LAZARETO DA JURUJUBA

De Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
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Denominações: Lazareto da Jurujuba (1851); Hospital Marítimo de Santa Isabel (1853); Hospital da Jurujuba; Hospital Marítimo de Santa Izabel; Hospital Paula Candido (1898); Hospital Paula Cândido; Preventorio Paula Candido; Preventório Paula Cândido (1934); Educandário Paula Cândido (1968)

Resumo: Em 1º de janeiro de 1851, tendo em vista o contexto de epidemias, foi instalado, por orientação de Francisco de Paula Cândido, presidente da Junta de Higiene Pública, um lazareto para cerca de 30 enfermos, numa casa alugada na península do Caju, no Saco da Jurujuba, em Niterói, na então província do Rio de Janeiro. Neste lazareto, o Lazareto da Jurujuba, os passageiros oriundos de embarcações provenientes de portos contaminados eram hospedados por uns dias, e as pessoas portadoras de doenças contagiosas, desembarcadas nos navios em trânsito, eram isoladas. Pelo decreto nº 1.103 de 3 de janeiro de 1853, foi criado um hospital no edifício do antigo Lazareto da Jurujuba, denominado então Hospital Marítimo de Santa Isabel. Em 1898 mudou a denominação para Hospital Paula Cândido. 

Histórico

A primeira epidemia de febre amarela, em terras brasileiras, ocorreu em 1685, e voltou a manifestar-se somente em meados do século XIX, irrompendo de forma epidêmica em fins de 1849 a partir da cidade de Salvador. Robert Christian Berthold Avé Lallemant (1812-1884), médico da Enfermaria dos Estrangeiros da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, ao realizar, em 28 de dezembro de 1849, a visita diária aos pacientes, lhe chamou atenção a presença de dois novos pacientes, os marinheiros chegados da Bahia pela barca Navarre, cuja enfermidade lhe parecia particular, pois “no grupo dos symptomas pathologicos erão os mais salientes uma côr amarelada das conjunctivas e da pelle, vomitos fortes de líquidos escuros, soluços, suppressão da urina” (LALLEMANT, 1851, p.2). Nos dias que se seguiram surgiram outros doentes com sintomas semelhantes, levando Lallemant a entender que havia uma grande certeza quanto à existência da febre amarela na cidade do Rio de Janeiro. Lallemant comunicou estes fatos e suas observações à Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, e em 10 de janeiro de 1850 o fez à Academia Imperial de Medicina. De acordo com José Pereira Rego, médico e membro desta Academia, a exposição destes fatos não teria deixado dúvida de que se tratava de “febre amarela da America, tal como a descrevem os autores” (REGO, 1851, p.6).

Os casos de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro ocorreram inicialmente em locais próximos aos portos e às praias, mas espalharam-se rapidamente para o interior da província. O Governo Imperial diante de tais fatos e dos casos relatados à Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, decidiu realizar uma consulta à Academia Imperial de Medicina. Desta forma, em 5 de fevereiro de 1850, frente à ameaça da febre amarela, o Governo Imperial criou a Comissão Central de Saúde Pública, formada por médicos e membros da Academia Imperial de Medicina: Cândido Borges Monteiro (presidente), Manoel de Valladão Pimental, Roberto Jorge Haddock Lobo, Antônio Felix Martins, José Maria de Noronha Feital, José Bento da Rosa, José Pereira Rego, Luís Vicente de Simoni, José Francisco Xavier Sigaud e Joaquim José da Silva. Além disso, uma Portaria do ministro do Império, Visconde de Monte Alegre, contendo as instruções para prevenir e combater o avanço da febre amarela foi promulgada em 14 de fevereiro de 1850.

A Comissão Central de Saúde Pública apresentou, em 27 de maio de 1850, a José da Costa Carvalho, então Ministro e Secretário dos Negócios do Império, um relatório sobre a situação da febre amarela no Rio de Janeiro, intitulado "Descripção da febre amarella que no anno de 1850 reinou epidemicamente na Capital do Império, pela Commissão Central de Saúde Pública". Neste ano a grande epidemia de febre amarela havia se alastrado pela província do Rio de Janeiro, vitimando cerca de 4.160 pessoas.

Ainda em 1850, o Governo Imperial criou por meio do decreto n° 598 de 14 de setembro, a Junta de Higiene Pública, a qual teria entre suas atribuições a proposição de medidas de salubridade pública ao Governo, a polícia médica nas visitas das embarcações e das boticas, e demais estabelecimentos que pudessem provocar danos à saúde pública. Em princípio a Junta de Higiene Pública foi organizada para ser um Conselho Consultivo, porém acabou sendo a instância responsável pelo serviço sanitário do Império, atuando principalmente em momentos de epidemias de febre amarela, cólera morbus e varíola. A Junta de Higiene Pública foi constituída inicialmente por Francisco de Paula Cândido (presidente), Joaquim Cândido Soares de Meirelles, Antonio José Ramos (cirurgião-mor da Armada), Jacintho Rodrigues Pereira Reis (cirurgião-mor do Exército), Antônio Felix Martins (provedor-mor de saúde de Porto) e Ernesto Augusto Lassance Cunha (secretário). Com o decreto n° 828, de 29 de setembro de 1851, a Junta Central de Higiene Pública.

Os relatórios e exposições sobre o estado sanitário da capital do Império apontavam para os riscos da incidência de várias molésticas, especialmente da febre amarela, e propunham medidas para combatê-las. Francisco de Paula Cândido, então presidente da Junta, apresentou ao Visconde de Mont'Alegre, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do império, em 1851, a "Exposição succinta do Estado sanitário da Cidade do Rio de Janeiro, e das Medidas, que convém adoptar-se", na qual destacava a importância da adoção de medidas de salubridade, e entre estas medidas para o combate às moléstias contagiosas, destacou a criação de lazaretos:

A fundação d´este Lazareto repousa no principio de moléstias por infecção, e de nenhuma sorte, na hypothese do contagio, dispensando-me d´entrar aqui na elucidação d´esta espinhosa questão relativamente à febre amarela. (.....). He por tanto este Lazareto huma medida por hum lado em prol de enfermos e dos que ainda não tiverem sido accomettidos, à bordo: os primeiros ganharão sendo tratados em terra, e os segundos ficarão abrigados da moléstia abandonando o fóco que os ameaçava. Ganha por outro lado a salubridade da Cidade e do seu porto afastando-se, e extinguindo-se seguramente, o fóco de infecção que os ameaçava. Como apenso á este Lazareto se deve considerar hum trapiche de construção apropriada, contendo aparelhos, e materiaes necessários para desinfecção das mercadorias infeccionadas. Nas actuaes circunstancias do Imperio, deve-se contar com a chegada de grande numero de colonos; e então indispensável se torna a promptificação de acomodações, onde sejão recebidos logo que abordarem nossa bahia, deixando imediatamente o estreito recinto de hum Navio, sede primitiva da febre amarela”. (CANDIDO, 1851, p.3)

Era comum a criação de estabelecimentos destinados à quarentena por ocasião de epidemias, muitos dos quais eram designados como "lazaretos", embora não fossem necessariamente destinados ao isolamento de pacientes morféticos. Nestes lazaretos os passageiros oriundos de embarcações provenientes de portos contaminados eram hospedados por uns dias, e as pessoas portadoras de doenças contagiosas, desembarcadas nos navios em trânsito, eram isoladas (SANTOS FILHO, 1991).

No contexto de risco de novas epidemias, Francisco de Paula Cândido, então presidente da Junta de Higiene Pública, resolveu alugar, em 1° de janeiro de 1851, um prédio na enseada de Jurujuba, entre "o Morro do Cavalão e o lugar chamado Charita", em Niterói, na então província do Rio de Janeiro, para ali funcionar um lazareto para cerca de 30 enfermos (TAUNAY, A. d' Escragnolle. Apud. PARNIT, 2015). O Ministério do Império encaminhou, em 10 de janeiro de 1851, um expediente ao presidente da Junta de Higiene Públcia, consultando sobre a conveniência da fundação do lazareto na propriedade do major Bento José Martins, em Jurujuba, e sobre a adoção das quarentenas (MINISTÉRIO, 1851).

Ainda em janeiro de 1851, um fato atestou efetivamente a necessidade do estabelecimento daquele lazareto:

“Alguns factos começaram a aparecer nos primeiros dias de janeiro, e faziam receiar nova invasão da epidemia; mas como ella não grassasse a bordo dos navios, por onde sóe manifestar-se. Concorria isto até certo ponto a acalmar os receios, quando no dia 20 de janeiro daquelle mez entrou arribada a escuna inglesa - Apparition - neste porto, donde havia sahido a poucos dias, trazendo a seu bordo quatro doentes de febre amarella bem caracterisada: posta a escuna em quarentena, forão levados os doentes para o Lazareto provisorio mandado immediatamente preparar na Jurujuba, e ordenou-se que para lá fossem transportados todos os mais que no mar enfermassem, prohibida absolutamente a sua recepção nos hospitaes da cidade”. (RELATORIO, 1851, p.29-30) 

Pelo Aviso n° 35, do Ministério do Império, em 24 de janeiro de 1851, ficou determinado que, em caso de urgência, poderia ser alugado qualquer outro prédio nas imediações. Em outro Avido, de n° 38 em 29 de janeiro do mesmo ano, foi ordenada a manutenção dos serviços no Lazareto da Jurujuba e autorizado o ajuste das pessoas necessárias para aquele estabelecimento, mediante o pagamento de diárias e gratificações. Foram alugados, então, numa distância de 800 metros do primeiro edifício, uma casa e o terreno que a cercava, pertencentes aos herdeiros do falecido Jacintho Ignácio de Alburquerque, num lugar chamado Areia Grossa (praia da Areia Grossa), em Jurujuba.

A criação do Lazareto em Jurujuba foi objeto de matérias e comunicados na imprensa, muitos dos quais questionavam sua instalação, como o assinado com o pseudônimo de "Microscópio":

“(....). É a Jurujuba o logar mais próprio para o lazareto? Em que estado está essenegocio? Compra-se por bom dinheiro a chácara sem agua e com uma casa? Não é a peste um negocio serio, em presença da qual devão cessar outros negocios? Não é a chegada a época de antepor o interesse publico aos ilícitos interesses particulares? Haverá quem queira fazer das medidas preventivas e de salubridade, uma mina de auríferas veias? Microscopio”. (COMMUNICADO, 22 jan.1851, p.2)

Foram publicadas outras matérias sobre o lazareto, entre as quais podemos destacar os inúmeros comunicados no Diário do Rio de Janeiro entre janeiro e fevereiro de 1851, todos assinados por "O Velho Jurujubano". "O Velho Jurujubano" questionava não só o local escolhidos como também a forma pela qual havia sido decidida a instalação do lazareto em Jurujuba, afirmando que "se aquella autoridade, que foi consultada pela pessoa incumbida pelo governo, não tivesse tido em vista o interesse próprio, inculcaria e faria vêr os logares mais adaptados para a fundação de um lazareto" (O VELHO JURUJUBANO, 1851, p. 2). Em outros comunicados continuou tratando da instalação do lazareto e dialogando com outros articulistas, como o Sr. Microscópio, que igualmente questionava aquele empreendimento, e com o Moço da Jurujuba, que defendia a instalação do lazareto naquele local (COMMUNICADO, 24 jan. 1851, p. 3). No final de janeiro de 1851, "O Velho Jurujubano", em comunicado direcionado ao "Moço do Cajú" (Moço da Jurujuba), apresentou os termos da representação dos moradores da Jurujuba contra o Lazareto:

“Ao Publico. O morro do Cajú impropriamente denominado ilha1, está situado no continente da Jurujuba, cuja metade que é banhada pelo mar olha ao Sacco de S. Francisco, de circumferencia terá cerca de 300 braças, (....).Como cajueiros, mangueiras, etc: as arvores exóticas de natureza rija que demandão maior quantidade de humidade, não se dão bem, carregão-se de poucos fructos e recentem-se facilmente, pela aridez do solo, de qualquer secca, a temperatura do ar é quente durante odia, tanto pela reverberação do mar como da doenorme rochedo do Pico que lhe fica próximo. Agua potável, nenhuma. Duas partes d´esta ilha pertencem a D. Maria Joaquina do Nascimento, e a terceira ao major Bento José Martins, onde foi arvorado o lazareto provisório.(....) . O Velho Jurujubano. (O VELHO JURUJUBANO, 27 jan. 1851, p.2)

"O Velho Jurujubano" ainda encaminhou ao Ministro do Império uma súplica nos seguintes termos:

O Velho Jurujubano, em nome da humanidade e da religião, vêm respeitosamente pedir a V. Ex., que se digne de ir em passeio, á ilha do Cajú, onde está o lazareto provisório, e observar com seus próprios olhos, essa localidade, que sem reflexão foi indicada como boa, para fundação d´aquelle estabelecimento. V. Ex. conhecerá que não tem sido infundadas as queixas contra esse logar, que de todas as suas péssimas condições, a de carência d´agua potável é a principal. V. Ex. julgará por si mesmo, se a um tal estabelecimento se poderá dar o nome de casa de saúde, pois quando se aglomerarem as tribulações em quarentena, tornar-se-há um receptáculo de morte, e os míseros em vez de ganharem ali saúde, irão expor terrivelmente aquella que lhes resta. Essa ilha, Exm.º Sr., não foi escolhida, contra todos os preceitos da hygiene, para lazareto, sinão do maldito patronato, ou então por incúria e ignorância de quem foi incumbido de ir vêr um local apropriado (...). (....). Attenda V. Ex. que os estrangeiros bem podem julgar mal da nossa civilização por um semelhante estabelecimento em tão péssimo local, e que as censuras recahirão sobre quem consentio ou ordenou a formação d´elle.(....).” (O VELHO JURUJUBANO, 17 fev. 1851, p.3)

Por outro lado, também havia aqueles que estavam mais preocupados com os encaminhamentos adotados pela Junta da Higiene Pública, como apareceu no comunicado assinado por O Imparcial, e publciado no Diario do Rio de Janeiro, em 5 de fevereiro de 1851:

“Para o Exmº. Sr. Presidente da Junta de Hygiene Publica vêr. O Lazareto na Jurujuba. Sim, digne-se V. Ex. ir á Jurujuba, e em fim acabar d´uma vez o que se tem suscitado, se sim ou não se deve lá estabelecer o lazareto. Que em algures ele o será, é isso de necessidade pública; (.......). (....), temos e tem-se ali muito assentada fé em sua honradez e sciencia, e de seus ilustres colegas da junta. Ajunte-se algum material, e falle-se a essa povoação, que está assustada, e também poderá ser que iludida; este material, seja o percorrer-se todos os sítios, vêr estes com os próprios olhos, colher informações de toda a sorte de pessoas d´ahi moradoras; depois a sciencia; (....). Agora quanto ao demais, é noticiar a essa população em agitação, o resultado da escolha que se fizer, mostrando-se em um bom relatório a prioridade do logar, a preferencia da conveniência publica á particular, como infundado seja o seu temor, etc. etc.” (COMMUNICADO, 1851, p.3)

O tema da criação do lazareto em Jurujuba também esteve presente nas cartas do político José Maria da Silva Paranhos (1819-1880), Visconde do Rio Branco, elaboradas nos primeiros meses de 1851. Estas cartas, intituladas “Cartas de um amigo ausente”, foram publicadas, de forma anônima, no Jornal do Commercio, no qual Paranhos era, então, um dos editores. Em 12 de janeiro de 1851, Paranhos comentou a criação do lazareto:

“A Comissão de Higiene Pública já montou o seu bureau que é na sala do Instituto Vacinico, e está em correspondência ativa e franca com o Ministro do Império. Mas além dos atos de que já lhe dei estreitas contas, não tem produzido outros, ao menos que eu saiba. Tem havido briga feia pelo local do lazareto da Jurujuba entre alguns que se querem desfazer de suas propriedades: já há pretendentes aos lugares de administrador, mas ainda não se fez público e solene que a coisa se tenha levado a efeito”. (PARANHOS, 2008, p.59)

O Lazareto de Jurujuba não foi o único criado no período, pois também outros foram fundados em outras regiões da província do Rio de Janeiro, como o Lazareto da Ilha do Bom-Jesus (1850), Lazareto da Ilha de Maricá (1855), Lazareto da Várzea (1855), Lazareto Flutuante de Jurujuba (1876) e Lazareto da Ilha Grande (1884).

Após as reclamações de marinheiros quanto às condições de acomodação no Lazareto, e também da própria Junta Central de Higiene Pública, o Governo definiu, pelo decreto nº 1.103 de 3 de janeiro de 1853, a criação de um hospital no edifício do antigo Lazareto da Jurujuba:

“Merecendo Minha Imperial solicitude a sorte de Meus fieis subditos que se entregam a útil mas laboriosa profissão marítima, e a dos estrangeiros, subditos das Nações amigas, que frequentam o porto desta capital, cujos interesses commerciaes são já de subida e sempre crescente importancia; e reconhecendo a necessidade da creação de um hospital maritimo, onde sejam tratados com humanidade os marinheiros e mais pessoas de bordo das embarcações que, chegando a este porto, se acharem, ou forem affectados de molestias contagiosas ou suspeitas; não convindo que no referido estado sejam trazidos para o interior da população, quer para não transmittir a esta um mal novo, quer para não augmentar a intensidade da infecção do já existente pela agglomeração dos enfermos: Hei por bem Decretar o seguinte: Art. 1º Estabelecer-se-ha no porto desta capital um hospital com a denominação de - Hospital Maritimo de Santa Isabel - destinado para tratamento dos marinheiros e mais pessoas de bordo dos navios nacionaes ou estrangeiros, que chegarem a este porto, e forem ou estiverem affectados de molestias contagiosas ou suspeitas. (....)”. (BRASIL, Decreto, 1853)

Francisco Gonçalves Martins, então Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império, em seu relatório apresentado em 1853, fez referência a uma Comissão Permanente de distintos médicos da Corte, criada pelo Governo Imperial para estudar as causas das epidemias de febre amarela e propor meios para combatê-las, que havia apresentado entre suas propostas a criação de um hospital marítimo, “que com o titulo de Santa Isabel foi creado por Decreto de 3 de janeiro de 1853” (MARTINS, 1853, p.19-20)

O estabelecimento sob a proteção da Princesa Imperial, e então denominado Hospital Marítimo de Santa Isabel, seria um hospital marítimo destinado ao atendimento de marinheiros e pessoas de bordo acometidas por moléstias contagiosas. Para dirigir o Hospital Marítimo de Santa Isabel, que começou a funcionar em 5 de março de 1853, foi eleita na Praça do Comercio, em acordo com o art.2º de seu decreto de criação, uma comissão composta pelo presidente da Junta Central de Higiene Pública, pelo Capitão do Porto, por um Delegado do Corpo Consular, e por dois negociantes, carregadores ou armadores (um brasileiro e outro estrangeiro). O cônsul seria escolhido anualmente pelo corpo consular, e o negociante estrangeiro seria escolhido pela comissão na Praça do Comércio.

Foram construídas amplas e cômodas enfermarias no próprio local, ou seja, nas dependências do antigo Lazareto, até a conclusão das obras do novo hospital que seriam realizadas com recursos do Governo Imperial e da filantropia particular. Concluídas as obras, o hospital ficou constituído por três grandes alas, em forma de U, e pelo antigo lazareto, então restaurado no centro, que passou a funcionar como casa para os administradores, secretaria, farmácia, capela e almoxarifado.

Em 1854, uma matéria publicada no Diario do Rio de Janeiro contextualizou o surgimento do Hospital Marítimo de Santa Isabel e destacou o papel do médico Francisco de Paula Cândido:

“No fundo da bahia da Jurujuba, na parte chamada Arêa Grossa, em um lugar onde ainda há poucos anos só se reunião negociadores de carne humana, contrabandistas e conductores de negros, n´uma das maiores casas da circumvisinhança, vê-se hoje o melhor e o mais importante dos estabelecimentos do Rio de Janeiro, porque o seu pensamento é uma garantia solida ao desenvolvimento do commercio com o exterior e á segurança da suade publica de uma povoação de quase 300,000 almas. A ambição e os mesquinhos interesses particulares havião até há pouco hasteado ali o pendão da escravidão e do nefando tracto; nesse mercado de homens era a caridade christã uma blasfêmia. Hoje, graças ás luzes do século, e á sabedoria de quem quer que foi o autor de idéa tão sublime, tornou-se aquelle deposito africano, um monumento de caridade, de saber e de dignidade nacional. D´aquelle grande armazém, fez-se um hospital regular: - d´aquella paragem, um alicerce da reputação que devemos ter no mundo, como povo adiantado. Desde que o anno de 1849 a 1850 nos advertiu que nossa dulcíssima tranquilidade era seriamente ameaçada, ameaçadas nossas comunicações com o mundo, ameaçados nossos interesses geraes e sagrados, pensou-se um pouco mais na sorte dos estrangeiros marítimos, expostos em suas moléstias a serem recebidos e maltratados em todos os hospitais, que para cumulo de males até em sua situação erão menos próprios para tal fim. (....). Os lazaretos que se estabelecerão, onde muitos médicos provarão, como sempre, a parte sublime de seu desinteresse, não erão nem suficientes, nem garantião assaz mesmo uma mesquinha reputação, ou por via da localidade ou de arranjos e disposição interna. (...). O que se temeu, o que temérão médicos, sucedeu: a sorte do estrangeiro doente confiada á casas de muita incapacidade e em que uma má administração se comprazia horrivelmente criar barreiras contra a invasão necessária dos exforços da medicina que conquistava louros para si e para o paiz, os lazaretos desacreditarão-se pois; as casas de saúde particulares, tiveram igual sorte. (....). Ora, os médicos que clamavão e advertião e pedião não foram ouvidos: prolongarão-se resoluções, medidas que devião ser de prompto tomadas, e pois o porto e a cidade soffrerão, e muito, pela falta de atenção que se dava á saúde publica. É nesta crise que se apresenta um medico digno desse nome, inteligente, ilustrado, activo e sobremodo caridoso, patriota de coração e cosmopolita de alma, não cessou de trabalhar exforçadamente para pôr em pratica suas idéas dominantes acerca de hospitais.  (...). Foi então que o antigo Lazareto da Jururjuba apareceu para recolher os homens de mar e tratal-os. A parte porém a mais necessária e indispensável ainda faltava: não se pensára em estabelecer rápidas e seguras comunicações entre o porto e aquelle distante lazareto. Este medico, é o Sr.Dr.Paula Candido, cujo nome figura á frente da comissão diretora do hospital marítimo de Santa Isabel, a mais nobre das instituições que conhecemos no mundo civilizado.(....). Apezar de tudo e de muitos contrários, este hospital teve uma organização que desde fevereiro de 1853 provou exuberantemente a sua perfeição. Comparado com outros edifícios, é ele apenas uma grande choupana, um rancho; interiormente porém é uma casa de caridade e de verdadeira medicina, que observa, estuda, aplica e tira muitas vantagens inapreciáveis – é uma pequena colônia de doentes de todas as nações, na qual um ar puro, a disciplina bem observada, e a arte de curar comprehendida  em todo seu alcance, dão esse aspecto de satisfação e confiança, e infundem essa atenção que de dia em dia vão tornando mais importante e indispensável tal hospital. (....). o mundo reclama da arte de curar, o aliviar muito, salvar alguns e cossolar sempre: o hospital Maritimo de Santa Isabel compreendeu perfeitamente a missão.” (COMMUNICADOS, 1854, p.2)

Em 25 de fevereiro de 1856, e em acordo com o art.2º de seu decreto de criação (decreto nº 1.103, de 3/01/1853) do hospital, foram eleitos na Praça do Comercio, para integrar a comissão do Hospital Marítimo de Santa Isabel, João Coelho Gomes Junior, como membro brasileiro, e J. Wilson como membro estrangeiro (CHRONICA, 1856). Existem referências, entretanto, de que o Hospital Marítimo de Santa Isabel teria sido inaugurado somente 29 de julho de 1856, data do aniversário de dez anos da Princesa Isabel, filha do então Imperador D. Pedro II (SOUZA, 2006).

Em seu relatório sobre o Hospital Marítimo de Santa Isabel apresentado em 1856, o médico Bento Maria da Costa mencionou que o Governo Imperial havia adquirido a casa e terrenos anexos ao local onde estava instalado o hospital, que até então eram alugados (COSTA, 1857).

O decreto nº 2.052, de 12 de dezembro de 1857, que aprovou o regulamento da Junta Central de Higiene Pública, em seu art.4º, estabeleceu que a polícia sanitária do porto e a direção dos socorros médicos aos homens do mar ficariam a cargo do Provedor de Saúde do Porto do Rio de Janeiro, ao qual estaria subordinada inspeção do Hospital Marítimo de Santa Isabel. Estaria, também, sob sua responsabilidade a proposição de regulamentos especiais para este hospital, tanto para sua parte administrativa quanto médica. Para tal o Provedor de Saúde poderia reunir em Comissão os médicos do Hospital Marítimo de Santa Isabel.

Em 30 de abril de 1859, o decreto nº 2.416 aprovou um novo regulamento para o Hospital Marítimo de Santa Isabel e estabeleceu, ainda, que os demais lazaretos, o do Caju, o de Maricá e os que fossem criados, seriam dependências do estabelecimento em Jurujuba. Caberia ao Inspetor de Saúde do Porto a inspeção do hospital e dos lazaretos.

Na década de 60 do séc. XIX, o Governo Imperial cogitou transferir a administração do Hospital Marítimo de Santa Isabel para a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, mas tal não se concretizou. No mesmo sentido, o Governo Imperial elaborou um contrato com os médicos daquela instituição, atribuindo a estes o custeio do estabelecimento, mediante uma subvenção mensal de 1:300$ para a conservação, e uma diária de 2$000 para cada um dos doentes ali internados, o qual igualmente não foi efetivado (BARBOSA, 1909).  

Foi conferido um novo regulamento à Inspeção de Saúde dos Portos, em 23 de janeiro de 1861, por meio do decreto nº 2.734, o qual definiu que ficariam sob sua dependência o Hospital Marítimo de Santa Isabel e os lazaretos.

O Governo Imperial determinou por meio do artigo 3º do decreto nº 6.378 de 15 de novembro de 1876, que fossem adotadas providências para impedir a propagação de moléstias contagiosas e infectocontagiosas, e entre estas medidas estava a criação provisória de um lazareto flutuante na enseada da Jurujuba, a 600 metros do Hospital Marítimo de Santa Isabel, destinado à quarentena dos passageiros vindos de portos onde havia febre amarela, cólera-morbo ou peste do Oriente. O referido decreto, em seu art.4º, também determinava que o Hospital Marítimo de Santa Isabel permanecesse aberto, e para este seriam removidas todas as pessoas afetadas por moléstias que estivessem a bordo dos navios surtos no porto do Rio de Janeiro.

Após a proclamação da República, por meio de um Aviso do Ministério do Interior, em 14 de dezembro de 1889, o Hospital Marítimo de Santa Isabel foi fechado, por não atender às necessidades nosocomiais, sendo reaberto em 3 de abril de 1891, de forma provisória.

Em 1897, com o decreto nº 2.436 em 14 de janeiro, o Hospital Marítimo de Santa Isabel foi transferido para a jurisdição da Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, órgão que havia sido criado pelo decreto nº 9.554 de 3 de fevereiro de 1886. Em 1º de fevereiro de 1897, outro decreto o de nº 2.449 estabeleceu que os serviços de higiene a cargo da União, que eram até então realizados pelo Instituto Sanitário Federal e pela Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, passariam a ser feitos por uma única instituição, a Diretoria Geral de Saúde Pública.  Desta forma, o Hospital Marítimo de Santa Isabel, antes subordinado à Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, passou para a jurisdição da Diretoria Geral de Saúde Pública.

O médico Carlos Pinto Seidl, diretor do Hospital de São Sebastião, em sua obra “O isolamento nosocomial. Contribuição para o estudo da prophylaxia defensiva no Rio de Janeiro”, publicada em 1897, destacou o papel do Hospital Marítimo de Santa Isabel:    

“O hospital de Santa Isabel na Jurujuba, desde a data apontada até a presente época, é pois o mais antigo hospital de isolamento do Brazil. Embora ultimamente destinado ao tratamento de cholericos e em data recentíssima de variolosos, a sua tarefa principal tem sido isolar convenientemente os marítimos que adoeceram de febre amarela nas embarcações surtas no nosso porto. Melhoramento constantes tem sofrido o velho hospital, graças principalmente ao seu actual e zeloso diretor o Sr. Dr. Tavares de Macedo que tem procurado adaptar o velho hospital às leis modernas da hygiene nosocomial, tarefa difícil pela falta de plano uniforme e seguido nos melhoramentos idéados e executados por parcelas e aos bocados, segundo tem sido infelizmente o costume aqui”. (SEIDL, 1897, p.69)


Foi aprovada na Câmara dos Deputados, em 24 de novembro de 1898, a emenda proposta pelo médico Erico Coelho, referente a esta mudança de denominação do Hospital Marítimo de Santa Isabel para Hospital Paula Cândido. Esta alteração teria sido efetivada em 1º de janeiro de 1899 (ARQUIVO NACIONAL, 1988).

Definiu-se, em 1906, pelo fechamento do então Hospital Paula Cândido, pois este se encontrava em péssimas condições, sendo transferidos os pacientes contaminados com peste bubônica para o Hospital de São Sebastião.

Em 1920, com o decreto nº 3.987, 2 de janeiro de 1920, que reorganizou os serviços de saúde pública, os hospitais de isolamento, como o Hospital Paula Cândido, ficaram anexos à Secretaria Geral e diretamente subordinados ao recém-criado Departamento Nacional de Saúde Pública. No regulamento dos serviços a cargo do Departamento Nacional de Saúde Pública, promulgado pelo decreto nº 14.354, de 15 de setembro de 1920, o Hospital Paula Cândido está vinculado à Diretoria de Defesa Sanitária Marítima e Fluvial, com o objetivo de promover o isolamento e a assistência hospitalar dos casos de doenças de natureza epidêmica, ocorridos em quaisquer embarcações no porto do Rio de Janeiro.

O Hospital Paula Cândido, em 1934, mudou de finalidade, transformando-se em um preventório infantil, denominado Preventório Paula Candido, para acolher crianças pobres e doentes, especialmente os filhos de tuberculosos. No jornal Correio da manhã, foi assim noticiado:

“O tradicional Hospital Marítimo de Santa Isabel, situado numa pequena elevação da enseada de Jurujuba, que depois de, por muitos anos, se denominar Hospital Paula Candido, vae mudar a sua finalidade, sob a nova denominação de Preventorio Paula Candido sem obediência ao brilhante programa da nova assistência hospitalar, ora entregue à reconhecida proficiência do professor Castro Araujo”. (NO PREVENTORIO, 1934, p.3)

Tal mudança atendia aos preceitos do decreto nº 24.814, de 14 de julho de 1934, que estabeleceu o plano geral de organização dos serviços de saúde pública e assistência médico-social. Em seu artigo 17º estabeleceu que o Hospital Paula Cândido passasse a denominar-se Preventório Paula Candido, subordinado à Diretoria de Assistência Hospitalar.

Durante a gestão de J. Barros Barreto à frente da direção-geral de Saúde e Assistência Hospitalar, o Preventório Paula Candido foi inaugurado em 25 de setembro de 1935. Seu primeiro diretor foi o médico Décio Parreiras (BOGADO, 1986, p.17).

O Preventório Paula Candido foi incorporado ao Serviço de Saúde Pública do Distrito Federal por meio da Lei nº 378, de 13 de janeiro de 1937, que conferiu uma nova organização ao Ministério da Educação e Saúde Pública, que então passava a denominar-se Ministério da Educação e Saúde.

Com o decreto-lei nº 1.860, de 12 de dezembro de 1939, o Preventório Paula Candido foi transferido para a alçada do Governo do Estado do Rio de Janeiro:

“Obedeceu a um critério que vae felizmente vingando nos sectores da Educação e Saude Publica, a transferência do governo federal para o do Estado do Rio do Preventorio Paula Candido, que se ergue na enseada de Jurujuba. Fica assim a administração fluminense de posse de um prédio valioso, com o que nelle se contém, e livre a federal de se preocupar com um serviço que será melhor assistido, por acaso, pelas autoridades estaduaes. (....) sem embargo das nossas reservas, não podemos deixar de consignar as melhores esperanças e que o Preventorio em apreço administrado pelo Estado, dilate de muito a somma dos seus serviços á terra fluminense, e às causas da defesa infantil, sobretudo.”  (ASSISTENCIA, 1940, p.4)


Em dependências próximas do então Preventório Paula Candido, em Jurujuba, funcionou a partir de 8 de julho de 1947, a Escola de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro (atual Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa), criada pelo decreto nº 1.130, de 19 de abril de 1944 e posteriormente integrada à Universidade do Estado do Rio de Janeiro, em 1950. Em seu prédio também ficou instalado, até 1998, o Núcleo de Documentação da Universidade Federal Fluminense.

Em 1968 a instituição, então como Educandário Paula Cândido, foi incorporada à Fundação Fluminense do Bem-Estar do Menor (FLUBEM), que havia sido instituída pelo decreto estadual nº 3.204, de 8 de março de 1968. Pelo decreto-lei nº 42, de 24 de março de 1975, a FLUBEM foi fundida à Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (FEBEM), dando origem à Fundação Estadual de Educação do Menor (FEEM), sob a qual ficou subordinado o Educandário Paula Cândido. Pelo decreto estadual nº 21.384, de 12 de abril de 1995, a FEEM passou a denominar-se Fundação para a Infância e a Adolescência/FIA-RJ.

O prédio do Educandário Paula Cândido, conhecido atualmente como Casa da Princesa, é um centro cultural administrado pela Fundação para a Infância e a Adolescência, da Secretaria Estadual da Infância e da Adolescência, e está sendo restaurado pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro para lá funcionar um centro de convivência para idosos. Seu complexo arquitetônico é constituído por um conjunto de edificações com aproximadamente 3.000m2 de área construída, instaladas no alto de uma encosta, a encosta do Morro do Preventório. Teve seu Tombamento provisório estadual em 2 de agosto de 2007 (Processo INEPAC E-18/000.966/2007). Seu endereço atual é Av. Quintino Bocaiúva nº 115, Charitas, Niterói.

Em 2014 foi noticiado em um jornal de grande circulação do Rio de Janeiro, que a Casa da Princesa passaria a sediar uma escola pública, uma escola bilingue, o Colégio Estadual Joaquim Gomes de Sousa (NITERÓI, 2014). Noticiou, ainda, que a partir de uma parceria firmada entre a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro e a Universidade de Hebei (Baoding, China), esta instituição seria a primeira escola pública de ensino médio com foco nas ciências exatas (química, física e matemática), e com ensino de inglês e de mandarim. A instituição, criada em agosto de 2014 (processo E-03/001/5120/2014 e decreto nº45.198 de 25/3/2015), foi denominada Colégio Estadual Matemático Joaquim Gomes de Sousa-Intercultural Brasil China, em homenagem ao matemático, astrônomo, filósofo e parlamentar Joaquim Gomes de Sousa (1829-1864), conhecido como Sousinha. A escola foi inaugurada em 2015 na Casa da Princesa, em Niterói (AZEVEDO, 2019).

Comissões sanitárias, Comissões administrativas, Comissões diretoras, e Diretores da instituição:

- 1853: Major reformado Angelo Antonio Mendes (administrador);

- 1854/Comissão sanitária: Francisco de Paula Cândido (presidente); Joaquim Marques Lisboa; John J. C. Westwood (cônsul britânico); Diogo Andrew (negociante estrangeiro); Antonio Gomes Netto (negociante nacional).

- 1855/Comissão sanitária: Francisco de Paula Cândido (presidente); Joaquim José Ignácio; John

J. C. Westwood (cônsul britânico); Mac Growther (negociante estrangeiro); Antonio Gomes Netto (negociante nacional).

- 1856/Comissão sanitária: Francisco de Paula Cândido (presidente); Guilherme Parker, John J. C. Westwood (cônsul britânico); J. Wilson (negociante estrangeiro); João Coelho Gomes Junior  (negociante nacional).

- 1857/Comissão sanitária: Francisco de Paula Cândido (presidente); Guilherme Parker, John J. C. Westwood (cônsul britânico); J. Wilson (negociante estrangeiro); João Coelho Gomes Junior (negociante nacional).

- 1858/Comissão diretora: Francisco de Paula Cândido (presidente); Antonio Feliz Corrêa de Mello; John J. C. Westwood (cônsul britânico); J. Wilson (negociante estrangeiro); J. de Miranda Ribeiro (negociante nacional).

- 1859/Comissão administrativa: Antônio Felix Martins (presidente); Capitão do Porto Antonio Felix Corrêa de Mello; John J. C. Westwood (cônsul britânico); J. de Miranda Ribeiro (negociante brasileiro); André Steele (negociante estrangeiro).

- 1860: Antonio Xavier de Noronha Torresão (diretor).

- 1861/Comissão administrativa: Francisco Bonifácio de Abreu (presidente); Antonio Felix Corrêa de Mello; John J. C. Westwood (cônsul inglês); Antonio Xavier de Noronha Torrezão (diretor).

- 1862/Comissão administrativa: Francisco Bonifácio de Abreu (presidente); Antonio Felix Corrêa de Mello; John J. C. Westwood (cônsul inglês); Bento Maria da Costa (diretor).

- 1863/ Comissão administrativa: Francisco Bonifácio de Abreu (presidente); Antonio Felix Corrêa de Mello; John J. C. Westwood (cônsul inglês); Bento Maria da Costa (diretor).

- 1864/Comissão administrativa: Francisco Bonifácio de Abreu (presidente); Antonio Felix Corrêa de Mello; Jonh J. C. Westwood (cônsul inglês); Bento Maria da Costa (diretor).

- 1865/Comissão administrativa: Francisco Bonifácio de Abreu (presidente); Antonio Felix Corrêa de Mello; John J. C. Westwood (cônsul inglês); Carlos Estevão Corrêa (Conservador do hospital).

- 1866-1874/Comissão administrativa: José Pereira Rego (presidente); Antonio Felix Corrêa de Mello; John J. C. Westwood (cônsul inglês); Carlos Estevão Corrêa (conservador do hospital).

- 1875-1877/ Comissão administrativa: José Pereira Rego (presidente); Fernando Lazaro de Lima (capitão do porto) e John J. C. Westwood (cônsul inglês); Carlos Estevão Corrêa (conservador do hospital).

- 1878: José Pereira Rego (Inspetor de Saúde do Porto).

- 1879: José Pereira Rego (Inspetor de Saúde do Porto).

- 1880: José Pereira Rego (Inspetor de Saúde do Porto).

- 1881: José Pereira Rego (Inspetor de Saúde do Porto).

- 1882: Nuno Ferreira de Andrade (Inspetor de Saúde do Porto).

- 1883/Administração: Luiz Manoel Pinto Netto (diretor).

- 1884/Administração: Luiz Manoel Pinto Netto (diretor).

- 1885/Administração: Luiz Manoel Pinto Netto (diretor).

- 1886-1889: Luiz Manoel Pinto Netto (diretor).  

- 1890: Luiz Manoel Pinto Netto (diretor)

- 1891: José de Souza da Silveira (direção geral dos serviços), Godofredo Teixeira de Mello (diretor).  

- 1892: Godofredo Teixeira de Mello (diretor).

- 1893-1895: José Augusto da Rocha Almeida (diretor).

- 1896-1897: Luiz Tavares de Macedo Junior (diretor).

- 1898-1928: Luiz Tavares de Macedo Junior (diretor), Manoel Antonio de Carvalho Leite (vice-diretor).

- 1929-1934: Antonio Pires Salgado (diretor).

Estrutura e funcionamento

Francisco de Paula Cândido, presidente da Junta de Higiene Pública, tendo em vista o quadro sanitário da cidade do Rio, e como uma das medidas a serem adotadas para combater as moléstias epidêmicas e endêmicas, decidiu alugar em 1° de janeiro de 1851, uma casa na península do Caju, no Saco da Jurujuba (Niterói) para abrigar o Lazareto da Jurujuba. O Aviso do Ministério do Império, de n° 38 em 29 de janeiro do mesmo ano, determinou a manutenção dos serviços do Lazareto da Jurujuba, o ajuste do número de pessoas necessárias para aquele estabelecimento, mediante o pagamento de diárias e gratificações, e ressaltou que o regulamento do Lazareto seria organizado pela Junta de Higiene Pública.

Nesta época, o Lazareto da Jurujuba dispunha apenas de um edifício antigo e um vasto armazém, no qual eram recolhidos os doentes:

“O edifício, sem nenhuma condição de hygiene, era muito acanhado, podendo conter, no máximo, talvez 36 individuos; por esse motivo, foram as autoridades sanitárias obrigadas, para accommodar a todos os doentes, a lançar mão de um outro edifício, apenso ao primeiro, o qual servia de armazém e não era nem assoalhado, nem forrado. Neste anno de 1851, o Lazareto funcionou até o mez de agosto. Neste mez, não existindo nelle mais nenhum doente foi mandado fechar, para reabrir-se em março do anno seguinte, com o recrudescimento da epidemia a bordo dos navios. De março desde ultimo anno até o dia 5 de março de 1853, o Lazareto funcionou quase sem interrupção com o nome de Lazareto da Jurujuba”. (BARBOSA, 1978, p.301)

Ainda no ano de 1851, o Lazareto da Jurujuba era objeto de boatos e críticas, como comentou José Maria da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco, em sua carta de 22 de março daquele ano, publicada no Jornal do Commercio:

“Ia-me esquecendo o lazareto. Sim, foi esta mais uma medida da Comissão; mas é ela bastante, e não era o que de mais fácil podia fazer-se? E ainda assim correm, a respeito desse hospital de quarentena, boatos que podem ser espalhados por indiscretos mal informados, ou por terroristas, mas que convém sejam desmentidos. Ei-los: Diz-se que do lazareto têm saído mortos todos os doentes para lá mandados, e entre outras causas assinalam-se as seguintes: as baldeações que sofrem os enfermos, que primeiro vêm ao hospital da Misericórdia para se verificar se a moléstia é ou não febre amarela; a deficiência da botica do lazareto, e a falta de facultativos, cujo número não é suficiente. É muito provável, não duvido mesmo asseverar, atenta a confiança que me merecem os membros da Comissão, que estes boatos são infundados. Mas eles correm, hão de ter chegado aos estrangeiros, e cumpre desvanecê-los. A febre está no mar; mas no mar há vidas tão preciosas como em terra, qualquer que seja a nação a que pertença a maior parte desses indivíduos”. (PARANHOS, 2008, p.109)

O Lazareto da Jurujuba funcionou inicialmente até 28 de julho de 1851, quando foi fechado por não haver nele mais nenhum paciente. Em março de 1852 foi reaberto tendo em vista a força de uma nova epidemia de febre amarela, como detalhou Francisco de Paula Cândido, presidente da então Junta Central de Higiene Pública.

“Depois da primeira e horrível explosão da febre amarela em algumas Cidades septentrionaes do litoral do Imperio em fim de 1849, e no Rio de Janeiro em 1850, recrudescendo aqui em 1851 e 1852, póde-se afirmar que nunca de todo desapareceo no Rio de Janeiro. (.....). Nos últimos mezes de 1851 apenas o sol se aproximava do tropico austral, elevando a temperatura do nosso hemisfério, as causas da febre amarela, que até então se manifestavão espaçadamente por doentes dela affectados, recolhidos à Santa Casa da Misericordia, e Hospital da Marinha, despertarão a atenção pela violência com que forão accommettidos algumas pessoas, dentre as quaes havia pertencentes à Companhia Lyrica Italiana: (......). Em Fevereiro do corrente anno a epidemia foi tomando algum incremento, até que em principio de Março o crescido numero de doentes exigio a reabertura do Lazareto da Jurujuba, onde até hoje se tem recolhido 426 enfermos, dos quaes 167 succumbirão”. (CANDIDO, 1852, p.4)

Entre janeiro de 1851, quando foi criado, e fevereiro de 1853, o Lazareto da Jurujuba recebeu 1.539 doentes de febre amarela, dos quais 884 saríram curados e 655 faleceram. Em 1851 entraram 486 doentes, tendo sido curados 230, falecidos 255 e 01 permanecido no lazareto. No ano seguinte, registrou-se a entrada de 724 doentes, tendo sido 452 curados e 272 falecidos.

O Governo Imperial definiu, pelo decreto n° 1.103 de 3 de janeiro de 1853, a fundação de um hospital marítimo no edifício do antigo Lazareto da Jurujuba. Enquanto não fosse construído um prédio para abrigar o hospital, este ficou alocado no edifício do antigo Lazareto da Jurujuba, mantido pelo Governo Imperial e recebendo melhorias e acréscimos, segundo informações de relatório oficiais da época. O Hospital Marítimo de Santa Isabel, que começou a funcionar em 5 de março de 1853, tinha como médicos Bento Maria da Costa e José Firmino Velles.

Na Exposição do estado sanitário da capital do Império, apresentada em 1853 por Francisco de Paula Cândido, foi detalhada a readequação do prédio do antigo lazareto para acomodar o Hospital Marítimo de Santa Isabel:

“O edificio da Jurujuba foi logo melhorado, rasgarão-se salas espaçosas como era possível, abatendo-se as paredes de divisão; e abrirão-se portas e janelas onde foi possível: caiou-se todo o edifício; estabeleceo-se reiteradas lavagens com agua de cal em todo o pavimento portas e janelas: adoptou-se o emprego dos pós desinfectantes (proto sulfato de ferro, cal e carvão) lançados no vaso para destruir o cheiro de excreções: o maior esmero no asseio da alfaia de cama e roupa dos doentes foi observado: á estas e outras medidas se reunirão a dedicação mais exemplar o mais edificante procedimento dos jovens Medicos”. (CANDIDO, 1853, p.49)

O Relatório de Francisco Gonçalves Martins, Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Império, em 1853, destacou alguns melhoramentos realizados no Hospital Marítimo de Santa Isabel:

“Este hospital, interinamente estabelecido no antigo Lazareto da Jurujuba, tem tido grandes melhoramentos, e se acha hoje por tal fórma montado, que não só ahi encontrão os doentes affectados no mar da febre reinante os mais promptos soccorros, como huma habitação soffrivelmente commoda. He a estes melhoramentos, accrecentava ele, que em parte se devem os grandes e felizes successos, dentro de mui curto espaço de tempo obtidos, tocantes ao restabelecimento dos ditos doentes; pois, como se vê dos mappas juntos ao Relatorio da Junta de Hygiene, sendo a mortalidade antes desses melhoramentos de 33 por cento, poucos dias depois havia descido a menos de 13”. (MARTINS, 1853, p.20)

Para socorrer mais rapidamente os doentes nos diversos navios ancorados no porto, o Governo aprovou, ainda em 1853, a substituição dos escaleres destinados ao transporte dos doentes, por um vapor com as necessárias acomodações para tratar os pacientes mesmo antes de chegarem ao hospital. Para tanto, no vapor haveria dois médicos e os enfermeiros necessários.

A direção e inspeção do hospital estavam a cargo de uma comissão sanitária composta pelo presidente da Junta Central de Higiene Pública, do capitão do porto, de um cônsul e de dois negociantes (um estrangeiro e um nacional), nomeados anualmente e respectivamente pelo corpo consular e pelo comércio.

A comissão sanitária do Hospital Marítimo de Santa Isabel, então presidida por Francisco de Paula Cândido, realizou, em 1854, vários melhoramentos no hospital, eliminando as paredes de divisão, abrindo portas e janelas, caiando interna e externamente o edifício, e erguendo uma enfermaria alta e arejada. Nesta época foi instalado o serviço de um vapor que visitava duas vezes por dia o ancouradouro, em frente ao Cais dos Mineiros, para transportar à Jurujuba os enfermos que encontrava. Este vapor levava dois médicos, uma pequena farmácia, camas limpas completas, enfermeiros e intérprete. As embarcações ao apresentarem a respectiva bandeira içada no topo do mastro grande significava que havia doentes a bordo, sinalizando assim para o médico do vapor.

A atuação de Francisco de Paula Cândido, e a importância do Hospital Marítimo de Santa Isabel eram reiteradamente comentadas nos jornais de grande circulação da cidade do Rio de Janeiro, como no comunicado publicado no Diário do Rio de Janeiro em 1854:

“O Sr. Dr. Paula Candido pode pois responder a grande questão do mundo: contentou os infeccionistas e deu aos contagionistas socego e tranquilidade. Retirou do povoado esse hospital: deu-lhe melhor ar. Entregou a clinica a inteligência ainda frescas: fez estudar melhor e observar mais categoricamente. Guia com rara habilidade e sabedoria essa casa de caridade através da indiferença e pequenas invejas: é utilíssimo ao bom desempenho do serviço sanitário. E hoje, é para ele, tal hospital um deposito de observações medicas importantes, de factos notáveis por seu curso, de respostas muito concludentes e decisivas a questões que não havião sido [...] em outra parte; enfim, nosso grande campo de operações medicas funda um bello nome para o paiz, chama a atenção do estrangeiro, grava um nome imortal; e no porvir, perante o paiz, o ilustrado monarca, e a sociedade de que é membro importante, será laureado e contado no numero dos beneméritos”. (COMMUNICADOS, 1854, p.2).

A comissão diretora do Hospital Marítimo de Santa Isabel ao tomar conhecimento, em abril de 1855, de que um médico da cidade do Rio de Janeiro, sem ser chamado a bordo de um navio estrangeiro atracado no porto, e intitulando-se médico da visita sanitária, teria receitado para os doentes, questionou veementemente tais fatos em nota em jornal da cidade, na qual reafirmou o princípio filantrópico daquele hospital, no qual tanto os medicamentos quanto as visitas de bordo e tratamento eram gratuitos (HOSPITAL, 1855) Francisco de Paula Cândido, em relatório acerca da saúde pública no Império, apresentado ao Ministro e Secretário de Estado do Império, Luiz Pedreira do Coutto Ferraz, em 1856, apresentou as providências adotadas no combate à epidemia de cólera, como a criação de Enfermarias coléricas na Jurujuba, e destacou a atuação dos médicos do Hospital Marítimo de Santa Isabel:

“Para destruir os primeiros germens da epidemia, procurei desinfectar, pelas lavagens de chlorureto, pela combustão do enxofre & c., os primeiros pontos affectados no interior da cidade: remover os doentes para as enfermarias especiaes creadas na Jurujuba, (.....), para de lá serem removidos para aquellas enfermarias, ou diretamente levados ás ditas enfermarias; e em fim remover do coração da cidade todo o pessoal, escravos, recrutas, soldado, & c. que erão verdadeiros combustíveis epidêmicos.  (....). Todo este pesado e árduo serviço foi desempenhado pelos Drs. Bento Maria da Costa e José Teixeira de Souza – médicos do Hospital marítimo de Santa Izabel – Os doentes cholericos que affluião desta corte e de outros pontos para as enfermarias especiaes, o penoso serviço de desinfectar as cartas, jornaes, & c.; o desembarque e todos os misteres dos quarentenários, os socorros médicos reclamados pelos habitantes da Jurujuba, Itaipú, & c.; e huma infinidade d´emergencias desagradáveis e urgentíssimas pezarão sobre estes dous jovens médicos, além do serviço ordinário do Hospital de Santa Izabel com cerca 110, (de outras moléstias) e cujo serviço  maior cuidado exigia em tempos clymatericos!! (....). Nunca foi o serviço do Hospital com mais esmero desempenhado, apezar das repetidas desinfecções, e caiações, que como preservativo então determinei que se fizesse a miduo. Ao zelo, á inteligência, direi mesmo, aos sacrifícios destes dous médicos se deve o facto talvez ainda não visto – o de hum hospital funcionando no meio de huma povoação devastada pela epidemia de cholera, sem ser invadido por esta epidemia! (...). Em meu entender forão os dous médicos que mais trabalharão na actual da epidemia. Nas Enfermarias permanecião os alunos (do 6º anno) Manoel Vieira de Mello e Joaquim Correa de Figueiredo. No cutter Guarany estacionavão os internos (do 6º anno) Manoel Velloso Paranhos Pederneira, e (do 5º) Antonio Baptista Villela”. (CANDIDO, 1856, 24)

No Relatório apresentado por Bento Maria da Costa, médico do Hospital Marítimo de Santa Isabel, à Comissão Sanitária do Porto, referente aos acontecimentos de 1855, este relatou sobre as enfermarias provisórias instaladas em Jurujuba por ocasião da epidemia de cólera:

“Sem que estivéssemos prevenidos recebemos no dia 31 de Julho o primeiro doente, escravo do Sr. Sousa Rio, que tinha-nos sido remetido do Hospital da Misericordia tendo primitivamente partido de huma casa da rua do Lavradio, onde adoeceo. Tivemos de montar rapidamente huma enfermaria para recolher os cholericos que continuassem a vir, e em 12 horas estava ella funcionando no lugar denominado Charita. Eu e o meu colega passávamos huma a duas visitas diariamente, conforme a gravidade dos enfermos; permanecião na enfermaria os alunos do 6º anno Manoel Vieira de mello, e Joaquim Corrêa de Figueiredo. (...). A epidemia manifestou-se na Jurujuba primeiramente em casa da Sra. Maria José Pereira Caldas. (....). Quando os passageiros do vapor Imperatriz estiveram fazendo quarentena, huma de suas escravas illudindo a vigilância das sentinelas poude comunicar com os quarenterarios e tomar-lhes roupa para lavar; acresce que esta casa recebia também a roupa dos cholericos que estavão em tratamento; apparecerão-lhe em casa poucos dias depois algumas diarrhéas, e a 28 de agosto tinha perdido em menos de 24 horas 3 pessoas da família (....).  Em 2 de Setembro lavrando fortemente a epidemia, foi estabelecida huma outra enfermaria no lugar denominado Ilha do Cajú (Jurujuba), e forão internos d´ella os dois que já tinhão servido no Cutter Guarany (Villela e Pederneira), que dispunhão de huma pharmacia, dietas, roupa de cama, colxões, & c., para socorrer os necessitados”. (COSTA, 1856, p.22-23)

O médico Bento Maria da Costa, em outro relatório encaminhado à Comissão Sanitária do Porto, publicado em 1857, ao comentar sobre os trabalhos realizados no Hospital Marítimo de Santa Isabel, descreveu a visita sanitária que era regularmente feita aos navios ancorados no porto:

“A visita sanitária, como sabemos, faz-se da maneira seguinte: o medico do vapor avistando a bandeira da respectiva nação no tope do mastro grande do navio, vai a bordo dele examina o doente, se é de moléstia interessante recolhe-o ao hospital, senão trata-o mesmo no navio; estabelecendo-se agora que só sejão recebidos doentes de moléstias contagiosas ou suspeitas, os capitães, depois de chamar o medico do serviço sanitário a bordo, e este declarar-lhe uma vez que não póde receber o doente, porque não trata-se no hospital senão moléstias especiaes, mandão dessa vez em diante qualquer doente que tiverem a bordo, seja qual fôr a moléstia, porque eles as não conhecem, para os hospitais da cidade, ou, o que é mais comum, fazem-os tratar mesmo a bordo, e como consequência a possibilidade de introdução de moléstias contagiosas ou suspeitas na cidade no primeiro caso, e infecção do porto em amior escala no segundo.”  (COSTA, 1857, p.27-28)

Entre as obras necessárias, Bento Maria da Costa destacou o muro do pátio do hospital, a construção de uma nova cozinha, água para a cozinha e enfermarias, uma sala de banhos, um cemitério, um horto farmacêutico, e o aumento da farmácia.

Em 1856 foram erguidas cinco enfermarias novas, sendo duas delas no sobrado e destinadas para os 1os e 2os pilotos. Nesta época, o Hospital Marítimo de Santa Isabel também dispunha de seis quartos mobiliados de acordo com as melhores condições higiências, que recebiam os capitães que adoeciam no porto e que eram lá recolhidos. O Hospital apresentava em seu frontispício, além do nome da instituição em relevo branco, os seguintes dizeres em latim: "Dilige proximum tuum sicut te ipsum" (Ama teu próximo como a ti mesmo). Compunham também o pessoal do hospital, cinco enfermeiros e três ajudantesm, um patrão de escaler, e 21 africanos livres serventes e cinco alugados.

Antônio Felix Martins, Provedor de Saúde do Porto e presidente da Comissão Administrativa do Hospital Marítimo de Santa Isabel, em seu relatório sobre o estabelecimento, apresentado em 1857 à Secretaria de Estado dos Negócios do Império, destacou a inadequaão daquele estabelecimento para o elevado número de doentes que acolhia e, portanto, a necessidade de aumentá-lo. Para tanto obteve autorização ministerial para contratar a continuação da obra já iniciada, que duraria de 10 meses a um ano. Foram construídos, neste ano, dois lances, aumentando a capacidade do hospital para o triplo do que era, consolidando-o como uma edificação sólida, erguida em acordo com os preceitos higiênciso e recomendados para estabelecimentos hospitalares, e um cemitério gradeado. O cemitério instalado a uma distância conveniente do hospital, em lugar plantado de belas flores e árvores, apresentava quatro divisões, duas para os católicos apostólicos romanos, uma para oficiais e outra para marinheiros, e o restante para os de outras seitas religiosas. Em seu centro havia sido erguida uma cruz marmoreada encravada em um pedestal de tijolos imitando mármore. A partir de 15 de abril de 1858, os cadáveres de falecidos no hospital não foram, então, mais conduzidos para o cemitério de São Francisco Xavier como ocorria até aquela data.

Devido ao crescimetno da epidemia de febre amarela no porto nos primeiros seis meses do ano, que foi maior do que fora observado anteriormente em 1849/1850, foram acrescentados dois médicos e oito enfermeiros ao serviço do hospital.

Um novo regulamento para o Hospital Marítimo de Santa Isabel foi aprovado em 30 de abril de 1859, com o decreto n° 2.416, o qual dispunha que o hospital era destinado a receber e tratar todas as pessoas das tripulações dos navios no porto do Rio de Janeiro que ficassem doentes ou estivessem ameaçadas de serem acometidas por uma moléstia pestilencial. O hospital seria administrado por uma Comissão administrativa composta pelo presidente da Junta Central de Higiene Pública, pelo capitão do porto, por um delegado do corpo consular, e por dois negociantes (um nacional e outro estrangeiro). Seria dividido em enfermarias gerais, destinadas aos marinheiros, e enfermarias particulares para os pilotos e capitães dos navios mercantes. A instituição abrigaria ainda salas para o escritório, para farmácia, para os doentes que entrassem moribundos, acomodações para a dispensa, cozinha, refeitórios e morada dos empregados.

Este decreto estabeleceu. ainda, que a inspeção do hospital deveria ser feita pelo inspetor de saúde do porto. Os serviços do hospital seriam divididos em serviço administrativo, serviço sanitário, serviço econômico, chefiados pelo diretor do hospital, e serviço religioso, pelo capelão. Os médicos e o farmacêutico seriam nomeados pelo Governo Imperial. Entre as diversas atribuições do diretor, o regulamento de 1859 estabelecia a obrigação de remeter mensalmente à Praça do Comércio o mapa dos doentes do hospital, informando seu estado de saúde, o número de mortos e os navios aos quais pertenciam. Para o serviço administrativo, além do diretor, haveria um agente, um chefe de escritório, um ajudante e três amanuenses. O serviços sanitário seria realizado por dois médicos, um 1° enfermeiro, três ajudantes, um farmacêutico, e por ocasião de epidemias seriam incluídos os médicos e enfermeiros que fossem necessários. Residiriam no hospital o diretor, os médicos, o farmacêutico, os enfermeiros, o despenseiro, o fiel da arrecadação, o cozinheiro e os serventes.

Aos médicos cabia, segundo o decreto acima referido, realizar duas visitas diárias, escrever nas papeletas os remédios e a dieta prescrita, explicar com clareza suas prescrições, organizar uma estatístas hebdomadária de suas enfermeiras, inspecionar a botica e a dispensa, representar o diretor contra a má qualidade de qualquer medicamento e contra os enfemeiros que não cumprirem seus deveres, e examinar o estado de sanidade dos gêneros que entravam naquele estabelecimento. e os enfermos deveriam conservar-se de modo decente no leito que lhe fosse designado, tratar com respeito aos médicos e enfermeiros, não sair do leito sem licença do médico e permanecer no seu leito quando na enfermaeria estiver sendo realizado um ato religioso. Tais incumbências do farmacêutico, entre outras tarefas, o preparo de todos os remédios receitados no hospital, o recebimento e guarda dos medicamentos, a solicitação por escrito das substâncias necessárias para a botica, o exame da qualidade das substâncias, e a anotação diária em livro próprio da quantidade das diversas substâncias que eram gastas no estabelecimento.

O decreto n° 2.734, de 23 d ejaneirio de 1861, que conferiu novo regulamento à inspecção de Saúde dos Portos e definiu que estaria sob sua dependência o Hospital Marítimo de Santa Isabel, estabeleceu alguns procedimentos com relação ao funcionamento deste hospital:

“Art. 41. O vapor de visita percorrerá o ancoradouro, uma vez por dia nos tempos ordinarios, recebendo á seu bordo os doentes de molestia pestilencial que forem encontrados pelo medico do serviço, o qual mandará que o vapor siga para o Hospital Maritimo, levando uma lista com os nomes dos doentes, declarando-se nella a nacionalidade, a naturalidade e idade de cada um, e quaesquer outras informações necessarias para a sua entrada. (......................)

Art. 42. Os colonos ou emigrantes sãos com destino á este porto serão transportados com a possivel brevidade (nos tempos de epidemia ou quando as medidas sanitarias o exigirem) para o lugar designado pela Associação Central de Colonisação. Aquelles que enfermarem de molestia pestilencial serão transportados para o Hospital Maritimo no vapor da visita.

Art. 43. As pessoas que á bordo enfermarem de molestia pestilencial serão tratadas no Hospital Maritimo: e os affectados de outras molestias poderão optar entre o Hospital da Misericordia e outro qualquer. (..................................................................................................)

Art. 48. Em épocas de epidemia, em que o numero de doentes fôr muito consideravel, deverá sob a indicação do Inspector, pernoitar no vapor o Ajudante de serviço, prompto para acudir a qualquer chamado de bordo de alguma embarcação que mandar pedir soccorro, ou para receber os doentes que forem enviados pelos mesmos. Estes doentes serão medicados no vapor, e na primeira viagem remettidos para o hospital. (..........................................................)

Art. 69. Quando reinar epidemicamente á bordo dos navios surtos neste porto o typho, as bexigas, o escorbuto, os affectados destas molestias poderão ser tambem remettidos para o Hospital de Santa Isabel, sendo previamente consultado o Governo. (..................................)

Art. 76. Deverão todas as pessoas fallecidas á bordo de molestia infectuosa ou contagiosa ser inhumadas no Cemiterio do Hospital Maritimo: seu transporte será feito pelo escaler da embarcação onde se der o caso de morte. O Ajudante de serviço passará uma certidão, a qual será apresentada ao respectivo Empregado do Hospital Maritimo.

Art. 77. O Hospital maritimo e Lazaretos serão dependentes da Inspecção de Saude do Porto; seus empregados subordinados ao Inspector e obrigados á cumprir as suas ordens”. (BRASIL.Decreto, 1861)

Ainda em 1861, o decreto n° 2.801, de 19 de junho, estabeleceu que o Hospital Marítimo de Santa Isabel e os lazaretos só receberiam doentes que ocorressem moléstias epidêmicas nos portos, as quais poderiam ser tratadas em estabelecimetno de caridade ou quando o Governo Imperial assim determinasse. No caso em que não houvesse doentes, o inspetor de saúde do porto do Rio de Janeiro e das províncias indicaria os funcionários que permaneceriam no hospital para sua manutenção e os que seriam despedidos temporária ou definitivamente. Determinou-se, ainda, que quando o Hospital Maríticimo de Santa Isabel estivesse fechado, o vapor da visita levaria os doentes para o hospital da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Com isso, o hospital foi fechado, reduzido o número de funcionários, e mantido apenas um grupo para a manutenção do prédio e a prestação de serviço em condições extraordinárias que exigisem sua reabertura.

O hospital funcionou sem interrupção até 30 de junho de 1861, quando com o desaparecimento de casos de febre amarela no porto, o estabelecimento foi fechado e seu pessoal reduzido apenas ao necessário para a conservação. Em 11 de março de 1863, o Governo Imperial promulgou o decreto n° 3.059,, no qual estabeleceu modificações em relação ao decreto de janeiro de 1861, determinado que todas as vezes que o hospital deixasse de receber doentes, haverá no porto do Rio de Janeiro somente dois ajudantes do inspetor de saúde e as duas visitas sanitárias aos navios serão feitas pelo vapor.

Por Aviso de 22 de junho de 1864, promulgado durante a Guerra do Paraguai, o Ministério da Guerra, tendo em vista a falta de hospitais militares para atender aos soldados enfermos, requisitou o Hospital Marítimo de Santa Isabel, em Jurujuba, para o tratamento de enfermos militares, dos inválidos e doentes do conflito. Em decorrência desta requisição, todos os objetos que faziam parte do patrimônio do hospital foram confiados ao Ministério da Guerra (REGO, 1866). O Inspetor de Saúde do Porto, José Pereira Rego, em seu relatório referente ao ano de 1868, relata o cotidiano do atendimento dos feridos vindos da Guerra do Paraguai:

“Não ficarão ahi os acontecimentos relativos á cholera trazida pelos transportes vindos do theatro da guerra, nem os serviços prestados pelo hospital de Santa Izabel com relação ás moléstias infectuosas transportadas por via marítima. Chegando aqui na noite de 25 de Setembro o transporte Vassimon com inválidos, doentes do exercito e prisioneiros paraguayos, e tendo livre pratica por se dizer que não tinha havido cholera a bordo, aconteceu ser logo um deles accomettido da moléstia, e darem-se três ou quatro factos no arsenal de marinha, todos fataes. Então forão recolhidos logo todos os passageiros nelle vindos ao hospital da Jurujuba á disposição do ministério da guerra por 15 ou 20 dias, depois dos quaes, não tendo apparecido mais caso algum da moléstia, forão enviados a seus destinos”. (REGO, 1869, p.2)

Durante a Guerra do Paraguai, o Hospital Marítimo de Santa Isabel, "havia realmente se transformado em um local de quarentena, sobretudo para os recém-chegados do Paraguai". (GOMES, 2006, p. 291).

Entre 1865 e 1870, o Governo Imperial despediu todos os empregados e a guarda do Hospital Marítimo de Santa Isabel foi entregue a Carlos Estevão Corrêa, Conservador do Hospital, que seria responsável por cuidar da conservação dos utensílios, roupas, etc., do estabelecimento. Mas funcionou de forma excepcional entre os anos de 1867 e 1868, quando recebeu e tratou gratuitamente uma parte do contingente de soldados holandeses da embarcação Maryen Hellezonda, que apresentava cólera-morbus e febre amarela.

A reabertura efetiva do hospital ocorreu somente em 4 de fevereiro de 1870, após o aparecimento de febre amarela no porto do Rio de Janeiro. O hospital encontrava-se em condições lastimáveis nesta época, o que levou à realização de obras de melhorias, as quais foram iniciadas somente em 3 de setembro de 1872, e para as quais José Pereira Rego contratou o engenheiro Major Francisco José de Freitas. Para Bento Maria da Costa, então diretor do Hospital Marítimo de Santa Isabel, o estado de deterioração de seu prédio era decorrente da inexistência de uma manutenção adequada e de recursos:

“Este hospital, escrevia ele em 1873, construído em um época em que as frequentes epidemias de febre amarela no porto exigiam a promptificação rápida de um hospital onde fossem tratados os homens do mar por ella accommettidos, com o fim de não só socorrel-os com a prontidão possível, mas ainda livrar esta cidade da acumulação de taes  doente em seu interior; e sendo além disso pequenas as quantias decretadas para a sua edificação, devia necessariamente ressentir-se de imperfeições na construção e da falta dos meios indispensaveis a estabelecimentos dessa ordem, tanto mais quanto, apenas concluído, o edifício começou a trabalhar e nunca mais cuidou-se em remediar essas faltas, entre as quaes mais sensíveis se tornavam a de agua dentro do estabelecimento, e de latrinas e banheiros, condições indispensáveis ao serviço regular de um hospital. (....).  Apezar disso prestou sempre bons serviços. Achando-se, porém, ultimamente, muito arruinado, não só pelo abandono em que esteve por algum tempo, em virtude da ausência de epidemias no porto, a ponto de ameaçar perigo áquelles que a ele se recolhessem, perigo que, póde-se dizer, existiu sempre, atendendo a que um estabelecimento daquela ordem, podendo conter par mais de 300 doentes, quase que não tinha alicerces, apezar de assentado em terreno inclinado; achando-se, repito, muito arruinado e não podendo prescindir-se da sua conservação, entrou em reconstrucção, achando-se concluídas as obras iniciadas, quer para a reconstrucção, quer para dar-lhe os melhoramentos de que necessitava, tornando-se assim um dos melhores que possuímos. Além de solidamente reconstruído, tem hoje uma excelente cozinha, em lugar da acanhada que possuía na velha casa que lhe era anexa, agua em abundancia, distribuída pelas enfermarias, casa de banho, doze latrinas e quatro mictórios nas enfermarias, lavados por bastante agua, com canos de esgoto até ao mar, desaguando a duas braças de distancia do ponto em que descansam as aguas na beira-mar; um deposito d´agua calculado em 450 barris e um suprimento diário superior a 200, fornecido por duas fontes generativas, em cada um das quaes foi construída uma pequena caixa de recepção, etc. etc..”  (Apud. BARBOSA, 1978, p.321-322).

Após a reabertura do hospital em 1870, e até o ano de 1877, não apareceu nos registros do Almanak Laemmert, a indicação dos membros do corpo médico, referindo-se apenas à Comissão administrativa, que era presidida pelo médico José Pereira Rego. Em sessão da Academia Imperial de Medicina, de 31 de maio de 1875, os médicos João Baptista dos Santos, José Pereira Rego, José Pereira Rego Filho, e João Damasceno Peçanha da Silva, ao fazerem considerações sobre as medidas higiênicas a serem adotadas para a melhorias do estado sanitário da cidade do Rio de Janeiro, destacaram algumas como:

“Para entregar-se a Santa Casa da Misericordia ou a repartição da ´Assistencia Publica`, se fôr creada como preciso se faz, o hospital marítimo de Santa Isabel, estabelecido na Jurujuba, para que seja ali montado um hospital permanente destinado exclusivamente aos homens do mar, que são na actualidade recolhidos ao hospital da Misericordia”. ([ACADEMIA], 1875)

No início de 1876, o Ministério dos Negócios do Império autorizou no caso da ocorrência da epidemia de febre amarela na cidade do Rio de Janeiro, a abertura do Hospital Marítimo de Santa Isabel para que fossem nele recolhidas aquelas pessoas acometidas pela enfermidade do mar. Neste mesmo ano, o Governo Imperial, tendo em vista o quadro de epidemias no Rio de Janeiro, estabeleceu por meio do decreto n° 6.378, de 15 de novembro de 1876, que fossem adotadas providências para impedir a propagação de moléstias contagiosas e infectocontagiosas. Entre estas medidas estava a criação provisória de um lazareto flutuante na enseada da Jurujuba, a 600 metros do Hospital Marítimo de Santa Isabel, destinado à quarentena dos passageiros vindos de protos onde havia febre amarela, coléra-morbo ou peste do Oriente, mas que ainda não estivessem afetados por estas enfermidades. Este decreto determinou ainda que:

“Art. 4º O hospital maritimo de Santa Izabel conservar-se-ha aberto, e para elle serão removidas immediatamente as pessoas que, a bordo dos navios surtos ou que surgirem no porto do Rio de Janeiro, forem ou vierem affectados de qualquer das molestias declaradas no artigo antecedente.

§ 1º Para este hospital serão igualmente removidas as pessoas affectadas de qualquer das mencionadas molestias e residentes nas freguezias urbanas da Côrte:

1º Quando voluntariamente a isto se prestarem.

2º Quando forem encontradas sem o conveniente tratamento nos cortiços e estalagens, ou em outras habitações de semelhante natureza.

3º Quando houverem sido admittidas nas casas de saude, hospitaes e enfermarias, contra o disposto nas posturas municipaes.

Serão tambem alli recebidas as pessoas que se apresentarem para ser tratadas de qualquer das mesmas moléstias”. (BRASIL, Decreto, 1876)

Por este decreto de 1876, em época de epidemia o transporte dos doentes do ponto de embarque até o Hospital Marítimo de Santa Isabel deveria ser feito por meio de barcaças cobertas, rebocadas por lanchas a vapor, utilizadas especialmente para este serviço e dotadas de pessoal necessário e de uma ambulância com os medicamentos indispensáveis. No caso, que fosse difícil ou perigoso o transporte marítimo dos doentes para este hospital, estes seriam encaminhados para o Hospital da Gamboa.

Em 1882, tendo em vista a inexistência de casos de febre amarela a bordo dos navios, o Hospital Marítimo de Santa Isabel pôde receber 104 pacientes contaminados em terra, como já havia sido disposto no decreto de 15 denovembro de 1876.

Pelo regimento interno do Hospital Marítimo de Santa que foi aprovado pela Decisão do Governo n° 115, de 5 de novembro de 1886, o hospital ainda era destinado ao tratamento das pessoas que, a bordo dos navios surtos no porto do Rio de Janeiro, fossem acometidas de moléstia pestilencial, e daquelas que afetadas por estas moléstias residissem na Corte ou na cidade de Niterói. Este Regimento manteve a divisão do hospital em enfermarias gerais, para os marinheiros, e particulares para os capitães e pilotos dos navios mercantes, e que o serviço do hospital seria dividido em serviço administrativo, sanitário, econômico e religioso. O pessoal do hospital seria constituído por um diretor (médico), um capelão, um almoxarife, um escrivão, um intérprete, um agente de compras, um porteiro, os médicos que fossem necessários, um farmacêutivo, enfermeiros, um cozinheiro e serventes. Excetuando o direto, o restante do pessoal do hospital seria todo de comissão e nomeado, ou dispensado conforme as necessidades do serviço. Ao Inspetor Geral de Saúde dos Portos, como superintendente dos serviços realizados naquele hospital, incumbia visitar o estabelecimento sempre que entendesse ser conveniente, adotar as providências necessárias para que as medidas preventivas contra as epidemias fossem observadas, solicitar ao Governo as providência necessárias, propor a nomeação ou demissão de empregados e dar as instruções a serem adotadas em caso de epidemia.

O Ministério do Interior encaminhou, em 14 de dezembro de 1889, à Inspetoria Geral de Saúde dos Portos, um Aviso no qual indicava o fechamento do Hospital Marítimo de Santa Isabel e a transferência dos pacientes para o Hospital de São Sebastião:

“Attendendo a que o antigo hospital marítimo de Jurujuba acha-se em condições de não poder continuar a servir sem grandes e dispendiosas obras, as quaes nem serião oportunas presentemente nem trairião outra vantagem a não ser a de conservar por mais algum tempo um edifício que não satisfaz ás exigências do regimen nosocomial, resolvi que os doentes a que se destinava aquelle estabelecimento passem a ser tratados no hospital de S. Sebastião, onde será arrecadado todo o material pertencente ao da Jurujuba, cujos empregados ficarão á disposição do inspector geral de hygiene. Com o governador do Estado do Rio de janeiro vos entendereis acerca dos meios de transporte dos enfermos de febre amarella que aparecerem na cidade de Nitheroy e suas imediações. Respondendo assim ao vosso officio de 12 do corrente mez, previno-vos de que estas resoluções dou conhecimento, para os fins convenientes, ao inspector geral de hygiene. Saude e fraternidade. Aristides da Silveira Lobo”. (AVISO, 1889)

Em decorrência da propagação da febre amarela e da inexistência de um nosocômio apropriado na cidade de Niterói, o governador do Estado do Rio de Janeiro, Baltasar da Silveira, solicitou a cessão do edifício do Hospital Marítimo de Santa Isabel, em Jurujuba, para acolher os indigentes acometidos pela epidemia. O Inspetor Geral de Saúde dos Portos, José de Souza da Souza da Silveira, ao qual estava subordinada a direção geral dos serviços do Hospital Maritimo de Santa Isabel, em seu relatório de 1891, apresentado ao Ministro de Estado do Negócios do Interior, Fernando Lobo Leite Pereira, demonstrou as vantagens da reabertura do hospital, e com esta intenção visitou o edifício em fevereiro daquele ano. Constatou a necessidade de obras urgentes, o que foi comunicado ao Ministério do Interior, que por Aviso de 27 de fevereiro de 1891 ordenou a realização das obras requisitadas (À INSPECTORIA, 1891).

O Ministério do Interior encaminhou, ainda em dezembro de 1891, um aditamento ao Aviso de 14 de dezembro de 1891, manifestando que tendo em vista o fechamento do antigo hospital em Jurujuba, e considerando os bons serviços prestados ao longo dos anos por seus empregados, decidiu que estes seriam dispensados dos postos que ocupam atualmente e passem a exercer iguais cargos no Hospital de São Sebastião (HOSPITAES, 1889).

O Hospital Marítimo de Santa Isabel foi reaberto em 13 de abril de 1891, graças aos esforços do engenheiro das obras do Ministério do Interior, Franciso Joaquim Bethencourt da Silva, e de seu ajudante, Lourenço Tavares, que realizaram as obras em curto espaço de tempo, João Barbalho Uchôa Cavalcanti, Ministro de Estado dos Negócios do Interior, relatou a reabertura do hospital em seu relatório de 1891:

“Considerando necessária a reabertura do Hospital de Santa Isabel não só para aquelle fim, mas ainda para o tratamento dos enfermos acometidos da epidemia a bordo dos navios surtos no porto, resolvi incumbir o engenheiro das obras do Ministerio a meu cargo de mandar proceder aos concertos mais urgentes de que carecia o dito Hospital, sendo commettida a sua administração à Inspectoria Geral de Saude dos Portos, inaugurando-se o serviço a 13 de abril ultimo. Esta providencia, de caracter provisório quanto à instalação no edifício a que me referi, deve converter-se em media permanente, convindo para isto levar a efeito a construção do novo edifício desde 1889 projectado, em terreno para esse fim adquirido pelo Governo, em proximidades do existente, e para o que já estão organizados os planos e plantas respectivos, ou a reconstrucção do actual edifício, o que talvez seja mais econômico”. (CAVALCANTI, 1891, p. 41-42)

Foram recolhidos, até 18 de junho de 1891, no Hospital Marítimo de Santa Isabel, somente os doentes provenientes dos navios, ancorados no porto, das ilhas da baía e da cidade de Niterói. Posteriormente foram recebidos todos os doentes de febre amarela do porto, das ilhas da baía, de Niterói e da Capital Federal. De 13 de abril a 31 de dezembro de 1891 entraram no Hospital 1.770 doentes, sendo 466 provenientes dos navios nos portos e 1.304 oriundos da Capital Federal, de Niterói e das ilhas. Deste total, 956 curaram-se, 723 faleceram e 91 ficaram em tratamento. Os doentes eram de diversas nacionalidades: portugueses (485), italianos (266), espanhóis (233), ingleses (154), alemães (112), franceses (105), russos (88), noruegueses (72), brasileiros (66), suecos (59), austríacos (43), norte-americanos (23), belgas (19), dinamarqueses (13), holandeses (10), gregos (4), chineses (4), suíços (3), argentinos (2), árabes (2), sérvios (2), chileno (10), turco (1), mexicano (1), japonês (1) e algeriano (1).

José de Souza da Silveira, Inspetor Geral de Saúde dos Portos, ainda em seu relatório de 1891, ao se referir às obras necessárias no hospital, destacou especialmente o prolongamento da ponte, a captação e distribuição conveniente das águas, a montagem da estufa de desinfecção, o novo cemitério, a lavanderia e a reconstrução do pavilhão Sul. Entre as medidas já adotadas, destacou o contrato com as oficinas do Lloyd Brazileiro para conserto do vapor "Paula", que era uma "verdadeira enfermaria com machina a vapor" (SILVEIRA, 1891 p. 7).

O decreto n° 1.647, de 12 de janeiro de 1894, que definiu o regulamento do Instituto Sanitário Federal, também estabeleceu que em cada hospital de isolamento, sob sua jurisdição, haveria um diretor, que seria um diretor, que seria um médico, um capelão, um almoxarife, um escrivão, um intérprete, um agente de compras, um porteiro, e os médicos que fossem indispensáveis, um farmacêutico, enfermeiros, cozinheiro e serventes. Em 30 de dezembro de 1895m o decreto n° 2.206 extinguiu o hospital de isolamento da Ilha de Santa Barbara, e em seu art. 1° determinou que a partir de então os enfermos de varíolo a serem isolados seriam encaminhados para o Hospital Marítimo de Santa Isabel o qual ficaria sob a jurisdição do diretor geral do Instituto Sanitário Federal.

Com o surgimento do primeiro caso suspeito da peste bubônica na Capital, o Governo, em janeiro de 1900, instalou no Hospital Paula Cândido um laboratório para estudos bacteriológicos sobre a peste a serem realizados pelo higienista italiano Camillo Terni (1863-1934), como noticiou o médico Alves Guimarães em matéria no Jornal do Commercio:

“Fecunda em valiosos subsídios para a bacteriologia devemos considerar a estada, entre nós, de um de seus mais dedicados cultores, o Professor Camillo Terni, que dentro de mais alguns dias deixará o Rio, após uma demora de quatro mezes. Havia chegado recentemente da Italia, sua pátria, em uma de cujas cidades, Messina, dirige o Instituto Bacteriologico, por ele fundado, quando surgira nesta Capital o primeiro caso suspeito de peste bubônica. Encarregou-o o Governo da diagnose bacteriológica do mencionado caso suspeito da moléstia, (...). O resultado de suas pesquisas, procedidos com o rigor e o critério necessários, confirmou a existência da peste.. (....). A Directoria de Saude Publica destinou o Hospital Paula Candido, na Jurujuba, para isolamento de pestilentos, ao qual resolveu que ficasse anexo um laboratório provisório para os necessários estudos bacteriológicos. Montára-o Professor Terni dentro de poucos dias, desenvolvendo para isto inexecedivel atividade. Traça, então, o ilustre bacteriologista o programma das investigações que projectava realizar dentro do prazo de sua permanecia nesta Capital [.... ...] da vacina antipestosa pelo methodo de sua descoberta, estudos sobre a febre amarela, o beribéri e analyse bacteriológica das aguas de abastecimento desta cidade”. (GUIMARÃES, 1900, p.1)

Camillo Terni, que havia fundado o Istituto di Igiene e Batteriologia (ou Istituto di Igiene e Profilassi), em Messina (Itália), sido professor de higiene da Università di Messina e pesquisador no Istituto Sieroterapico di Napoli, foi comissionado pelo Governo italiano para estudar os casos de peste ocorridos em Santos.

Segundo Luiz Tavares de Macedo Junior, diretor do então denominado Hospital Paula Cândido, o estabelecimento foi reaberto em 17 de julho de 1908 para acolher os enfermos contaminados com varíola transferidos do Hospital de São Sebastião, cujas enfermarias nnão tinham mais capacidade para comportar todos aqueles doentes. Foram para lá transferidos 1.395 doentes que tinham recebido o primeiro atendimento no Hospital de São Sebastião, e 18 doentes provenientes de Niterói, de locais próximos ao estabelecimento.

No ano de 1909 não foram recebidos novos pacientes no Hospital Paula Cândido, mas suas enfermarias foram mantidas abertas apenas até a saída dos últimos internados, em 07 de fevereiro daquele ano.

Em 1913, foram realizadas reformas no Hospital Paula Cândido, incluindo as obras de conservação e a construção do segundo pavimento em um dos pavilhões para receber enfermos de primeira classe, e assim "assegurar a conservação do estabelecimento e atender às necessidades de um hospital moderno" (ASSISTENCIA, 1922,, p. 553).

O decreto n° 10.821, de 18 de março de 1914, que conferiu novo regulamento à Diretoria Geral de Saúde Pública, definiu como estrutura de pessoal do Hospital Paula Cândido: um diretor, um vice-diretor, dois médicos, um farmacêutico, um almoxarife, um escrivão, um intérprete, um porteiro, e um agente de compras.

Pelo decreto n° 14.354, promulgado em 15 de setembro de 1920, que aprovou o regulamento do Departamento Nacional de Saúde Pública que havia sido criado em janeiro daquele ano, o Hospital Paula Cândido ficou subordinado à Diretoria de Defesa Sanitária Marítima e Fluvial, e passou a ter como pessoal um diretor, um vice-diretor, médicos em número determinado pelo diretor do Departamento, um farmacêutico, um ajudante de almoxarife, dois escriturários, um intérprete, um porteiro, um maquinista.

O Hospital Paula Cândido ainda seria destinado ao isolamento e à assistência hospitalar de doente oriundos de navios ancorados no porto do Rio de Janeiro, e teria, segundo este decreto, as despesas de permanência de seus doentes custeadas pelas companhias ou proprietários de navios, no caso de passageiros em trânsito. No caso de passageiros com destino ao porto do Rio de Janeiro, os custos de sua permanência seriam gratuitos nas enfermarias gerais e com taxas no caso de alojamentos especiais. Ainda de acordo com este decreto, caberia ao diretor do Departamento Nacional de Saúde Pública a expedição de um regimento interno para o Hospital Paula Cândido.

Em 1922, o Hospital Paula Cândido tinha dois pavimentos, e dispunha de 138 leitos, distribuídos em 17 enfermarias gerais, e outros 24 em 12 quartos particulares. O estabelecimento possuía um laboratório farmacêutico e um gabinete para análises químicas aplicadas à clínica, mas não dispunha de serviços anexos de terapêutica especial, como eletroterapia e hidroterapia, nem de gabinetes de especialidades clínicas (ASSISTENCIA, 1922).

Pelo novo regulamento de Departamento Nacional de Saúde Pública, aprovado pelo decreto n° 16.300, de 31 de dezewmbro de 1923, o Hospital Paula Cândido, ainda subordinado à Diretoria da Defesa Sanitária Marítima e Fluvial, seria uma das dependências responsáveis pelos serviços sanitários do porto do Rio de Janeiro. O quadro de pessoal foi mantido nos moldes estabelecidos pelo decreto n° 14.354, de 1920, excetuando o posto de vice-diretor, que foi extinto.

A partir do disposto pelo decreto n° 22.563, ede 20 de março de 1933, foram criados dois llugares de enfermeiras e extintos um lugar de servente de 1ª classe, um de servente de 2ª classe e um de servente no Hospital Paula Cândido.

O Hospital Paula Cândido foi transformado, em 1934, em um preventório infantil, o Preventório Paula Cândido, para acolher os filhos de tuberculosos e crianças débeis. Esta transformação se deu no contexto de uma nova organização para a saúde pública proposta na gestão (1932-1934) de Washington Ferreira Pires no Ministério de Educação e Saúde Pública, por meio do decreto n° 24.814, de 14 de julho de 1934, que estabeleceu o plano geral de organização dos serviços de saúde pública e assistência médico-social.

Muito se noticiou, em 1934, sobre esta mudança de finalidade do antigo Hospital Paula Cândido, tornando-se Preventório Paula Cândido:

“O Hospital Paula Candido, em Jurujuba, que em virtude de um acordo internacional, se destina ao tratamento dos enfermos de doenças de isolamento compulsório, passageiros e tripulantes de navios entrados no porto desta capital, vae ser transformado num Preventorio. Os doentes que lá se encontram, aproximadamente em numero de cem, 80% dos quaes são tuberculosos, sem embargo do acordo internacional destina o aludido nosocômio exclusivamente para os doentes do posto, vão ser distribuídos pelos diversos hospitais da Saude Publica. O Hospital Paula Candido não receberá mais doente de espécie alguma. Uma vez transformado em Preventorio, para lá serão encaminhadas as creanças débeis”. (O HOSPITAL, 1934)

O Preventório Paula Cândido foi inaugurado em 25 de setembro de 1935, e nesta oportunidade estavam presentes Leal da Costa (representando o Ministro da Educação e Saúde Pública), João de Barros Barreto (Diretoria Nacional de Saúde Pública e Assistência Médico-Social), Francisco Araújo (diretor da Assistência Hospitalar), e Decio Parreiras (diretor do Preventório Paula Cândido). Barros Barreto, em seu discurso, destacou que aquela instituição estava sendo criada pela reforma Washington Pires, com o objetivo de promover a profilaxia da tuberculose, considerada o maior problema sanitário da época, e a proteção das crianças. O Preventório poderia abrigar até 300 crianças, e as primeiras já acolhidas seriam abrigadas em seu recém-batizado Pavilhão Darcy Vargas. A ideia proposta era de que as crianaçs fossem cuidadas por instrutoras e enfermeiras, e que o estabelecimento se tornasse um preventório modelo no país.

No momento de sua inaguração o diretor Decio Parreiras apresentou as instalações, destacando as adaptações feitas no antigo nosocomial, com amplos e ventilados dormitórios, laboratórios, cozinhas, refeitórios modernos e recreios com jogos infantis.

Uma matéria publicada no Correio da Manhã, em dezembro de 1934, ressaltou a importância do antigo estabelecimento hospitalar, destacando que ali havia se formado um importante grupo de cientistas, como Carlos Ribeiro Justiniano Chagas, Garfield Augusto Perry de Almeida, Dario de Aguiar, Antonio Pires Salgado, Gerson de Sêllos Rocha, Luiz Miguel Scaff, Ayton Maia Villela, e o proprio Decio Parreiras, primeiro diretor do Preventório (NO PREVENTORIO, 1934).

Em 1941, o periódico O Imparcial, ao noticiar que o Preventório Paula Cândido seria utilizado como colônica de férias de escolares dos municípios fluminenses, destacou seu papel no amparo infantil:

“Em 1935 o Hospital transformou-se em Preventório infantil, acolhendo centenas de crianças pobres, doentes e abandonadas, que ali, entre a mata e a montanha de um lado e a Guanabara deslumbrante de outro, recebem todos os cuidados indispensáveis a um desenvolvimento físico, moral e intelectualmente sadio. Informado de que o Preventório vai ser transformado em colônia de férias, um dos nossos redatores visitou o imponente edifício da praia de Jurujuba, onde foi recebido por três auxiliares do sr. Eduardo Imbassaí, diretor do estabelecimento – os srs. Luiz Leopoldo, Agapito e a enfermeira-chefe Antônia Ferreira”. (PAULA, 1941, p.1)

Serviço médico, farmacêuticos e enfermeiros da instituição (1853-1934):

Médicos e cirurgiões:

Bento Maria da Costa (médico do hospital, 1853-1856; médico administrador, 1857-1864)

José Firmino Vellez (médico do hospital,1853; médico da visita sanitária, 1854-1855; médico do vapor, 1856-1862)

Luiz Corrêa de Azevedo (médico da visita sanitária, 1854-1855; médico do vapor, 1856-1860)

José Eduardo Teixeira de Souza (médico do hospital, 1854-1864)

Luiz Manoel Pinto Netto (médico interino, diretor do serviço sanitário, 1878-1882)

Bernardo José de Figueiredo (1º cirurgião, 1883)

Angelo Corrêa Tavares (médico-auxiliar, 1891)

Luiz Tavares de Macedo Junior (médico-auxiliar, 1894-1896)

Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas (médico, 1907-1909)

Hugo Furquim Werneck de Almeida (médico, 1907-1909)

Antonio Pires Salgado (médico, 1910-1918)

Garfield Augusto Perry de Almeida (médico, 1910-1918)

Farmacêuticos e ajudantes de farmacêutico:

Joaquim de Azevedo Côrte Real (farmacêutico, 1855; 1858-1860)

Viriato Justino Monteiro (farmacêutico interino, 1856-1857)

Julio Anastácio Lopes (ajudante de farmacêutico, 1858)

Eloy Benedicto Ottoni (médico extra-numerário, 1859)

Emilio José Chrispiniano Valladares (ajudante de farmacêutico, 1859; farmacêutico interino, 1860)

Manoel Jesus Miranda Chaves (ajudante de farmacêutico, 1860)

Olegario de Brito (farmacêutico, 1861, 1862)

Francisco Luiz Almada (ajudante de farmacêutico, 1861)

Francisco Gomes de Araújo Góes (ajudante de farmacêutico, 1863)

José Isidoro de Sá Junior (ajudante de farmacêutico, 1864)

José Antonio de Azeredo Vianna (farmacêutico, 1878)

João Coelho de Mello (farmacêutico, 1879)

José Antonio Augusto de Sá (farmacêutico, 1880)

Pedro Augusto Tavares (farmacêutico, 1882-1886)

Nelson Rodrigues de Paula Vianna (farmacêutico, 1887-1889; 1891)

Florindo Francisco da Silva Pimentel (farmacêutico, 1891-1893)

João Domingues Vieira (farmacêutico, 1894-1906)

João Rodrigues da Silva Chaves (farmacêutico, 1905-1906)

Lourival Milanez Machado (farmacêutico, 1907-1916)

Lincoln de Araujo (farmacêutico, 1918)

Horacio Maciel (farmacêutico, 1921-1934)

Enfermeiros e ajudantes de enfermeiro:

João Eys (enfermeiro e interprete do vapor, 1854)

Eduardo P. Maurits Olumquevist (enfermeiro intérprete, 1856-1858)

Francisco Niveling (enfermeiro intérprete no vapor, 1856-1860)

Manoel Bento da Veiga (enfermeiro no vapor, 1856-1857)

José Maria de Mattos Araújo (interno na enfermaria de cólera, 1857)

Antonio Baptista Villela (interno na enfermaria de cólera, 1857)

Fortunato Felix de Souza e Silva (enfermeiro-mor, 1858-1862)

F. A. da Costa Aguiar (ajudante do enfermeiro-mor, 1859)

 

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- CANDIDO, Francisco de Paula. Succinta exposição do movimento da Cidade do Rio de Janeiro durante o anno findo de 15 de Abril de 1851 a 15 de Abril de 1852, e em particular do movimento da febre amarela. In: Exposição do estado sanitário da Capital do Imperio, apresentado ao Ministerio do Imperio pelo Presidente da Junta Central de Hygiene Publica Dr. Francisco de Paula Candido. In: Relatorio apresentado à Assembléa Geral Legislativa na Quarta Sessão da Oitava Legislativa pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio Visconde de Mont´alegre. Annexo S2. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional, 1852. Annexo S2-1. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 13 ago. 2019. Online. Disponível na Internet: http://ddsnext.crl.edu/titles/100#?c=0&m=20&s=0&cv=56&r=0&xywh=-1273%2C0%2C4273%2C3014

- CANDIDO, Francisco de Paula. Exposição do estado sanitário da Capital do Imperio, apresentado ao Ministro do Imperio pelo Presidente da Junta Central de Hygiene Publica Dr. Francisco de Paula Candido. 1º de maio de 1853. In: Relatorio apresentado à Assembléa Geral Legislativa na Primeira Sessão da Nona Legislatura pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio Francisco Gonçalves Martins. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional, 1853. Annexo S3-1. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 13 ago. 2019. Online. Disponível na Internet: http://ddsnext.crl.edu/titles/100#?c=0&m=21&s=0&cv=150&r=0&xywh=-642%2C-1%2C2914%2C2056

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- O MOÇO JURUJUBANO. Lazareto na Jurujuba, na Ilha do Cajú. Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.626, p.3, 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet:http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35603

- O NEUTRO. Publicações a pedido. Correio Mercantil, Rio de Janeiro, anno VII, n.51, p.2, 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet:  http://memoria.bn.br/DocReader/217280/4400

- O VELHO JURUJUBANO. Lazareto na Jurujuba, na Ilha do Cajú !!!. Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.602, p.2, 22 de janeiro de 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35502

- O VELHO JURUJUBANO. Lazareto na Jurujuba.Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.604, p.3, 24 de janeiro de 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35511

- O VELHO JURUJUBANO. Lazareto na Jurujuba, na Ilha do Cajú !!! O Velho Jurujubano ao Moço do Cajú. (continua). Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.605, p.2, 25 jan. 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35514

- O VELHO JURUJUBANO. Lazareto na Jurujuba, na Ilha do Cajú !!!. Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.606, p.2, 27 de janeiro de 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35518

- O VELHO JURUJUBANO. Lazareto na Jurujuba na Ilha do Cajú !!!. Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.624, p.3, 17 de fevereiro de 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet:  http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35595

- O VELHO JURUJUBANO. Lazareto na Jurujuba, na Ilha do Cajú !!! (continua). Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.629, p.2, 22 fev.1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35614

- PARANHOS, José Maria da Silva. Cartas a Amigo Ausente. Corte, 12 de janeiro de 1851. In: Paranhos, José Maria da Silva, 1819-1880. Cartas ao amigo ausente/José Maria da Silva Paranhos. Rio de Janeiro: ABL, 2008. p.32. Disponível na Internet:

https://www.academia.org.br/sites/default/files/publicacoes/arquivos/cartas_ao_amigo_ausente_-_jose_maria_paranhos_-_para_internet.pdf

- PARNIT: Um pouco da história da Casa da Princesa, no Preventório, que terá um Centro de Convivência para Idosos. In: log do Axel Grael. Online. Capturado em 22 abr. 2015. Disponível na Internet: http://axelgrael.blogspot.com.br/2012/09/um-pouco-da-historia-da-casa-da.html

- PARTE Official. Ministerio do Imperio. O Correio da Tarde, Rio de Janeiro, n.896, p.1, 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/616028/3471

- PAULA Candido – casarão onde mora a alegria. O Imparcial, Rio de Janeiro, ano VII, n. 1.964, Suplemento, p.1-2, 19 out. 1941. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL. Hemeroteca Digital Brasileira. Online. Capturado em 15 dez. 2016. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/docreader/107670_04/8044

- REGO, José Pereira. Historia e descripção da Febre Amarella epidemica que grassou no Rio de Janeiro em 1850. Rio de Janeiro: Typografia de F. de Paula Brito, 1851. In: Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin. Acervo Digital. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: https://digital.bbm.usp.br/handle/bbm/4890

- REGO, José Pereira. Relatorio do Inspector de Saude do Porto. In: RELATORIO apresentado à Assembléa Geral Legislativa na Quarta Sessão da Decima Segunda Legislativa pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio Marquez de Olinda. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1866. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 13 ago. 2019. Online. Disponível na Internet:

http://ddsnext.crl.edu/titles/100#?c=0&m=35&s=0&cv=168&r=0&xywh=-1211%2C-1%2C4533%2C3198

- REGO, José Pereira. Relatorio do Inspector de Saude do Porto do Rio de Janeiro. In: RELATORIO apresentado à Assembléa Geral Legislativa na Primeira Sessão da Decima Quarta Legislativa pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio Paulino José Soares de Sousa. Rio de Janeiro: Typographia Nacional, 1869. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 13 ago. 2019. Online. Disponível na Internet:

http://ddsnext.crl.edu/titles/100#?c=0&m=38&s=0&cv=359&r=0&xywh=-1282%2C-1%2C4706%2C3320

- RELATORIO apresentado à Assembléa Geral Legislativa na Terceira Sessão da Oitava Legislativa pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio Visconde de Mont´alegre. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional, 1851. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 13 ago. 2019. Online. Disponível na Internet:

http://ddsnext.crl.edu/titles/100#?c=0&m=19&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1327%2C-1%2C4188%2C2955

- RELATORIO apresentado à Assembléa Geral Legislativa na Primeira Sessão da Nona Legislatura pelo Ministro e Secretario de Estado dos Negocios do Imperio Francisco Gonçalves Martins. Rio de Janeiro: Na Typographia Nacional, 1853. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet:

http://ddsnext.crl.edu/titles/100#?c=0&m=21&s=0&cv=1&r=0&xywh=-1305%2C-1%2C4273%2C3015

- RELATORIO apresentado ao Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil pelo Dr. João Barbalho Uchôa Cavalcanti Ministro de Estado dos Negocios do Interior em maio de 1891. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://ddsnext.crl.edu/titles/103#?c=4&m=0&s=0&cv=0&r=0&xywh=-1007%2C0%2C3597%2C2537

- RIBEIRO, Lourival. O Barão do Lavradio e a higiene no Rio de Janeiro. Belo Horizonte; Rio de Janeiro: Editora Itatiaia Limitada, 1992.

- SANTOS FILHO, Lycurgo de Castro. História geral da medicina brasileira. São Paulo: Hucitec: Editora da Universidade de São Paulo, 1991.  (BCOC)

- SEIDL, Carlos. O isolamento nosocomial. Contribuição para o estudo da prophylaxia defensiva no Rio de Janeiro pelo Dr. Carlos Seidl. Rio de Janeiro: Typographia Besnard Fréres, 1897.    (BCOC)

- SILVEIRA, José de Souza da. Relatorio da Inspectoria Geral de Saude dos Portos apresentado a sua excellencia o Sr. Dr. Fernando Lobo Leite Pereira, Ministro de Estado dos Negocios do Interior pelo Dr. José de Souza da Silveira Inspector Geral. 1891. In: Relatorio apresentado ao Vice-Presidente da Republica dos Estados Unidos do Brazil pe o Dr. Fernando Lobo Leite Pereira, Ministro de Estado dos Negocios do Interior em abril de 1892. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional,1892. Annexo A-B-2. In: Relatórios Ministeriais (1821-1960). Obtido via base de dados Brazilian Government Documents do Center for Research Librairies-Global Resources Network. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet:

http://ddsnext.crl.edu/titles/103#?c=0&m=1&s=0&cv=248&r=0&xywh=-912%2C-1%2C3199%2C2257

- SOUZA, Rosale de Mattos. Histórico do prédio do Arquivo Central do Núcleo de Documentação da UFF. 2006. Capturado em 2 dez. 2011. Online. Disponível na Internet: http://www.ndc.uff.br/repositorio/Hist%F3rico%20do%20pr%E9dio%20do%20Arquivo.pdf

- TORRES, Theophilo. La Campagne Sanitaire au Brésil. Faits et Documents par le Dr. Theophilo Torres, Délégué Sanitaire, Vice-Président de l´Academie nationale de Médecine. Paris? Société Génerale d´Impression, 1913.   In: WELLCOME COLLECTION. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: https://dlcs.io/pdf/wellcome/pdf-item/b21352100/0

- UM VELHO JURUJUBANO. Lazareto na Ilha do Cajú na Jurujuba! Diario do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, anno XXX, n.8.595, p.2, 1851. In: FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL.Hemeroteca Digital Brasileira. Capturado em 6 out. 2020. Online. Disponível na Internet: http://memoria.bn.br/DocReader/094170_01/35474

Ficha técnica

Pesquisa – Felipe Neves Alves, Maria Rachel Fróes da Fonseca.

Redação – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Felipe Neves Alves.

Revisão – Maria Rachel Fróes da Fonseca.

Atualização – Maria Rachel Fróes da Fonseca, Ana Carolina de Azevedo Guedes.

Anexos

Anexo 1 - Quadros de Estatísticas do movimento clínico no Hospital Marítimo de Santa Isabel

                          

Movimento clínico do Hospital Marítimo de Santa Isabel 1853-1882

Anos

Entraram

Sairam

Ficaram em tratamento

Total

Observações

Curados

Falecidos

1853

1.512

1.254

258

------------------

1.512

 

1854

1.627

1.509

43

15

1.627

 

1855

2.009

1.874

37

98

2.009

 

1856

2.452

2.213

157

82

2.452

 

1857

2.717

2.220

418

79

2.717

 

1858

2.994

2.422

464

108

2.994

 

1859

2.113

1.812

292

9

2.113

 

1860

1.346

1.198

134

14

1.346

 

1861

512

447

65

---------------

512

Durante estes anos o hospital não recebeu doente algum.

1862

------------

-----------

------------

---------------

------------

1863

------------

-----------

------------

---------------

------------

1864

------------

-----------

------------

---------------

------------

1865

------------

-----------

------------

---------------

------------

1866

------------

-----------

------------

---------------

------------

1867

117

85

32

--------------

117

Doentes de cólera morbus

1868

441

382

59

--------------

441

Doentes era de cólera morbus

1869

40

39

1

---------------

40

 

1870

559

400

99

----------------

559

 

1871

------------

-----------

------------

---------------

------------

O hospital esteve fechado.

1872

806

613

193

----------------

806

 

1873

788

590

192

----------------

788

 

1874

------------

-----------

------------

---------------

------------

O hospital esteve fechado.

1875

------------

-----------

------------

---------------

------------

O hospital esteve fechado.

1876

743

584

159

----------------

743

 

1877

543

458

69

16

543

 

1878

1.405

1.101

244

----------------

1.405

 

1879

651

483

168

----------------

651

 

1880

827

600

191

30

827

 

1881

323

282

41

---------------

323

 

1882

104

54

50

--------------

104

Doentes procedentes de terra.

Total

24.629

20.812

3.366

451

24.629

 

Fonte: BARBOSA, Plácido; REZENDE, Cassio Barbosa. Os Serviços de Saúde Pública no Brasil especialmente na cidade do Rio de Janeiro de 1808 a 1907. Primeira parte (Esboço histórico). In: FALCÃO, Edgard de Cerqueira. Brasiliensia Documenta. vol. VI. Oswaldo Cruz Monumenta Histórica, tomo IV (I). São Paulo: s.n., 1978. p.325.


Movimento clínico do Hospital Marítimo de Santa Isabel 1883-1894

 

Anos

Doentes entrados

Doentes falecidos

Observações

 
 

1883

693

271

Febre amarela. Notas extraídas do relatório ministerial. Avultaram os doentes procedentes de terra.

 

1884

792

237

Febre amarela. Notas extraídas do livro de entradas de doentes. Não há clareza no relatório ministerial.

 

1885

155

70

Febre amarela. Notas extraídas do livro de entradas de doentes.

 

1886

1.136

413

Febre amarela. Notas extraídas do livro de entradas de doentes.

 

1887

144

41

Febre amarela. Notas extraídas do livro de entradas de doentes.

 

1888

610

221

Febre amarela. Notas extraídas do livro de entradas de doentes.

 

1889

2.028

651

Febre amarela. Notas extraídas do livro de entradas de doentes.

 

1890

284

25

Todos imigrantes do vapor alemão “Ohio”, que foram recolhidos ao hospital, à requisição do Sr. Coronel Accioly Vasconcellos, inspetor geral de Terras e Colonização, em vista de se ter manifestado o sarampão a bordo.  O livro de entrada de doentes não discrimina deste total quais os atacados de sarampo e quaes os comunicantes.

 

1891

1.568

702

Febre amarela. Notas extraídas da escrituração hospitalar. Quase todos os doentes procedentes de terra.

 

1892

1.456

523

Notas extraídas da escrituração hospitalar. Febre amarela.

 

1893

189

80

Febre amarela. Notas dos livros do hospital.

 

1894

536

137

Febre amarela. Notas dos livros do hospital.

 

Fonte:Apud. BARBOSA, 1978, p.326.

 

Anexo 2 – Plantas inferior e superior do edifício do Hospital Paula Cândido -1856
Anexo-2.1-low.jpg

 

 

 

 

 

 

 

 

Anexo-2.2-low.jpg

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Forma de citação

LAZARETO DA JURUJUBA. Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970). Capturado em 28 abr.. 2024. Online. Disponível na internet https://dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/dicionario


Dicionário Histórico-Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1970)
Casa de Oswaldo Cruz / Fiocruz – (http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br)