fossem aplicadas vacinas fora da instituição (FREITAS, 2017). Em outubro de 1812, Mello Franco assumiu a diretoria do serviço de vacinação e alertou para a baixa adesão da população portuguesa ao procedimento antivariólico:

“He finalmente digno de attenção que em huma tão populosa Capital pouca gente se delibere a buscar este fácil, e efficaz meio de fugir de huma enfermidade em geral funesta, não só por causar muitas vezes a extinção da vida, mas também por deixar deformidades, que ás vezes tirão o uso natural de órgãos importantes, desfigurando os semblantes. Quem duvidará de que a formosura he no bello sexo huma qualidade preciosa? E quantas mulheres conservarião a belleza, com que as dotara a natureza, se se tivessem prevenido contra as hediondas Bexigas?” (FRANCO, 1813, p. 74).

Em 27 de julho de 1815, a Academia Real das Sciencias de Lisboa organizou uma comissão para definir e executar o Plano de Vacinação no Império Português, que foi constituída por Bernardino António Gomes, Francisco de Mello Franco, Alexandre Antonio das Neves e Francisco Manoel Fragoso de Aragão Morato.

Justiniano de Mello Franco, um dos filhos de Mello Franco, formou-se em medicina na Georg-August-Universität Göttigen, na Alemanha, e em seguida, em 1813, retornou a Portugal. Francisco de Mello Franco, que na época já possuía uma carreira consolidada, empenhou-se em apoiar a carreira do filho, e assim, em abril de 1813, intercedeu junto ao poder Real para que seu filho recebesse o Hábito da Ordem de Cristo em seu lugar, pedido este que foi atendido. Após isso, Justiniano de Mello Franco se tornou médico da Câmara Real, membro correspondente da Academia das Sciencias de Lisboa, e passou a integrar, ao lado do pai, os quadros da Instituição Vaccinica (FREITAS, 2017).

Em 28 de agosto de 1813, Francisco de Mello Franco foi convocado para a Junta da Saúde Pública, instituição recém-criada que tinha como finalidade impedir a chegada de uma epidemia de peste em Portugal. Também integraram a Junta da Saúde, Carlos May, Capitão de Mar e Guerra e inspetor interino do Arsenal Real da Marinha, Bartholomeu José Nunes Giraldo, desembargador, Ignacio Xavier da Silva, físico-mor da Armada Real, e Bernardino António Gomes.  Francisco de Mello Franco teria declinado da nomeação em uma carta, não datada, dirigida a Sua Alteza Real, alegando estar ocupado com as atividades clínicas e o trabalho na Câmara Real (FREITAS, 2017). Foi, também, membro da Comissão para o adiantamento da Medicina Nacional, em Portugal.

Portugal apresentava, no início do século XIX, um quadro político e social agravado por dificuldades financeiras e pela radicalização política, decorrente do agravamento de insatisfações desde a transferência da Corte para o Brasil, o que contribuiu para a decisão de Francisco de Mello Franco de retornar ao Brasil (COSTA, 1913). Suas relações de amizade, com algumas figuras políticas atuantes na nova metrópole do Império português, possibilitariam sua atuação em terras brasileiras. António de Araújo e Azevedo (1754-1817), o Conde da Barca, que era então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino, o indicou para o Príncipe Regente D. João. Outros personagens também foram importantes em sua trajetória, como o Marques de Santo Amaro, Jozé Egydio Alvares de Almeida (1767-1832), que era oficial da Secretaria de Estado dos Negócios do Reino, e o médico Manoel Luiz Alvares de Carvalho.

Por ocasião dos preparativos para o casamento de D. Pedro de Alcântara com a arquiduquesa da Áustria, princesa Maria Leopoldina, o Príncipe-Regente D. João, por Aviso Régio de 15 de dezembro de 1816, nomeou Francisco de Mello Franco, como primeiro médico de Maria Leopoldina. Mello Franco vendeu tudo que tinha com a intenção de, então, integrar a comitiva que acompanharia a princesa e se estabelecer no Rio de Janeiro. Assim, integrou a comitiva e aportou, no Rio de Janeiro, em 5 de novembro de 1817.

Já no Brasil, Francisco de Mello Franco, em carta enviada a José Bonifácio de Andrada e Silva, que residiu em Portugal até 1819, e para seu irmão, Joaquim, relatou seu descontentamento em sua passagem pela cidade do Rio de Janeiro, por ter perdido seu patrimônio nas mãos de um negociante, e por não ter encontrado uma boa moradia e ter sido obrigado a morar em uma chácara cedida por amigos (FREITAS, 2020). Aos poucos, Mello Franco se estabeleceu no Rio de Janeiro, passando a residir na Rua Riachuelo, e posteriormente na Rua do Lavradio nº15.

Nesta cidade retomou a atividade clínica, em 1818, tendo logo após sua chegada atuado no hospital da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Exerceu a clínica médica até o ano de 1821, quando adoeceu de laringite. Ainda nesta cidade, Francisco de Mello Franco representou a Academia Real das Sciencias de Lisboa por ocasião da aclamação do Príncipe Regente D. João como D. João VI, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 6 de fevereiro de 1818.

Apresentou, em 1821, na Academia Real das Sciencias de Lisboa, sua última obra intitulada “Ensaio sobre as febres com observações analyticas”, na qual realizou um estudo sobre a suposta ausência de febres contagiosas no Rio de Janeiro, as quais, de acordo com sua teoria, seriam decorrentes da combinação da eletricidade corporal dos indivíduos com a atmosfera carregada de fluidos elétricos da cidade (FREITAS, 2020).

Francisco de Mello Franco é apontado, em alguns estudos, como sendo o autor de obras anônimas, como o “Reino da estupidez”, a “Resposta ao Filósofo Solitário”, e o livro “Medicina theologica”. A obra “Medicina Theologica”, publicada com licença da Real Mesa da Comissão Geral sobre o Exame e Censura dos Livros, em 1794, e atribuída a Francisco de Mello Franco, era dirigida aos padres da Igreja Católica, e foi recolhida pela Censura, na época, devido às “ideias libertinas” (ELIAS, 2018, p.280). A obra, dividida em vinte e três capítulos, propôs a ideia de que a medicina deveria conciliar o conhecimento do corpo com o da alma, recomendou um tratamento à base de medicamentos e de exercícios para os males como a lascívia, a cólera e a bebedice, e sugeriu a substituição do confessor pelo médico, e a instrução dos teólogos em medicina (STEIN, 2014). Acusados de serem incapazes de distinguir pecado de patologia, os confessores eram chamados a compreenderem a medicina antes de aplicarem a penitência a seus fiéis (FREITAS, 2017). Frei Manoel de Santa Anna, da província religiosa da Ordem Franciscana de Santa Maria de Arrábida (Portugal), em resposta à obra de Mello Franco, publicou, em 1799, as “Dissertações Theologicas Medicinaes Dirigidas À Instrucção dos Penitentes que no Sacramento da Penitencia sinceramente procurão a sua santificação, para que não se contaminem com os abomináveis erros de um livro intitulado Medicina Theologica cujos erros refuta nessa obra com a verdadeira doutrina dos Padre, Escritura e Sagrados Concilios”.

Após o falecimento de Francisco de Mello Franco, foi publicada pela Academia Real das Sciencias de Lisboa, em 1829, sua obra o “Ensaio sobre as febres com observações analyticas ácerca da topographia, clima, e demais particularidades, que influem no caracter das febres do Rio de Janeiro”, em reconhecimento a sua obra e aos serviços prestados. Nesta obra, Mello Franco tratou das febres que havia observado na cidade do Rio de Janeiro:

“Vivendo pois hoje em dia na Capital do Brasil, onde continúo o meu exercício clinico, entrei a observar as particularidades da sua athmosphera, da sua localidade, e da influencia, que devião ter na organização humana: entre todas porêm foi para mim da maior admiração ver que nesta grande Cidade não há contagio de febre alguma, a não serem as exanthmaticas” (FRANCO, 1829, p.2).

Ao final da obra, Francisco de Mello Franco ressaltou:

“Receando porêm fazer-me prolixo, ponho termo ás minhas idéas, que poderião ir ainda adiante, se não entendesse, que convinha ferrar as velas, deixando aos meus Collegas espaço livre para reformarem, o que lhes parecer menos arrazoado, e produzirem novas exactas observações, sobre as quaes fundamentem philosophicos raciocinios. (...). Queira pois a boa ventura, que os meus erros possão servir de farol, para que nelles não fação naufrágio, os que vierem em meu seguimento”. (FRANCO, 1829, p.205-205)

O médico José Martins da Cruz Jobim, um dos fundadores da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro (1829), e professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, fez o elogio histórico a Francisco de Mello Franco, em sessão, em 1831, na Academia Imperial de Medicina. Neste discurso, ressaltou que o tema da higiene foi central em sua trajetória:

“A hygiene era o objeto principal das solicitudes de Mello Franco; sua alma generosa e inclinada ao bem procurava vulgarizar os conhecimentos, que mais importão para felicidade dos homens, taes são aquelles que tem por fim conservar a saúde, e prevenir as moléstias. (...). Sobre esta matéria Mello fez grande serviço aos que fallão a língua Portugueza escrevendo huma obra em linguagem inteligível para todos, e para todos útil”. (JOBIM, 1831, p.112)

Produção intelectual

- “Resposta ao Filosofo Solitario, em abono da verdade: Por hum amigo dos homens”. Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, 1787.

- “Resposta Segunda ao Filosofo Solitario por hum Amigo dos Homens, na qual se mostra que toda a sua obra não he mais que huma simplez tradução; e se apontão os defeitos della, com hum Dialogo no fim do mesmo Solitario com a Alma do caturra D. Felix”. Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, 1787.

- “Tratado da Educação Fysica dos Meninos, para uso da Nação Portugueza, publicado por ordem da Academia Real das Sciencias de Lisboa por Francisco de Mello Franco, Medico em Lisboa, Correspondente do Numero da mesma sociedade”. Lisboa: Na Officina da Academia Real das Sciencias, 1790.

- “Medicina theologica ou, Supplica humilde, feita a todos os Senhores Confessores, e Directores, sobre o modo de proceder com seus Penitentes na emenda dos peccados, principalmente da Lascivia, Colera y Bebedice”. Lisboa: Na Officina de Antonio Rodrigues Galhardo, 1794.

- “Epicedio á morte do dr. José Ferreira Leal”. In: Collecção de poesias inéditas dos melhores autores portugueses. 1810.

- “Breve Instrucção a respeito da Vaccina”. In: Collecção de opúsculos sobre a vaccina feitos pelos sócios da Academia Real das Sciencias que compõem a Instituição Vaccinia e publicados por ordem da mesma Academia. Lisboa: na Typographia da Academia, 1812.

- “Conta do que houve digno de observacção no mez de Outubro, dada á Instituição Vaccinica pelo Director no mesmo mês”. In: Collecção de opúsculos sobre a vaccina feitos pelos sócios da Academia Real das Sciencias que compõem a Instituição Vaccinia e publicados por ordem da mesma Academia. Lisboa: na Typographia da Academia, 1812.

- “Conta das Observações Vaccinicas na Instituição em Outubro”. In: Collecção de opúsculos sobre a vaccina feitos pelos sócios da Academia Real das Sciencias que compõem a Instituição Vaccinia e publicados por ordem da mesma Academia. Lisboa: na Typographia da Academia, 1813.

- “Elementos de Hygiene, ou Dictames theoreticos, e practicos para conservar a saude e prolongar a vida, publicados por ordem da Academia Real das Sciencias pelo seu socio Francisco de Mello Franco”. Lisboa: Na Typographia da Academia Real, 1814.

- “Catalogo dos livros do illustre doutor Francisco de Mello Franco”. 1815.

- “Discurso proferido pelo vice-secretário na sessão publica de 24 de junho de 1816”. In: História e memorias da Academia Real das Sciencias de Lisboa, v. 5, pt. 1, p. XIII-XIV. Lisboa: Academia Real das Sciencias, 1817.

- “Correspondência”. Destinatário: José Bonifácio de Andrada e Silva. Livorno 04 set. 1817. “Correspondência”. Destinatário: José Bonifácio de Andrada e Silva. Lisboa, 26 de setembro de 1817.

“Correspondência”. Destinatário: Joaquim de Mello Franco. Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1817.

- “Correspondência”. Destinatário: José Bonifácio de Andrada e Silva. Rio de Janeiro, 20 de novembro de 1817.

- “Correspondência”. Destinatário: Joaquim de Mello Franco. Rio de Janeiro, 29 de fevereiro de 1820.

- “Reino da estupidez. Poema”. Paris: na Officina de A. Bobée, 1821.

- “Elementos de hygiene, ou dictames theoreticos, e practicos para conservar a saude e prolongar a vida. Publicados por ordem da Academia Real das Sciencias”. Lisboa: Typographia da Academia, 3. ed., 1823.

- “Ensaio sobre as febres com observações analyticas ácerca da topographia, clima, e demais particularidades, que influem no caracter das febres do Rio de Janeiro por Francisco de Mello Franco, Commendador da Ordem de Christo, Medico da Camara Real, e Socio da Academia Real das Sciencias de Lisboa”. Lisboa: Na Tyographia da Mesma Academia, 1828.

Fontes

- ABREU, Laurinda. Francisco de Mello Franco. In: Dicionário Histórico-Biográfico da Academia das Ciências de Lisboa, 2024. Capturado em 1º jul. 2025. Online. Disponível na Internet: https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/37463/1/Francisco_de_Melo_Franco.pdf

- BIOGRAPHIA dos brasileiros distinctos por letras, armas, virtudes, etc. O Dr. Francisco de Mello Franco. Revista Trimensal de Historia e Geographia ou Jornal do Instituto Historico e Geographico Brasileiro, Rio de Janeiro, Tomo Quinto, segunda edição, p.345-349,1863. Capturado em 4 jul. 2025. Online. Disponível na Internet: https://app.docvirt.com/crv_revistaihgb/pageid/2472

- COSTA, F. A. Pereira da. Biographia do Dr. Francisco de Mello Franco, natural de Paracatú, pelo dr. F. A. Pereira da Costa, oferecida ao Instituto Historico e Geografico de Minas, pelo Barão Homem de Mello, socio correspondente. Belo Horizonte: Imprensa Official do Estado de Minas, 1913. In: BIBLIOTECA BRASILIANA GUITA E JOSÉ MINDLIN. BBM Digital.  Capturado em 4 jul. 2025. Online. Disponível na Internet: https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/8232

- COSTA, Francisco Felix Pereira da. Resumo historico da vida de Francisco de Mello Franco. Bacharel em Medicina pela Universidade de Coimbra, Medico da Camara do Senhor D. João VI, Vice-Secretário da Academia Real da Sciencias de Lisboa. Commendador da Ordem de Christo Pelo Dr. Francisco Felix Pereira da Costa (1851). Rio de Janeiro:[s.n.], 1851. (IHGB)

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Ficha técnica

Pesquisa - Aline de Souza Araújo França, Mª Rachel Fróes da Fonseca.

Redação - Aline de Souza Araújo França, Mª Rachel Fróes da Fonseca.

Forma de citação

FRANCO, FRANCISCO DE MELLO. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 18 set.. 2025. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario

 


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)